(Callie)

Era tarde, mas ele havia prometido, nosso primeiro encontro de verdade, sem agressividades, e com cautela.

Eu o vi nas aulas, mas ele tinha dito que era melhor nós mantermos uma certa discrição porque logo os anunciadores iriam fazer o seu trabalho de Alertar a todos o meu relacionamento com o Cam, e eu estava com medo disso

Pensava nisso equanto eu olhava para um vestido estampado com laços em cima da minha cama, eu o usaria no baile anual da Dover, o guardei de volta dentro do armário, e tirei um vestido bem mais simples: um amarelo com uma fita preta na ponta do vestido, coloquei um sapato preto e amarrei meu cabelo no alto, deixando a franja escapar pelos lados, eu não sabia ainde Cam pretendia me levar, ele apenas olhou em meus olhos e disse:

-Vai ser legal.

Fui até a porta pra ver se alguém aparecia, pra ver se ele aparecia, mas nada, e ele tinha dito que era pra eu esperá-lo no meu quarto...

Escutei um barulho da minha janela, as alas do quarto ficavam na parte Norte, e no 4° andar, era meio que... complicado.

-Callie, abre aqui sou eu.

-Cam? Ah, óbvio que era ele, quem mais entraria numa janela pelo 4° andar?!

Eu pensava que ele estaria voando, mas não, ele só estava usando seu all star preto, uma jaqueta de couro e uma blusa azul clara, para quebrar um pouco daquelas cores escura.

-Vem, vou levá-la em um lugar inesquecível. Ele sorriu enquanto tocava em minha mão e me puxava para ficar abraçada com ele, mas ele apenas pulou da janela e eu fechei os olhos.

-Cam, avisa quando for me jogar do 4° andar até o solo por favor...

-Desculpa, acho que é o costume de andar sozinho, juro que na próxima eu aviso.

Na próxima... adorava saber que ele também queria ter um futuro comigo, continuei e disse:

-Então, já posso saber onde vamos?

-Ãh... não. Ele deu um sorriso muito aberto, como eu nunca tinha visto, me mataria por aquele sorriso.

Ele me segurou pela cintura como antes, e me conduziu até uma moto que estava na frente da Dover. Sinceramente achava que ele me levaria voando por aí.

-Ainda bem que você amarrou seu cabelo, se não... iríamos ter que dar um jeito nisso, mas vestido? 

-O q-que tem? 

-Ah, no caminho eu arranjo algo melhor pra você... vestido. ele disse rindo novamente, com aquelas fileiras de dentes brancos e perfeitos.

Ele me deu um capacete e logo já estávamos na estrada sobre a noite, ele parecia meio que louco pilotando aquilo, ele não tinha medo da velocidade e parecíamos torpedos cortando a estrada.

-Chegamos, bom, eu tive que mudar um pouco a ideia porque geralmente eu esperária que você usasse um jeans... mas deixa, eu iria deixar essa ideia para uma data mais especial, então se você achar meio "cafona." a gente volta para a ideia inicial. Ele disse

Paramos no meio do nada até eu perceber que havíamos parado em cima de um penhasco, o penhasco era amendrontador pois seu fim era bem em uma floresta densa e escura, odeio o escuro.

-Não tenho medo com ele... Eu deixei escapar.

-Medo de quê Callie?

-Nada, adorei o lugar, tem estrelas, um luar lindo e...

-Tem você. Ele me disse vindo em minha direção, agarrando seu corpo ao meu e me beijando com o mesmo gosto de sempre, mas agora com uma variação de sentimentos entre eu e ele. -Espera aqui. Ele completou, voltando para moto e tirar de debaixo do banco uma grande toalha, daquelas de pic-nick.

Ele estendeu-a no chão onde senta-mos, me encostei em seu peito, era tão bom poder ouvir seu coração batendo, sua respiração, era tanto amor.

-Cam, eu sei que eu vou estragar o nosso momento, mas Ariane me disse sobre Lilith, e eu queria saber como você se...

-Sério mesmo que aquela bruxa fofoqueira veio falar da minha vida pra você? Ele disse.

-Sim... mas, eu só queri...

-Não Callie, ah, vou ali naquela loja de conveniência pra ver o que podemos comer, foi improviso como eu disse,,ja volto.

Ele realmente mudou de assunto discardamente?

Ele voltou trazendo dois copos daqueles de macarrão instantâneo, 1 litro de água, e 2 latas de refrigerante.

-Não tinha como esquentar o macarrão naquela espelunca. Ele me disse fazendo cara feia.

Cam apenas abriu a garrafa de água e colocou nos 2 copos de macarrão, logo após colocou os 2 copos um em cada mão, e do nada a água começou a ferver, eu juro que fiquei espantada, porque até uns segundos atrás ele estava agindo normal.

-É... desculpa pelo momento "mágico." e por oferecer à você 1 lata de refrigerante e macarrão instantâneo.

-Imagina, eu gosto de macarrão. Disse sorrindo.

Cam se sentou ao meu lado e começou a comer seu macarrão olhando para o horizonte, ele tinha um rosto tão perfeito, que qualquer um diria o mesmo que eu: Humanamente impossível.

-Callie, se você pudesse fazer um pedido, o que você iria pedir? neste momento. Ele me perguntou enquanto continuava olhando para o céu.

-Ahm, acho que eu pediria para que o hoje nunca acabasse, e que eu pudesse viver pra sempre assim junto de você.

-Que linda. Ele disse com um sorriso no canto da boca, formando uma covinha em sua bochecha.

-Mas e você, o que você desejaria? Eu perguntei.

-Bom, se eu disser meu desejo não vai se realizar sua boba. Ele deu uma piscadela.

Depois que terminamos de comer eu comecei a perguntar coisas pra ele como: Hot Dog ou Hamburguer? Noite ou Dia? e logo depois ele se deitou no meu lado, o que fez eu automaticamente fazer o mesmo, ele se virou pra mim e ficou olhando em meus olhos, e acariciando meu cabelo.

-Você é tão linda tanto por fora, como por dentro.

-Não sou não Cam, para com isso, fico envergonhada. Disse colocando as mãos em meu rosto.

-Ahh, não fique, seus olhos ficam mais lindos abertos. Ele disse tirando minhas mãos do meu rosto e fechando os olhos para me dar um outro beijo.

O beijo foi ficando intenso e o clima ardia em nossas bocas, Cam foi inclinando seu corpo para perto do meu, e depois ele já estava indo pra cima do meu corpo, e apoiando seus braços no lado dos meus ombros, sua boca descia até meu pescoço, e minha mão já estava tirando sua jaqueta, e depois eu já estava subindo sua camisa, enquanto ele passa seus dedos delicadamente em meu cabelo, e o desprendia da fita.

De repente, uma explosão ocorre cortando a floresta a dentro, o que faz nos assustarmos e imediatamente Cam pulou para o meu lado como se estivesse pronto pra atacar/defender. Eu apenas levanto, e mesmo assim o barulho me deixou em choque.

Olhei para a floresta antes densa e escura, agora havia um rastro de fogo como se um meteoro tivesse caído bem perto de nós mas a força era muito grande e se chocou com a floresta.

-Ah droga, Callie vamos embora. Cam disse meio desesperado.

-Por quê? 

-Porque... depois eu explico, ele pegou a toalha do chão e praticamente me arrastou até a moto, na volta a velocidade da moto estava duplicada ou até mesmo triplicada do que na ida. Chegamos rapidamente, Cam me puxou para dentro da escola, eu realmente não estava mais entendendo nada.

-Callie, eu sei que você deve estar achando tudo isso uma loucura, mas por favor, confie em mim e não saia essa noite de forma alguma do seu quarto ok?

-Mas por quê?

-Porque... acho que algo terrível está para acontecer, não foi um meteoro que caiu, foi algo pior, e mais nocivo não posso te dizer mas nada.

Tivemos essa breve conversa enquanto ele me dirigia até meu dormitório. Chegando na porta e mais calmo Cam me encostou na parede e disse:

-Desculpa por ser tão tenso, mas eu não quero que nada te prejudique, estou amando você. E ele apenas encostou seus lábios nos meus, apenas um beijo simples, ou um beijo de boa noite como preferir denominar.

-Cam...?

-Sim.

-Onde seria nosso primeiro encontro?

-Em um bar, sério. Ele sorriu. 

Eu gargalhei.

-Um bar... que conveniente.

-Sou novato nisso ok? mas sei que fora nosso infortúnio você gostou do nosso lanche ao luar.

-Claro, foi lindo. Eu respondi.

-É... melhor você entrar.

-É melhor mesmo. -É melhor mesmo.

Ele colocou as mãos no pescoço e foi andando de costas ainda olhando pra mim, antes de virar ele ainda deu uma piscadela e um sorriso no canto da boca, essa com certeza é uma das suas grandes características.

Mas o que não saía da minha cabeça, além da queda de algo na floresta, foi o que poderia ter acontecido se aquilo não tivesse caído, foi a primeira vez que eu deixei alguém ir tão longe comigo, ele tocava em meu corpo com tanta delicadeza... não sei se eu iria me segurar na próxima.

Quando já estava pronta para dormir, escutei batidas na porta, e ele chamando:

-Sou eu, abre.... por favor.

Abri a porta e o vi bem vestido e perguntei:

-Saída surpresa?

-Não exatamente. Cam responde.

-Então o que é? Eu pergunto.

-Posso passar a noite com você?