Os Três Amores Da Minha Vida escrita por Azzula


Capítulo 5
Por Favor, Tenha Olhos para Mim


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me por demorar. Fiquei toda atolada com o trabalho e provas na escola, me desculpem mesmo. Espero que gostem pois me dediquei inteiramente à Onew meu amô ♥



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A semana havia passado rapidamente. Estudei arduamente, ignorando provocações de alguns alunos.

Era finalmente sábado.

_ Ommá, está pronta? – perguntei esperando na porta de seu quarto.

_ Sim! Falta só o batom e... pronto! – disse passando o batom rapidamente.

_ Decidiu aonde vamos? – perguntei paciente.

_ Não sei ainda. Talvez devêssemos ir ao shopping almoçar. Ah! Eu conheço um ótimo restaurante no centro...

Ela contradizia-se o tempo todo.

_ Ya! Já sei! – disse em um insight. – Que tal se pedirmos uma comida pra viagem, e comemos em um lugar que eu sei que vai adorar!? – disse ligando o carro.

_ Por mim está ótimo. – sorri.

Um dia só de mulheres, era o que precisávamos.

O Senhor Lee JaeSoon estava em uma viagem de negócios e Kiseop em uma coletiva de imprensa para a música nova do U-Kiss.

_ No que está pensando? – perguntou-me curiosa.

_ Será ótimo passarmos o dia juntas ommá.

_ Ana, quanto a isso... – fez uma cara aborrecida. – Sinto muito mais as 15h00, precisarei ir ao escritório. – encarou-me.

_ Tudo bem. – disse enquanto pensava no que poderia fazer sozinha.

Chegamos ao restaurante então.

Era um lugar simples, especializado em frituras e comida mexicana.

_ Gosta de comida mexicana? – perguntei surpresa.

_ Adoro! Posso comer apenas quando JaeSoon está viajando, ele tem intolerância a pimenta.

_ Ah...

_ Boa tarde, o que desejam? – perguntou sorridente a atendente.

_ Boa tarde! Poderia providenciar dois tacos e uma porção de frango frito pra viagem? – disse ommá. – Tudo bem pra você Ana?

_ Está ótimo.

_ Ok, tudo ficara pronto em 15min. – saiu a moça;

_ Então... Ana – encarando-me de maneira engraçada – como está a escola?

_ Ah, está difícil, mas creio que nessa semana já estará melhor. – confessei.

_ Jura? Porque? – interessada.

_ As matérias estão complexas e puxadas agora. – omiti o real problema.

_ Ah... me lembro quando Kiseop entrou nessa escola... Só faltou enlouquecer! Com o tempo você pega o ritmo.

_ É, espero que sim! – ri.

_ Mas me conte, já tem algum paquerinha? – disse piscando.

_ Ommá!? – ri

_ Ah, vamos... eu sei que lá tem garotos bonitinhos na sua idade.

_ Bom, isso eu sei mas...

_ Chiao Ana, não me enrole! Esses olhos já confessaram tudo!

Meus olhos? Entregaram o que? Quer dizer, eu não estava gostando de ninguém, estava apenas encantada. Né?

_ Ah ommá, realmente, tem um menino... – disse pausadamente. – Ele é...

_ AAAH! Jura? Qual o nome dele? Como ele é?

_ Calma. – ri, eu estava falando com ommá ou com a Brookie? – Ele é normal. Não gosto dele, eu apenas acho seu sorriso lindo...

_ É assim que começa!

_ Aqui senhora, seu pedido. – dessa vez, um rapaz.

_ Obrigada.

Pagamos, e partimos.

_ Onde é mesmo esse lugar?

_ Ah, já estamos chegando. É um parque aqui perto...

Chegamos então.

Em Seoul não existiam dias quentes como no Brasil, mas comparado a outros sábados, aquele estava sendo definitivamente quente.

Era um parque maravilhoso com uma lagoa enorme no centro, onde as pessoas corriam em volta.

_ Aqui... Vamos sentar aqui mesmo! – disse sentando-se sobre a grama suja.

Sentei-me e começamos a comer.

_ Sabe, eu adoro aqui... – disse mastigando empolgada – Veja quanta gente bonita.

Encarei seu rosto rindo.

_ Ok, aqui tem gente bonita sim, mas é só por isso que gosta daqui?

_ Aham! – abocanhando a comida mais uma vez.

Lee SoonHyun era uma mulher divertida, engraçada e espontânea, que conseguia facilmente se adaptar com pessoas de minha idade, tornando qualquer momento memorável.

_ NOSSA! – disse de olhos arregalados me cutucando. – Olha aquele cara, que coxas são aquelas? – finalizou apontando para o homem correndo com short curto.

Eu ri.

_ Ommá, que nota da pra ele? – perguntei entrando na brincadeira.

_ Se vale até 10, eu dou 11. – rimos.

_ Olha esse, é bonitinho... – eu disse apontando outro homem.

_ Ah, valeria um 8, mas tem canelas muito finas... 7 no máximo. – concluiu.

_ Aquele ali tem um bom abdômen!

_ OMO! Como pôde dizer que aquilo é apenas bom? Com ele, eu definitivamente passaria o dia no tanque! – disse ela, fazendo com que eu morresse de rir.

Fomos justas juradas de cada homem que ali passava.

_ Vish... olha aquele ali coitadinho... – apontou-me alguém. – MAGRIIIIINHO... Apesar de ter uma barriga definida, é magro demais...

Meus olhos saltaram para fora.

“OMO, não pode ser!” – pensei.

_ Aish... – disse baixo.

_ Que foi Ana?

_ Ommá, é ele... o cara que te falei...

_ Oh! Jura? – disse constrangida por tê-lo chamado de magrelo. – Ele definitivamente tem um bom rosto!

O que Onew fazia ali?

Ele estava correndo com calça de ginástica, sem camisa, com a camiseta sobre os ombros.

Ele se aproximava de onde estávamos sem perceber que eu estava ali.

_ Chame por ele!

_ Não ommá, e dizer o que?

_ Aish, não seja boba!

De repente, ommá riu alto, quase como um berro, justamente quando Onew passava por nós.

Eu queria enfiar minha cabeça na terra e não tirar nunca mais, mas ainda tinha esperanças de que ele não tivesse nos visto.

Tarde demais.

Onew se aproximava com um gigante sorriso enquanto eu contemplava sua barriga definida discretamente.

Ele se aproximava calmamente quando inesperadamente tropeçou e me fez rir.

_ Ya, Ana! – disse retomando os passos.

_ Onew! – sorri. – Esta é a Senhora Lee SoonHyun.

_ Olá. – disse ela com uma expressão perversa.

Medo.

_ Olá Ajumma – disse cumprimentando-a formalmente.

_ Ya, menino, pode me tratar normalmente! Não sou como aquelas velhas chatas que fazem questão da formalidade! – disse ela rindo.

Onew parecia envergonhado.

_ Quer comer com a gente? – perguntei.

_ Não sei se seria certo comer logo após uma corrida...

_ É frango. – eu disse esperando sua reação.

_ Eu aceito, claro! – sentou-se rapidamente ao meu lado, completamente suado.

Ommá riu.

_ Espera, eu conheço você, de algum lugar... – disse SoonHyun para ele. – Você é um daqueles magrelinhos que cantam, assim como meu filho, não é?

_ Quem é seu filho? – perguntou ele abocanhando desesperadamente uma chocha de frango, não se importando com o “magrelinho”.

_ Lee Kiseop, o “irmãozinho” da Ana. – disse ela, rindo do desespero do garoto.

_ Ah, sim, claro! Deveria ter deduzido... É, eu sou líder do grupo Shinee, que bom que a Senhora me reconhece.

_ Você é uma figura marcante... Acho que você inclusive caiu no dia em que eu te vi. – disse olhando no relógio. – MEU DEUS! Crianças, eu preciso ir! Estou um tanto atrasada. Por favor, cuide dela Onew. – disse levantando-se rapidamente limpando a terra em sua bunda.

Fuzilei-a enquanto partia, ainda não estava na hora de ela ir, ela fazia de propósito!

_ Então, ela parece legal! – disse ele capturando mais um pedaço de frango.

_ Ela é demais, sempre me faz rir. É realmente uma mãe pra mim. – disse.

_ O que ela diz sobre a sua situação na escola? – perguntou ele interessado.

_ Ela não sabe. Não sei se devo contar.

_ Se me permite dizer, acho que não se escondem esses tipos de coisa de uma mãe. – encarou-me seriamente, como nunca havia visto-o.

_ É. Talvez tenha razão. – admiti. – Só não sei como dizer, ou como ela reagirá... Tenho medo de piorar tudo!

_ Se ela é tão legal quanto parece, não tomará atitudes impulsivas, como minha mãe faria, por exemplo.

Mal sabia ele da atitude impulsiva que ela havia tido há minutos atrás.

Continuei em silêncio.

_ Antes que me esqueça, preciso me redimir com você! Me desculpe. – disse apontando um frango em minha direção, como uma flor.

_ Desculpar pelo que? – peguei o frango.

_ Aquele dia na escola, eu deveria ter sido mais corajoso e defendido-a daquela menina. Deveria ter protegido você. Que tipo de homem deixa ofender uma amiga?

_ Ah, realmente, isso foi gravíssimo! – disse irônica. – Nem me lembrava disso, não se preocupe.

_ Mas sinto que tenho uma dívida com você.

_ Considere sua dívida paga só por estar aqui... Se não fosse isso, passaria o dia todo sozinha! Na verdade, nem sei o que fazer ao voltar pra casa.

Onew calou-se pensativo.

_ Ei! Ainda está ai? – passei a mão diante de seus olhos.

_ Tive uma idéia!

_ Que idéia?

_ Pagarei minha dívida distraindo-a o dia todo. – sorriu.

_ Por mim tudo bem, mas o que faremos?

_ Vou levá-la a um lugar, mas é surpresa. – sorriu diabólico.

Enquanto íamos andando pelas ruas de Seoul, Onew mostrava-me seus lugares preferidos que encontrávamos pelo caminho.

Ele me fez rir a maior parte do tempo, apresentando-me toda a harmonia que aquela cidade tinha. Aquilo tudo era maravilhoso, e ele estava sendo meu guia.

_ Está cansada? – perguntou.

_ Não, estou acostumada a andar.

_ Hoje não fui para o parque de carro. Decidi que ia andando pra me aquecer. – explicou. – Mas já estamos quase chegando.

_ Sem problemas. – disse agarrando-me em seu braço para atravessarmos correndo.

Enfim chegamos.

Outro parque.

_ Ah, um parque... – disse confusa. Porque ele me levaria de um parque para outro?

_ Não é um parque comum. – olhou-me. – Apesar de termos andado um pouco, acha que consegue subir essa serra comigo? Garanto que valerá a pena!

_ Claro que consigo, mas, por favor, vamos andar um pouquinho só mais devagar. – disse ofegante.

_ Ok. – disse ele rindo de minha fraqueza.

Fomos então, porém ele permaneceu calado.

_ Posso realmente confiar em você, não posso? – disse-me ele cauteloso.

_ Mas é claro que pode. – tentando entender o porquê da pergunta.

_ Sabe, venho muito aqui. – diminuiu mais ainda o passo. – É aqui que penso sobre minhas ações, se estou sendo um bom líder e uma boa pessoa.

_ Você pensa muito sobre isso não é? – tentando entende-lo.

_ Sim. Viver assim é o que eu sempre sonhei, porém, existem seus lados ruins. – continuou. – Estou sendo observado a todo o momento, e julgado caso cometa algum erro, por menor que seja. Isso às vezes impede-me de fazer coisas que eu adoraria fazer.

_ Já colocou tudo em uma balança?

_ Como assim? – encarou-me confuso.

_ Ah, as vezes, quando estou em dúvida sobre algo, coloco em uma balança os prós e contras, o que acabar compensando mais, é o que eu escolho. Se você acha que sua vida vale completamente a pena, mesmo com essas coisas ruins, então apenas continue. – aconselhei.

_ É, eu sei. Mas as vezes fico triste. Gostaria de ter uma namorada, por exemplo, passar fins de semana com minha família, conviver com meus outros amigos além do Shinee e ir ao cinema tranquilamente.

Permaneci em silêncio.

_ Ainda me sinto culpado por não ter defendido você. Agora é sério, me desculpe.

_ Não precisa se desculpar. – olhei-o e encarei o chão.

_ Acho toda essa situação muito ridícula! – confessou. – Mas naquele momento, fiquei tão abismado que simplesmente não consegui dizer nada. – respirou fundo. – Mesmo sendo mestiça, ainda é uma mestiça linda! – disse rindo fitando o chão, enquanto meu coração explodia por ouvir tais palavras.

_ A-aaah... obrigada. – morri por dentro.

_ Ah, por favor Ana, me ajude. – parecia cansado e incomodado com algo.

_ Onew, o que acontece com você? – perguntei.

_ Ah, não é comigo... É Taemin! Ele está estranho.

_ Estranho como?

_ Não sei dizer... Acho que ele está apaixonado. – suspirou.

   Chegávamos quase ao topo de serra.

_ Agora que JongHyun está namorando, acredito que Taemin queira seguir seus passos e se relacionar com alguém. Key não da atenção para isso agora, ou pelo menos finge muito bem, e MinHo se atola tanto com exercícios físicos e treino, que acho que nem se lembra que garotas existem... – finalizou.

_ E você se incomoda com isso?

_ Sim. O SHINee é como minha família. Tenho medo de que por motivos distintos, nós acabemos nos separando, mesmo que emocionalmente. Ultimamente não estamos tendo tantas conversas amigáveis.

_ As vezes é só um momento ruim. Veja, Taemin ainda é um adolescente. Está passando agora por algumas coisas que passamos há alguns anos atrás. É normal que ele queira conhecer meninas de maneiras diferentes. Com você não foi assim?

_ É, foi. – ele riu.

_ Então...

Chegamos ao topo e pude ver uma enorme cachoeira. Fiquei maravilhada.

Onew envolveu seu braço em meus ombros, fazendo com que meu estomago desse um milhão de cambalhotas.

_ Sabe o propósito desta cachoeira?

Não sabia. Observei que a cachoeira estava cheia de pedras empilhadas, só.

_ Não, não sei. – disse.

_ Vê essas pedras? – afirmei com a cabeça. – São desejos.

_ Ãh? – disse sem entender.

_ Venha que eu te explico. – disse soltando-me de seu abraço e tirando seu tênis. – É melhor tirar seu tênis também... – aconselhou.

Tirei e entramos na água.

A água era gélida e as pedras escorregadias. Onew segurava minha mão, orientando-me sobre aonde pisar.

_ Cuidado, ai tem um buraco. – disse.

Com a outra mão ele levava nossos tênis. Paramos então, no meio da cachoeira.

_ Ya, e então, o que fazemos agora? – perguntei de forma engraçada.

_ Escolha uma pedra para mim, e eu vou escolher uma pra você. – disse colocando nossos sapatos sobre uma pedra maior.

_ Aqui, essa está boa? – perguntei.

_ Ó, que pedra linda! – brincou.

Eu ri.

_ Escolhi essa pra você. – mostrou-me a pedra.

_ Ok, então, o que fazemos agora?

_ Você precisa escolher um lugar para empilhar sua pedra, e fazer um desejo.

Empilhei minha pedra, enquanto ele empilhava a dele de olhos fechados.

Pronto.

_ Agora me diz, o que desejou? – perguntou-me ele.

_ Isso faz parte do procedimento? – perguntei duvidando.

_ Claro que faz! – afirmou – Se você conta a algum amigo, é ai que o desejo se realiza mesmo!

Encarou esperando que eu dissesse o que havia desejado.

_ Ok! Eu desejei que esses próximos dois anos sejam inesquecíveis.

_ Só dois anos?

_ É. É o tempo que irei morar aqui... – expliquei – Mas e você, o que desejou?

Ele hesitou.

_ É um tanto embaraçoso. – olhou para as pedras empilhadas.

Apenas esperei que estivesse pronto para dizer.

_ Desejei que Park Min me ame. – finalizou corando.

Park Min?

Tentei disfarçar minha surpresa piscando rapidamente, mas meu coração estava apertado, e eu estava segurando com toda a força do mundo para não chorar.

Sorri.

_ Park Min, hm... – brinquei. – Pode me contar tudinho! – insisti, fazendo-o sorrir.

Park Min. Era esse o nome dela. A garota que estava no coração do homem que fazia com que o meu coração batesse mais forte, até parecer saltar do corpo. Desabei por dentro.

_ É uma longa história. – entristeceu sua face. – Somos amigos de infância, e ela é absolutamente linda. Morava do lado da minha casa e sempre estava comigo quando meus pais estavam ocupados trabalhando. Foi meu primeiro, único e inesquecível amor. – finalizou sorrindo pra mim.

De repente em um escorregão, Onew esbarrou em meus tênis, que caíram na água e foram embora com a correnteza.

Nos encaramos seriamente até que não conseguimos e desabamos em risadas.

_ OH! – seus olhos estavam arregalados e sua pele vermelha – Me desculpe!

Não conseguia falar. A cena dele escorregando repetia em minha cabeça e fazia com que eu risse cada vez mais, sem conseguir respirar.

Saímos da água, ainda rindo. De mãos dadas para não escorregarmos. Já era noite.

_ Suba aqui. – disse ele virando-me as costas.

_ ÃH? – confusa.

_ Anda logo! Sobe!

_ Claro que não, enlouqueceu?

_ Louco seria se deixasse você ir descalça enquanto é culpa minha você estar sem sapatos.

_ Não, é muito longe daqui até la embaixo...

_ Que nada, agora é decida. Suba... – disse puxando meus braços e envolvendo-os em seu pescoço.

Subi.

Ele seguiu caminho sem expressar cansaço, calado.

_ Então, continue contando-me sobre ela. – insisti.

Senti que ele quisesse desabafar esse amor com alguém, e mesmo que isso fosse ferir meu coração, estava disposta a ouvir para aliviá-lo.

_ Ana, ela é maravilhosa! – imaginei um sorriso abrindo em seus lábios. – Quando ela sorri, o mundo sorri com ela. Quando ela fala, parece que tudo entra em harmonia no mundo.

_ Você é mesmo apaixonado por ela. – disse baixo.

_ É um amor que eu não consigo superar.

_ E onde ela está agora? Porque não estão juntos?

_ Bem, ela segue com sua vida em uma cidade pequena não muito longe daqui, mas com as responsabilidades que tenho, não consigo vê-la. Sei que se nos encontrarmos, não terei coragem de deixá-la, abandonando tudo que consegui até agora.

_ E já colocou na balança? – perguntei.

_ Não da. Não é só a minha vida. Não posso considerar só o meu amor. Além de amar o que eu faço, os meus amigos também amam, e construímos isso juntos. Não posso deixar tudo o que construímos juntos só por um capricho.

Nos calamos.

“Onew, tenha olhos para mim” – pensava enquanto me sentia uma tola.

Me perguntava se alguma vez sentiria o amor. Como ele realmente é. Como ele é quando as duas pessoas estão envolvidas. Quis saber como era o sentimento de ser beijada, de ser amada. Isso nunca havia acontecido.

Senti-me inútil por nunca ter causado em alguém, o sentimento que Park Min causava em Onew.

Me senti pior ainda quando me lembrei que era uma mestiça, e que esse fato acabava criando uma barreira em minha mente, que achava que isso era empecilho para alguém acabar me amando.

_ No que esta pensando? – perguntou-me ele.

_ No amor. – disse baixo, já que estava perto de seu ouvido.

_ Já amou alguém? – ele me perguntou.

_ Não sei bem se é amor o que eu sinto. Nunca havia sentido antes. – concluí.

_ Posso saber quem é? – perguntou-me em tom de comédia.

_ Sem chance.

Ele riu.

_ Sunbae, pode me deixar no chão, sei que está cansado.

_ Sem chance. – retrucou.

Encostei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos sem perceber. Queria permanecer para sempre daquele jeito.



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Notas finais do capítulo

Espero mesmo que tenham gostado! Estou insegura quanto a essa capítulo, mas escrevi com todo o amor, obrigada mesmo por lerem. um beijo~♥