The Weapon escrita por Claray, John


Capítulo 21
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mesmo.
Acontece que eu, Clara, deixei que o John fizesse este capítulo, mas acontece que ele estava sem um pingo de criatividade. Então esperamos este tempo todo, mas no fim acabou por não sair nada.
Então eu mesma o fiz, e espero que gostem.



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POV Petter

Estavamos sentados ao redor da fogueira. Silencio mortal. Eu olhava para Acsa, ela olhava para o céu. Suspirei, bagunçando o cabelo com uma das mãos. Não culpo Melanie pelo que houve, na verdade eu acho que eu que sou o culpado...

–Mas que demora! - Reclamou Annie interrompendo meus pensamentos. - Será que demora tanto para colocar as ferraduras?!

Alguns riram. Ouvi trotadas.

–Obrigado pela paciencia, Annie.

–De nada. - Sorriu. Pelos deuses, como ela sorri numa hora destas?

–Todos já sabem o que ocorreu hoje, não? - Ninguém falou nada, ele abriu a boca para prosseguir, mas Annie levantou a mão. Lá vem. - Sim? - Havia impaciencia em seu tom de voz.

–Pode pular seu discurso e ir direto ao ponto, por favor?

Silencio mortal. Quíron encarava Annie de um jeito um tanto... assustador. Ela retribuia com seu sorriso típico.

Por fim ele suspirou.

–Cinco campistas. Já temos o líder desta missão. - Olhou sugestivamente para Annie, que levantou-se orgulhosa.

–Exato. Mel, Petter, Acsa e Johan, eu escolho vocês! - Disse enquanto apontava para cada um. Me senti como um Pokemon.

Felizmente nenhum campo de batalha pokemon apareceu do nada. Os campistas apenas a olharam tipo "Meus deuses, o acampamento virou um manicômio desde quando?", normal.

–Partiremos amanhã ao amanhecer, então, se quiserem fazer homenagens e coisa e tal para nós, os mais incriveis hero--

–Partiremos amanhã ao amanhecer, e acho que é só. - Cortei, antes que ela fosse atingida por uma saraivada de frutas. Puxei-a pelo pulso, fazendo-a cair de bunda ao meu lado.

–Você é um chato. - Resmungou.

–De nada. - Sorri.

O resto da noite se resumiu na preparação das mochilas para a viagem e um sono não tão bom.

Em meu sonho, eu estava em uma espécie de porão. Estava escuro, eu não conseguia ver nem mesmo o meu nariz.

Uma porta foi aberta um pouco mais a frente, revelando uma escadaria. Uma silhueta masculina desceu, segurava uma vela. Ele passou por mim, mas não pude ver seu rosto.

Sabe quando você coloca uma foto no Photoshop e usa a ferramenta borrar no rosto da criatura que está sendo "photoshopada"? Era isto que eu via.

Segui o homem, que abriu outra porta.

Este cômodo estava mais iluminado e, pelo que reparei, era uma espécie de escritório.

Tinha paredes brancas, uma lampada fraca que piscava a cada cinco segundos, uma mesa de escritório com cadeiras de ambos os lados e o piso rangia abaixo dos pés do garoto. Sim, era um garoto, pois não tinha altura suficiente para passar dos 17 anos.

Em cima da mesa, em cima de vários papeis e envelopes, havia uma caixa de madeira que parecia um caixão. Do outro lado da mesa, de pé, estava uma garota. Seu rosto também não passava de um borrão.

–Está pronto? - Ele perguntou, frio.

–Sim. - Sua voz soava tímida. A garota parecia nutrir algo por ele, algo como amor. Ou foi apenas impressão minha...

–Finalmente. - Ele aproximou-se da mesa, erguendo as mãos para tocar o caixão, alisando sua superficie. - Não aguentava mais esperar por este momento.

–A espera valerá a pena. Logo poderemos colher os frutos.

Ele a ignorou. Abriu o caixão lentamente, como se estivesse apreciando cada segundo. A medida que a tampa era retirada, uma luz vermelha saia do interior. Quando foi totalmente retirada, a luz cessou.

Aproximei-me, tentando ver o que havia ali dentro.

Eu queria dizer que era apenas um cadaver podre, queria dizer que era uma AK-47 de bronze celestial, ou até mesmo o Drácula. Mas aquilo era, sem dúvida, algo pior que essas três coisas juntas. Eu sentia isto.

Dentro do caixão, que não deveria ser exatamente um caixão, estava uma arma de um tipo que nunca vi antes. Minhas pernas pareciam gelatinas. Seu cabo era feito de sombras, pequeninos rostos agonizantes ou até mesmo crueis que pareciam olhar no fundo de sua alma. Esfreguei as mãos nas calças de algodão para secar o suor. Sua lamina também não parecia ser totalmente sólida, era branca, decorada com alguma coisa cinza-claro que a fazia parecer escamosa, e coberta por pequenos espinhos que só poderiam ser vistos de perto. A ponta era flamejante, aparentemente um fogo normal se não fosse pelas sombras vermelho-escuras, negras e brancas que o envolvia. Eu recusava chamar aquilo de espada.

A arma emanava medo, até mesmo a garota do outro lado da mesa se sentou na cadeira e se encolheu. Já o garoto parecia admirado, não, orgulhoso seria a palavra certa. Seu rosto borrado encarava a arma, sua mão deslizava para o cabo.

Ouvi algo gritar numa espécie de sussuro, mas não pude entender. A garota soltou um grito de surpresa.

A mão dele parecia ir em camera lenta. Cinco centimetros. Três. Um.

As sombras tomaram conta de seu braço com o toque, mas logo se dissiparam.

Ainda não, avisaram vozes. Eram várias. Femininas, masculinas, grossas, finas, sensuais...

O garoto suspirou, fechando a tampa com óbvia decepção.

E então eu fui sugado de volta à realidade.



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Notas finais do capítulo

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