Ho-glee-warts escrita por Bruno Leo


Capítulo 2
Quando os laços começam




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Grifinória

A treinadora Beiste os guiou por uma escada até chegar em um grande quadro com uma mulher gorda pintada.
– Esta, jovens calouros, é a Lauraynne Zizes, mais conhecida pelos alunos como mulher gorda. Para entrarmos na sala comunal da Grifinória, temos que lhe dizer a senha, que este ano é “chocolate com amora” – e ao som dessas últimas palavras, a pintura de Lauraynne se moveu, liberando uma passagem antes escondida. Os alunos seguiram por ela.
No fim da passagem, uma grande e bela sala se encontrava, uma verdadeira área de lazer para os alunos. Era a sala comunal da Grifinória. A sala levava a dois quartos, o da direita era o dormitório dos meninos, e o da esquerda, das meninas. Os três novos integrantes daquela casa se sentaram no sofá próximo à lareira.
Rachel abriu sua mochila, pegou sua varinha e começou a balançá-la no ar, emitindo deliciosas notas musicais. Kurt e Mercedes olharam, e então fizeram o mesmo com suas varnhas. Apenas os três juntos formavam uma verdadeira orquestra na sala comunal. Mercedes resolveu acompanhar a melodia, vocalmente, e isso fez Rachel parar seus movimentos.
– Você... é boa. Não tão boa quanto eu, claro, mas é boa.
– Como? – Mercedes ficou sem saber se aquilo era uma crítica ou um elogio.
– Eu quis dizer que você é realmente muito boa, só que eu sou melh... Enfim, meu nome é Rachel Berry – Rachel se apresentou para os novos colegas.
– Eu sou Kurt. Kurt Hummel.
– Me chamo Mercedes Jones. E eu realmente amo cantar, e não tenho tanta certeza se você é melhor do que eu, não... – disse para Rachel
– Já estrelei três produções do teatro Wizard, é de família, sabe, minha mãe é Elphaba, a bruxa má de Wicked, tudo bem que por isso ela não tem muito tempo para mim, mas tenho dois pais gays, o que compensa a falta dela!
– É, garota, pra ser sua mãe, só sendo a bruxa má, mesmo, porque a boa, seria impossível – disse Mercedes. Ela e Kurt caíram na gargalhada, deixando Rachel com muita raiva.
– Podem zombar de mim à vontade. Vocês estarão aos meus pés quando eu for o maior ícone de Hogwarts!
– Como é que é? – perguntou Kurt – Olha, garota, vá com calma, aí, porque Hogwarts já é domínio meu.
– Hell To The No! – isso era como um bordão para Mercedes – Eu serei a maior diva dessa escola, não tenho a menor dúvida disso.
– É o que vamos ver – disse Rachel, e saiu para seu dormitório.

Sonserina

A sala comunal da Sonserina ficava nas masmorras do castelo. Quinn Fabray estava próxima de sua cama no dormitório feminino, arrumando suas coisas.
– Ei, Quinn – alguém a chamou da porta.
Ela se virou e o jovem garoto com moicano estava parado na entrada do dormitório.
– Como... Como sabe meu nome? Como entrou no dormitório feminino?
– Eu tenho meus meios, e estava reparando em você quando a professora McGonagall a chamou no salão principal. A propósito, meu nome é Puck! Quer dizer, na verdade é Noah, mas prefiro Puck.
– Meu nome é Quinn, mas você já sabia disso... Afinal, o que você quer aqui?
– Eu não sei, te conhecer um pouco melhor, aproveitar minha primeira noite em Hogwarts...
– Olha, se você está pensando em ter alguma coisa comigo, pode ir esquecendo!
– Escuta aqui – disse Puck, se aproximando e agarrando o braço de Quinn – não consigo parar de pensar em você desde a primeira vez que te vi, hoje. E nenhuma garota escapa do Puckzilla – e então, eles escutaram um barulho vindo do banheiro feminino.
– Rápido, saia daqui, senão irá se meter em encrenca. – disse Quinn
Puck então a largou e saiu correndo do dormitório, piscando o olho pra Quinn, antes de cruzar a porta. Ele não viu, mas ela sorriu.
Uma fração de segundos depois, Santana Lopez saiu do banheiro, sentou-se em sua cama e pegou um retrato seu com sua avó. Uma lágrima escorreu de seu rosto.
– O que foi? – perguntou Quinn.
– Nada – Santana tentou esconder a lágrima. Quinn foi se sentar ao lado dela, e a abraçou.
– É só que... Eu sinto tanta falta dela. Ela nunca mais falou comigo, quando descobrimos que eu era uma bruxa. Nem me olhou nos olhos mais... – disse Santana, chorando - E ela era tudo pra mim, tudo!
– Calma, tudo vai ficar bem! – consolou Quinn – Sabe de uma coisa? Estarei com você! Seremos inseparáveis. – Santana olhou pra ela e sorriu.
– Então tenho uma proposta para vocês – Sue Sylvester havia entrado no dormitório, sem que elas notassem – Andei observando seus movimentos, acho que as duas são perfeitas para a minha equipe de acrobatas em vassouras. O que acham?

Corvinal

No dia seguinte, Mike e Artie conversavam na sala comunal da Corvinal, eles estavam se tornando bons amigos.
– O que você acha da Tina? – Mike perguntou.
– Tina? A garota gótica? Ela parece ser legal, mas tem cara de poucos amigos.
– Acho que ela é um pouco tímida. Eu gostei dela.
– Por que você não vai falar com ela? – disse Artie.
– Não sei, não é a hora certa... Quem sabe um dia...
Tina então saiu de seu dormitório e passou pelos meninos na sala comunal. Ela olhou rapidamente e sorriu, cumprimentando, Mike corou.
– Cara, acho que vocês combinam, hein – Artie riu. – Formam um casal bonito.
– Esquece isso... Vamos, estamos atrasados – Mike então começou a empurrar a cadeira de rodas de Artie até a saída da sala comunal.

Lufa-Lufa

– Aqui está o horário de vocês, pessoal – informou Will Schuester – Finn, Sam, vocês terão defesa contra as artes das trevas no primeiro tempo, Brittany, a treinadora Sylvester pediu para que você se dirigisse ao campo de treinamento das acrobatas. Acho que ela te quer no grupo.
– Sim, professor, mas e se eu me perder?
– Brittany, o castelo é cheio de placas – disse Schuester
– Mas acordei essa noite para ir ao banheiro, e encontrei uma cozinha cheia de elfos bonitinhos trabalhando – respondeu Brittany.
– Elfos? Uau, isso é mais legal que ficção científica.É real! – disse Sam, maravilhado
– Você não sabia que eles existiam? – perguntou Finn
– Cara, até alguns dias atrás, eu nem sabia que essa coisa toda de bruxaria existia, é como se meus quadrinhos e filmes de ficção se tornassem reais.
– E não são reais? Quer dizer que fui enganada todos esses anos procurando pokemons atrás das plantas? – Brittany parecia decepcionada. Finn segurou uma risada.
– Meninos, chega de conversa, vocês têm aula, vamos. Finn, Sam, a sala fica no segundo andar. Brittany, siga para o jardim... Ah, Brittany, procure não errar o caminho.
E os três se encaminharam para suas obrigações.


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Notas finais do capítulo

Talvez você ache o comportamento do Puck um tanto inapropriado para um jovem de 11 anos, mas este é nosso Puckzilla, desde pequeno querendo ser o tal. Quanto às demais trocas de olhares e a utilização do verbo "gostar", por enquanto é apenas aquele sentimento ingênuo de criança.