Almost Easy For My Little Duck escrita por JM Iero


Capítulo 7
O reencontro, todo ele.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Eduardo apareceu na cozinha, com cara de confuso.

-Melanie, vem cá. – falou e deu meia volta.

-Com licença – sorri cínica mais uma vez e saí, seguindo o Eduardo, ele parou no meio do corredor e me encarou confuso.

-Da pra me explicar que porra tá acontecendo? – intimidade é uma coisa foda, né? Tenho certeza de que nós não tivéssemos começado a nos falar(mesmo que remotamente), ele teria sido um pouco mais educado, ou não.

-Como assim? – perguntei confusa.

-Acabaram de me pedir pra te levar no camarim do Avenged! A ordem estava clara e foi dada pelo próprio Matt. – falou e eu corei.

-Hum, sério? – perguntei sem graça, se eu fosse falar a verdade pra todo mundo, daqui a pouco todos saberiam a verdade (duh!) e eu definitivamente não queria isso, mas eu considerei a possibilidade de falar pro Edu, quero dizer, pra quem mais ele falaria? Ele mal dá bom dia pras pessoas!

-Sem enrolações!

-Ok, você pode me levar lá e no caminho eu tento te explicar? – perguntei e ele assentiu, nós começamos a andar.

-Vou ser rápida: James Sullivan era meu padrinho. Eu conheci todos da banda, satisfeito? – falei e ele arqueou uma sobrancelha, mas continuou a andar, nós já tínhamos saído do ônibus e nos dirigíamos a entrada do estádio de Oklahoma.

-Identificação – o porteiro falou e Edu mostrou seu crachá – E ela?

-É Melanie Haymer. – Edu respondeu, o porteiro me olhou estranho, mas logo abriu a porta. Passamos por alguns corredores e chegamos a uma porta que estava protegida por dois seguranças.

-Melanie Haymer – falei e eles assentiram, abrindo a porta. Tinha um pequeno corredor e outra porta, com uma placa de “não perturbe”.

-Acho que é melhor bater, né? – perguntei ao Edu, esse simplesmente deu de ombros, revirei os olhos e bati timidamente. Dois segundos depois, a porta abre e Matt abre a porta, me olhando incrédulo.

-Mel? É você mesmo? – falou me olhando de cima a baixo, eu ri.

-Mas é claro que sou eu Shadows! Quem mais seria? – perguntei e ele abriu os braços, eu prontamente me joguei em cima dele.

Como ele era visivelmente mais forte que o Syn, acho que nem percebeu a mudança de peso de uns anos pra cá, apenas riu feliz e me rodopiou no ar. Depois de alguns segundos, me colocou no chão e encarou o Edu.

-Eduardo! Que maravilha! Entra aqui. – falou abrindo espaço, Edu negou gentilmente com a cabeça.

-Eu só vim deixá-la, posso esperar aqui fora...

-Deixa de graça! Entra logo que todo mundo aqui se conhece mesmo. – falou e Edu entrou e se sentou numa poltrona do lado de Johnny, eu fui na direção desse.

-Meu anão! – falei sorrindo e ele emburrou a cara, mas levantou e me abraçou mesmo assim – Senti saudades de você pigmeu!

-E o que você acha que aconteceu com a gente? O Syn até entrou em depressão depois de tudo. – falou baixinho.

-Sinto muito. – murmurei e ele me abraçou mais forte.

-Nós não te culpamos, a culpa não foi sua. – falou me dando um beijo na bochecha e me soltando, me virei para o Zacky.

-Porpeta! – zoei e ele gargalhou, vindo me abraçar – Como está o meu gordo favorito?

-Hey! Até que não estou tão gordo! – nós rimos e ele me deu um beijo na bochecha também.

-E eu? Fico fudido mesmo? – Syn reclamou, sentado no sofá com uma garrafa de absinto.

Saí de perto dele e me sentei do lado de Syn, tomei a garrafa das mãos dele e tomei um gole, lhe devolvendo logo em seguida.

-Senti saudades. – falou simplesmente e eu sorri, me aconchegando em seus braços.

-Eu também Syn, eu também. – falei lhe dando um beijo na bochecha. Ele sorriu e me apertou mais forte.

-Promete que nunca mais vai sair daqui? – falou afundando seu rosto em meus cabelos.

-Você sabe que eu não posso. – murmurei cabisbaixa.

-Eu sei. – suspirou e eu senti meu coro cabeludo ficando molhado, me virei e vi Syn chorando.

-Por favor, não chore. – praticamente implorei, eu não podia suportar ver ele assim.

-Desculpa Sweet, mas... você não sabe... o quanto foi... difícil! – falou sem conseguir conter as lágrimas, eu não me segurei.

-Eu sei baby, o pior é que eu sei. – falei passando os dedos delicadamente por sua face.

-Não Mel, a imprensa não sabe, mas... fui eu! – ele se separou de mim e escondeu o rosto entre as mãos, largando o absinto.

-Shhh, não fica assim meu bebê. – falei lhe abraçando, ele começou a soluçar. Olhei desesperada para os meus outros amigos, mas parecia que ninguém ali sabia como me ajudar. Até mesmo Edu parecia aflito.

-Fui eu Mel, fui eu quem encontrou o... – mais soluços – o corpo de Jimmy.

Eu parei chocada por alguns segundos.

-Meu Deus Syn, eu... eu sinto tanto. – falei também chorando, apoiada nele.

-Foi horrível, eu entrei em seu quarto e... ele estava lá... imóvel... duro... frio... morto. – eu queria pedir pra ele parar de falar que aquilo estava me torturando, mas não podia, eu sabia que ele precisava desabafar. A sala toda estava em silencio, nos encarando.

-Ele... ele deixou uma carta pra você. – falou finalmente me olhando nos olhos.

-Uma... uma carta... pra mim? – falei sem acreditar, Syn ainda estava abalado, por isso, foi Matt quem falou.

-A carta não está aqui, está em Los Angeles, mas não se preocupe, assim que possível, mandamos alguém buscar.

-Ele escreveu no dia que você voltou para a sua mãe, enquanto nós estávamos no avião mesmo e me pediu pra te entregar pessoalmente, na hora eu realmente não entendi...

-Eu queria tanto ter estado aqui com vocês... – murmurei e Syn me abraçou.

-Nós sabemos que sim, também queríamos que você estivesse aqui... Quando você me ligou naquele dia, eu já tinha quase desistido, mas aí eu ouvi o grito de sua mãe e um barulho forte, logo depois a ligação caiu, ela não te machucou, né? – perguntou preocupado.

-Não. Quero dizer, fisicamente não. – expliquei.

-Nós ficamos absurdamente preocupados, ligamos pro celular de sua mãe, pro seu, pra sua casa, mas nunca ninguém atendia. Devo dizer que foi uma época dos infernos. – Zacky falou.

-Com certeza. – murmurei e Syn me olhou preocupado.

-Como foi? – perguntou baixinho, mas a sala estava tão silenciosa que tenho certeza de que todos ouviram.

Eu suspirei e peguei a garrafa de novo, bebendo uma boa parte dessa.

-Mais difícil do que qualquer outra coisa – tomei outro gole – Quando eu perdi meu pai, eu tinha o tio Jimmy e vocês, mas quando perdi o tio Jimmy e minha mãe me trancou naquele quarto estúpido, quem me sobrou? – suspirei e me afundei ainda mais em seus braços, lhe devolvendo a garrafa – A morte.

-O que? Não fale isso nem brincando! – ele se assustou e levantou, na verdade, todos se assustaram. Eu apenas enterrei meu rosto em minhas mãos, totalmente envergonhada

-Desculpa. – falei simplesmente, eu sabia o quanto o Syn odiava o suicídio, a mãe dele se suicidou quando ele tinha apenas 7 anos.

-Você o que? – Matt perguntou, incrédulo.

-O que vocês queriam? – perguntei levantando a cabeça. – Eu não tinha mais pai, minha mãe sempre foi ausente. As únicas coisas que me seguravam aqui eram vocês! E eis que o tio Jimmy morre e eu sou proibida até de pensar em vocês! – falei olhando diretamente nos olhos do Syn – O que vocês esperavam? Já não tinha mais nada pra mim aqui. – murmurei e Johnny me abraçou, Syn se abaixou e ficou na minha frente.

-Por favor Mel, nunca mais, nunca mais repete uma coisa dessas! – pediu segurando meu rosto com as duas mãos, me forçando a encará-lo – Eu não suportaria te perder também.

-Me desculpe Syn – balancei a cabeça, eu não podia prometer. Acabei chorando.

-Não Melanie! – falou chorando comigo.

-Mas eu não sei se posso aguentar! Daqui a pouco termina a turnê e aí? Eu vou voltar pra casa da minha mãe, onde eu não posso falar de vocês, não posso falar do tio Jimmy, nem do meu pai eu posso falar! Vocês acham que isso é fácil pra mim? – perguntei soluçando, Syn fechou os olhos, mas mesmo assim as lágrimas continuavam a cair. Eu sabia que teria que voltar, ainda era menor de idade e minha mãe devia estar me procurando. Se soubesse que estou aqui, bom, melhor nem falar disso...

-Por favor pequena, aguente, quando acabar a turnê você vai estar com 17! E quando fizer 18 vai finalmente poder fazer o que você tanto sonhou, sem ninguém pra interferir! Você vai poder se mudar...

-E ir pra onde? – perguntei sem esperanças.

-Isso é o de menos Mels! Você pode ficar comigo, pode ficar com o Matt, o Zacky, o Johnny...

-Eu não quero ser um incomodo na vida de ninguém... – murmurei.

-Que porra de pensamento estúpido é esse? – Syn me encarou incrédulo, mas antes que ele pudesse continuar, Matt o interrompeu.

-Gates, acho que já está na hora dela saber. – eles trocaram olhares e Syn assentiu.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Estou com um pouco de pressa e vai ser só isso mesmo!
bjs
J.M.



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