Hana fora correndo abrir a porta, com grandes expectativas que era L. Ela abriu a porta sorridente, e deu de cara com alguém com uma blusa branca e calça jeans desbotado.

            - Ryuzaki! – ela gritou. Mas então ela olhou para o rosto, e viu grandes olhos vermelhos.

            - Me chame de Luxaky. – deu um de seus sorrisos sombrios.

            - Você...! Você não é o L! – ela tentou fechar a porta apavorada, mas ele segurou a porta.

            - Ora, isso não é jeito de tratar os convidados. – falou irônico. Ela tentou se afastar, mas isso só liberou espaço para que ele entrasse. – Até parece que não me conhece.

            - Você foi quem me deu aquela geléia! E é o mesmo cara que derrubou geléias, e o mesmo que limpou o meu ferimento.

            - Como você é esperta. – ele se aproximou dela, sentindo o cheiro. – Você tem um cheiro delicioso... Parece morango... – ele falou aproveitando o aroma dela. Ela então tentou usar um golpe de capoeira que L havia lhe ensinado, mas ele segurou a perna dele.

            - Hm, capoeira. Parece como uma mulher que encontrei há muito tempo.

            - Então você realmente é...

            - Beyond Birthday, prazer. – ele riu – Pode me chamar de BB, ou apenas de B.

            Ela entrou em desespero quando ouviu esse nome, apesar de que ele era idêntico a L, isso não a acalmava tanto. Ela então avistou uma vassoura perto, e a pegou e tentou acertar B com ela. Mas ele tirou uma faca do bolso.

            - Eu não pretendia usar isso... Mas como está sendo tão rude comigo. – irônico como sempre.

            Ela tentou desviar com a vassoura a faca dele, mas ele também era muito bom lutando. Ele a encurralou na parede, ela forçou a vassoura para perto de seu pescoço, quase a sufocando. E com a outra mão, segurava a faca perto da boca dela.

            - Hm, parece que você também sabe lutar um pouco de kando. Impressionante. – ele sussurrou, se aproximando dela. Ele beijou o pescoço dela, e ficou então contornando o rosto dela com a faca. Mas depois ele colocou um pouco de força propositalmente, e fez um pequeno corte no rosto dela.

            - Me desculpe, eu pretendia ficar mais, mas parece que o seu detetive veio te salvar. – ele sussurrou e lambeu o sangue escorrendo na ponta do lábio dela. Depois a soltou, e caminhou em direção a janela.

            Distante, ela conseguiu ver que ele também lambia o sangue na faca.

            - A propósito, seu sangue é muito bom. – ele então sentou na janela, e após alguns segundos, a porta se abriu e L apareceu. Ele a viu em estado de choque, ficando com mais raiva de B.

            - Hana, você está bem? – ele perguntou. Ele percebeu que ela olhava para alguma coisa, e então olhou para a mesma direção. E lá estava seu irmão, sentado na janela. Ele acenou e então pulou pela janela, desaparecendo na multidão na rua.

            - Maldito. – Ryuzaki resmungou. – Ele te machucou, Hana? – ele dizia preocupado, mas ela ainda estava em estado de choque. L percebeu que havia um pequeno corte no rosto dela.

            Ele pegou um papel, e limpou o ferimento, e depois depositou um beijo lá.

            - Me desculpe por não estar aqui, Hana-chan. – ele falou com tristeza. Ele falhou com ela. Ele queria se vingar de B, queria proteger Hana, queria chorar. Ela percebeu o que estava acontecendo com ele, e o abraçou.

            Ficaram abraçados por um tempo para que o choque dos dois se passasse. Ela então bagunçou os cabelos dele e sussurrou:

            - Eu senti sua falta. – ela o beijou delicadamente.

            - Nunca me perdoarei por isso. Eu vou pegar BB, de qualquer jeito. – ele falou decidido, mas ela o beijou novamente.

----

            Ela acordou abraçada com L e fazendo carinho no cabelo dela.

            - Bom dia, Hana-chan. – ele beijou a ponta do nariz dela.

            - Bom dia...

            - Hana, nós temos que voltar para o prédio que era o antigo QG da investigação de Kira.

            - Mas por quê?

            - Porque será mais seguro, apesar de que não acho que isso impediria B de vir de novo. – Ela não concordava, mas acabou aceitando de qualquer jeito. – Nós podíamos chamar os garotos da Wammy’s House, o que acha?

            - Não precisa se preocupar tanto, B não declarou guerra.

            - Mas eu o conheço. E ele te machucou, não posso perdoá-lo. – ele pediu que só tomasse providências mais sérias assim que B anunciar que será uma disputa, ou algo parecido.

            Fizeram as malas e voltaram para o prédio onde tudo começou. Muitas lembranças passaram por sua cabeça, e voltou-se a olhar para a aliança.

            - Quando tudo isso acabar, eu prometo que nos casaremos. – L sussurrou, e beijou a testa dela.

            - Eu senti falta disso. – ela sorriu, e então ele beijou os lábios dela que estavam sorrindo. – Por favor, não me deixe mais. – ela pediu baixo.

            - Nunca mais farei isso. – ele prometeu, e segurou a mão dela.

            Durante a tarde, eles resolveram mais alguns casos mais fáceis, como se fossem uma brincadeira. E quando Hana caiu no sono, o computador de L recebeu outra mensagem.

            - Olá de novo, L. – a voz falou na tela com uma letra B.

            - O que você quer? – perguntou ríspido.

            - Isso é jeito de tratar irmãos? – ele falou irônico. – Eu só queria que jogássemos um jogo. Ganha quem conseguir seu objetivo, que o seu seria me impedir. Mas primeiro, você teria de descobrir como vou conseguir o que quero para me impedir.

            - Porque insiste em continuar com isso? Você já perdeu da outra vez. – ele falou decidido.

            - Dessa vez será diferente. – ele sorria maldosamente do outro lado. – Provavelmente você não irá contar nada a Hana, por isso eu liguei quando ela dormiu. Isso favorecerá a mim... Até mais, L. – ele desligou.

            L olhou para Hana adormecida, e passou a mão aonde havia agora um pequeno ferimento se cicatrizando.

            - Eu prometo Hana... Não vou deixá-lo te encostar novamente.

            Ele pensou em se comunicar com os garotos da Wammy’s House, mas isso só alarmaria mais Hana. Agora não tinha certeza se deveria contar a ela sobre isso ou não.

----

            BB estava fazendo outra vítima, mas por puro prazer. Ele gostava de sentir o sofrimento da pessoa, ele ria desse sentimento delas. Depois de esconder o corpo, ele passou o sangue que havia na faca, e depois colocou o dedo na língua. Como sempre, ele apreciava aquilo, mas algo estava faltando. O que estava faltando, era que não era o sangue de Hana.

            Ele não sabia desde quando ele havia se fixado por aquela garota. Mas lembra-se de quando a viu pela primeira vez, quando ela saíra com L no parque. Ele ficou assistindo tudo o que faziam, e talvez o jeito dela havia chamado atenção de Beyond. A partir daquele dia, ele começou a seguir os passos dela, se envolvendo mais. Foi então que decidiu que ela deveria ser dele. Não era um sentimento, era algo como possuir um objeto.

            Talvez isso fosse apenas para implicar com L, talvez só por curiosidade, mas ela realmente o fizera ficar interessado. Ele ficava lembrando quando ficou a observando, enquanto ria a toa. Ficou observando a faca, relembrando também quando esse objeto tocara a face dela, e a expressão de desespero dela.

            - Hana... – ele riu e então decidiu fazer o próximo passo.