Morning Light escrita por Dani


Capítulo 5
IV - Welcome to District 11


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoal, mas um capítulo. Esse capítulo é mais de introdução também, com alguns lindos personagens novos, mas no próximo o enredo já começa. BOA LEITURA, TRIBUTOS!



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Reviro minha cabeça. Odair. Odair.

Quem eu conheço que se chama Odair? Não me lembro, mas é um nome que me parece familiar.

Ao entardecer chegaremos ao Distrito 11.

Dos ex-ajudantes de minha mãe a única que também está na minha Equipe de Preparação é Octavia, talvez por ser a mais nova deles, ou a mais obcecada por meus pais. Os novos são uma garota de cabelo amarelado e de íris rosadas que se chama Chilies, e um rapaz que tem trancinhas verdes e com duas tatuagens de asas prateadas que emolduram as laterais de seus olhos azuis piscina, chamado Mylo.

Eles me puxam e repuxam, e sinto muitas cócegas quando as pequenas e gorduchas mãos de Octavia passam um creme no meu corpo que dá a minha pele levemente bronzeada uma aparência brilhante.

Quando estamos no Distrito 12 eu e Finn sempre nadamos num laguinho que fica na floresta. Minha mãe ama aquele lago e ainda me lembro de quando ela me contou que foi lá que meu avô a ensinou a nadar.

No dia anterior a viagem eu nadei no lago enquanto minha mãe caçava nosso jantar, por isso minha pele está assim.

– Seus olhos são iguais os de seu pai. – Octavia diz, como todos sempre dizem.

– Os de Finnick são iguais ao da minha mãe. – acrescento. Ela concorda com a cabeça fazendo os lacinhos cor-de-rosa presos no seu cabelo balançarem.

– Foi muita gentileza que vocês me deixassem trabalhar com você. – ela me diz agora que estamos sozinhas.

– Porque não deixaríamos?

– Quando se fica velha na Capital você fica praticamente imprestável, e todos ainda nos olham como os braços e mãos de Cinna. – quando ela fala no nome dele reparo que limpa os olhos na hora, mas eles já estão marejados e levemente vermelhos. – Sinto saudades dele.

– Minha mãe também. – digo e ela sorri. – Eu gosto muito de desenhar, minha mãe diz que quando desenho roupas elas lembram as de Cinna.

O sorriso de Octavia se espalha por todo o seu rosto levemente esverdeado.

– Então suas lindas mãozinhas teriam muito valor na Capital. – ela diz e depois me libera.

Meu cabelo está sedoso, minha pele brilha estou olhando para o vestido vermelho que estou usando, ele abraça meu corpo e a cada passo que dou sinto ele se adaptando a minhas curvas.

Octavia disse que todas as roupas que usarem na viagem foram desenhadas especialmente para mim na própria Capital. Me sinto estranha com o vestido, mas ele parece bonito.

Me sento na sala principal esperando para que possamos todos descer no Distrito 11.

Ouço alguém xingando e então vejo Lori se aproximando em um vestido curto preto, quase transparente.

– Me sinto uma prostituta com isso. – ela diz.

– Você está adorável, docinho. – digo imitando tio Haymitch, algo que sempre faço sem querer.

Lori me olha de forma engraçada e se senta no sofá.

– Mais um ano disso. Se minha família não fosse ajudada eu não sei se estaria aqui. – ela diz encarando o teto de espelhos do trem.

– Você é descendente de algum vitorioso? – pergunto.

– Na verdade, de um tributo, minha irmã mais velha esteve na primeira edição que seus pais participaram. – olho para ela. – Ela quase esfaqueou sua mãe. – ela diz isso com tanta normalidade e encaro o nada tentando não esboçar nenhuma reação.

– Mas sua mãe salvou esse país. Se ela não tivesse desafiado a Capital talvez nós duas também fôssemos jogadas numa arena.

Concordo com a cabeça tentando não imaginar alguém que se pareça com Lori tentando matar minha mãe, mas acabo o fazendo.

Logo a sala se enche. Minha mãe em um vestido que vai até os joelhos, bem delicado azul. Meu pai está elegante em um terno do mesmo azul, só que um pouco mais escuro. Effie usa um vestido longe rosa bebe, mas quando ela se mexe ele parece uma espécie de arco íris vivo, que combina bastante com seus cabelos. Tio Haymitch está de preto.

– Você está adorável, docinho. – ele diz assim que me vê.

Lori me olha e entende o que eu fiz mais cedo.

Todos estão ali, menos Lucca.

Não tive a chance de falar com ele desde o café da manhã e não tive nenhum momento a sós com tio Haymitch para perguntar sobre o sobrenome dele.

Meus pais dizem que eu abuso do tio Haymitch, mas ele me ensinou praticamente tudo de útil que eu sei – menos a fazer tortas, que meu pai me ensinou e a desenhar que aprendi sozinha rabiscando a papelada que sempre decora o chão da casa de Haymitch – então sempre estou atrás dele perguntando tudo que eu ainda não sei.

Descemos no Distrito 11 e sua beleza é notável. Vejo campos de plantação, montanhas e as pessoas ali parecem muito simpáticas. O pôr-do-sol dá um charme a mais ao lugar, a cor alaranjada que o sol exala deixa tudo tão bonito e sereno.

Logo um grupo de Pacificadores nos leva a um Salão e lá tem muitas cortinas e paredes provisórias, ouço uma voz alta anunciando a chegada dos ex-vitoriosos, e também de alguns descendentes de tributos e vitoriosos, também mencionam os Pequenos Tordos.

Quando eles anunciam os nomes de meus pais e de tio Haymitch estes sobem ao palco, e depois os descendentes dos outros Distritos sobem também. O 12 é sempre o último.

– Primrose Rue Everdeen Mellark. – meu nome é o ultimo a ser chamado e quando subo no palco recebo uma salva de palmas. Agradeço-os com um sorriso sem graça e sento na enorme mesa dos descendentes. Vejo que há aproximadamente dois de cada Distrito, menos de algum Distrito já que quando conto há apenas 22 pessoas naquela mesa. Quando me sento 23.

Sento-me ao lado de Finn e ele está em um smoking preto que deixa com uma aparência madura demais pela sua idade, mas ele está tão sorridente que afasto esse pensamento quando sorrio de volta para meu irmãozinho.

O apresentador é o mesmo que apresenta muitos programas na TV. O reconheço, seu nome é Lyon Sooner.

Lyon brinca e entretêm o pessoal do Distrito 11 juntamente com meu pai, que cada vez que abre a boca é respondido pelo publico com mais risadas e muitas palmas. Minha mãe é muito calada, mas ela tem alguma coisa sabe, que cativa as pessoas. Seus olhos têm muita honestidade e suas palavras são poucas, mas todos a ouvem silenciosamente.

Depois de fazer algumas perguntas aos outros descendentes, Lyon chega perto de mim e me elogia antes de começar sua enxurrada de perguntas. Isso sempre acontece quando um filho de alguém importante participa de um evento desses.

– O que você está achando do Distrito 11? – ele me pergunta.

– Adorei a paisagem, as pessoas são tão sorridentes e estou ansiosa para provar a comida. – digo e todos dão uma risadinha.

– E da viagem, o que você está achando?

– Bem...-começo a responder quando alguém sobe no palco e o grito da platéia me cala.

Ele se desculpa pelo atraso e se senta do meu lado, me jogando um sorriso nada envergonhado.

Tudo que eu consigo pensar é que nunca vi alguém tão radiante em um terno simples.

Esqueço o que ia responder e decido que odeio Lucca Odair.



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Notas finais do capítulo

Pessoa espero que tenham gostado mesmo, e eu me senti a tal criando personagens doidos da Capital então espero que tenham gostado das minhas crias. Deixem seus comentários por favor já que eles são importantíssimos. Dicas, reclamações, críticas e elogios são todos muito bem vindos. xo.



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