Caos escrita por Ann Grigori


Capítulo 9
Capítulo 9- Tempo sobre tempo


Notas iniciais do capítulo

como eu disse sexta eu talvez postaria, realmente esse capítulo não é um de tirar o fôlego, eu o fiz mas pra vocês ficarem cientes do que poderá ocorrer no 10...



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(Cam)

-Posso passar a noite aqui com você Callie? Disse olhando-a seriamente.

-De jeito nenhum! Ela exclamou para minha surpresa.

-Por que? Perguntei cruzando os braços.

-Não é certo um garoto dormir com uma garota...

Eu soltei uma gargalhada.

-O que eu disse de engraçado Cam?

-Eu não vim aqui pra dormir ao seu lado, de conchinha nem nada, eu só quero ter certeza que você está protegida.

-Protegida do quê? Ela disse desdobrando meu braço um do outro.

-Eu aceitaria um wisky antes de tudo. Eu disse entrando pela primeira vez realmente em seu quarto.

Havia um mural de fotos e algumas anotações pendurada na parede em cima de sua escrivaninha, fotos de quando ela era um bebê, fotos dela e a família, amigos, Luce...

-Quem é esse cara? Eu disse apontando para uma foto que ela estava beijando no rosto um rapaz.

-Ahm, esse é o Josh, não vou tirar a foto dele daí.

-Josh? o NOSSO Josh? Ha! Gargalhei. O rapaz da foto era magrelo demais pra ser  o Josh sem bem que ...

-É o Josh sim, ele foi o meu primeiro namorado, a gente tinha uns 13 anos nessa foto.

-Hum, eu quero um espaço nesse mural também, um dia talvez.

-Cam, você está me enrolando... pode dizer o porquê de você ter que me vigiar?

-Você tem bebida aqui?

-Cam!

-Ahm, só queria quebrar o gelo... então, é melhor você se sentar. Apontei para a cama.

-Peguei a cadeira da escrivaninha e sentei de frente a frente com Callie, respirei fundo e comecei a explicar.

-Não é normal o que aconteceu hoje, nada cai no meio de uma floresta do nada, daquele jeito, nada.

-Então você acha que foi proposital? Callie pergunta.

-Tenho certeza que sim. Respondi seriamente.

-O que iremos fazer Cam? 

-Você deixa que eu cuide e vigie você, e você promete não seguir os passos de sua amiga e querer ser dona do próprio nariz em momentos errados.

Callie me olhou com uma expressão meio brava, mas eu sabia que ela tinha entendido que era perigoso.

-Callie, você consegue entender o quanto você é importante pra mim?

-P-por que está dizendo isso? Ela pergunta.

-Pra você ficar ciente, que eu...

-Você...? 

Houve um estrépido por fora nesse momento, como de livros caindo no chão e mais alguma coisa, logo escuta-se uma batida na porta.

-Eu sei que você está aqui Cam, abra!

-Não acredito que a Virgínia... Disse olhando assustado pra Callie.

-Deixa que eu abro, se esconde no banheiro, eu cuido dela.

-Você que manda Senhora. Disse brincando.

Escutei quando Callie abriu a porta e Virgínia foi logo dizendo:

-Eu sei que vocês estão juntos, e isso é totalmete injusto! sabe por que, eu o amo, eu, não uma garotinha virgem que andava com uma louca estranha que matou o namorado! Ela exclamou.

-Virgínia você pode falar de mim, mas da Luce, você passa dos limites. Callie disse seriamente.

-Ou o quê amiguinha da louca?!

Escutei um som de tapa e fui ver se Callie tinha se machucado, mas na verdade ela era que tinha dado um tapa na Virgínia.

-Esse tapa foi pela Luce, e por tudo que você já me disse ou deixou de dizer, sua vadia. Callie disse alterada.

-Callie... calma. Eu cheguei perto.

-Então ela me agride e você continua a defendendo, eu te amo Cam, EU, não essa garotinha, você precisa de uma mulher...

-Eu realmente preciso de uma mulher, mas só vejo a Callie aqui, você é muito idiota mesmo, não vê que eu a amo... Eu percebi que tinha deixado escapar pela primeira vez a palavra: amor.

Callie, abaixou a cabeça e fechou a porta na cara de Virgínia silenciosamente, virou-se pra mim e disse:

-Ela é... louca.

-É... muito. Eu respondi com um sorriso amarelo.

-Então, você me ama mesmo, ou foi apenas para...?

-Sim, eu amo você, de todas as formas, e jeitos possíveis. Disse a puxando para um abraço forte e quente.

-Não vai ser nada mal ficar todas as noites e os dias com você. Ela sussurrou enquanto  eu tirava seu cabelo do rosto e ia encostando meus lábios aos dela.

O beijo de Callie era quente e meigo como ela, uma garota-mulher, ela era simplesmente incrível de qualquer modo e jeito.

-Vamos fazer o que agora? Ela pergunta.

-Você vai dormir e eu vou ficar aqui esperando qualquer movimento, qualquer coisa. Respondi sentando novamente na cadeira.

-Então... ok. Ela disse meio cansada, já era tarde, e tarde demais pra tentar qualquer coisa, ou fazer qualquer coisa.

-Cam?

-Sim?

-Boa noite.

-Os mais doces pra você. Eu respondi.

Eu a vi se deitando e se encolhendo no cobertor, eu apenas desliguei a luz e fiquei no escuro a olhando e esperando qualquer barulho suspeito, mas já estava amanhecendo e nada aconteceu.

Eu sai do seu quarto e fui tomar banho rapidamente e me arrumar para a primeira aula, esperei Callie nas escadas, ela estava tão linda com seu jeans e seus cabelos ao vento, de sapatos floridos, tão femino quanto qualquer parte dela.

Andamos juntos, mas não de mãos dadas, não costumo fazer isso de jeito nenhum, ela apenas me encarava e eu sorria. Chegamos para a aula de química dentro do laboratório, a policia desistiu de saber quem foi o culpado da pequena obstrução do material da escola.

-Bem vindo alunos, escolham seus pares pelo menos por hoje, como vocês sabem as aulas só começam depois do baile anual e milenar que nossa Instituição de Ensino faz para os alunos intercambistas ou apenas novatos, e como uma tradição não pode ser quebrada é obrigatório a presença de todos os alunos, traje formal e música lenta.

-Como assim traje formal, e esse baile? Perguntei para Callie.

-Todos os anos a escola promove bailes, se você continuar aqui vai usar mais black tie que qualquer outra coisa.

-Ridiculo, estou nem ai, nesse sábado vamos para sua casa...

-Como assim? eu faço parte do comitê de boas vindas Cam, você é novato e além disso... você não pode dormir comigo.

-Por que não? Ela apenas me olhou feio, mas ela com certeza sabia que eu estava brincando.

-Então vou ter que vim? Continuei.

-Sim vai ter que vim e outra coisa, arranje um palitó, e nada de couro.

-Você manda em mim por acaso Callie?

-Eu...

-Estou brincando. Disse acariciando seu rosto.

-Os senhores ai atrás, os namorados podem prestar atenção na aula por favor ou seria melhor irem para detenção?Disse o professor nos alertando. Todos olharam diretamente para nós, o que já era óbvio só conseguiu se tornar mais ainda, agora Callie e eu éramos o casal da Dover.

Assim que acabou a aula, saímos para o pátio e nos sentamos embaixo da árvore que uma vez estava observando Callie de cima até o galho começar a ceder e eu pular praticamente em cima dela.

-Cam, precisamos estudar, pelo menos eu você pode ou não me ajudar? Callie perguntou enquanto eu ainda estava pensando nisso.

-Agora não.

-Por que?

-Agora eu preciso de um beijo seu, e nada mais.

Encostei-me ao seu corpo e a abracei, algo dentro de mim dizia que aquele nosso momento de casal feliz estaria prestes a acabar e não seria por uma discursão de relacionamento.

Quando finalizamos o beijo, a abracei novamente e sussurrei em seu ouvido:

-Você é minha garota agora, e eu nunca vou te deixar.

-Isso é uma promessa? Ela perguntou.

-Não, promessas servem para serem quebradas e palavras para serem esquecidas, isso é como nossos corações batendo... eterno enquanto durar. Respondi e ela apenas se aconchegou em meus braços.



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Notas finais do capítulo

Sem notas finais xD