O Último Dia de Vampiro escrita por Kilja Blóm


Capítulo 4
C4 - Assolações


Notas iniciais do capítulo

Desculpe o atraso de entrega mas, aconteceu alguns imprevistos.. Como: a tela do meu pc queimar .-. Mas chega de enrolação. Tenha uma ótima leitura! =D



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Terça Feira

1º Dia de Detenção



– Talvez Miguel Nicolelis deva instalar os eletrodos na própria cabeça já que, até macacos conseguem controlar os joystick com os próprios eletromiogramas.. – era a conversa que Pattrick Evans achava animadora enquanto Diana, cavava pá em cova funda em um dia inerte de sol.. Literalmente.

–Hm.. É.. – disse a garota atônita, dando atenção aos músculos dos ombros agora doloridos.

– Não é muito difícil mexer um braço mecânico, eles só precisam usar sistemas como a BMIs..

– Pattrick, será que dá para ajudar um pouquinho aqui?!.. – exclamou Diana, num tom aborrecido para o rapaz.

Evans vestido de calças cáquis, sentava-se próximo á uma cripta. Ele lia em uma das mãos, absorto, um exemplar de As 10 maiores descobertas da 1 década da Reader's Digest.

– Tá legal... - respondeu simples, fechando o exemplar e pondo-se a caminhar a seu encontro.


– É só que.. Eu não entendo.. Pra que se levar um caixão junto da sua viajem?!..- comentava Diana, enquanto puxava com força um dos lados da corda que se erguia o caixão.

– Vai ver a família é religiosa e gosta de zelar pelos parentes mortos..- opinou o garoto zombeteiro, puxando o lado esquerdo.

Teve um silencio breve para que os dois se desencadeassem em risadas.

– Bem, quanto mais ricos, mais egocêntricos.. – concordou ela, sentando-se no gramado, logo após jogarem o caixão de lado.

– É.. De uma forma você tem mais poder, se sente mais poderoso..- completou, juntando-se á loira.

– Sabe o que eu acho.. – começava Diana, preparando-se para soltar uma de suas frases divertida..

No entanto, alguém a forçara a retroceder.

“Que casal notável”, uma voz aguda e com um timbre claro, re-soou atrás da tumba de Gorgia Jenkis, a ex-diretora e fundadora da escola de Beetledale.

A voz pertencente, era de ninguém menos que, Victoria Helena Johnson.

Vestida com um novo cardigã tailandês, a garota trazia as típicas comparsas. Diana pôs se a andar calmamente em sua direção...

Segura da intenção da loira, Victoria lançou olhares para as garotas obesas que fizeram menção em cercá-la. O vermelho da corrente do crucifixo que Diana a atacara, ainda marcava suavemente seu pescoço.

– Ora, ora Hongs.. Não está vendo que seu namorado totalmente aprova essa sua atitude suja? – Vicky zombava da situação da outra, que era puxada por Pattrick pelo braço, lhe sussurrando coisas ao ouvido.

– Vai se ferrar.. – dizia Diana entre os dentes.

– Vamos Diana!.. Você sabe que não vale a pena! – exclamava Pattrick.

Johnson mantinha distância, dentro de cautolosos sete metros. Mesmo acompanhada das gêmeas Begwor, sabia que se Diana quisesse a atacar, faria de qualquer maneira.

– Já pode me soltar agora, isso não me impede de batê-la... – murmurou a garota, quando Evans, conseguiu dar uma volta em torno de umas das salmeiras próximas ao portão da Bothgard.

"Aproveita e cava um lugar pra você.. Com essa raiva toda, você não dura muito Hongs" gritou Vicky, ao longe.

Diana mirou Pattrick com um sorrisinho torto.

– Amanhã ela verá a conseqüência desta provocação..

– Ah, Diana.. Amanhã não tem aula não.. Não é aquele feriado nacional?. Bem, acho que só um conselho presidencial de classe que terá na escola.. – disse Pattrick meio sem jeito.

– Garoto, você está certo.. É isso mesmo Evans.






~~†~~






Parou de chofre no número 14, mas não entrou como usualmente fazia. Ela continuou subindo as escadas e, tendo feito, continuou até a 21º porta. Deu dois toques.

– Quem é?! – a voz insolente e rouca de Agatha perguntava do outro lado.

– Eu. - Hongs ouviu o agitar das chaves, antes da mulher virar a maçaneta.

– Está esperando alguém aí dentro por acaso, Agatha? – ela arqueava as sobrancelhas desafiadoramente, quando deu de vista com a dona da voz.

A mulher robusta, de cabelos finos e rosto de formato de coração, tragava uma bituca fedida que lançou nos pés de Diana. A garota não hesitou em apagar o resto do cigarro com a sola da bota; odiava cigarros.

– Escuta garota, minha vida não é da sua conta.. Imagino e, acho bom, que veio me trazer o dinheiro..

– Acho que eu vim tirar uma prosa..– Hongs tirava o maço de notas de dentro do casaco e entregava na mão estendida de Agatha, com um sorriso afetado.

A mulher passou os dedos nas notas finas com o olhar por cima da outra.

– Isto deveria ser pouco pela compensação da demora que você me paga.. Sabe? Pouco melhor que nada.. - continuou Agatha, oque fez Diana soltar uma risada reprimida.


– Escuta Hongs! Essa é a última vez entendeu?.. Cansei dessa sua ironia! Da próxima vez se não me trouxer a grana na data, pode arrumar as malas do seu querido pai..– quando a mulher fechou a porta na sua cara, é que caiu em si.


Suas economias se acabavam e mesmo achando graça do proveito de Agatha, ela estava com a razão.. Precisava arranjar um emprego ou ficaria sem aluguel.

Bem.. Tudo isto era culpa dela mesma, não era? Ou daquele maldito sangue.. Era o que achava, aquilo tudo, era herança dela.

Sua mãe esteve no auge da juventude experimental, era uma garota de Brighton dos anos 90. Sendo assim era durona, mas muitos truques perdia para aquela vida de nova era.. Engravidou-se com um qualquer de um pub; ambos possuindo apenas dezessete anos. E, mesmo que se lembrasse pouco, aquela imagem contorcida dela com cabelos cor de areia, entrando pela porta, ainda não morrera; mesmo que Diana não possuísse se quer uma fotografia sua.

Logo, aquela única cena que lembrava de como ela realmente parecia, se completava: uma mulher vinha até o loft com uma faca de cozinha entre as mãos, brigar-lhe pelo aluguel; gritando-lhe pelo nome.. Gritava Beatrice.

De resto não se recordava, só tinha a ligeira impressão do que participava. Afinal, tudo que sabia era pelo velho Hongs. Sabia que ele assumira sua tutela e que em 2003, Beatrice Washbrook morrera de meningite, devido ter contraindo o vírus HIV em 94.

Seu pai realmente era o Velho.. A única certeza que tinha. Mesmo tendo aquele remorso por ele... Trabalhara a vida toda como enfermeiro e, agora em um leito, em que todos os médicos e seus colegas do hospital, não podiam ajudá-lo.

A única herança que possuía do seu sangue real, era aquele terrível hábito de não pagar as contas de aluguéis, Washbrook já o praticava em 90; uma coisa que possuíam em comum afinal. Não mais que isso.

– Alô.. Molly?.

Oi, aqui é a Molly. Eu não estou em casa no momento na verdade, mas isso não impede de deixar um recado. Eu ouvirei todos os recados depois, não sou como alguns mal-educados que não ouvem... Retorno em breve, com certeza. Bye-bye!

Molly é a Diana.. Bem, eu.. Você pode ficar com Rhys amanhã?..

[...]

– Esquece, me des.. - a voz de Hongs tornava fraca.

Cala a boca! - Molly desligara impetuosamente o telefone.


Diana pôs então, a descer as escadas rudimente. – Tudo bem, quem que precisa dela?!.. – apertava o celular mudo.

“Alô, casa dos Singh. Quem fala?”


– Oi Shisha. Aqui quem fala.. É a Diana.





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Notas finais do capítulo

Obg por ler! õ/ Próximo capítulo se chama: Yazumo Shalin. Conterá surpresa e será mais longo.. Até lá!



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