Moon Doom escrita por Yukimura


Capítulo 2
Céu


Notas iniciais do capítulo

oiee, to animada, será que vai ser capítulo diario??? não vou iludir não sabe, vamos ter fé



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Inuyasha já havia sacado a tetsusaiga e posicionara-se em frente da esposa protetoramente.

Sesshoumaru moveu-se ainda mais rápido e lançou um golpe com sua bakusaiga desfazendo assim o casulo e libertando a figura de seu interior.

Parecia impossível, mas não era, agora ele tinha absoluta certeza que se tratava de Naomi. O golpe causara uma chuva de diamantes, mas antes que os estilhaços atingissem o chão ou qualquer um dos seres na área, planaram suavemente como centenas de penas cintilantes.

Ela aproximou-se da figura prateada, os longos cabelos negros e pele branca contrastavam com os olhos completamente negros que outrora foram azuis como o oceano.

Inuyasha ficou estático sem entender o que acontecia, mas estava preparado para qualquer que fosse a luta, se necessário.

− Ouji-sama, há quanto tempo eu estive nessa coisa? – a voz da mulher era muito harmônica e enquanto falava seus olhos tornavam-se azuis como o céu de um dia ensolarado.

Sua pele refletia a luz como centenas de fragmentos de vidro. Todos estavam atônitos com sua presença grandiosa.

− O que você faz aqui mulher? – Rosnou Inuyasha antes que Sesshoumaru pudesse responde-la.

Naomi moveu-se na direção da voz e encarou o hanyou. Sua pupila dilatou e contraiu novamente, seu rosto formou uma expressão um tanto cômica de espanto.

− Esse é o filho de Izayoi? – Exclamou ela levando uma mão a boca. – Pelos céus, por quanto tempo estive nessa coisa? – agora seu olhar demonstrava desespero e encarava o outro único Inu Dai Youkai do local.

− Sim Naomi, é meu meio irmão bastardo. – A resposta de Sesshoumaru não agradava o irmão, mas sua honestidade era geralmente marcada por opiniões pessoais.

Tanto Inuyasha quanto Kagome questionavam-se pelo título utilizado pela mulher, ‘Ouji-sama’, seria esse o Lorde das terras do Oeste?

Seu olhar foi atraído pela pedra da lua que agora jazia no pescoço de uma muito assustada garota humana chamada Rin.

− Isso me pertence... – disse ela aproximando-se da garota. Mas antes que pudesse alcança-la, Sesshoumaru interpôs seu caminho.

A sobrancelha da mulher arqueou-se, era um maneirismo que ele sabia que tinha adquirido de seu pai tanto quanto ela. Mais uma vez os olhares dourados e azuis travavam uma batalha silenciosa entre si.

− Me siga, temos coisas a falar rapidamente. – foi tudo o que disse quando desapareceu novamente deixando um irritado Sesshoumaru para trás. Seguir ordens nunca fora um ato agradável para o Lorde, sequer o fazia quando era jovem, e agora aquela mulher petulante achava apareceria e ordenaria que ele fizesse algo?

Aquele pequeno ato dela já fazia seu sangue ferver, não a seguiria coisa nenhuma, ele tinha coisas para fazer e ela não estava inclusa em nenhuma delas, de fato, não esperava nunca mais ouvir falar de Naomi.

Quando o Lorde virou-se para a humana quem presenteara momentos antes, a mensagem recente de sua mãe o incomodara. Seu sangue fervia ainda mais, fazendo com que pressionasse as garras contra a palma da mão inconscientemente.

As pessoas a sua volta falavam, e ele as escutava, mas honestamente era tão irrelevante que não processava nem mesmo uma palavra.

Olhou para Rin que parecia assustada com os recentes acontecimentos e avisou que retornaria logo.

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Inuyasha tentou segui-lo, mas foi impedido por sua esposa grávida.

− Eles parecem se conhecer do passado, você deveria dar privacidade a eles. – dizia ela no tom mais baixo que conseguia – Tente entender o que ele está passando agora... – e aquela menção o fez lembrar de sua história com Kikyou e quanto dela machucara Kagome.

Mas ainda mais que isso, o fez lembrar que é preciso enfrentar os fantasmas do passado para poder enfim aproveitar a vida do presente.

Sesshoumaru a encontrou sentada na beirada de um rio próximo ao vilarejo, nem longe demais e nem perto o suficiente para que fossem ouvidos.

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− Você alguma vez procurou por mim? – sua voz parecia afetada, e ele sabia que aquilo não era um bom sinal, uma vez que Naomi não tinha controle total sobre o próprio temperamento.

Nunca aquela cautela representaria que ele tinha medo dela, mas que temia por Rin e seu irmão e família patética – por mais que quase lhe causasse dor física admitir que agora, ele se importava.

− Eu tentei Naomi, mas fui avisado de sua condição por meu pai, sempre esteve longe dos meus interesses interferir nas escolhas dos humanos. – Manteve sua voz calma e não aproximou se mais da mulher sentada com as pernas submersas e com o olhar perdido no céu; mantinha agora uma distância de pelo menos três passos.

Por um momento seus sentidos foram assaltados pelo cheiro salgado das lágrimas dela.

− Estou aqui com uma missão que você com certeza sabe... – Sua voz era salpicada de tristeza.

− Estou consciente da maldição que assombra Rin. – Ao ouvir o nome da garota, parecia que algo a ferira, mesmo que ele soubesse perfeitamente que nunca havia acontecido a ela sentir dor física.

Naomi levantou-se e enxugou as lágrimas, então o encarou novamente com os olhos agora num tom âmbar muito próximo ao dele.

− Diga apenas por quanto tempo... Estive assim?

Ele não era mais sensível à suas reações como um dia fora quando jovem e imprudente. Manteve seu semblante frio enquanto a respondia.

− Aproximadamente trezentos anos.

Naomi fechou os olhos e lhe deu as costas novamente.

− Vou partir antes, tratemos de assuntos formais quando estiver de volta ao castelo de agora em diante. – e mais uma vez desvaneceu.

Então tudo que ouvira dos mensageiros do submundo era verdade. A pedra do inferno tinha dado uma data limite para a vida da garota humana, e mandara um fantasma vir colhê-la.

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Rin entrou em sua casa e sentou-se em seu futon perfeitamente arrumado. Kagome tentava lhe acalmar a ansiedade e medo crescente, mas depois de algumas frases, a cabeça da garota já não entendia o que ela dizia, parecia alguma língua estrangeira.

Lágrimas persistentes corriam por seu belo rosto, e ela apenas conseguia sentir uma agitação que não poderia nomear em seu peito. Aquele sentimento era novo, completamente recém adquirido. Era angustiante e desesperador.

− Kagome-sama, se importaria em me deixar sozinha por um instante? – ela conseguiu dizer com a voz trêmula.

Não havia planejado pedir privacidade, as palavras formaram-se e foram ditas sem que ela pudesse processar.

O olhar da mulher mais velha era doce a acalentador. Não disse nenhuma palavra mais, apenas tocou seu ombro por alguns segundos e partira.

Ela estava sozinha novamente, acostumara-se a solidão, afinal desde quando lembrava de sua infância, não tinha parentes vivos e tivera que se virar, até que aqueles aldeões malvados lhe tiraram a vida. Estremeceu levemente, como uma brisa fria passando de surpresa. Ela voltou a vida graças a ele, era grata pela nova chance de viver graças a ele.

As viagens e aventuras fizeram a alma infantil da garota muda restaurar-se. Ela não só falava como também cantava e brincava. Ela vivia graças a ele.

E então ela começou a crescer e provavelmente se tornar cada vez mais desagradável, e ele a deixara...

Kaede-sama fora uma ótima mestra e lhe ensinara feitiços de miko – esses que ela até hoje não conseguia executar graças a falta de energia purificadora – e poções e até alguns rituais engraçados. Ela fora sua nova família por alguns anos. Mas já tinha uma idade avançada e quando se fora, deixou a menina mais uma vez sozinha.

Esperou pelo dia em que o Lorde pudesse leva-la de novo em alguma aventura... Mas como poderia ela uma humana adulta desajeitada agora ser útil a um grande Inu Dai Youkai como Sesshoumaru.

As lágrimas corriam livremente, não fazia mais esforço para contê-las.

− Essa não é uma visão agradável. – a voz dele a pegou de surpresa. Como sempre ele se movia como o vento e não sentia nenhuma vontade de alertar sobre sua chegada.

Rin levantou-se de sobressalto e enxugou as lágrimas, tentando parecer o mais apresentável possível. Quando virou, os olhos dourados tornaram suas pernas fracas e seu coração agitado.

− Peço desculpas pelo meu comportamento infantil e desagradável Mi Lorde. – disse ela com uma reverencia desajeitada.

− Não precisa se desculpar por ter sentimentos humanos Rin, isso é o que você é. – sua voz parecia mais próxima e quando olhou pra cima, de fato estava.

À meia luz da casa humilde, Sesshoumaru brilhava como uma figura mística.

Ela não sabia como, mas agora sustentava o olhar dele por mais de cinco segundos.

Ele podia sentir como sua fragrância havia se alterado, do suave doce ao almiscarado selvagem, e não podia evitar suas próprias reações também.

− Quero saber se decidiu me acompanhar ao Oeste. Não pretendo repetir minha proposta. – ele era incisivo, mas seu próprio auto controle tremulava. Havia no fundo de sua alma, algo próximo ao ‘medo’, ela poderia recusá-lo; poderia ter vontade de continuar entre os humanos, e então tudo aquilo...

− Sim. Vou acompanha-lo para onde quiser ir Mi Lorde.

Aquilo simplificava as coisas.

 


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Notas finais do capítulo

e ai? nos vemos amanhã será?



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