November Rain escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 4
Capítulo 4 - Se quiser me amar


Notas iniciais do capítulo

olá pessoas que não deixam reviews!
Boa leitura!



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‘Eu poderia esfriar a cabeça

Sabendo que você seria m*

Tod* m*

Então, se quiser me amar,

Querid* não se reprima

Senão vou terminar indo embora

Na chuva fria de novembro’

Kyo POV

Eu dividia a casa com o Shinya há quatro anos.

Assim que terminamos o colégio ele teria que ir embora.

Sugeri que ele ficasse, já que eu tinha uma casa, que meu pai  havia me dado (vantagens de ser filho único;).

Ele hesitou em aceitar, mas ficou, ele tinha amigos aqui, e queria ficar.

Pelo menos eu não ficaria sozinho naquela casa enorme.

Mas depois de um ano convivendo juntos, senti que novamente eu estava ‘apaixonado’

Evitei por meses ficar perto dele por muito tempo, e quase agradeci quando tive que aumentar o tempo que eu ficava no estúdio de tatuagens.

Ele também trabalhava do horário da manhã.

E passamos ver bem pouco...

Tão pouco  que ás vezes nem nos falamos.

Mas num dia, depois  de uma festa, voltei para casa, um pouco menos sóbrio e acabei ficando com ele.

Mas, mesmo depois disso, eu não lhe falei o que sentia, eu tinha, e ainda tenho medo de me machucar novamente.

Estou sendo egoísta pelo menos uma vez na minha vida?

Então o deixo livre, para que ele faça o quiser, assim como eu tento fazer o que quero...

E três anos, ‘ficamos’ de vez em quando...

Não sei com quantos ou quantas ele já ficou, só sei que por mais que eu tente achar outra pessoa, eu sempre acabo lembrando dele, e desisto...

Não consigo ficar com mais ninguém...

Saio à noite, para ficar andando por aí, buscando inspirações para meus desenhos, ou para meus poemas nos quais eu tento expressar minhas mágoas, medos...

- Kyo?! – ouvi uma voz há muito tempo conhecida, e quase me neguei a virar para ver se era quem eu pensava...

Me virei, e vi aquela figura, mais baixa que eu, e com falsos olhos azuis.

Não lhe respondi, e continuei andando.

- Você ainda tem raiva de mim, Tooru?

- E você ainda pergunta, Takanori?

-  Éramos crianças... Não podíamos nos prender um ao outro daquela maneira...

- Você feriu meu coração... Você me fez voltar a ser o que eu tinha superado...

- Você só é assim por que quer, eu não te obriguei a voltar a ser nada...

Fiquei sem palavras... 

E apenas me afastei dele, o mais rápido que pude...

Voltei para casa, o coração confuso pelas palavras do Taka.

Era isso o tempo todo, eu estava errado?

Eu estou errado?

Olhei para meu braço, coberto por todo tipo de imagens, com diversos significados...

Mas mesmo assim eu ainda podia ver a cicatriz, que formava aquela frase, que há tanto tempo eu evitava dizer...

Nem que eu tentasse conseguiria dizer, por que ela me trazia lembranças ruins.

Meu coração estava ainda quebrado, estava em pedaços... Por tudo que já havia acontecido.

Apenas fiquei sentado na sala, olhando para o nada, sem sono.

Vi o sol nascendo e iluminando a sala.

Assim que ouvi o Shinya abrindo a porta do quarto dele, fui para o andar debaixo e fiquei procurando algo para comer na cozinha, pensando no que faria, pensando no que o Taka disse

 “Você só é assim por que quer, eu não te obriguei a voltar a ser nada...”

Percebi que o Shinya descia as escadas, e fui até a porta da cozinha para vê-lo...

Estava bem arrumado, como sempre, e parecia pensativo.

- Gomen nee, Shin-chan, por gritar com você ontem, eu estava um pouco estressado.

Me pronunciei antes que ele saísse.

Realmente eu não queria ter gritado com ele, mas a tensão de ver o que ele faz quando não está comigo, fez com que eu me sentisse tão mal... Enquanto ele se divertia, eu estava me consumindo em um amor que eu não queria demonstrar...

Eu estava tão acostumado a ficar dias sem vê-lo depois dos ‘encontros’, e também fiquei sem jeito ao vê-lo no dia seguinte...

Ele não gostava de mim, e eu percebia isso quando ele parava de sorrir, ao me ver se aproximando.

Eu queria que ele fosse meu, só meu, mas eu não tinha o poder para isso, eu era fraco e tenho certeza que seria a mesma coisa dos outros, eu ficaria só depois de um tempo.

Ele apunhalaria o meu coração como o Takanori e o Kazuhiro.

Eu temia despedaçar meu coração mais uma vez, mas ...

Eu quero tentar mudar tudo...

- Shin, podemos conversar mais tarde? – perguntei, antes que eu pudesse mudar de ideia.

- Sim... Depois... Também preciso falar algo... – ele respondeu na sua costumeira voz baixa.

- Ok... Então até mais tarde, então...

Ele não demorou muito a sair, e eu fiquei lá, ansioso como um garotinho esperando um doce...

...

Meu telefone tocou e corri para atender.

- Pronto...

- Kyo você não vai vir? Aconteceu alguma coisa? – Kaoru parecia preocupado.

- Hoje não vai dar, Kaoru, não tô com cabeça. Mas estou bem fisicamente, não se preocupe!

- Tudo bem, qualquer coisa me liga...

- Ok!

...

Passei o resto do dia pensando em como eu falaria o que sinto desde quando ficamos pela primeira vez.

...

Me olhei no espelho, pela centésima vez, para ver meu cabelo, se eu estava com cara de sono, ou qualquer coisa do tipo...

Pareço um idiota eu sei, mas não consigo evitar, o meu eu antigo e apaixonado estava vindo à tona, faltava mais ou menos meia hora para que o Shinya chegasse.

Como ele reagirá com que eu irei dizer?


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Notas finais do capítulo

cruel?
mereço reviews?