Ponto de Vista: Anne.

Estava começando a ficar preocupada, Lisa, Peggy e Matt estavam sumidos há dias. Tentei ir à casa de Matt, mas a irmã dele tinha saído, na casa da Peggy não havia ninguém, resolvi ir à casa de Lisa, era só há alguns quarteirões dali. Bati na porta, mas ninguém atendeu, estranho a porta estava aberta, gritei por Lisa várias vezes, porém ninguém respondia. Subi as escadas, esperando encontra lá no andar de cima, nada, já estava saindo quando algo me chamou a atenção, chaguei perto do objeto que refletia a fraca luz que vinha do quarto, era uma faca, igual a que saia nos jornais e bem ao lado dela um álbum de fotos com as fotos de todas as pessoas que haviam sido mortas. Sai daquela casa o mais rápido possível, com medo de ser a próxima, enquanto eu corria as lagrimas de puro pavor escorriam pela minha face. Lisa era um mostro. Quando cheguei em casa, liguei para Peggy o mais rápido possível, provavelmente cairia na caixa postal, como das outras vezes, mas não importava eu precisava falar com ela.

-Alô?

-Ah, Peggy graças a Deus.

-Anne, olha eu tenho que...

-A Lisa é uma psicopata! – Gritei antes que ela pudesse terminar a frase.

-Como você...

-Não interessa, é uma longa história, temos que chamar a policia.

-Não! – Ela gritou como se eu tivesse acabado de fazer topless na frente da rainha da Inglaterra - Escuta, Lisa está com a Soph e ela vai mata lá se chamarmos a policia, não podemos nos arriscar assim!

-Então, o que vamos fazer?

-Matt e eu estamos a caminho do esconderijo dela, presta bem atenção, você vai nos dar cobertura, minha mãe já deve tá voltando, se ela, ou qualquer um perguntar diz que fomos pro Camboja sei lá, e tem mais, se não voltarmos em cinco dias, chama a policia. Eu confio em você. – Aquelas palavras me fizeram lembrar a nossa infância, quando nos vestíamos de princesas e sonhávamos com o príncipe encantado.

-Amiga?Promete pra mim que vai se cuidar?

-É claro. – E com isso o telefone ficou mudo.

***

Ponto de vista: Lisa.

Minha pequena isca dormia tranquilamente no sofá, havia tantas possibilidades para aquele serzinho dos infernos, eu podia simplesmente corta lá ao meio, ou quem sabe eu podia ter um aprendiz, uma herdeira para o meu legado, eram tantas opções, eu até podia adota lá, com certeza eu seria uma mãe muito melhor, do que aquela vadia negligente foi comigo, sempre me tratando como se eu fosse um animal só porque eu fui adotada ela me trata como lixo, e ainda exige respeito, como se ela fosse digna de ser minha mãe.  

Ponto de vista: Matt

-E se não der certo? – Peggy perguntou quebrando o silêncio.

-Tudo vai dar certo, vamos desmascarar Lisa e pegar a Sophie de volta.

-Mas... – Ela não concluiu a frase. A ligação de Anne mexeu com ela, desde que ela tinha desligado não parava de olhar pela janela insegura.

-Hey, eu estou aqui, do seu lado, cuidando de você. Aquela puta da Lisa não vai tocar na sua irmã, eu juro por tudo que é mais sagrado.

-Eu te amo Matt. – Ela disse olhando para o volante.

-Eu te amo mais. – Ela recostou a cabeça no meu ombro e relaxou, por um breve momento esqueci tudo o que estava acontecendo naquele momento.

Voltei meus olhos para estrada chuvosa, não sabia o que tinha no final dela, nem se um dia eu voltaria, mas eu amaria Peggy até o ultimo segundo da minha vida.