A verdade é que eu não sabia se estar de volta ao Clube Glee era bom. Não podia negar que eu estava muito ansioso, ainda mais por ter saído de um trabalho vergonhoso do qual Rachel e Finn me tiraram. Eu ganhava meu próprio dinheiro, mas não era confortável exibir meu corpo para tantas pessoas, ainda mais eu sendo meio que obcecado por exercícios físicos e ter uma insatisfação em mim, de que meu corpo está sempre precisando de um retoque.

Era época de preparo para as Seletivas e esse foi o principal motivo pelo qual Rachel e Finn me procuraram – se não o único motivo. Disseram que precisavam de mim. No ano passado, fora a mesma coisa. O Clube Glee precisava de novos participantes, pois estava sem muita estrutura. Eu entrei e foram raras às vezes que ganhei alguma música. Isso é desanimador, quando o nosso professor instrutor valoriza apenas uma dupla entre tantas pessoas cheias de talento na voz, dança e instrumentos, sendo que temos Santana e Brittany que, particularmente, cantam e dançam demais. E tem a mim, também!

Quando cheguei de volta ao Mckinley, as novidades eram muitas, embora, no Glee, os rostos fossem quase os mesmos, com exceção de Rory e... Blaine. O que aquele garoto fazia lá? Eu lembro claramente das Seletivas do ano passado, concorremos contra a escola dele! Com certeza, nosso professor não estava fazendo boas introduções ao clube. Não nego que o garoto canta bem, canta até melhor que Finn, mas ele vem de outra escola e isso me preocupa, porque se tem algo que detesto, é a traição.

Eu iria encarar, tentar me aproximar dos amigos que eu já tinha e fazer novos laços (com Rory foi fácil de fazer, aliás. Ele quase me pediu para eu ser amigo dele. Na América não fazemos amizades assim, cara...).