Miss Heartfilia escrita por AnneWitter


Capítulo 3
Ladrão


Notas iniciais do capítulo

- Cap não betado
- Gente desculpa-me pela demora de atualização.
- Espero que gostem!!!



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Laxus, Mirajane, Wendy e Fried era a equipe de terça e quinta da cozinha, eles eram os responsáveis pela alimentação de todos no orfanato naqueles dois dias, do café da manhã á janta. Havia, é claro, outros dois grupos, um responsável pelos dias segunda e quarta e o outro pelas sexta e sábado... E o domingo? Questionara Lucy para Erza, que lhe explicava tudo.

Não é necessário cozinhar no domingo.

A resposta curta, é claro, deixou a loira ainda mais confusa, mas não insistiu naquilo; vendo os demais correndo de um lado para o outro na cozinha entendia que também tinha que colocar a mão na massa, mesmo que não soubesse nada em relação a fazer comida.

–Caso tenha alguma dúvida pergunte para a Mirajane. – orientou Erza.

Lucy concordou, e assim que o fez a ruiva se retirou.

–Já cozinhou alguma vez? – a voz de Mira soou melodiosa, indo contra ao som descoordenado dos demais na cozinha.

Envergonhada a loira sacudiu a cabeça num simples não. Afinal outrora, antes da morte de sua mãe e a declaração de falência de seu pai, ela não fazia nada além de ler e escrever. Uma princesa rodeada do que tinha de mais luxuoso, e tento inúmeros empregos fazendo tudo que queria... Como poderia ela ter algum tipo de conhecimento na área culinária?

–Hmmm, então hoje você ajudará Laxus na louça. – ela inclinou de modo cúmplice para Lucy, lançando rapidamente seu olhar no loiro próximo a pia, ao ver que ele olhava para o rapaz de excêntricos cabelos verdes, voltou-se para a loira, sussurrando. – Apesar dele ter cozinhado algumas vezes, ele se mostrou realmente terrível nessa tarefa ao ponto de fazer todos ficarem horas e horas no banheiro devido a dor de barriga que sua comida nos causou.

Mira sou uma risadinha, o que fez Lucy se soltar um pouco, sorrindo com o comentário da albina.

–Bem, agora que você tem seu posto, coloca-se nele.

Lucy percebeu com essa fala da garota, que essa tinha um timbre autoritário também, embora sua voz ainda soasse suave. O que era de certa forma agradável. Rapidamente Lucy colocou-se ao lado do loiro, que Erza lhe apresentou como sendo Laxus.

–Oi.

O loiro lhe olhou quando ela o cumprimentou, diferente dela, ele apenas acenou com a cabeça.

Logo Lucy percebeu que sua tarefa não era tão simples assim, ela tinha que pegar as tigelas usadas, os pratos e talheres que os demais usavam para cozinhar e levar para Laxus, e depois pegar o que ele lavava e secá-las. Dessa forma não acumula. Informou-lhe Mira, enquanto Lucy se mostrou descontente em ter que cumprir com aquela tarefa.

Ela não era tão rápida, ficava sempre perdida quando alguém lhe pedia para tirar tal tigela da mesa tal, ou que lhe pedia para pegar outro medidor no armário. Diversas vezes Wendy saiu de seu posto, o de descascar, para ir buscar algo que Fried ou Mira pedia. Desconte consigo mesma, ela pedia desculpas freneticamente.

–Relaxa. – disse o esverdeado enquanto picava algumas cenouras. – É seu primeiro dia.

Ela sorriu para ele em resposta, embora ele não estivesse lhe olhando.

–Mas não relaxa muito. – rebateu o loiro. – Afinal você precisa ir logo, olha só o tanto de louça que já lavei!

Rapidamente a loira correu para seu lado com o pano de prato afim de secar a nova pilha de louça que se acumulara.

A correria continuou até que tudo estivesse preparado. E Lucy ficou impressionada com a quantidade de comida que aqueles três haviam feitos. Imaginando que na certa sobraria bastante daquilo tudo.

Mas logo viu que na certa não sobraria. Assim que ajudou Mira e Wendy a arrumar as mesas para o jantar, percebeu que havia mais pessoas naquele orfanato, do que aquelas que vira na sala. Afinal elas haviam posto vinte lugares.

Assim que terminaram de arrumar a sala de jantar, Laxus foi chamar os demais, logo novos rostos se fizeram presentes diante ao olhar da loira. Tímida ela continuou parada ao lado da mesa onde havia as comidas.

Aqueles que se dirigiam a mesa de comidas lhe cumprimentavam, fosse com sorriso, balançar de cabeça ou mesmo falando. Ela os respondia em reflexo do que eles faziam, sorria aos que sorriam, falava aos que falavam e acenava para os que acenavam. Todos já haviam pegado suas comidas e se sentados, entretanto ela continuou ali parada. Analisava com o olhar a todos, havia entre os jovens dois homens, um na certa era o tal mestre... O diretor daquela instituição, que diferente das demais, não possuía funcionários para cuidar da comida e limpeza do local. Mas isso não era importante.

Nada, de certa forma, não importava mais para ela.

–Não irá comer? – a voz infantil lhe assaltou.

Lucy olhou para baixo, era um garotinho de cabelos pretos que lhe perguntara, tinha um sorriso febril em seu rosto.

–Oh... Sim.

Sem graça se dirigiu para a mesa de comida, pegando um pouco de cada coisa, assim que se virou para a direção da mesa, onde poderia se ver claramente certos grupinhos formados, quais conversavam entre si alegremente, Lucy ficou perdida onde poderia realmente se sentar. Ela olhou em direção a Mira, quem estava sentada ao lado de uma garota de cabelos curtos e brancos como os da outra. Ambas conversavam tão alegremente que Lucy vetou-se a se aproximar, apesar de que achara a albina realmente agradável. Descartando essa, ela mirou outro pronto. Mirou Erza, quem engolia a comida com fervor, enquanto o róseo e o moreno conversavam calorosamente ao seu lado, havia mais uma garota ao lado do moreno, mas essa, apesar de não participar da conversa, parecia ser bastante próxima a esse último, por estar praticamente agarrado á ele. Então Lucy achou que não havia espaço para ela ali; mirou Laxus com Fried e outra garota, quem Lucy não sabia o nome, os três compartilhavam de um silencio harmonioso, que Lucy achou que quebraria desrespeitosamente ao se sentar com eles.

Olhou outro ponto, viu o ruivo e a moreno da sala, conversavam descontraídos, os imaginou como sendo um casal, e dentre um casal não há espaço para terceiro, deixou a idéia então de lado. Noutro ponto estava a garotinha, a garota que estava lendo outrora na sala e o rapaz de estranhos enfeites no rosto, os três pareciam no meio de algo, parecia uma briga ora uma brincadeira; Lucy certamente ficaria perdida no meio dos três. Por fim achou mais apropriado se sentar afastada de todos, até porque, os mais velhos tinham suas conversas quais não interessavam aos ouvidos dos mais jovens.

Ao se sentar sentiu-se estranha, como que se todos, de uma hora para outra, a fitassem. Ela repousou seu prato sobre a mesa e para se certificar levantou o olhar lentamente, tenebrosa em constar que era verdade. Como imaginava, todos a olhavam, sem graça ela vez uma leve reverencia e iniciou a comer.

Logo ela sentiu alguém se sentar ao seu lado.

–Para você!

Lucy olhou para o lado, o rapaz de cabelos rosa estava ali, com aquele deslumbrante sorriso. Relutante em desviar daquele sorriso ela mirou o que ele havia posto na mesa. Era uma maçã.

–Essa é a melhor maçã da região. – disse ele orgulhoso.

Ela delicadamente aceitou o presente, sentindo seu rosto queimar diante a bondosa oferta.

–Obrigada. – agradeceu ela voltando a olhá-lo.

–Não foi nada. – respondeu já se levantando.

Ela o seguiu com o olhar, o vendo voltar para seu lugar, onde continuou com sua conversa com o moreno.

–Você roubou a maçã da casa do velho novamente Natsu? – indagou um dos homens presente, apesar de como deveria aparentar, o timbre de voz do homem não era severo.

O róseo sem graça coçou a nuca.

–Eu queria que o primeiro dia dela fosse legal.

–Ao contrario da Erza que a colocou para trabalhar no primeiro dia. – comentou alguém, arrancando risadas de todos.

Lucy não prestava mais atenção em nada, não havia ouvido os comentários e nem o inicio de uma briga entre Erza e Evergreen, quem provocara. A atenção da loira era na maçã na sua mão e na fala do homem ‘Você roubou a maçã da casa do velho novamente Natsu?’ ... Roubou... Ele é um ladrão?

Os olhos da loira o miraram, ele estava sorrindo novamente, envolto no clima divertido que parecia se espalhar confortavelmente no ambiente. Um sorriso que transmitia uma inocência tão contagiante, que era impossível em vê-lo como autor de algum crime, mesmo que tão banal como aquele. Ela voltou a encarar a maçã. Ele é um ladrão?

Lucy se sentiu desconfortável, perdera totalmente a fome, embora só tivesse em seu estomago um pão e leite, que comera e tomara no café da manhã. Sem dizer nada ela se retirou, deixando ao lado do prato intacto a maçã...








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Notas finais do capítulo

- Não esqueçam de comentar!