A Garota Sem Nome escrita por Kuro Neko


Capítulo 25
Capítulo 25: O Preço


Notas iniciais do capítulo

Capítulo narrado pelo Sasuke viu pessoal? Boa leitura!



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Aquilo não podia estar acontecendo... Uma espada havia atravessado o frágil corpo de Sakura e ela não respondia mais...  Me corpo estava inundado de seu sangue e suas lágrimas.
Aquilo simplesmente não podia ser real, mas infelizmente era.

Coloquei seu corpo gélido cuidadosamente para o lado e me levantei, não sentia raiva, nem ódio, nem compaixão, nem nada... Estava vazio, sem sentimento algo. Minha humaninade fora levada no momento em que Sakura deixou sua última lágrima cair sobre mim.
Segui em frente deixando o selo amaldiçoado tomar conta de mim, não tinha mais nada a perder. Sem me dar conta de que modo fizera, destruí a face de Nagato que tentava controlar minha mente que, pelo caos impossibilitou qualquer tipo de acesso estrangeiro. O ruivo era um manipulador sem escrúpulos e merecia um castigo adequado.
Perdia a noção do que ocorria à minha volta, apenas a imagem do corpo de Sakura estirado ao chão tomava conta de toda minha mente. Encontrei Orochimaru, o homem que fizera Sakura sofrer por tantos anos, não bastava apenas matá-lo, seria pouco perto do sofrimento que ele infligira à minha amada. Seria muito pouco. Peguei-o pelos cabelos jogando a metros de distância e com a espada perfurei-lhe os olhos, fazendo com que o mesmo desse inúmeros gritos de dor. Não podia, mas queria continuar aquilo. Era sua única vontade no momento. Cortei então seus dedos fazendo com que ele gritasse novamente. Aquilo não o mataria, estava longe disso. Continuei fazendo pequenos cortes em lugares não fatais, mas não deixando de ser dolorosos quando ele suplicou.
-Espere! Sei de um modo de salvá-la. – Dizia o ser ensanguentado à minha frente.
-Por que eu acreditaria em você? – Falei sem expressão nenhuma.
-Porque eu a quero viva, tanto quanto você.
-Não se com pare a mim. – Disse ríspido lhe provocando um fundo corte no braço que o fez gritar mais uma vez.
-Eu juro, o nome dela é Chiyo. – Disse o homem segurando o braço que escorria sangue.
-Sua palavra não vale nada pra mim.
-Mas o que você tem a perder? É a vida dela que está em jogo.- O homem cuspiu sangue e continuou. – Ela é uma bruxa e cobrará um alto preço para salvá-la, mas se ama tanto ela como diz, não será nada não é?
Aquilo tinha enfim me afetado, poderia salvar Sakura? Se pudesse pagaria qualquer preço para isso.
-Onde posso encontrá-la?- Perguntei finalmente.
-No Reino da Areia.
-Ótimo. – Falei simplesmente e cortei-lhe a cabeça.
Não sabia o que acontecia comigo... Peguei o corpo de Sakura e aos poucos fui voltando ao normal. Ainda sentia uma sede incontrolável de sangue, mas me conteria... Minutos atrás fizera coisas com as quais jamais imaginaria que fosse capaz de fazer.
Preparei as coisas necessárias para a viagem e peguei um cavalo. Coloquei Sakura cuidadosamente em cima dele e os suprimentos ao seu lado, logo em seguida montando no mesmo. Não tive o trabalho de avisar Sasori de nada e também o que diria?

“Caro Sasori, sinto lhe informar, mas sua irmã para salvar minha vida, teve uma espada atravessada no peito e agora estou indo para o Reino da Areia para encontrar uma velha que, por algum preço pode trazer Sakura a vida. Ou não. Abraços de seu cunhado irresponsável.”

-O que é que estou pensando?- Falei comigo mesmo me pondo em direção ao fim da floresta, andaria muito para chegar ao deserto e ainda teria que atravessá-lo.

Passei dias enfrentando correntezas, matas fechadas, desfiladeiros, montanhas, até que cheguei ao deserto. Durante o dia um calor infernal queimava minha pele, mas durante a noite um frio congelante me fazia tremer. Estava cansado e completamente acabado, mas não desistiria até que conseguisse salvar Sakura.

Demorou mais alguns dias até que eu finalmente conseguisse encontrar Chiyo, mas encontrei.
- O que quer para salvá-la? – Perguntei tentando me manter firme, mas ela percebeu o tom aflito de minha voz.
- Vejo que você a ama muito, não? – A velha disse colocando uma mão sobre a testa de Sakura e a outra sobre a minha, em seguida fechando os olhos gesticulando para que eu fizesse o mesmo, assim o fiz. Logo imagens sem muito sentido se formaram em minha mente, até mostrarem uma ordem cronológica.

“Ouço um choro calado...
Sakura me beija...
Depois vira as costas...
O chão fica cheio de sangue e em seguida se transforma em pétalas de rosas...
Um choro diferente quebra o silêncio...
E tudo desaparece.”

Abro os olhos e Chiyo começa a falar cabisbaixa.
-Você sabe que trazer alguém do mundo dos mortos precisa de um preço, não sabe? – Ela disse séria e eu apenas concordei. – Então sabe que alguém precisa morrer para que ela reviva, certo?
-Diga logo o que preciso fazer! – Falei inquieto. – Eu dou minha vida pela dela, é o suficiente?
-Não é assim que funciona.
-Então como é? –Estava confuso e ansioso.
-Você tem que matar alguém da mesma forma que ela morreu... E essa pessoa tem que ter o mesmo valor que ela tem. – Ao ver que eu não compreendera bem ela continuou. – Em outras palavras... Você tem que atravessar uma espada no peito de alguém que você ama tanto quanto Sakura... Ou...
-Ou? –Perguntei rezando para que a outra hipótese fosse menos pior que a anterior.
- Terá que conviver com ela sem que ela sinta nada por você... Ela perderá todo o amor que sente por você e esquecerá de tudo que passaram juntos.


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