Perfect Two escrita por oliverqueens


Capítulo 2
Encontros e Desencontros


Notas iniciais do capítulo

Narrador: Sam Evans



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As Seletivas seriam no próximo dia! Os nervos de todos os membros do Clube Glee estavam à flor da pele. Ânsia, nervosismo, tudo misturava-se em uma ocasião como aquela. Mantínhamos-nos em formação e em diversos ensaios diários, buscando aperfeiçoar a dança durante as apresentações que faríamos. Na sala do clube do coral, naquele instante, dançávamos. Brittany e Santana conseguiam se divertir juntas enquanto treinavam e o grupo de rapazes – Puck, Rory, Finn, Artie, Mike, Kurt, eu (Sam) e Blaine – fazia o mesmo, mas em passos diferentes. Mike era como o instrutor dos demais, porque, convenhamos, quem dos rapazes dança tão bem como ele? Eu até que dançava bem, mas perto de Mike... Minha nota era um F.

– Mike – Blaine falou de repente, parando seu treino e enxugando a testa molhada de suor. Interrompera a todos e provocou um ar irritado em mim, que estava muito animado tentando aprender os passos que Mike nos ensinava – até aquele instante, pois fomos interrompidos pelo adorável Anderson. O que esse cara tinha?

– Fale, cara. – Permitiu o oriental.

Blaine adiantou-se para a frente, ficando ao lado de Mike Chang. Tive que parar de me alongar para prestar a atenção, mantendo um sorriso irônico nos meus lábios cheios e avermelhados.

– Isso está muito rápido. Tem pessoas que não sabem acompanhar tão bem, os passos e tudo mais... – E mesmo que sem querer, seu olhar foi cair diretamente em Finn. Brittany e Santana perceberam e acabaram rindo. As duas, embora colegas do cabeça-de-feto há muito tempo, sempre tiveram certa aversão pelo garoto, embora a latina já tivesse ficado com ele. – Precisamos de algo mais calmo, mas que não perca o estilo e o ânimo de cumprir tal coreografia! – O moreno encenou uma coreografia rápida no mesmo lugar.

Mas quem ele pensava que era? Blaine não era nada para se sentir assim, tão importante e se ele tivesse que ensinar alguém a dançar, que fosse o antigo coral dele, não o Clube Glee. Adiantei-me, ficando do lado oposto de Mike, mas podendo assim olhar diretamente a Anderson. – Não, Seletivas é a primeira competição pra nós e precisamos de algo bastante chamativo e... Sexy! – Nisso, impulsionei o quadril para frente, em um ato bastante provocante, com as mãos fechadas, em punhos. Pude perceber a reprovação de Blaine, que colocou as mãos na cintura.

– Isso não é sexy. Isso é um movimento pornô, Evans. – Opinou Blaine Anderson.

– O Clube Glee não vive espelhado nos ensinamentos do Coral do Dalton, Blaine, portanto, não somos obrigados a ter uma postura como a de vocês. – Eu falei, fuzilando o moreno.

– Eu não faço mais parte d’Os Rouxinóis, cara. Já faz tempo. E aposto muito que o Sr. Schue não colocaria em prática esse seu... Seu... Gesto. – Blaine falava com a maior cara de reprovação e nojo do mundo, gesticulando com uma das mãos. Ele estava me provocando? Bem, estávamos quites, porque eu fazia o mesmo: provocava-o.

– Certo. – Falei.

– É sério, ninguém quer fazer essa sua dança pornográfica, seja lá como você aprendeu ela, Evans. Somos humanos e não objetos para fazermos esse tipo de movimentos. Bom, eu sei que sou. Já você, eu não sei... Deve ser um objeto que se vendeu, né? – Uma das sobrancelhas grossas de Anderson arqueou-se e ele sorriu em tom de desafio. Parti para cima dele, quase lhe fazendo cair, mas Puck e Mike ajudaram a apartar a briga. Droga! Todos se metiam. Queria ter a minha oportunidade de quebrar a cara daquele idiota. Após tudo aquilo, o professor Will chegara e nos mandara sair. Não pensamos duas vezes em fazer isso e, saindo pela mesma porta, cruzamos caminhos diferentes.

Segui diretamente para o vestiário masculino, onde me trocaria para o treino de futebol. Por sorte, Blaine não era do time, ou eu faria questão de estragar aquele rosto lindo – segundo o Kurt – com uma pesada bola.





Essa situação constrangedora entre eu e Anderson permaneceu durante todo o dia, até o outro. Era cedo quando partimos para as apresentações das Seletivas que fora tudo de bom. Poderia ter sido melhor, se não tivessem me deixado quase todas as músicas dançando ao lado de Blaine, a exceção da música que ele cantou. E que voz, eu tinha que confessar. Ele cantava muito bem e se levássemos o primeiro lugar (o resultado ainda não saíra), deveríamos boa parte de tal vitória a ele. Estávamos lá para dentro, distante do palco, aguardando que nos chamássemos para, enfim, dizerem o critério decisivo. Eu e Blaine trocamos algumas palavras anteriormente, mas nada muito informal. Algo confuso, mas o suficiente para chamar a atenção de Kurt, que mudou de local para próximo do namorado, atraindo Blaine para uma conversa altíssima sobre clássicos da Broadway. Fui obrigado a me afastar.

Então, de repente, um dos julgadores chegou à porta da sala, nos chamando. Muitos correram, embolando-se na saída pela porta, principalmente Rachel e Quinn, que chocaram-se de ombros, não dando muita importância para aquilo. Kurt correu saltitante e Blaine foi o próximo, porém eu segurei com firmeza a barra do smoking do garoto, impedindo-o de prosseguir. Acabamos ficando sós ali.



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