My Exchange Student escrita por Twil_B


Capítulo 5
Decidindo


Notas iniciais do capítulo

Ja me deprimi... não tem muitos comentários o que me faz pensar que a historia não é boa... espero que eu esteja errada por que se existe algo que eu amo fazer é escrever...
Bom, coloquei mais um capitulo mais se não houverem mais comentários eu vou parar ): não queria mais não dá pra ficar postando pros fantasminhas lerem.. eu preciso de animo pra escrever...
É isso... espero que vocês gostem...



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Escutei uma voz conhecida gritar. Depois eu escutava gritos agonizantes.

– Bella acorda

Era o Emmet, era ele. Senti meu corpo sendo balançado freneticamente. Os gritos pararam e meus olhos se abriram, antes de qualquer pensamento eu já estava chorando nos braços do Emmet.

– Emm, foi tão horrível! Eu... eu...

Só de lembrar desse maldito sonho eu já tremia dos pés a cabeça

– Calma baixinha, eu to aqui... to aqui com você.

As palavras dele me acalmaram um pouco porém as lagrimas não paravam de cair. Eu não podia negar que estava com medo, medo do que o futuro estaria guardando para mim. Será que eu iria ajudar o Edward ou eu terminaria por afundar nós dois juntos? No momento esse era o meu maior medo. Depois de um tempo chorando eu me acalmei, só não me soltei do Emmet.

–Você quer me contar?

Querer eu não queria, mais eu precisava! De repente o Emmet soubesse o que estaria acontecendo, de repente ele me ajudasse e também eu precisava desabafar, eu não conseguiria guardar esse sonho muito tempo pra mim mesma como tenho feito com outras coisas.

– Foi...foi tão horrível.. Em... eu tava lá de novo, estava drogada eu sentia o efeito como se não fosse um sonho sabe? E depois disso eu senti... Em, eu senti a culpa por ter sido fraca, por não ter conseguido dizer não e... estavam todos lá, assistindo o meu fracasso, primeiro minha familia...todos com o olhar de pena...depois a sua, com o mesmo olhar... e depois... depois...

Não sabia se devia contar que o Edward aparecia depois, não sabia como ele iria interpretar isso.

– O Edward.

Fui tirada das minhas duvidas quando ele mesmo me deu a resposta. Sem saber o que pensar logo fui verbalizando

– como... como você...?

– Você falou.

Ah, que maravilha! Arregalei meus olhos como sempre fazia quando era pega de surpresa. Imagina se alguém dessa casa escuta eu gritando o nome do Edward, imagina se o próprio escuta, eu estava completamente perdida... quer dizer, que desculpa eu iria arranjar afinal isso era tudo o que eu precisava, da família inteira achando que eu sou louca

– Relaxa, você falou baixinho... na verdade foi a única coisa que você falou baixo.

Senti minhas bochechas pegarem fogo e abaixei um pouco o rosto afim de não revelar minha vermelhidão.

– Ele apareceu por ultimo?

Assenti, ele apareceu sozinho isso é que eu não entendi...e o olhar que ele me mandava... não era o mesmo dos outros... tinha algo a mais e eu não conseguia entender nem o que era e nem o porque. Não havia sentido naquilo afinal. Não era a primeira vez que eu tinha pesadelos mais era a primeira vez com esse pesadelo especificamente, eu só esperava que passasse e eu não precisasse mais me preocupar com isso

– Eu to com medo Emmet.

Ele passou os braços em meus ombros e apertou fracamente

– Medo do que Bell?

– De tentar ajudar e acabar afundando nós dois..

Ele sorriu fracamente

– Isso não vai acontecer... eu não vou deixar.

Meu medo era maior que isso, meu medo era não conseguir dizer não e isso me deixava envergonhada... ser fraca me deixava com vergonha de mim mesma.

– Mais e se... e se eu... Emm eu to limpa a um ano, se você for pensar bem é tão pouco tempo pra uma ex-viciada, eu não tenho certeza se eu teria força pra dizer não.

Abaixei minha cabeça. Eu odiava demonstrar fraqueza, mais eu precisava saber o que fazer.

– Pra isso que eu existo! Pra ter força pra dizer não por você

Eu não tive em momento algum alguém pra fazer algo por mim, pra me ajudar a me livrar dessas porcarias e agora, saber que alguém esta do seu lado independente do que aconteça é uma sensação que talvez eu só tivesse tido uma vez na vida, quando eu voltei pra casa. Se sentir amada saber que pode contar com alguém, não importa quem, é uma coisa tão especial, não havia comparação. Senti as lagrimas querendo voltar e as prendi dando um abraço apertado no Emmet.

Apesar de todas as sensações eu ainda não poderia fazer isso com ele... qual é, ele tem 20 anos eu não podia simplesmente soltar mais essa responsabilidade pra cima dele, já havia o Edward, um já era muita coisa imagine dois

– Emmet eu não posso fazer isso com você! Já tem o seu irmão e agora mais eu? É muita responsabilidade e você ainda é tão novo, tem que se preocupar com outras coisas e...

– Hey, pode parando com isso!

Ele me cortou e continuou falando

– já se esqueceu de tudo? Você é minha irmãzinha, eu nunca, jamais deixaria você sozinha numa situação dessas...eu vou estar do seu lado e do lado do Edward mesmo que vocês não queiram porque é isso que eu faço com as pessoas que eu amo...eu cuido. Então pode parar de falar baboseiras!

Sorri, ele era uma pessoa incrível, que não se importa com os defeitos, ele só enxerga as qualidades... ele via em mim uma pessoa boa, mesmo eu tentando a todo custo mostrá-lo que eu não era. Existem pessoas pelas quais vale a pena lutar, pelas quais vale a pena sofrer, e o Emmet com toda certeza era uma dessas pessoas. Se ele não fosse a cara do meu irmão e eu não o amasse como tal, já estaria completamente apaixonada por ele.

– A Rose tem sorte de ter alguém como você, sabia disso?

Ele riu

– Sabia sim...

Rolei os olhos

– eu tinha esquecido do quanto você é exibido

Rimos

– ótimo, agora que já estamos conversados é melhor você voltar a dormir

Suspirei, eu não queria dormir, o medo de sonhar com aquilo novamente era maior que o sono

– Eu vou ficar acordada esperando a hora de levantar

Conclui meu pensamento alto

– Como assim? Ta maluca? Nada disso, você tem que dormir sim

Fiz uma careta

– Eu não quero sonhar com aquilo de novo, eu não quero ficar aqui sozinha

– Você não vai sonhar de novo e eu fico com você até dormir ok?

– Não precisa eu...

– Vai logo Bell, larga de ser chata e deita ai

Sorri, ele estava sentado na cama comigo então me encolhi todinha e deitei no seu colo. Ele começou a fazer um cafuné gostoso e o sono foi novamente chegando

– que horas são agora?

Eu perguntei já meio sonolenta

– 4:30

– Céus! Eu te acordei com meus berros, deixei você ficar aqui e amanha você ainda tem prova e..

– Shiii, só durma Bella

– Emm?

Chamei fazendo ele rir

– Que foi?

– Obrigada... eu te amo maninho

– de nada, e eu também te amo baixinha

E então eu apaguei, sem sonhos, apenas o breu no qual já estava acostumada.

Assim que abri meus olhos percebi que estava deitada debaixo do meu cobertor, sabia que havia sido o Emmet que me cobriu. Era tão bom ter um irmão mais velho, saber que ele se importa com você. Senti meu coração apertar quando pensei no Embery. Olhei pro relógio e meus olhos arregalaram por si só. Já eram 12:30, ou seja eu havia perdido a manhã toda de aula. Levantei-me e vi um bilhete colado na porta. Me aproximei e percebi que a letra só podia ser ou do Emmet ou do Edward só que já que o Edward nem olha na minha cara muito provavelmente ele não iria ter colado um bilhete ali por isso deduzi que aquele garrancho era do Emmet.

Não consegui ler direito por isso arranquei da porta e espremi os olhos

Bellitcha,

Descansa bem!

Não vem a aula não. Quer uma dica? Sempre que puder faltar falte.

Qual é, aula é um saco!

Bom, usa esse tempinho pra pensar e esfriar a cabeça ok?

Qualquer coisa me liga, meu numero ta gravado no seu cel.

Te amo viu?

Beijos do seu irmão gostosão.

Depois de um tempo consegui ler o que tinha escrito na mensagem. Só o Emmet conseguia ser assim... Ainda rindo da mensagem fui em direção ao banheiro tomar um banho, eu iria seguir o conselho do Emmet só essa vez e iria faltar a aula e pensar um pouco.

Ao terminar coloquei um shorts e uma camiseta, peguei um chinelo havaianas e desci. Após vasculhar um tempinho a geladeira reparei que ainda tinha um restinho da macarronada que eu fiz ontem e um pacote de batatas pra fritar. Fiquei com vontade e catei as batatinhas mesmo.

Depois de fritá-las peguei uma latinha de coca cola e fui em direção a piscina, sentei na espreguiçadeira sentindo o sol bater no meu corpo e comecei a ‘almoçar’.

Comer batata frita me lembrava tanto o Embery, me lembrava como ele se enchia de batata e depois a dona Renée dava-lhe uma bronca por comer besteiras e não almoçar direito. Ri com a lembrança, é incrível como a gente só dá valor as coisas quando as perdemos.. eu nunca fui muito apegada a minha família, mais depois de tudo o que aconteceu e de estar aqui eu percebo o quanto eu os amo.

Eu pensava o que será que a minha mãe faria se eu contasse tudo o que esta acontecendo com o Edward? Será que ela me daria palavras de apoio ou simplesmente compraria uma passagem imediatamente pra voltar pro Brasil? De qualquer forma eu não me arriscaria, é incrível como eu me apeguei em tão pouco tempo a todos eles, eu não queria ir embora, sentia falta da minha família mais no momento eu sentia que aqui era o meu lugar. Talvez eu tivesse sido mandada pra cá para ajudar o Edward a passar por tudo isso, talvez isso tudo fosse obra do destino ou talvez tenha sido uma infeliz coincidência que irá me mostrar que eu não era tão forte quanto eu pensava. Eram tantas perguntas pra tão pouco eu. Saber que eu iria embora no final do ano me deixava com o coração apertado, será que até lá eu estarei pronta pra voltar ao Brasil e enfrentar tudo o que me aguarda lá? Antes eu estava certa de que isso aqui era uma fuga pra eu me recuperar de tudo o que houve só que agora essa certeza não é mais certeza, eu sinto que tem algo atrás de tudo isso, algo que eu ainda não consigo ver. Quem sabe afinal o que vai acontecer? Quem sabe no ano que vem eu esteja morando aqui com toda a minha família, ou quem sabe certas pessoas não estejam mais morando no Brasil, eu iria conseguir ser feliz assim... de qualquer maneira eu ainda esperava trazer um dia o Embery aqui pra conhecer todos. Eu ri imaginando ele e o Emmet juntos, seria um desastre! Mais um desastre hiper engraçado.

Voltei a pensar no Edward, porque será que ele não saia da minha cabeça? Por mais que eu quisesse parar de pensar nisso por um tempo, saber que ele ta passando o mesmo que eu passei me deixava sem chão, sem saber o que fazer. Principalmente sabendo que ele não tem nem idéia de que eu sei de algo sobre seu passado. Mais também se eu contasse pra ele, ele jamais aceitaria minha ajuda. Meu único medo nem era de afundar junto mais era de tentar ajudar e acabar o afundando mais. Se eu não soubesse de todo o passado que o ronda eu perderia horas do meu dia imaginando como um garoto lindo como ele pudesse estar envolvido nisso tudo. Ah qual é? Ele me tira o fôlego em certos momentos... mais a questão não é essa e sim a ‘porque EU afundei’? O começo do meu motivo podia ser discutido mais depois foi tão ridículo, tão idiota eu era uma fraca e deveria ter pena de mim mesma e não dele. E agora, como EU o ajudaria? Tudo bem, eu fui fraca pra entrar mais fui forte o suficiente pra sair sozinha. Então porque eu não seria forte pra tirar ele dessa? Ajudaria se nós fossemos amigos, se ele sentisse que pudesse confiar em mim só que o fato é: será que eu conseguiria lutar pela amizade dele? Eu sabia como era, sabia o que ele estava sentindo e parar... parar não é fácil é na verdade o mais dificil, mais eu estaria do lado dele não estaria?

A confusão se fez presente novamente. Juntei minhas pernas e deixei minha cabeça ali. Uma lagrima escapou dos meus olhos e eu percebi, eu sabia o quão dificil era parar mais eu tinha que arriscar, eu demorei muito tempo pra perceber o quanto aquilo me fazia mal e senti as conseqüências disso, a principal era a falta de amor próprio, a falta de confiança em si mesma, saber que você nunca vai ser bom pra nada nem pra ninguém, a insegurança... tudo isso eu tenho e sei que é reflexo das minhas escolhas. Eu não podia deixar isso se prolongar, eu não podia permitir que o Edward tivesse tudo isso, eu iria lutar, iria tira-lo disso nem que eu tivesse que cair novamente e vou fazer isso antes que seja tarde de mais.

Ok, eu tinha que saber das coisas que eu não podia fazer perto dele. Me lembrei do sonho horrível que tive hoje, lembrei do que eu senti quando me mandaram aqueles olhares de pena. Eu não poderia fazer isso nunca com ele, ele tem que se sentir igual a mim e não inferior e eu teria que ter a confiança dele, isso seria essencial.

Escutei um barulho de algo caindo e me virei pra ver quem estava ali. Havia alguém dentro da casa, mais quem poderia ser? Levantei e com a confiança que eu NÃO tinha segui em direção ao barulho. Estava me aproximando da porta que dava pra cozinha quando meu pé esbarrou na cadeira fazendo com que ela caísse, senti a dor e quase chorei mais continuei seguindo. Antes de entrar na cozinha eu me abaixei um pouco e me estiquei pra ver se havia alguém lá. Ninguém, entrei mais um pouco e vi o prato de macarronada em cima da mesa. Ótimo Bella, ou você ta ficando louca ou realmente tem alguém aqui, fui em direção as escadas e encostei na parede contando até três e entrando na sala

– AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

– PORRA!

Os gritos saíram juntos, depois do susto permanecemos parados olhando com cara de pavor um para o outro. Isso mesmo eu estava a centímetros de distancia de um Edward amedrontado, tudo bem que eu não podia falar muita coisa já que eu estava apavorada.

– Você quer me matar do coração garoto? Meu deus que susto!

Falei sentindo meu coração bater rápido.

– O que você ta fazendo aqui Isabella?

Fiz uma careta quando ele me chamou pelo nome completo, odiava meu nome. Era tão dificil assim me chamar apenas de Bella? Me afastei e fui buscar água, meu coração ainda batia rápido só que agora eu não sabia se era pelo susto ou pelo ser ao meu lado.

– Eu não fui à aula.

Falei calmamente

– Ah, jura?

Falou completamente irônico. Ok foi uma resposta idiota.

– Sim, e você? Não deveria estar na faculdade?

Falei na esperança de puxar assunto.

– Não que seja da sua conta mais eu vim pra casa almoçar.

– Ah, tendi.

Falei sentando na cadeira da bancada atrás do prato de macarronada.

– Também almocei aqui, se eu soubesse que você viria eu te esperava...

Ele me olhou incrédulo e depois fez uma cara debochada

– ainda bem que você não sabia.

Ele pegou o garfo a faca e o prato, junto com uma latinha de coca cola e foi embora.

Droga, porque ele tinha que ser tão grosso?! Poxa eu fui amigável, não custava nada ele ser pelo menos um pouco educado. Coloquei meus braços em cima da bancada e afundei minha cabeça ali. Isso ia ser mais dificil do que eu estava imaginando, mais eu não iria desistir tão fácil.

Escutei um barulho e logo levantei a cabeça dando de cara com um Edward olhando pra mim confuso.

– Esqueci o queijo ralado

Assenti e voltei com a cabeça pra onde eu estava deixando ele com seu queijo ralado.

– vai sair ou vai ficar que nem um zumbi pela casa? Só para não haver mais sustos...

Levantei minha cabeça indignada, ele estava encostado na porta

– Não, eu vou sair, afinal ninguém consegue ficar no mesmo ambiente com um idiota como você. É totalmente impossível!

Levantei da cadeira e tive que passar por ele que estava completamente chocado com a minha petulância. Sai de casa e fui andando pelas calçadas de Londres, era a primeira vez que eu saia e ainda por cima sozinha... tudo o que eu precisava. E pra piorar fui grossa com o Edward, ia ser mais dificil ainda fazer amizade com ele o xingando de idiota, mais o que eu podia fazer? Meu sangue ferveu... eu sempre fui tão calma... eu não sei o que acontece! Só esse garoto tinha o poder de me fazer perder a paciência, de me tirar do sério! Tanto que eu estava aqui, sozinha sem telefone nem nada indo pra sei lá onde.

Levei minhas mãos aos bolsos a procura do meu celular mais não o encontrei. Droga ele ficou na mansão e eu não iria lá buscar. Continuei andando até dar numa avenida enorme, havia muita gente andando nas calçadas e muitos carros na rua, o solzinho que estava antes sumiu dando lugar a nuvens completamente pretas, indicando que para o meu desespero logo logo iria chover.

Depois de uns minutos caminhando me deparei com uma starbucks. Com os olhos brilhando procurei por dinheiro no shorts e obvio que eu não achei. Mesmo sem grana eu queria entrar, afinal no Brasil eu ia todo dia tomar o meu café na starbucks da esquina de casa, sempre estudava ali já tinha amizade com os garçons e tudo.

Entrei e me sentei numa mesa vazia que dava pra ver a parte de fora e de dentro. Haviam todos os tipos de pessoas, desde senhoras conversando até adolescentes namorando e grupos de amigos conversando. Sorri, qual é, eu estou na cidade que eu sempre sonhei!

– Hey, posso te trazer alguma coisa?

Olhei pra cima e arregalei meus olhos ao dar de cara com o tal Jacob

– Ahh, oi... é Isabella né?

Ele sorriu amigavelmente me fazendo sorrir também

– só Bella... e você é o Jacob né?

Nós rimos

– Isso. E então Bella o que te trás aqui?

Fiz uma careta lembrando o que me trazia ali, o grosso do Edward.

– Bem, eu só sai pra andar e acabei encontrando isso aqui... na verdade eu não sei nem porque eu entrei já que não tenho dinheiro nenhum aqui comigo...

Decidi contar uma meia verdade fazendo ele rir. Ver o Jacob ali me fez ter uma duvida, quer dizer, o que ele estava fazendo ali?

– Não deveria estar na escola?

Perguntei, ele olhou pros lados e se sentou na cadeira a minha frente

– quem cuida daqui é a minha família, só que hoje minha mãe teve que ir fazer um exame e meu pai a acompanhou e por coincidência hoje é a folga dos outros empregados por isso eu faltei na escola pra ficar aqui até eles voltarem.

– Ah, tendi... mais só você ta atendendo? Esse lugar não lota não?

Ele riu...

– é, daqui a pouco eu estarei ferrado

Nós rimos. No mesmo momento entrou um casal e se sentou numa mesa fazendo o Jacob levantar

– Bom, o trabalho me chama

Ele disse sorrindo

– vai lá!

E ele foi, era legal fazer amizades e o Jake parecia ser uma boa pessoa. Fiquei olhando e assim que ele anotou os pedidos entrou numa porta que eu deduzia ser a cozinha.

Fiquei olhando o local e reparei que havia uma das senhoras que procurava o Jake que ainda não tinha saído lá de dentro.

Depois de um tempo a senhora já estava reclamando com as outras e nada do Jake aparecer, num ataque de puro impulso levantei-me e fui em direção a mesa. Ainda não sabia o que estava fazendo mais mesmo assim fui.

– Posso ajudá-la senhora?

Ela olhou pra mim e depois pras minhas roupas acho que se perguntando se eu realmente trabalhava aqui.

Depois de olhar ela decidiu pedir logo

– Eu quero um Mocha Frappuccino por favor.

Sorri pra ela que sorriu de volta

– É pra já.

Sai dalí indo em direção a onde o Jake entrou. Bati duas vezes na porta e ninguém respondeu me fazendo abrir calmamente. Como eu deduzi ali era a cozinha mesmo, O Jake ajudava um cara a fazer uma massa lá.

– Er... Jake?

Ele me olhou surpreso

– Bella?

Fiquei meio sem graça mais fui em frente.

– A senhora da mesa 2 quer um Mocha Frappuccino .

Ele me olhou e depois ficou surpreso.

– você..? quer dizer ela..?

Eu ri. Antes de falar qualquer coisa escutei o barulhinho da porta e deduzi que havia mais gente entrando

– Vai logo, tem mais gente entrando eu vou lá atender.

Sai da cozinha deixando-o mais surpreso ainda. Olhei a mesa em que haviam alguns garotos mal encarados da escola, aqueles que andavam com o Edward, sentados. Procurei por um bloquinho e uma caneta e logo achei perto do caixa. Depois de respirar fundo fui em direção a mesa

– Boa tarde, o que vão querer?

Perguntei educadamente fazendo todos aqueles garotos mal encarados olharem surpresos pra mim. Me perguntei o porque do Edward não estar com eles mais logo afastei a pergunta dando graças a deus pelo Edward não estar ali.

– Ora ora se não é a intercambista... ta fazendo o que aqui brasileirinha?

– Vocês vão querer alguma coisa ou eu já posso ir atender as outras mesas?

Ele riu

– me trás muffins pra todos aqui, de chocolate por favor.

Contei rapidamente em quantos eles estavam e anotei o pedido no bloquinho, antes de me virar um deles me chamou

– hey brasileirinha.

Me virei, pensando que ele queria pedir mais alguma coisa

– Sabe, pelo que eu sempre soube as brasileiras eram as mulheres mais gostosas que existiam mais pelo que o Edward me disse outro dia é mentira né?

Rapidamente me lembrei do Edward entrando no meu quarto enquanto eu estava completamente pelada, senti meu rosto ficando vermelho mais dessa vez não só de vergonha mais também de raiva. O Edward... aquele...aquele... ahh mais ele iria me pagar! Como pode contar pra eles uma coisa assim!

– O Edward te viu peladinha né? E ele nos disse que você ficou molhadinha quando olhou pra ele ali... como uma cachorrinha no cio.

Ahh mais o Edward vai pagar! Ah se vai! Eu vou arrancar aquela coisa sem nada dentro que ele chama de cabeça! Eu mato! Ahh eu mato!

– Diz pro seu amiguinho que ele destorceu os fatos, já que foi o pequeno amiguinho dele que ficou animadinho ao me ver. E diz também que a próxima vez que ele entrar no meu quarto sem bater não vai existir mais amiguinho pra levantar com ninguém... ok?

Sai dalí o mais rápido possível, deixando todos eles chocados. Não consegui segurar mais as lagrimas, eu odiava meus dutos lacrimais, sempre que eu estava com raiva, triste ou com vergonha eles se manifestavam. O Jake nesse momento saiu da cozinha e arregalou os olhos ao me ver, ele estava com a bandeja na mão com os pedidos que a senhora e a outra mesa fizeram.

– Bella, mais o que...?

Antes que ele pudesse terminar ele virou pra mesa que estava rindo alto até demais, depois disso ele me olhou

– O que eles fizeram? Eu vou lá agora e..

– Não. eles não fizeram nada. Vai entregar os pedidos que eu pego esses.

– Bella, não precisa fazer...

– Anda logo Jake.

Falei o cortando e seguindo em direção a cozinha. Assim que entrei dei de cara com o homem que o Jake ajudava. Ele estava sentado na cadeira e assim que me viu levantou e veio na minha direção. Estendi a mão entregando o pedido e depois limpei as lagrimas, fui em direção a cadeira que ele estava sentado e me sentei ali também colocando a cabeça nas minhas mãos.

– Você está bem?

Ele se ajoelhou na minha frente. O homem nem me conhecia e já estava querendo ajudar, definitivamente esses britânicos são uns fofos e além de tudo o homem tinha cabelos pretos e olhos verdes, era lindo só que muito mais velho que eu... deveria ter seus 39 ou 40 anos.

– Eu to, obrigada.

Eu sorri fracamente. A porta foi aberta com força e eu percebi que era o Jake entrando.

– O que eles falaram Bella?

Perguntou chegando perto de mim

– Nada... foi só uma coisa que aconteceu quando eu cheguei e que o Edward acabou contando...

Falei a verdade dessa vez. Ainda estava com muita raiva dele pra defendê-lo. Jake suspirou

– Tem certeza que não quer que eu vá..

Eu ri

– Não precisa! Eu só fiquei com vergonha... mais dei uma resposta a altura.

Os dois homens agora sorriam pra mim.

– Me chamo Dave

Disse o homem educado me estendendo a mão, logo a segurei com um leve aperto

– Pode me chamar de Bella.

– Bom, vou fazer os pedidos.

Ele se levantou e foi trabalhar me deixando sozinha com o Jacob.

– Posso saber o que você está fazendo? Desde quando trabalha aqui?

Eu não consegui me segurar e cai na risada junto com ele.

– Sei lá... eu vi que você tava todo enrolado e não ia dar conta, as pessoas já estavam ficando nervosas então eu resolvi ajudar...

– Fico agradecido pela sua ajuda, mais daqui a pouco isso aqui vai lotar! Então...

– por isso mesmo, você não vai conseguir sozinho

Ele fez uma careta

– Bella eu não posso deixar você me ajudar, seria injusto eu pelo menos vou ter que te pagar...

Antes que ele pudesse terminar eu falei

– Você me paga um Mocha Frappuccino e nós estamos quites ok?

Ele pensou um pouco na proposta e disse

– Um Mocha Frappuccino e dois muffins. É pegar ou largar.

Disse me estendendo a mão, ainda rindo eu a apertei

– Fechado!

– Aqui está o pedido Bella!

Disse-me o Dave. Levantei-me quando o Jake disse

– Deixe que eu entregue.

Logo neguei.

– Não não não... e eu lá sou mulher de ficar me escondendo por causa de garotos idiotas? Eu vou lá e vou entregar esses pedidos e se alguém fizer alguma gracinha eu enfio os muffins na cara desses imbecis.

Eles riram e eu logo peguei a bandeja e segui para a mesa. Chegando lá coloquei os muffins na mesa e eles continuaram conversando como se eu nem existisse. Dei graças a deus por isso. Assim que sai de lá continuei atendendo o pessoal que entrava.

E meu dia se passou assim, ajudando o Jacob. Agora eram 22:00 e nós tínhamos acabado de fechar, os pais dele chegaram quase a noitinha e nos ajudaram por mais que nós estivéssemos dando conta. Foi super legal todos eles são uns amores, me trataram super bem e me agradeceram muito por ajudar na lanchonete, me falaram também que tinha uma filha e uma intercambista também brasileira que estava com eles, não pude deixar de reparar os olhos do Jacob girando quando falaram nela. Eu logo quis conhecê-la e eles disseram que um dia fariam um jantar pra nós. Eu ri com isso.

Agora estávamos eu e o Jacob sentados na mesa eu tomando meu Mocha Frappuccino que foi preparado pelo Dave com muito muuuuuito chantily e muitos muffins ( bem mais do que dois) cobertos com exagerada calda de chocolate, Jake bebia uma coca e nós conversávamos.

– Então... como eu não preciso saber do Brasil, já que a intercambista que esta lá em casa me contou com mínimos e exagerados detalhes quero saber o que você esta achando daqui?

Eu ri, coloquei mais um muffin na boca me lambuzando inteira

– eu to amando! Nem acredito que achei uma starbucks perto de casa.

Ele riu muito do meu comentário e antes que eu pudesse impedir o muffim que estava perto do meu rosto foi empurrado pela pessoa com sérios problemas mentais sentada na minha frente me lambuzando inteira de chocolate. Abri a boca indignada e ele apenas ficou lá rindo de mim mais eu não ia deixar barato, o que ele não sabia era que eu também tinha uns probleminhas na cabeça, e foi movida nesse pensamento que quando ele menos percebeu peguei o que estava perto dele e esfreguei em seu rosto também, a cara que ele fez foi tão mais tão engraçada que agora nós dois gargalhávamos.

– ok, ok eu mereci.

– Ahamm...

Olhei no relógio novamente e já eram 22:30

– Bom... eu tenho que voltar pra casa, já está tarde e eu nem avisei que eu sai de casa pra Esme.

Ele assentiu

– Vamos primeiro lavar o rosto e depois eu levo você, é aqui perto.

Me levantei seguindo ele ao banheiro pra nos limparmos

– ah, não precisa... só me diz o caminho que eu vou sozinha mesmo.

Ele arregalou os olhos olhando pra mim

– Não sabe o caminho de volta?

Eu ri

– Na verdade eu não sei nem aonde eu to... apenas comecei a andar e cai aqui..

Ele riu mais logo ficou serio

– Bella, é perigoso sair por ai sozinha num lugar que você nem conhece... já pensou se você não chegasse aqui, como faria pra voltar?

Fiz uma careta.

– não tenho nem idéia... mais graças a deus eu cheguei aqui...

Nos rimos mais um pouco

– ok, mais quando quiser voltar promete que vai me ligar?

– Pra que?

Perguntei curiosa

– Pra eu ir te buscar horas.

Fiz uma careta

– Ah, não precisa...

– promete?

Perguntou olhando pra mim com os olhos espremidos. Depois de um tempo rolei os olhos e disse

– ok, eu prometo que eu te ligo mais só quando não tiver ninguém pra me trazer ok?

Ele se deu por vencido

– ta. Então anota meu numero no seu celular

Limpei meu rosto e voltamos pra lanchonete

– ér... eu to sem celular...

Ele me olhou chocado

– definitivamente você é mais louca do que eu pensava.

Eu ri...

– Foi sem querer, eu não queria voltar pra casa pra ir buscar então sai sem mesmo...

Ele foi no caixa pegou uma caneta e anotou o numero no meu braço, quando terminou eu roubei a caneta e marquei meu numero no dele que me olhou sem entender

– Agora estamos quites. Eu não ia sair riscada sozinha.

Ele riu e me puxou em direção a porta

– vamos, eu levo você.

Antes de sairmos eu passei na cozinha e dei tchau a todos, o Dave me deu um beijo na bochecha me deixando corada, definitivamente alguns homens brasileiros deveriam aprender com os britânicos. Prometi a mãe do Jacob que iria voltar e logo depois saímos de lá. Estava congelando lá fora e eu de shorts e camiseta, por mais que eu insistisse que não era preciso ele tirou o casaco e me deu pra vestir.

– Então, vai a aula amanha?

Perguntou-me enquanto estávamos virando a esquina da mansão, a starbucks era realmente bem perto de casa, fiquei feliz por isso.

– vou sim senhor... chega de preguiça...

Nós rimos

– e você vai?

Perguntei

– sim senhora...

Ri dele me imitando. Assim que passamos pelo portão andamos mais um pouco e eu toquei a campainha.

Depois de um tempo a porta foi aberta abruptamente por uma Alice completamente desesperada. Seus olhos estavam quase derramando as lagrimas, ela deu um grito que me fez perguntar o que raios aconteceu.

– Bella!! Ainda bem que você chegou!! Ficamos tão preocupados!!

A baixinha pulou em mim num abraço forte. De uma hora pra outra estavam todos ali. Claro que todos menos o Edward, que me fez lembrar do que houve a tarde... definitivamente nós iríamos ter uma conversinha.

– Bella!! Bella! Meu deus que susto! Você ta maluca? Como sai assim por Londres sem celular sem dinheiro e sem nada!

Emmet não sabia se me dava uma bronca ou se me apertava no abraço.

– Hey... eu estava com o Jacob o tempo todo... eu o ajudei com a lanchonete...

– estava na starbucks do Jacob esse tempo todo?

Ele falou arregalando os olhos

– tem idéia de que nos a procuramos pela cidade inteira?! O Edward ainda está na rua atrás de você.

Espera. Acho que o frio lá fora me fez ficar surda, o Edward? Atrás de mim? Que brincadeira de mau gosto.

– É verdade! Eu fiz uma cara igual a sua!! E ninguém pediu nada ele simplesmente foi sem dar explicações. Não consegui conter minha língua e perguntei

– e como você sabe que ele esta atrás de mim?

O Emmet deu um sorrisinho sacana e disse

– ele ligou a menos de um minuto atrás perguntando se você tinha aparecido e quando eu disse que não ele disse que ia continuar procurando.

Abri minha boca sem perceber. Todos riram da minha cara de pamonha.

–É Bellinha, quem sabe você não dá um jeito no Ed... ia ser maravilhoso ter o antigo Ed de volta.. quem sabe se você não...

Antes que ela pudesse continuar eu a parei

– Lice, eu sinto muito mais ele só deve estar se sentindo culpado.

– Isso é verdade, já que foi ele que expulsou você de casa.

Eu fiz uma careta

– Ele fez isso??

Perguntou Jacob com cara de poucos amigos

– Ahh... não foi culpa dele... eu também fui esquentadinha..

– eu sei o que aconteceu Bella, ele mesmo contou..

– isso mesmo... ele foi grosso com você... palavras dele.

Eu estava pasma com tudo aquilo, pra ele ter saído me procurar ele deve se preocupar pelo menos um pouquinho né?! Claro que teve a culpa mais ainda sim eu acabei criando esperanças de nós sermos realmente amigos.

– Ela não esta em lugar nenhum! Parece que simplesmente desapareceu!

Eu não conseguia nem imaginar a minha cara ao ver um Edward totalmente esbaforido, irritado e completamente frustrado entrar pela porta. Assim que ele olhou pra mim seu rosto atingiu um tom de vermelho e o que eu disse sobre a esperança de sermos amigos foi arrancada de mim sem que eu pudesse ao menos aproveitá-la.

– VOCÊ TEM O QUE NA CABEÇA SUA LOUCA?!

Disse gritando e chegando perto de mim, meus olhos saltaram do meu corpo e eu já estava ficando irritada também. Quem ele pensa que é pra gritar comigo assim?!

– VOCÊ É MALUCA OU O QUE? COMO PODE SAIR DE CASA SEM PORRA NENHUMA NUMA CIDADE EM QUE VOCÊ NÃO CONHECE?! MAIS É UMA LESADA MESMO!

– HEY HEY, OLHA LÁ COMO VOCÊ FALA COMIGO! QUE EU ME LEMBRE VOCÊ QUE ME EXPULSOU DAQUI SENDO UM GROSSO IDIOTA!

Disse perdendo as estribeiras e apontando meu dedo na cara dele.

– EU NÃO SABIA QUE VOCÊ IA SER BURRA O SUFICIENTE PRA SAIR MESMO!

Ah não agüentei, quando ele me chamou de burra e virou as costas pra ir embora eu simplesmente sai de mim e pulei nas costas dele.

– VOCÊ É QUE É UM BURRO! NÃO PODE ME CHAMAR DE BURRA IDIOTA!

Agora ele se debatia tentando me tirar das costas

– SAI DE CIMA DE MIM SUA LOUCA!

– NÃO ME CHAMA DE LOUCA! EU NÃO SOU LOUCA!

Eu gritava socando as costas dele enquanto ele mais parecia um touro raivoso tentando me tirar de cima de si mesmo. Num certo momento ele tropeçou nas próprias pernas e caiu de cara no chão me deixando por cima graças a deus, imagine aquele brutamontes caindo em cima de mim. Sentei nas suas costas sorrindo vitoriosa mais durou pouco por que ele conseguiu virar rapidamente ficando de frente pra mim. Lembrei-me do que ele disse pros amiguinhos e a raiva voltou, comecei a bater no peito dele falando, ou melhor, gritando

– E ISSO ME LEMBRA O QUE VOCÊ FALOU PROS SEUS AMIGUINHOS IDIOTAS! DA PROXIMA VEZ QUE ABRIR A SUA BOCA PRA FALAR ALGO DE MIM PENSE MUITO BEM SEU ESTUPIDO PORQUE EU SOU CAPAZ DE ARRANCAR SEU AMIGUINHO FORA TA ENTENDENDO BEM?!?!!?

Ainda batia no peito dele, ele tentava me tirar de cima dele mais eu estava possuída, completamente descontando minha raiva nele. Senti braços segurarem minha cintura e sem nenhum esforço me puxar pra cima tirando-me do Edward. Ainda me debatia

– ME SOLTA! EU AINDA NÃO TERMINEI COM ESSE ESTUPIDO!

– Bella, se acalma! Você vai ter um treco assim!

Disse Jacob me segurando. Respirei fundo e parei de me debater. O Edward se levantou totalmente vermelho mais agora pelos meus tapas.

– O que eles disseram pra você?

Ri irônica

– Você sabe exatamente o que eles disseram pra mim.

Jacob que viu que eu estava mais calma soltou minha cintura e eu fui um pouco pra frente.

– Olha, não era pra eles terem te contado.

– Ah.. então você conta uma mentira sobre mim e acha que eles não deviam ter me contado? Eu quero que você amanhã mesmo desminta isso esta entendendo?

Agora ele que riu irônico.

– Mentira? Vai me dizer que não ficou??

Ele não continuou provavelmente por causa dos pais que estavam presentes

– Nem um pouquinho. Se quer saber foi o seu amiguinho aí que ficou.

– Só nos seus sonhos.

Abri um sorriso irônico.

– Não seriam sonhos e sim pesadelos, pois eu não ficaria nem que você fosse o ultimo homem do universo e os humanos estivessem a beira da extinção... sinto muito mais nem assim. Você é que deve sonhar bastante com isso... pra contar mentiras pros seus amiguinhos é porque quer muito né?

Ele ficou vermelho de raiva

– Você não perde por esperar Isabella!

E se virou pra sair

– NEM VOCÊ! SEU IDIOTA!

Gritei pra que ele escutasse. Depois respirei fundo e virei me deparando com toda a família me olhando como se olhasse pra um ET. Ah, nem preciso comentar que o Emmet não estava incluso já que estava sentado no chão segurando a barriga de tanto rir. Eu estava tão envolvida na briga que nem escutei sua risada estrondosa.

– Você..hahahahahha... viu...hahahahhhaaha....a cara do....hahahahahah Edward....hahahahaha... o amiguinho dele hahahahahahah... nossa....hahahaha.... levantou.... hahahahaha....

Ele tentava falar rindo. Depois de um tempo todos começaram a rir inclusive a Esme e o Carlisle. Fiquei sem saber o que fazer.

– É, definitivamente você vai trazer meu filho de volta.

Olhei pra Esme que ainda rindo me deu um abraço apertado

– Nunca mais suma desse jeito, fiquei muito preocupada... quase chamei a policia!

Eu ri sem graça

– desculpe, da próxima vez eu prometo avisar.

Depois que os nervos foram acalmados eu fui levar o Jacob na porta. Todos entraram enquanto eu fui caminhando pelo jardim com ele até o portão.

– Ah, pegue seu casaco!

Disse quando me lembrei que ainda usava.

– Ah, pode ficar com ele.

– ta maluco? Você precisa ir pra casa, eu agora vou tomar um banho e vou pra cama mesmo... então...

Tirei de mim e o devolvi. Ele assim que pegou me puxou pra um abraço

– Foi um prazer te conhecer Bella, espero realmente que sejamos amigos.

Eu sorri.

– só pra avisar que eu só ajudo amigos ok?!

Ele riu

– que bom então... até amanha...

Ele me deu um beijo na bochecha e foi embora. Fiquei olhando até ele sair do meu campo de visão que foi quando eu percebi que estava frio demais então resolvi entrar. Caminhando em direção a porta senti que alguém estava me vigiando olhei pra cima e percebi que o Edward estava na sua varanda olhando pra mim com cara de poucos amigos. Fiz a mesma coisa que uma criançinha de 5 anos faria, mostrei a língua pra ele e entrei em casa.

Assim que coloquei meus pés em casa Alice grudou em mim, fomos em direção a sala onde o Carlisle e a Esme junto com o Emmet estavam assistindo filme.

– Hey Bella o que é isso no seu braço?

Perguntou Alice apontando pro numero de telefone anotado no meu braço

– Ah, eu esqueci meu celular aqui então o Jacob anotou o numero dele aqui.

– QUE?

Gritou o Emmet com raiva.

– Aiiiin sééério?!?!? E quando vocês vão sair de novo?

– SAIR?

Gritou o Emmet novamente

– Emmet cala a boca, é só o Jacob ok?

Disse Alice fazendo o Emmet fazer um bico enorme, eu comecei a rir dos dois

– Lice, a gente só é amigo... e pode relaxa Emmet ele só me passou o numero dele pra ele vir me buscar quando eu quiser ir pra Starbucks e eu não ter que ir sozinha.

Os dois agora bufaram juntos me fazendo rir mais

– O Jacob é um bom garoto Bella... está aprovado

Eu ri pra disfarçar o quanto aquele assunto me deixava com vergonha e por conseqüência vermelha.

– Eu vou ter uma conversa séria com o Jacob

Disse Emmet

– Ele é seu amigo Emmet e ele foi apenas gentil pra eu não me perder ok?

– É... embora eu prefira você muito mais com o Ed.... e Jacob não é ruim

Dessa vez quem bufou fui eu, me segurando pra não pular na cabeça daquela anãzinha. O Emmet começou a rir e todos nos concentramos no filme que estava passando.

Quando dei por mim já eram mais de meia noite por isso dei tchau pra todos e subi em direção ao meu quarto. Antes que eu pudesse abrir a porta senti meu corpo sendo puxado e prensado na parede. E pra minha total infelicidade quem estava ali era o Edward, com seu sorriso irônico nos lábios.

– O que que é que você quer?

Falei o mais firme que consegui, mais minha respiração estava cortada e quase acabando, meu coração batia rápido e eu senti minhas mãos suarem. Droga ele estava perto demais.

– Vou provar uma coisa pra você.

Merda. Eu to fudida.


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Notas finais do capítulo

E ai? gostaram?
Peço novamente pra que vocês comentem...
beijooos a todoos : *