O Último Dia de Vampiro escrita por Kilja Blóm
Notas iniciais do capítulo
Começo de trama um pouco lenta. A partir do C2 vamos presenciar mais ação.. Bem, boa leitura ;)
Ela estava na 5ª detenção daquele ano. O pior de tudo era que essa provavelmente deveria ser com a sra Goostrey e Diana a odiava eternamente.
A sra Goostrey suspirava após fechar a porta de sua sala para o início de mais uma das detenções com a aluna que mantinha recíproco desagrado. Diana Hongs.
Ela se sentou em sua cadeira e observou realmente séria, Diana sacolejar seu colar de dentes de alho inibidamente diante dos olhos, admirava aquela completa indiferença. Afinal, já era o segundo encontro naquele ano.
A mulher então sugou um pouco de ar da sala, como se o ato fosse necessário, e se pôs a falar, devagar:
– Eu realmente preciso perguntar se foi pelo mesmo motivo da detenção passada ou da outra que você está aqui, Srta. Hongs?..- perguntou, fazendo extremo ar de superioridade.
Diana mirou-a brevemente e voltou-se rapidamente para olhar os grandes anéis exóticos de seus dedos.
Não gostava de ficar olhando por muito tempo para a sra Goostrey, uma vez que se sentia obrigada á notar seu visual desagradável e irritante.
A sra. Goostrey se inspirava na Mortícia Addams. Vestia longas vestes pretas em corte V, tinha os olhos pintados que nem coruja e usava um cabelo a mais para parecer alto no topo da cabeça; esse era o detalhe extra mas, essa produção toda de Halloween era muito ultrapassada para Diana que a ignorava quase que obrigatoriamente.
– Ok.. Com sorte eu poderia te dar uma detenção parecida com a anterior.. Mas, a senhorita Sgorlon deseja um pouco mais: três semanas como coveira, trabalhos manuais, 4 horas. – anunciava a diretora sem qualquer rodeio, a voz fria e anasalada, parecia um pouco cansada.
Diana deixou de a ignorar completamente por um tempo para parecer um tanto quanto surpreendida; o que fez a mulher o mesmo.
– Quê?! Quem essa garota pensa que é? – exclamara, logo fez a sala silenciada.
Um olhar negligente permeou os olhos da sra. Goostrey.
Esse tipo de reação era o mesmo em todos seus diálogos. Primeiro o descaso natural, para depois aquele baque desgastante.
– É quem você machucou com um colar de crucifixo Diana.. Não está lembrada?!– perguntou a diretora, deixando mostrar o quanto sua paciência se esgotava.
– Mas ninguém pode vir aqui e escolher a minha detenção!.. Certo?!- insistiu a garota. A mulher evitou virar-lhe os olhos com persistência, o que Diana desapercebeu.
– Bom, você sabe á quem está se referindo?..- indagou a sra Groostey, tentando um pouco de polidez do seu encargo para com a srta Hongs.
– Eu sei quem ela é.. – bufou Diana sem conter a raiva. - É uma patricinha hipócrita ta legal? Tem tudo o que quer e o que não precisa.. É como todo mundo! – exclamara ficando rapidamente em pé.
A idéia do poder que a srta Sgorlon lhe submeteria ao humilhamento não podia ser aceita assim fácil, como a diretora queria.
Está seria á ultima coisa que Groostey a veria fazer quieta.
– É só isso que ela diz? Eu posso sair agora?- perguntou por final, impacientemente.
A diretora, que a assistia com interesse, arqueou as sobrancelhas tatuadas para cima. Como não quis se mostrar tão supressa, respondeu momentaneamente:
– Começa amanhã.. Acho que já pode se retirar da minha sala, srta Hongs. – disse Mortícia, ops, a sra Goostrey com ar de vitória.
Meneou a cabeça e deixou um discreto sorriso sair dos lábios vermelhos quando Diana bateu com força a porta de sua sala.
~~†~~
– Droga! Droga! Droga!..– Diana passava fuzilando as paredes negras dos corredores vazios da escola.
A garota loira estava surpresa, nunca vira aquelas paredes como agora; lotadas com cartazes de seitas vampíritas e irmandades que à dois anos não existia.
Aquela insanidade estava se elevando á um alto grau de cultura frívola, que tornavam adeptos em graus de animismo, muito mais do que na época dos grupos comuns, que separavam os colegiais; a típica normalidade de populares e impopulares. Eram as patricinhas e meninas feias, jogadores de futebol e nerds, indiferentes e diversionistas, etc.
Agora, todos faziam parte da “Era das Trevas” que, apesar das relativas comparações da época, o maior mal se concentrava na ignorância da população.
Estavam loucos se se achavam vampiros.
E era esse tipo de ignorância negra que cobria todo o Colégio de Beetledale.
Tentando não olhar para aquilo, como se espalhasse igual á uma peste-negra, Diana se esquivou do piso molhado.
A água que entrava nas infiltrações da escola de 1 século e meio, eram catastróficas em tempos de chuva; por não serem reparadas, aquele prédio aos poucos cairia aos pedaços.
Diana então se apressou a sair rápido dali antes que a sineta tocasse e o professor de História a submetesse a ficar fora de sua aula, com os pingos do teto do corredor, caindo sobre si.
Antes, entretanto, um anunciado chamou-lhe a atenção. O som do freio escorregadio que fez suas botas, levou-a a parar próximo ao cartaz.
Pintado de sangue e em meio aos típicos amarelados, havia uma foto da patricinha Vicky e duas garotas feias e góticas do seu grupo.
A campanha dizia “Vote na Presidente da Meia-Noite!”.
Diana não pôde deixar de mostrar seu desdém sobre isso; como se a líder já não tivesse total poder e influência naquela escola. Aquilo de campanha era certamente uma falsa democrática.
A loira sabia, desde o ano passado, que o Sr. Sgorlon participava de doações á reconstituição do patrimônio de Beetledale quando dizia participar de “pequenos ajuste na escola” e, estava certa, que ao seu pedido, a filha teria a escola inteira em suas mãos se a quisesse.
Arrancou o anunciado e o meteu no bolso antes que se atrasasse para a aula.
Precisava ser a presidente.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Comentários = Encorajamento ^^