(Callie)

Aquele amontoado de pessoas na frente do laboratório já estava me assustando e atiçando minha curiosidade. O que teria acontecido? Resolvi me aproximar e pergunto de um aluno:

– O que aconteceu?

– Alguém entrou no laboratório ontem e depois foi na cabine do diretor, e jogou vários elementos químicos em cima de todos os históricos escolares e matriculas dos novos alunos. Ele me respondeu com expressões assustadas.

– Mas a escola não tem uma cópia?

– Infelizmente não sei.

– Nossa... Pensei me afastando dali.

Pensei bastante nisso, arrombaram e queimaram os históricos dos novos matriculados, o que isso queria dizer?

Me encaminhei até o meu quarto para levar as coisas de volta, tudo voltava ao normal. Em cima da mesinha de cabeceira havia uma foto minha com a Luce, aquilo me deu um aperto enorme em meu coração, e toda vez que lembrava dela, eu lembrava dele. Acho que já estava com mania de perseguição com esse garoto, ou isso era amor e eu não sabia até acontecer.

Resolvi descer logo porque teríamos Inglês no segundo tempo e o meu professor odeia atrasos, arrumei meu cabelo novamente, e dei uma repassada na maquiagem, ok eu sou muito vaidosa, mas até hoje ninguém foi condenado por isso.

Entrei na sala 2 que era inglês, sentei na primeira cadeira da frente bem no meio da sala. Gosto de ficar na frente para poder fazer minhas anotações sem desconcentração.

Todos os alunos haviam chegado, os novos, e os calouros, o nosso professor entra e começa a explicar a aula quando alguém entra na sala.Juro, tive vontade de desmaiar quando eu percebi quem era.

O Garoto usava uma jaqueta de couro preta, óculos escuros, e um jeans bem amarrotado, os seu cabelo negro estava molhado, acho que ele havia acabado de chegar.

– Sinto muito pelo atraso, não irei incomodar. Disse

– E quem é o senhor rapaz? O professor perguntou.

– Meu nome é Cameron, Cam. Ele disse com confiança.

Sim, era ele, eu fiquei parada e sem saber o que dizer apenas fiquei o olhando, tive vontade de correr e abraçá-lo mas senti que minhas pernas estava moles demais pra eu me mecher.

–Sr Cameron...?

–Briel, mas repito, não gosto dessas coisas de Cameron Briel e blá blá blá, apenas Cam já é suficiente, a propósito, estou atrapalhando a sua aula, vou sentar que é melhor para todos.

–Sr Cam, tire os óculos, estamos em uma sala de aula não em um piquenique.

– O.k. Ele disse revelando aqueles lindos olhos verdes.

Cam apenas passou por mim, nem olhou, fingiu nem me conhecer, e como eu sei quem ele era, sentou no fundão da sala.

A aula continou assim, mas já estava morta de ciúmes quando Virgínia começou a dizer que o Cam era um gostoso, que ela adoraria conhecê-lo melhor.

Que vadia, senti vontade de voar na cara dela!

Porém, sou superior aquela baixaria e apenas fiquei matando-a mentalmente, acabou a aula e recebemos o comunicado que estávamos dispensados pelo resto do dia, porque a perícia ia entrar de imediato no caso da liquidação das matrículas.

Claro! foi ele que tinha feito aquilo, para poder estudar aqui, mas a pergunta que não me deixava calar era:

– Por qual motivo ele veio para Dover?

Fui para o meu quarto e me joguei na cama, esperando respostas, mas nada veio...

A ala leste da escola estava interditada, então fui para a parte externa fiquei sentada embaixo de uma árvore, quando ele deu um pulo de cima da árvore até a minha frente. Aquilo me deu um baita susto, eu queria falar algo mas não consegui, e pior ele me olhou deu uma piscadela e... e foi embora.

Aff ela quer o que hein? - Droga. Escutei ele falando pra si mesmo. Ele tinha rasgado a camisa em um dos galhos e tirou a camisa na frente de todo mundo, fiquei olhando aquele peitoral definido no corpo daquele cara perfeitamente errado.

–Oi Cam. Era Virgínia, ela tinha chegado nele.

–Oi. ele respondeu.

–Você faz algum esporte, eu percebi quando você pulou daquela árvore super alta e não se machucou, e tem um físico bastante... uau. Ela disse tocando na barriga dele.

–Ah, gosto de fazer muitas coisas, mas eu prefiro tocar guitarra.

–Você tem uma banda? Ela disse com cara de boba.

– Tinha... os cara foram presos, mas não vem ao caso. Ele deu aquele riso malicioso, eu sei que ele tava olhando pro decote dela, eu tinha certeza. Senti uma grande raiva, por que ele veio pra Dover? Só pra ficar dando em cima das vadias?

–Eu posso escutar você tocar qualquer dia desses? Ela disse super maliciosa também.

–Se quiser, a gente pode subir pro meu quarto, minha guitarra está lá, ai eu aproveito e troco de roupa.

–Adoraria ir, mas garotas não podem ir na ala masculina...

Ele sussurrou algo no ouvido dela, que ela arregalou os olhos e acabou aceitando. Sério, que droga foi essa que eu presenciei? Eu to com ódio de você Cam, seu idiota, imbecil, nunca mais vou querer saber dele, espero que ele morra, não sei como se mata um demônio, mas espero que ele morra!!

Fiquei sentada embaixo da árvore chorando e fingindo ler um livro, sinceramente, eu não via nenhuma palavra naquele livro, apenas imaginava o que ele estava fazendo com a vaca da Virgínia.

(Cam)

Não pude resistir a 2 coisas: A vim procurá-la e aquela gostosinha da Virgínia. Mas por enquanto eu só iria mesmo tocar uma música pra ela, e trocar de roupa, eu pude perceber que a minha caça na Dover começou bem e muito bem.

Callie, ela é a minha maior presa, eu só vou sair daqui quando conseguir levá-la pra cama, e eu vou levar, mas enquanto isso, ninguém disse que eu não podia comer umas guloseimas antes do prato principal, não sou nenhum santo, e não ligo mesmo, essa Virgínia tá louca pra ser minha, e esse decote dela ta me deixando louco.

– O que achou da música? Eu disse a garota.

– Maravilhosa. Ela disse rindo e cruzando aquelas pernas na minha frente.

– É melhor você ir agora, não quero que ninguém veja você por aqui. Disse. 

– Eu só saio, se você antes me der um beijo.

–Garota você não me conhece... Tarde demais, ela já estava me beijando, encostei ela na porta ainda a beijando, peguei em sua cintura de forma mais precisa possível, depois eu a soltei.

–Pronto Garota, já pode ir. Eu disse rindo.

–Eu quero mais um. Ela disse se aproximando.

–Não. Você disse que ía depois de apenas UM beijo.Ela fez cara de cachorrinho quando cai do caminhão de mudanças mas mesmo assim foi embora.

Tranquei a porta do quarto, vai que ela quisesse voltar, e resolvi olhá-la pela janela, a Callie, eu percebi que ela estava chorando, e pensei que o plano estava dando certo e que talvez eu não esteja enganado sobre ela estar gostando de mim, vou passar mais alguns dias maltratando ela um pouco, até não resistir mais.

Enquanto isso, a Dover tá cheia de outras gostosas, e espero me divertir com algumas antes de ir embora.