Os Três Amores Da Minha Vida escrita por Azzula


Capítulo 4
O Que Seria Um Absorvente? (Narrada por Kiseop)


Notas iniciais do capítulo

Queria dizer que ri muito imaginando este capítulo, e que ele foi inspirado em um episódio do dorama "Personal Taste". Inspirado, não copiado.
Espero que gostem tanto quanto eu (:



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É claro que eu estava preocupado com ela. Onde ela havia se metido afinal?
_ Achou a Ana? - perguntou SooHyun vindo em minha direção.
_ Nem sequer procurei por ela!
   Ele me olhou mortalmente. 
_ Ya, até quando será teimoso?
_ Hyung, mandei uma mensagem e ela nem se incomodou em responder. 
_ Dê um tempo a ela. 
_ Então, isso significa que não preciso procurar por ela. 
_ Vamos ver até quando mentirá para si. – SooHyun disse arrastando-me para a sala.

   No corredor, vasculhava cada rosto, esperando encontrar o de Ana, quando finalmente chegamos à sala de inglês.

   Por mais que a aula de inglês me interessasse, não conseguia parar de pensar nela, ou se naquele momento, ela estaria chorando.

_ ... o que acha? – disse SooHyun.

_ Acho do que?

_ Kiseop! – ele estava irritado por não ter atenção. – Ah, já sei. Porque não vai atrás dela? – disse franzindo o cenho.

_ Quem disse pra você que é isso que quero fazer?

_ Até quando vai pensar que me engana Lee Kiseop?

   Não conseguia mentir para ele. SooHyun era um bom amigo sempre. E me conhecia como nenhum outro membro do U-Kiss.

   Por acaso, fomos os únicos membros a cair na mesma sala, o que era bom. Hyung sempre me distraia, fazíamos lições juntos e sempre me divertia com suas brincadeiras. Era definitivamente alguém que eu gostava de ter por perto. Além de termos o mesmo tipo sanguíneo e as mesmas características.

_ Chega! – disse ele fechando meu livro. – Vá atrás dela agora!

   Não mentiria mais para mim mesmo, levantei-me, chamando a atenção de toda a sala, e me retirei.

   Procurei por ela então.

   Nada na cantina, nada no pátio, nada na biblioteca, nem na sala de estudos, muito menos na sala de informática. Esperei um tempo na porta do banheiro, e ninguém saiu de lá.

   Faltava apenas um lugar. Se ela não estivesse na quadra de esportes, definitivamente teria ido embora.

   Corri escadaria abaixo, o mais rápido que pude. Chegando ao corredor principal, já no térreo, caminhei em direção a grande porta azul, e a abri em um impulso.

   Analisei cada canto da quadra, enfim, encontrei-a.

   Espera, aquele era... JunHyung? O JunHyung... JunHyung? DO BEAST?

   Lembrei-me então da cena em que JunHyung levava Ana para algum canto enquanto eu ainda estava paralisado pela notícia no blog. Senti meu sangue fervendo novamente.

   Fui furioso em direção aos dois, que de olhos fechados, nem sequer haviam percebido minha presença.

_ Ya, Ana! – disse segurando o braço de Ana, que surpresa, abriu seus olhos.

_ O que você quer aqui? – dessa vez era JunHyung dirigindo-me a palavra e afastando-me dela. 

_ Ainda não falei com você! – permanecemos nos encarando.

   JunHyung e eu não nos dávamos bem desde festivais anteriores. Sempre o achei metido, como se ele se sentisse superior a todos, e sabia que ele pensava o mesmo de mim.

_ Ana, o que faz aqui com ele? – tentava controlar minha raiva.

_ O que ainda faz aqui? – disse-me ele. – Acha mesmo que tem algum tipo de moral? Ainda não a fez sofrer o bastante? Ou vai me dizer que não sabe que grande parte disso é culpa sua?!

_ Isso não é da sua conta. – disse com um pouco menos de confiança, pois sabia que em partes ele tinha razão.

_ Não percebe que ela não quer você aqui? – disse ele.

_ Então, quero ouvir isso dela! – Ana permaneceu calada.

   Mantive meus fixos no rosto dela, seus olhos estavam muito inchados, como se ela tivesse chorado por muito tempo, eram como duas jabuticabas gigantes, mas ainda assim estava linda.

   Meu coração queria abraçá-la, mas meu orgulho me impedia.

_ Você esta bem? – JunHyung disse segurando a mão de Ana, fazendo com que meu sangue fervesse.

   Nesse instante, ele entrou em minha frente, tirando meu foco de Ana, encarando-me mano a mano.

_ Quer morrer? – finalmente disse.

_ Experimente. – disse ele ainda me encarando. Eu realmente queria socá-lo.

_ Parem com isso vocês dois! – Ana finalmente disse, porém, com a voz baixa. – Eu vejo você depois JunHyung.

   Senti-me glorioso!

   Agarrei-a pelo braço, mais ela se soltou indo em direção a JunHyung, e inesperadamente o abraçou forte. Pude ouvi-la agradecendo-o.

   O quão íntimos eles eram?

   Segurei-a mais forte, para que ela não soltasse desta vez, e ela simplesmente me seguiu.

_ De onde o conhece? – perguntei indiferente. Fingindo indiferença.

_ Ele é apenas um amigo. – ainda com voz baixa, e olhar cabisbaixo.

   Ela definitivamente não estava bem.

   A Ana normal diria algo do tipo “Não te interessa” ou “Agora te devo satisfações?” e se libertaria dos meus braços, mas ela só me seguiu. Nem estava se empenhando pra me irritar, como sempre fazia.

   Olhei seu rosto por um instante, ela estava pálida.

_ Aonde vamos?

_ Vou levá-la pra comer alguma coisa. Que tal um macarrão? – sorri.

   Ela permaneceu em silêncio. Quem cala consente?

__

   Ela estava sentada à minha frente, olhando para os talheres na mesa. Queria conversar sobre algo, mas sentia-me nervoso, não sabia pelo que começar.

_ Ana eu...

_ Aqui Senhor, o macarrão que pediu! – fui interrompido pelo garçom.

_ Obrigado.

   Coloquei o prato na frente de Ana, olhei-a com expectativas.

_ Coma!

   Ela apenas me olhou.

_ Ana, se pudesse se ver no espelho, se assustaria! – tentei ao máximo irritá-la.

   Ela me olhou novamente, dessa vez, com um pouco mais de raiva.

   Só mais um pouquinho.

_ Sem brincadeira, você está parecendo um...

_ Já chega! Não acha? – ela disse um pouco mais auto.

_ Então, por favor, coma! – implorei.

   Ela capturou os talheres, e começou a comer.

   Apenas a observei, e me lembrei das vezes em que ela comia como uma esfomeada, como se não visse comida à dias.

   Ri sozinho.

_ O que foi? – perguntou.

_ Não é nada, apenas coma. Parece faminta.

   Silêncio.

_ Kiseop, me desculpe por sujar sua reputação. – ela disse surpreendendo-me.

_ Ana, você não tem culpa! Eu me vingarei de quem postou aquilo no blog. Confie em mim.

   Ela calou-se novamente.

   Olhei por ela cuidadoso, até que ela finalmente terminasse de comer.

_ E você, não comerá nada?

_ Não, na verdade, estou cheio só de vê-la comendo.

_ Quer dizer que comi muito? – disse ela fuzilando-me como sempre fazia.

   Ri.

_ Não. Apenas não sinto fome.

_ Kiseop... – fez uma cara indescritível. -... Espero que pague por esse macarrão. Eu definitivamente não tenho dinheiro.

   Gargalhei.

   Ela era definitivamente surpreendente.

_ Eu a convidei para comer não foi? – ela confirmou com a cabeça. – Então eu pagarei.

   Notei seus olhos ainda inchados.

_ Desculpe por ter feito você chorar tanto.

_ Quem disse que eu chorei? – disse ela indignada.

_ Ah, não chorou é? – disse debochado.

_ Não! Porque choraria?

_ Não sei... Seus olhos estão tão inchados que...

_ MEUS OLHOS ESTÃO O QUE? – disse ela incrédula.

   Não consegui conter meu riso. Como ela conseguia ser tão cínica e mentirosa? E ainda assim, irresistível à meus olhos...

   Ela levantou-se imediatamente e foi em direção ao banheiro.

Garota dissimulada... Com os olhos parecendo duas ameixas gigantes, e ela ainda pôde negar o fato de ter chorado! É claro que ela chorou! Seria um milagre se não tivesse chorado... é sempre uma chorona! Foi engraçada sua cara ao saber de seus olhos...” – pensava enquanto ria de sua reação.

   Passaram-se 10 minutos e Ana ainda estava no banheiro. Estranhei, porém, pensei que tivesse sido pega por uma dor de barriga forte ou coisa assim.

   Já estava impaciente. Ela estava no banheiro à mais de 20 minutos... Que raio de dor de barriga seria aquela?

   Estava me levantando para ir em direção ao banheiro quando recebi uma mensagem.

  “ Kiseop, preciso que venha no banheiro urgente!

                                             Ana”

   O que ela queria?

   Cheguei à porta do banheiro, e enviei-a uma mensagem.

   “Estou aqui, o que quer?

                  Kiseop”

*uma mensagem*

    “Não, preciso que você entre aqui! Por favor, é urgente!”

   O QUE? Eu, entrar no banheiro feminino?

   JAMAIS!

   “Desista!” – enviei.

*mensagem*

   “Sunbae, é urgente! Urgência do tipo, URGENTE MESMO!”

 “Sunbae? Ana me chamando de Sunbae?” – pensei comigo mesmo.

  De certo ela estava sem papel higiênico e queria que eu levasse para ela, o que de fato não aconteceria!

  Eu jamais entraria naquele banheiro e sentiria o cheiro daquele “grande serviço” que ela estava fazendo... Não era pra tanto!

_ NÃO VOU! – gritei da porta do banheiro.

_ LEE KISEOP! – pude ouvi-la gritando de um dos banheiros.

   Aish... Entrei!

_ Cadê você? – perguntei querendo saber em qual dos banheiros ela estava.

_ Nesse! – ela disse passando a mão por debaixo da porta.

   Fui até lá.

_ É, até que o seu cocô não é fedido. – disse surpreso.

_ KISEOP! Para com...

_ A Ana, é normal... Eu sei que todo mundo caga, com você não seria diferente... Você quer papel? É isso?

   De repente ela lançou um rolo de papel higiênico por cima da porta que me atingiu a cabeça.

_ Ué, se você tinha papel ai, porque me chamou? Também, agora não vou devolver esse, vai ficar sem!

_ Seu estúpido, cabeça dura, idiota! Não é nada disso!

_ É o que então? Quer me fazer passar vergonha no banheiro feminino como vingança pelo seu uniforme do avesso?

_ NÃO! Para de me irritar, preciso dizer logo!

_ Então diga criança! – disse curioso.

_ Preciso que pegue aquela coisa de mulher pra mim...

_ Que coisa de mulher?

_ Kiseop, não finja que não sabe! É vergonhoso dizer...

_ Mas que coisa de mulher é essa? – realmente não sabia o que era.

_ AAISHHHHH...

   Com um tom irônico e impaciente, ela me explicou:

_ Kiseop, todo mês, pelo menos 3 dias seguidos, todas as mulheres a partir de uma certa idade passam por uma coisa chamada menstruação... – não ouvi nada a partir daí. Paralisei.

_ Kiseop?! KISEOP! – disse ela impaciente, abrindo uma fresta na porta, socando meu braço.

_ Por acaso, você esta me pedindo pra ir comprar...

_ Aish, francamente! Pensei que nunca fosse entender! – disse irritada.

_ HA, de jeito nenhum! Não vou, não vou, não vou! Por mim, você pode sair assim mesmo...

_ Sunbae...

   Meu coração disparou pelo Sunbae.

_ Sem essa de sunbae! Desde quando é assim? É do tipo chantagista?

_ Kiseop, se você não for, não vou sair daqui por pelo menos 3 dias. – ela disse choramingando.

_ Por mim tudo bem! Fome você não vai passar já que estamos em um restaurante...

   Inesperadamente, fui atingido por um objeto de metal. Parecia aquilo que você põe o papel higiênico...

_ AI!

_ O próximo será o cesto de lixo! – ameaçou.

_ Ok, ta bom! – não acreditava em tais palavras que dizia. – Onde compro esse negócio?

_ Na farmácia! Kiseop, como pode? Sua mãe também é mulher!

_ E você acha que eu pergunto essas coisas? Minha mãe é uma mulher prevenida!

_ Foi um acidente! Vá logo!

_ E ainda está com pressa? – indignado. – Não sei nem como chama isso!

_ Se chama absorvente. Que horror! Não sabe nem o nome...

_ YA! Por acaso sou mulher? – era incrível o fato de como ela me surpreendia a cada minuto.

_ Repita o nome Kiseop! – me ordenou.

_ Porque? – teimei.

_ PORQUE EU TENHO CERTEZA DE QUE VOCÊ É ESTÚPIDO E NÃO PRESTOU ATENÇÃO! – gritou, me fazendo querer cavar um buraco e me enfiar dentro.

_ Ab... A... Absorstente! – concluí.

_ Kiseop... – ela falou baixo. – Essa palavra nem sequer existe!

_ Não? Então como é?

_ Absorvente! AB-SOR-VEM-TE. Porque ele absorve o fluxo sanguíneo... Entendeu?

_ Visualizar o seu fluxo sanguíneo está querendo me fazer vomitar o macarrão que você comeu... – disse enjoado.

_ Então pare de visualizar coisas inúteis antes que vomite seus dentes! Estou cansada de ficar aqui...

_ Ta, não precisa ameaçar... Vou indo, absorvente, certo?

_ Vá logo, por favor.

   Fui então. Nem sequer sabia onde era a farmácia mais próxima...

   Estava preparando meu psicológico pra conseguir pegar um pacote desses.

   Cheguei na farmácia, dirigi-me até o corredor onde ficavam essas coisas, e vi um milhão de opções. Porque tantas marcas se eram tudo a mesma coisa?

   Peguei qualquer um, quando me deparei com elas, as fãs.

_ AAAAAAAAAAH! É o Kiseop Oppa!

   Escondi o pacote atrás de mim.

_ Pode me dar um autógrafo? – disse uma baixinha.

_ Pra mim também! – a mais alta.

_ Meninas, esse é um momento muito delicado mesmo... Será que – elas fizeram caras aborrecidas. Então, dei um beijo no rosto de cada uma, fazendo-as gritar, e sai correndo, depositando 1000 won’s no caixa.

   Enfiei o pacote em um saco preto que havia dentro do carro e acelerei até o restaurante.

   Chegando la, corri para dentro em direção ao banheiro feminino, e já sem vergonha, entrei.

_ Aqui! Cheguei! – disse passando o pacote por debaixo da porta.

_ A, até que enfim, pensei que tinha morrido no caminho! – disse ela com uma voz exausta.

_ Fui o mais rápido que pude. Você está bem?

_ Não. – disse ela choramingando.

_ O que tem agora?

_ Muita dor!

_ Dor onde? – apavorei.

_ É cólica Kiseop! Cólica! – disse ela impaciente, provavelmente pela dor.

_ Quer ir ao médico?

_ Não! Nada de médico!

_ Porque? Se tem dor, deve ir ao médico. – disse sem compreender.

_ Kiseop, é uma dor que não há remédio, devo apenas suporta-la.

_ Isso não faz sentido... – estava de mãos atadas... Queria ajudá-la, mas ela mesma já estava conformada com a dor. – Não existe nenhum remédio?

_ Existe... – disse saindo pela porta com o cenho franzido de dor. - ... Mas eu tenho apenas em casa.

   Ajudei-a em direção a porta, até entrarmos no carro.

   Ela gemia em cada buraco que passávamos, e eu não estava suportando vê-la sofrer. Como um homem, não conseguia ver isso sem poder fazer nada.

   Enfim chegamos e eu a levei para dentro no colo, ela nem sequer discutiu, estava com dor demais para falar.

_ Quer um chá? – perguntei mesmo sem saber fazer.

_ Hmm... – resmungou negando com a cabeça.

_ O que quer? – desesperado.

_ Nada. – sinalizava com as mãos para que eu saísse do quarto.

   Pesquisei na internet então, meios caseiros de fazer uma cólica passar, já que o remédio que ela havia tomado não estava resolvendo e minha mãe não estava em casa.

   Entrei no quarto e ela estava se revirando de dor na cama, toda encolhida. Meu coração faltava explodir de agonia.

   Deitei-a com a barriga virada para cima.

_ Ya, o que... faz? – disse com a voz mais baixa possível.

_ Não discuta! – ordenei.

   Levantei sua blusa de uniforme o suficiente e comecei a acariciar sua barriga em movimentos repetitivos, a fim de esquentá-la e assim, aliviar as dores.

_ O que esta fazendo? – ela perguntou ainda baixo.

_ Eu li na internet que isso ajuda a passar à cólica...

   Ela riu, causando dor.

_ Ei, não se esforce, apenas relaxe! – disse.

   Continuei acariciando sua barriga, sua pele era macia, mais que o normal.

   Senti meu estomago revirando, eu estava definitivamente nervoso, ansioso, e agradecido por Ana estar quase desacordada de dor. Assim, ela não estaria vendo minha cara totalmente envergonhada.

   Continuei ali, acariciando-a até perceber que ela finalmente havia dormido. Certifiquei-me de que estava realmente dormindo, isso significaria que a cólica havia melhorado.

   Não resisti, antes de abaixar sua blusa, beijei sua barriga, e a cobri antes de sair.

   Eu definitivamente amava aquela mulher, e a queria para mim. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews? *-----*
Devo me desculpar por novamente posta um capítulo curto. Isso aconteceu por motivos de força maior. Prometo dedicar-me mais no próximo.