Perfect Two escrita por oliverqueens


Capítulo 8
Dias de guerra, Sábado de paz


Notas iniciais do capítulo

Narrador: Sam Evans



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Os alunos do Mckinley já pareceram se acostumar com um novo casal homossexual nas dependências da escola deles, mas a questão era: Será que suportariam mais um casal? Não que houvesse mais alianças prováveis de serem formadas, mas, a meu ver, são suspeitas as trocas de olhares entre Rachel e Quinn. É isso o que eu, Sam Evans, acho. De qualquer forma, não levo essa dúvida a sério, pois o meu caso era com Blaine e... Que caso! Já estávamos por volta de quinze dias juntos e o tempo passava de forma tão rápida quando estávamos juntos que era uma dificuldade guardar tantas lembranças boas que eu já tinha com ele. Passávamos o resto do dia fora da escola juntos e sempre que conseguíamos, estudávamos juntos e, se fosse possível, no final aquilo tornava-se uma festa particular, de apenas dois membros. Era o que bastava para a felicidade estar completa, afinal.

– Sam. – Ouvi Blaine me chamar, enquanto eu ia na direção dele após um cansativo treino de futebol. Ia retirando o capacete e balancei o cabelo dourado, sentindo o suor escorrer. Por brincadeira, lancei a bola especial do jogo contra o moreno que estava sentado nas arquibancadas, me olhando, vendo se ele a pegaria ou não. Por sorte, conseguira pegá-la a tempo, antes que ela o acertasse.

– Que habilidoso esse meu garotão. – Comentei, pulando uma placa disposta no campo para poder alcançar as arquibancadas e me aproximar do namorado. Descansei o capacete ao lado do corpo do moreno e me inclinei para ele, tendo a chance de beijar os lábios dele, enquanto apoiava minhas mãos sobre suas coxas cobertas por uma calça de tecido bege.

– Sam, Sam! – Blaine continuava me chamando a atenção e segurou-me pelos pulsos, interrompendo o beijo e me olhando nos olhos.

– Fala... – Permiti, olhando-o com curiosidade.

– O que você acha de fazermos um jantar romântico? – Ele sugeriu.

– Hmm. – Pensei por um instante, em voz alta. – É uma ótima ideia. Mas aonde? Breadstix? –

Blaine estalou os lábios, talvez aprovando, mas...

– Não. Algo que só tenha nós dois. Sua casa, ou a minha... –

– E se isso acabar em... Sexo? –

– Vai ser um sexo romântico, Sam! –

– Eu sei disso, mas podemos pensar em outras coisas, não? Doeu ser passivo por duas vezes e já me dói mentalmente ter que ser o passivo pela terceira vez... –

Blaine riu.

– Acha graça por que, se não é você quem leva todo o impacto? –

– Porque pudemos mudar isso, Evans... –

– Eu não vou usar um vibrador em você. Gosto de coisas naturais. –

– Estou falando disso que você tem aí no meio das pernas, Evans! Disso! – Blaine deu ênfase no que falava e indicou com os olhos o meio das minhas pernas, fazendo-me encolher de timidez no mesmo local.

– Você teria coragem de ser o oposto do que costuma ser, Blan? –

– Com você e por você? Com certeza! – Ele me disse e havia certeza na voz dele.

– Ok, então... Eu vou pro vestiário. Preciso de um banho e depois nos encontramos no clube Glee, ok? – Tornei a inclinar a coluna para poder selar os lábios de Blaine e ele retribuiu, colocando a mão em minha nuca e aprofundando o simples ato.

– Amo você. – Disse ele.

– Eu também. – E parti para o vestiário.

Chegando lá, fui retirando os trajes pesados e deixei-os espalhados sobre bancos, até ficar apenas de cueca e assim entrei para um dos chuveiros, usando a cueca. Era uma mania minha e eu a tiraria no decorrer do banho. As roupas que eu usaria, posteriormente, estavam arrumadas também no banco e a minha toalha estava pendurada no box.

– I've got the moves like Jagger, moves like Jaggeeeeeeer! – Cantarolava eu, trocando a parte suada do cabelo pela deliciosa e límpida água que vinha do chuveiro. Balançava meu corpo enquanto deslizava o sabonete por várias partes do meu corpo, retirando o excesso de suor impregnado. Estava extremamente distraído que eu nem percebi um barulho invadir o vestiário: Uma porta se abrindo. E se eu tivesse percebido tal som, não ligaria, afinal devia ser só mais um jogador. Era estranho que, quem quer que fosse estava ali, resolvia manter passos muito silenciosos e discrição ao se movimentar por aquele local. – Quem é? – Eu perguntei, querendo saber, mas não houve resposta. Ouvi passos afobados e a porta tornou a bater. Assustado, desliguei o chuveiro e apanhei a toalha, enrolando minha cintura com esta, cobrindo minha parte íntima. Posteriormente, saí do box e olhei ao redor. Caminhei com os pés descalços (e encharcando o piso) até a porta e verifiquei se não havia ninguém escondido abaixo dos bancos ou se alguém tivesse mexido nos armários. Nada! Tudo estava inteiro. – Ótimo! – Exclamei, retirando a toalha da cintura e tornando a ficar nu, secando as costas pingadas com várias gotas d’água. O sorriso que estava exposto no meu rosto não durou muito, quando percebi que as roupas que eu colocaria simplesmente sumiram! Cueca, calça e camisa. Só me restara o par de meias e o all star. – Damn, damn, damn. – Xinguei baixinho, muito nervoso, ao perceber que não havia roupas de colegas de time espalhadas pelo vestuário e os armários de todos tinha um código e eu só sabia o meu, porém não havia roupa alguma ali. – Quem será que foi o filho da mãe que fez isso? – Continuei, tornando a enrolar a toalha na cintura e indo até a porta, abrindo-a e espiando. De imediato, o som de vozes atingiu meus ouvidos e pude perceber o corredor cheio de pessoas. E o que me causava inveja: Todas vestidas. – Poxa vida! – Encostei a porta e voltei para o centro do cômodo, olhando perdido para os lados. Seja quem fosse o engraçadinho que tivesse feito aquilo, fora tolo e se esquecera de levar a minha toalha. Mas sem dar ideias, né?! Já basta as roupas terem desaparecido. Me sinto em um seriado de suspense em que sou vítima do improvável.

E o tempo passava, passava... Os corredores ainda mantinham seu intenso movimento, o que era estranho. Para piorar, o meu celular ficara em um dos bolsos da calça e alguém já havia se desfeito dele também. Alguém que realmente me detestava fizera aquilo, mas quem? O raciocínio era extremamente falho naquele instante, eu mal raciocinava, aliás. O constrangimento me abatia. Foi só depois de mais meia hora de espera que Finn, Puck e Mike chegaram ao vestiário, com roupas convencionais, provavelmente colocariam os uniformes para mais uma dose de treino. Àquela altura, eu já estava completamente seco.

– Sam! – Exclamou Finn, me olhando surpreso. Puck e Mike ficaram atrás do garoto alto, escoltando meus movimentos demorados com os olhos. – O que aconteceu? Você não apareceu no clube Glee hoje!

– Minhas roupas, caras... Sumiram misteriosamente. – Respondi tanto Finn quanto os outros. Eles me olharam, com olhos de maior curiosidade e graça.

– Não viaja, Sam. – Puck disse.

– Não é viagem! Agora, algum de vocês pode me emprestar roupas? Tenho que ir encontrar Blaine que deve estar preocupado. – Pedi, um pouco exaltado.

Finn assentiu e recorreu ao armário dele, abrindo-o e me alcançando uma camisa, calça e cueca e pude perceber que tais peças eram de números maior que os meu.

– Obrigado, Finn... – Agradeci e ele sorriu para mim. Depois, os três jogadores foram trocar as roupas e pôr os uniformes e quando saíram, eu me troquei e saí correndo daquele local, já sentindo que eu contraíra uma leve claustrofobia.

À porta da sala do clube Glee, eu cheguei derrapando, parando na entrada para recuperar o fôlego. O fato era que eu estava muito desconfortável nas roupas extremamente largas de Finn Hudson.

– Oi, gente! – Disse, entrando. Ali na sala só estavam o professor Schuester, Mercedes, Tina, Blaine e Kurt que estava há centímetros do meu namorado.

– Sam? – Todos chamaram meu nome, em coro, com exceção de Kurt que ficara muito quieto.

– É, sou eu... Desculpa não ter aparecido para a reunião de hoje, tive um problema no vestiário masculino. E não liguem para essa roupa que estou usando, Finn quem me emprestou... – Informei-lhes, aproximando-me do grupo.

– Tudo bem, Sam, mas sinto em informar que você não poderá fazer parte da atividade dessa semana. As duplas fecharam certo para um Dueto, a tarefa semanal. – Will disse, e eu espumei de raiva. Eu era um expert em Duetos, talvez fosse a área em que eu me dava melhor cantando! – Vou deixar-lhes combinar as canções que vão querer cantar... Até mais, pessoal. – E então, o professor de Espanhol não demorou a sair.

– Então, Blaine! – Chamei-o, aproximando-me e postando-me ao lado dele, oposto ao que Kurt ocupava. Segurei na mão dele e ele retribuiu o toque com bastante calor ao tocar-me. – Vai fazer seu Dueto com quem, hm?

– Sam... Não tive escapatória. O Dueto é eu e... Kurt. – Ele disse, com a voz vacilante, e pude perceber Kurt rir ironicamente.

– Exatamente, Sam! – Kurt disse, aproximando-se ainda mais de Blaine, colocando seu braço ao redor do braço do moreno, me fazendo ficar com bochechas vermelhas de tanta fúria. – Deve ser mais cuidadoso da próxima vez, loirinho. –

– Kurt... – Tina e Mercedes falaram, puxando o garoto magricela pelo braço.

– Não, garotas! Ele precisa ouvir. Quem rouba namorado dos outros, precisa ouvir! –

– Eu não roubei o seu namorado, Hummel! – Berrei irritado. – Ele quem me escolheu. E eu o escolhi! Algum problema nisso? –

– Continuo achando que você o roubou... – Provocou Kurt.

– Blaine, faça alguma coisa! – Tina gritou, apavorada e temendo reações futuras.

– Parem vocês dois. Sam, acalme-se e Kurt, chega de provocações idiotas. – Blaine disse, mas não tinha um tom de decisão. Desvencilhou-se do braço do ex e foi para perto do atual, tentando acalmá-lo.

– Foi você, né? Que pegou minhas roupas para me prejudicar, não foi? –

– Afirmação sem provas é algo gravíssimo, Evans... – Respondeu-me Kurt.

– Então diz que foi você! –

– Não fui eu. Aliás, Blaine nem me interessa mais... –

– Podia mentir menos? – Mercedes sussurrou ao ouvido do Hummel.

– Shiu! – Fez Kurt à negra.

– Viu, Blan? Foi ele! – Insisti em acusá-lo.

– Você não tem provas disso, Sam... – Blaine disse.

– Não preciso! –

– Pode ter sido qualquer pessoa que te deteste, você sabe que existe muitos preconceituosos aqui na escola, especialmente alguns caras do futebol... – Tina disse, tentando me tranquilizar.

– Vocês realmente acham que um jogador de futebol roubaria roupas do outro como vingança ou forma de descontar a raiva? Eles apelariam para algo físico. – Respondi a todos. – E meu celular desapareceu também... –

– Tem certeza, Evans? – Perguntou Kurt, indicando o piano da sala. Sobre ele havia um celular idêntico ao meu. Claro, era o meu!

Corri até ele e apanhei-o, verificando se tudo estava em ordem. Nas chamadas, não havia mais o nome de Blaine aparecendo, mas sim aparecia como ''número desconhecido''. Depois, fui às mensagens e todas as mensagens que meu namorado me mandara, simplesmente sumiram, enquanto as outras mantinham-se ali. Eu realmente não sabia se fora Kurt quem fizera aquilo, mas era a pessoa mais provável e eu nunca fui uma pessoa com habilidade o bastante para controlar a raiva... Derrubei sem querer o aparelho e pulei para cima do magrelo, derrubando-o com um único empurrão. Ele me olhou assustado, talvez nunca desconfiasse que eu fosse capaz de tanta agressividade. Ele mexera comigo e com meu namorado, estava tendo o que merecia.

– Agressão, agressão! – Berrava o menino atirado no piso, forjando um choro inconsolável. – O diretor Figgins saberá disso! Isso é bullying.

– Então assume sua culpa, viado! – Insisti, tentando arrancar de Kurt a verdade. Blaine me abraçou pela cintura e ao mesmo tempo em que aquilo me tranquilizava, eu ainda conseguia sentir meu lado selvagem borbulhar dentro de mim.

– Tsc... – Kurt estalou os lábios, levantando-se com a ajuda de Mercedes. Ele me ignorara. – Blaine, que tal cantarmos Perfect Two? – Kurt sugerira, rindo e com toda a força que eu reunira, sabe-se lá de onde, saí dos braços de Blaine e pulei contra Kurt que, infelizmente, desviou e com toda a intensidade que eu mantinha, acabei caindo de forma drástica no chão, me arrancando um grito de dor, sentindo a bacia e a região das minhas coxas gritarem de dor. Kurt ''fugira'', saltitante e em ritmo de vitória, mas a máscara dele iria cair...

– Olha aqui, Hummel! – Gritei, assim que Mercedes, Tina e Blaine ajudaram-me a levantar. O meu namorado segurava-me pelos pulsos, me impedindo de perseguir Kurt, enquanto Tina me olhava fixamente, também na tentativa de suavizar a minha ira devastadora. – Nunca, nunca mais chegue perto do Blaine e tampouco ouse escolher a minha música e a dele para ser o seu Dueto lixo, ok? Argh! – Eu senti lágrimas escorrerem dos meus olhos, tudo culpa de Kurt e a sensação de que ele tiraria o meu namorado de mim. Aquilo não podia acontecer e eu não deixaria. Os três presentes me conduziram a uma das cadeiras e sentaram ao meu redor, Blaine segurando minhas mãos.

– Calma, garotão... – Falou ele próximo ao meu ouvido, acariciando-me a face com os lábios, bem suavemente. – Vai passar, ok? –

– Não se preocupe, Sam! – Disse Mercedes, em tom amigável, repousando uma das suas mãos em meu ombro. – Gosto muito do Kurt, ele é como um melhor amigo para mim, mas eu vejo que Blaine realmente gosta de você... –

– Gosto sim, Sam! Mercedes está certa. E para te deixar mais calmo, quero que saiba que não vou me esforçar nada nesse Dueto. –

– Porque... –

– Porque o quê, Tina? – Virei o rosto para ela, encarando a oriental com uma das sobrancelhas elevadas. Funguei.

– O melhor Dueto ganha um jantar grátis e, dependendo do casal, romântico, no Breadstix. – Ela me respondeu, sentindo-se culpada.

– Nossa! – Exclamei, sentindo um novo acesso de ciúmes. Blaine me abraçou, mas carinhos, naquele momento, não tinham o efeito que eu queria que tivessem.




No dia seguinte, cheguei à sala do coral com a desagradável visão de Kurt próximo a Blaine, ambos em pés, em uma conversa aparentemente animada. O ex-namorado do meu Blaine Anderson parecia gostar tanto, tanto de se arriscar que até ascendia uma das mãos, querendo fazer carinho na pele macia do moreno...

– ISSO NÃO, KURT! JÁ CHEGA! – Gritei e joguei a minha pesada mochila de materiais contra o rosto pálido do menor, lhe fazendo tombar e ocasionando um roxo bem notável na face dele. Não fora de propósito o roxo, mas ele merecera... Finn, Puck e Will correram para mim, me segurando para que eu não partisse para cima dele e Blaine não tinha reação – parecia mais sonso do que Finn e isso me mostrava que ele podia sentir algo, ainda, por Kurt.

– Diretoria. – Disse Will, me conduzindo para fora. – Sam. – Ele falou e enquanto cruzava a porta comigo, Kurt sorrira, mas logo completou: – Os envolvidos, Kurt e Blaine, me acompanhem.

Depois de uma caminhada chegamos à diretoria e ficamos frente a frente com o diretor Figgins. Era raro isso acontecer. Sentamos lado a lado, Kurt em uma extremidade e eu na outra, Blaine no meio. Contamos a ele o que havia acontecido e quando tentávamos desmentir algo, Will intrometia-se para nos corrigir.

– Certo, certo... – Figgins pronunciou-se ao final, levantando-se da cadeira de espaldar alto. – Que outra solução a não ser suspensão, Sr. Evans? – Falou, ríspido.

Olhei-o impressionado, então tentei me defender:

– Mas e Kurt? Ele também está envolvido! –

– Suas acusações contra ele são convincentes, porém não completas e possuem desfechos confusos de se entender. Iremos analisar isso e caso a verdade seja encontrada, Sr. Hummel também sofrerá com as consequências. – O diretor olhou para o garoto pálido, que engolira em seco e tinha os olhos arregalados. – Podem ir. Digo, Sr. Hummel e Sr. Anderson, para suas salas de aula. Já você, Sr. Evans, o professor Schue lhe acompanhará até a saída. Uma semana de suspensão por agressão a um colega. – Já que assim fora estabelecido, eu não poderia descumprir. Não tive tempo de me despedir de Blaine, um breve aceno, fora só isso o que eu pudera dar e então parti para minha casa.

Meus pais ficaram extremamente decepcionados comigo e me deixaram de castigo, impedindo meu acesso ao celular e computador, me deixando apenas com um som antigo, onde ouvia faixas que passavam nas estações de rádio. Extremamente desagradável.




Fora só no Sábado (dois dias antes da minha suspensão ter fim) que Blaine aparecera na minha casa. Atendi-o – felizmente meus pais aceitaram minha sexualidade, depois de muito choro e gritos – e fomos para a sala da casa, conversarmos. Naturalmente, meus pais não estavam em casa, eles costumavam sair nos finais de semana, um hábito antigo.

– Kurt foi suspenso. Ele sumiu da escola por uns dias, talvez pensando que fossem esquecer o caso, mas não. Checaram o armário dele e encontraram roupas suas lá, assim como você descreveu para Figgins. Cueca branca, jeans de lavagem escura e camisa alaranjada. Fizemos o Dueto, mas não ganhamos, felizmente. Santana e Brittany ganharam e agora devem estar comemorando a vitória no Breadstix. – Blaine começou a relatar para mim os pontos principais do que ocorrera na minha ausência. Aquilo me deixava mais satisfeito e sabia que voltaria para a escola sem muitas preocupações.

– Que ótimo! – Respondi-o, tentando parecer animado, mas a dúvida pairava em minha mente. O que Blaine sentia por mim? Atração ou amor?

– É. Sam, trouxe algo para você. Sim, para você, mas você vai ter que me ajudar nisso, ta bom? – O moreno se levantou e me fez levantar juntamente. Ele foi à direção do som da sala que era bastante moderno e colocou nele um CD, onde havia o ritmo instrumental de uma música: Perfect Two. – Um Dueto entre nós, que tal? – Dito isto, Blaine segurou com firmeza minha mão e me encarou, começando a cantar.


You can be the peanut butter to my jelly

You can be the butterflies I feel in my belly

You can be the captain and I can be your first mate

You can be the chills that I feel on our first date.


Depois, ele permitiu que eu continuasse. Eu conhecia aquela música perfeitamente e seria capaz de cantá-la de trás para frente:


You can be the hero and I can be your side kick

You can be the tear that I cry if we ever split

You can be the rain from the cloud when it's stormin'

Or you can be the sun when it shines in the mornin'.

Blaine continuou, sorrindo de modo largo para mim, me fazendo automaticamente sorrir também:


Don't know if I could ever be

Without you cause boy you complete me

And in time I know that we'll both see

That we're all we need.

E fomos cantando, alternando as estrofes, até que chegamos ao refrão, onde nos fixamos enquanto cantávamos com incrível habilidade:

We're the perfect two

We're the perfect two

Baby me and you

We're the perfect two.


Não demorou e encerramos a música juntos. O ritmo no som parou e esse ritmo foi substituído pelo ritmo nervoso das batidas do meu coração. Blaine virou-se para mim, me beijando e eu podia sentir ali que Kurt para ele não tinha mais significado, e sim eu quem era o príncipe dele, agora e para sempre.



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Notas finais do capítulo

Peço perdão pela demora em atualizar aqui, postando um novo capítulo. Sinceramente, tentei caprichar nesse e na minha opinião, é um dos meus favoritos até agora. A demora valeu a pena, ao menos... Espero que achem o mesmo. Aguardo suas opiniões, elogios e críticas!