Crônicas Atemporais escrita por Aldneo


Capítulo 12
Intrusos




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Mitchell e Altair seguiam avançando pelo navio. Eles chegam ao final do corredor onde estavam, onde via-se uma escada à direita e uma grande porta de metal a esquerda, com inscritos em russo do lado de cada uma (indicações cuja existência se mostrava completamente inútil para ambos). O capitão Mitchell, tomando a frente, decide arriscar pela tentativa-e-erro, e, inicialmente, tenta a porta metálica da esquerda, ele abre a grande e pesada porta, cujas dobradiças emitem um forte rangido, e depara com o lado externo do navio, e o pior, o chão daquela parte havia desabado, o que quase faz o capitão também cair de uma altura considerável, porém ele consegue se agarrar nos beirais da porta e se lançar de volta ao interior do navio.


“Bem, a ponte de comando só pode ser para cima”, Scott comenta, tentando ignorar que seu erro inicial. Os dois sobem as escadas, estas dão em uma grande porta metálica, ao lado da qual se via a incompreensível inscrição: ПУНКТ УПРАВЛЕНИЯ. Ao se aproximando da porta eles ouvem soldados conversando em seu interior: “Joder, nos dejan aquí a vigilar, y ni nos dicen que estamos vigilando! Ya estoy enfadado de esto! Voy a hablar con el general...” Os dois se posicionam um de cada lado da porta, estando Scott no umbral esquerdo, e Altair no lado das dobradiças. Podia-se ouvir os passos do soldado por sobre o chão metálico se aproximando da porta, depois ele mexendo na velha e barulhenta fechadura e abrindo a porta, o soldado dá apenas um passo para fora da ponte de comando do navio e o capitão Mitchell encosta sua Glock18 na cabeça dele e dispara, um único tiro, e o soldado cai ao chão. Outro soldado, no interior da sala percebe instantaneamente o ocorrido, mas rapidamente Mitchell passa pela frente da porta, disparando sua pistola no modo semi-automático, fazendo com que o soldado não pudesse fazer nada além de se abaixar e se esconder por detrás de um dos balcões da sala. A rajada de tiros acerta diversos pontos da sala aleatoriamente, o soldado, estando encoberto, tenta apanhar seu rádio e informar seus companheiros de que havia encontrado intrusos, porém, antes dele conseguir apertar o botão push-to-talk de seu walkie-talkie, ele escuta um som metálico quicando no chão da sala, um instante depois uma pequena esfera negra rola pelo chão e para pouco a sua frente, em uma fração de segundo ele reconhece o artefato e apenas tem tempo de soltar um “Hijo de p...” antes da granada estourar diante dele.



Porém se a granada tinha intenção de evitar que o alarme fosse dado, ela falhou enormemente, pois a explosão na ponte de comando chamara a atenção de todos os outros soldados, inclusive de um grupo que estavam na proa do navio, e no qual se incluía Ontiveros, o Vizier e um terceiro homem de trajes medievais. O general rapidamente graceja um “Que diabos foi isso!”, ao que o Vizier lhe diz para se acalmar e, abrindo um malicioso sorriso, apenas comenta:



– “Então nossas visitas finalmente chegaram, estava começando a pensar que tinha me equivocado. Mande alguns de seus homens distraí-los enquanto saímos daqui. Já temos o que viemos buscar.” - o Vizier se referia a uma maleta e duas grandes caixas que alguns soldados que os acompanhavam carregavam.



Nisto, os homens de Ontiveros começam a disparar seus rifles contra a ponte de comando, porém, devido a distância e a dispersão dos tiros, estes pouco ameaçavam Mitchell, que havia chegado a uma das grandes janelas que davam à proa e revidava os disparos feitos em sua direção, porém ele contava com uma mira telescópica montada por sobre o seu Scar, o que lhe garantia uma precisão bem melhor nos disparos. No intervalo entre uma rajada e outra, ele se põe a coberto e se volta para seu comunicador (antes de se separarem, ele, Fisher e Hansen combinaram suas frequências de rádio, para poderem se comunicar) e informa a seus companheiro:



– “Encontrei a Ontiveros e seus companheiros! Estão no convés principal da proa, tentem chegar até lá, tentarei lhes dar alguma cobertura deste a ponte!”



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