Polícia escrita por judy harrison


Capítulo 9
Paixão Lesiva, Amor Lúbrico, Sexo Veraz


Notas iniciais do capítulo

(Esse capítulo contém relatos de sexo)
Bruce conhece outro lado de Grace.
Laurence revive o outro lado de Betsy.



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Bruce se aproximou devagar.

Ele notou que Grace estava com uma roupa muito bonita e comportada, como se tivesse ido a um evento religioso, seus cabelos estavam presos a um pedaço de pano ou coisa parecida de cor preta, mas com um pequeno rabo atrás, com fios amarelos, desiguais e sem brilho.

Grace abriu um sorriso ao vê-lo, mas ele estava frio diante de sua presença, sentou-se à mesa sem nada dizer.

Diferente dele, ela o apreciava desde seus cabelos sedosos que insistiam em cair na testa, até seu traje burguês, completado com o perfume suave.

_ Você está tão diferente! É mesmo aquele rapaz do segundo ano?

_ E você é mesmo aquela viciada que eu prendi? - não demorou a dizer, estava indignado com sua aparência de menina caseira.

Era outra coisa que descobria dela, dissimulada.

Mas suas palavras só serviam para diverti-la.

_ Digo isso por que você antes usava óculos, e estava sempre com roupa social, era muito cafona. – riu.

Ele engoliu a seco. Queria sair dali, mas não podia sem antes dizer o que queria.

_ E como estou agora? – perguntou contendo sua raiva.

_ Parece o filho do rei!

_ E você, quando eu via na escola parecia uma princesa também.

_ Ora Bruce, eu não estou tão diferente assim.

_ Por que marcou esse encontro? – disse quase a interrompendo.

_ Ah, você sabe. Eu não esperava te encontrar aquele dia, e não queria ter mentido. Mas, sabe como é, a lei do mais esperto.

_ Eu não sei, não vivo no seu mundo sujo.

Ela perdeu o sorriso.

_ Eu não estava usando drogas, tá legal? Nem vendendo. Era de um amigo...

Ele abaixou os cantos da boca, disse com indiferença:

_ Eu pouco me importo com isso. Guarde suas desculpas para o juiz. Eu só lamento que você tenha se transformado nisso que eu vi, e de ter te conhecido antes.

Ela imitou seu jeito de descaso.

_ Você não me conhecia! Nunca me conheceu, sabe por quê? Era um ninguém.

Bruce ficou impaciente na cadeira, a sorveteria estava cheia e ele não podia alterar a voz nem chamar a atenção. Havia aprendido a se comportar sempre em locais públicos para não sujar a imagem da polícia de São Francisco.

_ Engraçado como os papeis se inverteram! Hoje sou um oficial da lei e você... O que você é, Grace? – ele disse seu nome com asco.

Grace sentiu enfim o desprezo em suas palavras.

_ Não chamei você para me ofender, Bruce.

_ Para quê, então? Até agora não me disse por que insistiu em falar comigo se nunca se interessou antes.

_ Eu só quero ser sua amiga, deixar de lado o que houve aquele dia, e esquecer os dias de escola. Nada disso importa.

_ Acha que ver você naquele estado é algo que se pode deixar de lado? – disse indignado.

Ela lamentou.

_ Eu não fui presa, mas você não sabe a surra que meu pai me deu! – com descrição ela levantou uma parte da sua saia deixando a sua coxa à mostra para ele, Bruce ficou pasmo, tinha uma grande cicatriz fresca de algo parecido com um ferro ou madeira. Ela abaixou a saia – Essa é só uma parte. Há várias marcas pelo meu corpo que só lhe mostrarei se estiver nua.

Ele não soube o que dizer. Grace era pequena, 1,55 de altura e magra, seu pai tinha quase 1,80 e era forte. Uma desproporção que o deixou perplexo.

_ Por que deixou que ele batesse assim em você? Não procurou ajuda? – perguntou agora com revolta.

_ Quem vai ajudar uma viciada? Você?

Então ele viu as lágrimas nos olhos dela. Aquilo cortou seu coração.

_ Disse que não usava.

Grace secou os olhos e tentou conter-se.

_ Nunca acredite numa garota quando diz que não usa drogas. – estava com a cabeça baixa e Bruce viu uma lágrima cair e molhar a mesa – Principalmente se ela estiver com drogas.

_ Por que faz isso então, Grace? Por que mudou tanto? – era o apaixonado Bruce falando agora.

Ela o encarou com seus olhos vermelhos.

_ É uma boa pergunta, Bruce! Diga-me você.

_ O que quer de mim? - agora mantinha seus olhos fixados nela.

_ Quero ajuda, quero que tire esses desgraçados da minha vida.

_ Está falando de quem? –perguntou intrigado.

_ Você não entenderia. Deixe pra lá. – ela se levantou e ia embora, mas voltou-se – Sei que agora não represento nada para você, mas não sou aquela que viu na calada da noite. Fizeram-me assim, Bruce. E eu só estou pedindo ajuda para ficar livre. Quando entender, me procure.

Ela foi embora e Bruce saiu também, atinando as palavras dela, e foi para sua casa, pretendia chegar e sair com Laurence que devia estar com sua mãe.

E estava.

Depois que Bruce saiu, Laurence foi logo entrando, sabia onde encontraria Betsy.

Ela estava no quarto. Não chorava mais, mas segurava a foto de seu falecido marido.

Ele entrou sem cerimônia.

_ Laurence! – disse assustada – Não sabe bater?

Ela estava sobre a cama recostada a um travesseiro na cabeceira.

_ E você não sabe deixar de me matar de ansiedade?

Ela se levantou, estava furiosa.

_ Como entra assim no meu...

Ele a segurou pela cintura e o beijo foi certeiro. Mas ela se afastou um tempinho depois, separando os lábios devagar.

_ Não faça isso, respeite a memória de Willy.

_ Willy era um tremendo amigo e eu o respeito ainda, mas isso nada tem a ver com você. – ele a puxou até a sala e lhe entregou uma garrafa de champanhe com um laço azul que ela bem se lembrava de onde era.

_ Era do meu vestido! – disse confusa.

_ Isso. – ele desatou o nó e segurou aquele laço em sua mão levantada e com um sorriso maroto – Lembra-se como foi?

Betsy remeteu sua mente ao dia em que seu quarto ficou pequeno para eles, foram muitas brincadeiras, ela o amarrou com aquele laço e também o usou para açoita-lo. E ele brincou de coisas que quase a mataram de rir e de prazer depois.

Querendo sorrir, ela tirou-lhe o objeto.

_ O que quer dizer com isso? E esse champanhe?

_ Betsy, hoje faz quatro anos desde aquele dia, eu marquei com você, mas sem me dar conta. Eu trouxe esse champanhe para comemorarmos.

Ele a conduziu até a cozinha e pegou as taças. Betsy apenas sorria e deixou que ele fizesse tudo - Vamos nos concentrar naquele dia. O que você fez depois da primeira taça?

_ Eu não sei? – disse confusa.

_ Tomou outra e outra, e ficou feliz, e nós fomos ao seu quarto. Diga-me se não foi bom!

_ Foi, Laurie, foi muito bom! – ela estava sendo sincera, e realmente se concentrou.

_ Então, nem que seja inconscientemente, vamos beber de novo e repetir a dose. Vamos ser felizes, Betsy!

Sem pensar em mais nada, ela aceitou. Havia passado aqueles minutos chorando a ausência de Willy, não havia mais lágrimas e nenhum motivo para sofrer o que já sofreu. Para ela já bastava de tanta dor.

O champanhe que Laurence trouxe era na verdade uma bebida forte que depois de duas taças a deixou completamente tonta, embora não perdesse suas faculdades mentais, e ela finalmente estava como ele queria; vulnerável.

_ Venha, vamos repetir a dose.

_ Bruce... Ele pode chegar.

_ Ele está num encontro. Vamos.

Cambaleando, ela foi rindo e maldizendo Laurence com tom de brincadeira.

No quarto, ele a colocou na cama e a despiu devagar, pois ela relutava em permitir que as peças saíssem de seu corpo, uma a uma.

_ Eu amo você, Betsy, Coloque isso na sua cabeça, case-se comigo!

_ Eu vou pensar... – falava compulsivamente – não sei...

_ Era isso que foi fazer no meu apartamento? Pedir-me em casamento?

_ Sim, mas aquela piranha na sua cama... Eu te odeio Laurence Barrett!

Ele enfim a despiu por completo e a provou com sua boca desde seus seios até seu membro, que para ele era o mais puro do mundo. Seu amor por ela era sincero e forte, era mais que apenas sexo.

_ Como eu te quero para mim! – usou suas mãos para afastar as pernas dela e, antes de beijar, apreciou com os olhos aquilo que estava prestes a possuir com sua boca.

Ela permanecia estirada na cama, passiva de suas carícias e tentando tirar a roupa dele, mas sem sucesso até mesmo de encontra-lo, achava o vazio com as mãos, mas sentia sua língua a brincar por entre suas pernas como se um animalzinho corresse de um lado para outro ali dentro.

Gemendo como se sentisse dor ela falava o nome dele e o xingava com nomes bobos.

_ Seu loiro idiota, me solta. – ainda suspirava e gemia – Saia da minha cama! Ah! Eu estou morrendo! – ele acreditou que ela estava sentindo aqueles estímulos, e excitada.

_ Vou sair! – ele se levantou, tirou a camisa e jogou nela ela a cheirou, dizendo que ele fedia a perfume barato – Eu quero me impregnar com seu cheiro, minha rainha!

Laurence tirou suas calças. Estava muito excitado e temia não suportar encostar-se a ela, pois queria fazê-la sentir prazer e leva-la aos céus como da outra vez, antes de seu clímax.

Então ele a penetrou devagar, pediu que ela gritasse e ela o fez com gosto. Seu membro estava rígido e rápido. Ela chorava e ele a ameaçava.

_ Vou te matar com meu amor! Vou te matar!

Estava tudo perfeito, Laurence a enlouquecia e sentia seu membro pulsar ao expelir o sêmen dentro dela, tão quente e vibrante, quando de repente a porta se abriu.

_ Mãe!

Num pulo excedente, Laurence caiu para o lado.

Bruce voltou-se depressa. O que viu o chocou por demais. Queria não ter o dom da visão naquela hora, quase engasgou com sua própria saliva. Ele correu para fora e esperou aquilo tudo passar.

Quase sem fôlego, Laurence olhou para Betsy que não percebeu o que tinha acontecido.

_ Laurie! – sua voz era mole e ela nem enxergava com nitidez, até que acabou dormindo.

Mas ele esperava seu fôlego se normalizar, não sabia como encararia o menino na sala. Quanta vergonha sentia! Havia esquecido que Bruce voltaria logo.

Praguejando, ele se arrumou e cobriu sua amante, ajeitou a cama e saiu.



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Notas finais do capítulo

Preste atenção nas palavras de Grace. Elas serão entendidas num capítulo futuro.
OBRIGADA PELA LEITURA!
E REVIEWS...



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