(Callie)

O que houve entre eu e Cam naquele momento foi algo do momento, ou foi algo que o destino nos trouxe?

Estou indo de volta para a escola confusa demais para continuar calada, hoje eu me decidi que irei correr atrás dele, que irei retribuir o beijo, afinal acho que se ele me beijou ontem daquela forma... Estou fervendo por dentro, é como se houvesse mentos com coca-cola por todo o meu corpo.

Cheguei na escola, fui até meu dormitório, larguei minhas malas lá, e fui correndo pra ala masculina, acho que a sensação de mentos com coca-cola não se compara com o acidente nuclear de chernobyl, sem exageros me sentia explosiva, me aproximei do seu quarto e bati.

Bati, bati, e bati...

–Ele não aparece desde ontem Callie. Disse uma voz que eu conhecia...

–Dylan?

–Oi, Callie, meu quarto é aqui no lado do quarto do punk bêbado esqueceu?

Dylan Parker, meu ex- namorado, a gente terminou porque, porque ele se envolveu com um homem, e disse que tinha virado bissexual depois dessa mega frustração, nunca mais ousei falar com ele, mas agora é diferente já passou e Dylan era tão fofo apesar de tudo. Ele tinha 18 anos, cabelos meio encaracolados castanho-claro que nem os seus olhos, tinha um corpo normal ele nunca foi atleta, era alto, e bastante inteligente, bastante mesmo, mas não chegava a ser um nerd antisocial, Dylan era querido por todos, ele é aquela figura da sua vida que você pode esquecer a aparência, nome, mas nunca esquece o jeito.

–Punk bêbado Dylan? Eu disse.

–Ele vive trazendo garrafas de wisk, e antigamente... garotas, mas já faz mais de 3 semanas que ele chega sozinho, ou enxota Virginia daqui. Ele disse com um sorriso no rosto.

–Ahh sim. Eu corei.

–Callie, eu acho melhor você voltar, tipo... 3:00 am hahaha.

–Dylan! Disse fazendo uma cara feia e depois rindo.

Dylan me abraçou e saiu, fiquei parada no meio do corredor que nem uma idiota

–CAM ONDE VOCÊ SE METEU?! gritei em minha mente

Resolvi voltar, meu corpo tinha parado de soltar fogos de artífio e já me encontrava calma, foi quando eu re-lembrei o que o Dylan disse, talvez as 3:00 am... parecia loucura, mas quem sabe, ele tinha que voltar, eu não acredito que ele...

Fui para o hall, fiquei um pouco com alguns conhecidos, até que foram dormir, e eu fiquei sozinha, olhei para o relógio, era 2:37 am estava com muito sono, tive que subir. Enquanto caminhava no corredor, percebi passos atrás de mim e quando avistei era Cam, e estava bêbado que não se aguentava em pé.

–Cam. Eu disse preocupada

–Oi-o-i Call-i-ie. Ele balbuciava, foi quando ele caiu no chão e eu me assustei, afinal... como um "ser superior" se encontrava naquele estado.

–Cam, levanta.

–Não, to de boa aqui, pode sair querida... E ele deu uns risinhos

Fiquei envergonhada, mas ele estava bêbado, muito bêbado que não se aguentava em pé, tive que levá-lo até o quarto, o cheiro de bebida era tão forte que tinha me anjoado.

–Callie? Ele disse jogado na cama

–Sim...?

–Tira minhas roupas? quero dormir mas não consigo desabotoar minhas calças. Ele tombou...

–CAM NÃO ME PEÇA UMA COISA DESSAS!!!! eu disse recriminando um bêbado, resolvi tentar reanima-lo.

–Não acredito que estou fazendo isso, não acredito, não acredito... Eu dizia pra mim mesma enquanto eu o conduzia até o banheiro.

Liguei o chuveiro na água fria e o joguei lá dentro do box com roupa e tudo, e fui ver o que tinha de quente e forte naquele lugar. Nada. a não ser água e bebida alcoolica.

–CALLIE, MEU AMOR, CALLIE. Cam cantarolava dentro do box, fiquei com muita vergonha, afinal, ele me chamou de "meu amor"

–Eu... eu já volto. Acho que ele nem escutou. Fui correndo no meu quarto e peguei um sachê de chocolate quente, era a única coisa que eu tinha ali, café nem no refeitório uma hora daquelas teria.

Voltei para o quarto, esquentei água no microondas e coloquei o sachê de chocolate, estava fervendo foi quando eu ia tirar o Cam, ou tentar tirá-lo do chuveiro.

Abri a porta e ele ainda estava com a roupa, só que agora ela estava totalmente molhada e grudada em seu corpo, fiquei com vergonha.

–Cam. Disse chegando próximo

–Callie... ele disse abrindo os olhos.

Cam se levantou e me puxou pra dentro do box junto com ele, ele me molhou totalmente, estava com uma blusa branca que ficou transparente aparecendo todo o meu sutiã.

–CAM, VOCÊ ME MOLHOU!

Ele tinha me agarrado embaixo do chuveiro e me beijava, estava contra a parede, levando outro beijo do inconciente Cam, tinha um gosto fulmegante, ele apertava minha cintura, e colocou sua outra mão por baixo da minha blusa tocando em meu umbigo. Eu me assustei e o empurrei.

–Cam, você está descontrolado.

–Han? Ele disse se recuperando.

–Vamos, vamos sair daqui e droga, você me molhou completamente.

Estava encharcada, e Cam parecia ir se recuperando, o conduzi até sua cama e fui obrigada a tirar suas roupas, tá, eu o deixei de cueca, lógico que eu não ia deixá-lo nu...

–Callie...

–Fica calado, você já me arranjou muita encrenca para uma noite só. Como chegamos a esse ponto? eu pensava comigo.

Dei o seu chocolate quente,que agora já estava morno e abri o seu armário, tinha que pegar uma blusa dele pra sair dali, molhada não ia dar... Achei um moletom preto dele que era bem gigante e ficava um vestido em mim, não sei porque eu fiz aquilo, mas cheirei o seu moletom, tinha cheiro de Cam, não sei explicar esse cheiro, mas sabe aquele cheiro de brigadeiro ainda quente que você fica tentada a comer? era uma sensação assim.

–Callie, me desculpa... por ter molhado você.

–Tudo bem Cam, eu também peguei alguma coisa pra ele vestir, o fiz se vestir, depois o coloquei na cama, fiquei tentada em dormir ao seu lado, mas precisava ir embora, foram muitas aventuras em uma madrugada só, e ele tinha me beijado e me chamado de amor, ganhei meu dia.

Sai do seu quarto usando apenas um moleton e não querendo fazer barulho fui na ponta dos pés até meu quarto.

(Cam)

Abri meus olhos e ... estava na cama, embrulhado, limpo, e minha boca não estava com gosto de martini.

Tinha umas roupas femininas espalhadas pelo meu banheiro e... os sapatos da Callie, será que a gente transou e eu não lembrava, não... ela não era assim, e agora eu sabia disso.

Eu lembro de ter ido beber ontem, porque eu não aguentava saber que eu me apaixonei por Callie, a garota doce e tão humana. Foi por isso, pensava que com umas 50 doses ou mais, isso passaria, mas tenho que lembrar o que mais aconteceu.

Eu roubei um cara, ai eu vim no carro desse cara bêbado até aqui, cheguei, cai, Callie me ajudou a levantar!! aa ela tinha me ajudado, ajudado a esse cretino aqui, que bebeu pra tentar esquecer o que não sai mais dos meus lábios. Recolhi suas roupas macias, eu lembrei de ter a jogado dentro do chuveiro comigo e a beijado e tentado outras coisas, mas ela resistiu.

Escovei os dentes, e fui direto ao quarto dela, me sentia estranho, nervoso. Bati na porta e fiquei sem resposta, girei a maçaneta mesmo achando que estaria fechada,para minha surpresa estava aberto, a cama dela estava com os lençóis bagunçados como se ela tivesse sido recém- acordada. Ouvi barulhos do banheiro e ela aparece na minha frente, para minha surpresa com o meu moleton favorito.

–Cam? Ela disse arregalando os olhos.

–Vim trazer seu sapatinho de cristal, cinderela. Disse brincando

Ela sorriu, será que ela sabe que em séculos o sorriso dela é o mais lindo de todos? Ela não viveu tanto assim, tenho que parar de tolice, e aquele meu moleton nela, ela dormiu com ele e ele ficava acima do seu joelho deixava ela com uma aparencia sensual e meiga ao mesmo tempo.

–Cam? Ela disse novamente

–Sim?

–Posso entregar seu moleton amanhã?

–Claro que pode, sem dúvida... eu disse a olhando da cabeça aos pés.

–Aqui está sua roupa, acho melhor eu ir embora agora. Eu disse.

–Cam, espera. Callie disse pela primeira vez tomando atitude de tocar em mim, ela tocou em minha mão.

–Eu... eu amo você Cam.

Eu a olhei nos olhos, acho que eles brilharam nesse momento, e com os olhos respondi o mesmo, ela sorriu, eu sorri e nos beijamos, nos beijamos pela primeira vez, sóbrios, sadios, sem raiva, sem culpa, apenas estava apaixonado pela minha caça, normal... isso daria problemas... Mas como eu não tenho medo de nada, dessa vez vai ser diferente, estou amando Callie.