Miss Heartfilia escrita por AnneWitter
Notas iniciais do capítulo
- Cap não betado.
- Peço desculpas pela demora, mas imagino que para atualização dos próximos caps não irá demorar tanto!
-Espero que gostem, e não esqueçam de comentar!!! E valeu pelos comentários!!!!
No fim de tudo a loira não teve uma noite confortável, a cena do garoto de cabelos rosa – Natsu, como ouvira os outros chamá-lo – entregando a maçã pra ela, não saia de sua cabeça. Não pelo ato em si, mas a forma como ele conseguira aquela maçã.
Ele é um ladrão?
A pergunta simplesmente não saia de sua mente, esta havia impregnado nela de forma perversa, a colocando num grande e confuso redemoinho de ideias. Essas brigando entre si. Querendo, analisava Lucy, dar alguma explicação realmente plausível e confortável diante a atitude tomada pelo rapaz. No fim das contas aquilo somente roubou sua noite de sono, dando a ela olheiras e inveja de sua colega de quarto, quem adormecera tranquilamente assim que se deitou.
Mal humorada pela noite mal dormida – ou não dormida, Lucy desceu para o café da manhã, ouvindo o grito estridente de Erza, Wendy que seguia em frente comentara que a loira tinha que acostumar com aquilo, uma vez que a ruiva sempre chamava a todos para o café daquela forma “carinhosa”.
Assim que entrou no refeitório, os que já se encontravam ali a olharam curiosos. Provavelmente a loira não aparentava uma boa aparência naquela manhã quente. Tentando amenizar a sensação de desconforto, ela simplesmente sorriu e seguiu para a mesa de alimentos, onde fora posto o café da manhã, assim que ela pegou sua bandeja alguém encostou nela.
Lucy virou para o lado, não vendo ninguém, mas ainda a sentindo, ela optou por abaixar a visão e lá estava o ator do toque ao lado de seu pé. Um homem extremamente baixo, provavelmente mais baixo que o menininho da noite anterior, com barba e cabelos brancos. Mas o que realmente chamou atenção de Lucy foi o olhar. Este transmitia algo que a muito Lucy não via, segurança.
Era um tipo de olhar que sua mãe sempre lhe direcionava quando ela se mostrava com medo – do escuro, da chuva, do cachorro , de tudo – um olhar que queria dizer a simples e reconfortante questão. ‘Nada lhe acontecerá’. E aquele homem baixinho, de rugas denunciando sua demasiada idade, tal como seus cabelos o faziam, a olhava daquela forma, sem contar do bondoso e singelo sorriso que ele delineava perfeitamente em seus lábios.
–Bom dia Lucy Heartfilia. – cumprimentou.
Lucy abriu um largo sorriso e inclinou a cabeça para frente ligeiramente.
–Bom dia.
–Peço desculpas pela minha ausência de ontem, mas tive que resolver diversos assuntos na cidade. – explicou ele mantendo seu sorriso. – Contudo vejo que no fim das contas tudo deu certo, Erza a instalou perfeitamente em nossa humilde casa.
Lucy franziu o cenho diante as palavras do homem... Aquilo queria dizer que ele era o tal mestre?
–Eh... Desculpa-me, mas o senhor é o tal mestre?
O homem alargou o sorriso.
–Sim, eu sou o tal mestre. – riu-se, fazendo os demais também rir.
Lucy ficou rubra com aquilo, somente quando o ouviu notou o quando soou rude sua pergunta, envergonhada ela lançou um rápido olhar para o restante do local, ela nem havia notado, mas todos já se encontravam ali e uma pequena fila formara a suas costas. Nervosa com a situação a loira deu um passo para o lado e pediu desculpas para todos, o que tirou mais risadas desses.
–Não precisa de tudo isso, Lucy!
A loira olhou o homem, ele havia lhe chamado somente de Lucy? Em resposta ela deu um sorriso tímido.
–Tenho uma pergunta para lhe fazer. – continuou o homem.
Lucy o mirou atentamente.
–Sim?
–Segundo relatos, alguns acreditam que você não estava se sentindo bem ontem a noite, é verdade?
Lucy estranhou a pergunta, mas então a cena de si mesma saindo sem jantar lhe assaltou a mente.
–Oh, bem... É que...Sim, não estava me sentindo bem. – optou por mentir, sentindo-se péssima por isso. Contudo como explicaria a situação?
–Mas você está se sentindo melhor?
A entonação de preocupação na voz do homem pegou Lucy de surpresa. Como alguém poderia ser dessa forma em relação a uma estranha? Ela olhou a pequena fila que ainda se mantinha parada, como se algo invisível os impedissem de andar, e notou no olhar de cada algum ali presente uma expressão similar do mestre... Ou melhor, diretor. Pessoas estranhas. Pensou, um pouco desconfortável com tudo aquilo. Mas logo ela voltou a olhar o mestre, quando visualizou o último ocupante da Fila. O ladrão.
–Sim. Sinto-me melhor.
–Ótimo! Então, por favor, fique a vontade e coma o quando aguentar! – brincou.
–Finalmente velho! – alguém da fila falou em tom rabugento.
Lucy olhou para esta, vendo que o rosado dera um passo para o lado e olhava para aquela direção.
–Certamente a Luce está morrendo de fome, esqueceu que ela não comeu ontem?!
Luce? A loira continuou a olhá-lo perplexa, pensando como aquelas pessoas poderiam ser daquela forma. Achar normal alguém roubar, uma menina se vestir com roupas maiores que ela – embora naquela manhã ela estivesse com um vestido de seu tamanho – um diretor ser tão bondoso e preocupado com quem não conhece, não ter funcionários e todos fazerem as coisas. Como aquilo poderia ser possível? E pior, como aquele garoto poderia possuir um sorriso tão radiante logo cedo e ser ao mesmo tempo mal educado com alguém bem mais velho que ele e ocupante de um posto importante no orfanato? Como?
Confusa ela desviou o olhar do rapaz e não escutando o que o diretor falava para ele seguiu para a mesa de alimentos, o melhor que poderia fazer agora era comer e tentar ignorar aqueles fatores, talvez todos fizessem isso no fim das contas. Embora vissem o quão errado era aquele lugar, eles simplesmente ignoravam, afinal ficar querendo entender poderia levar a loucura.
Distraída com seus pensamentos e já com a comida que pegara, Lucy sentou num lugar da mesa, não ficara procurando por um como na noite anterior. Até porque, distraída, nem se preocupara com isso.
–Bom dia. – só quando ouviu alguém lhe falar, que percebera que sentara ao lado de alguém.
Surpresa ela olhou para o lado.
–Desculpa-me... Quero dizer, bom dia.
–O mestre é uma pessoa bem interessante, não é?
A garota que Lucy sentara ao lado, era a mesma que lia um livro no dia anterior na sala de estar, e que conversa com o rapaz de estranhos enfeites no rosto – quem não estava próximo dela naquela manhã. Ela possuía uma expressão serena em seu rosto, transmitia á Lucy uma delicada sensação de bem estar.
–Sim, muito interessante. – concordou Lucy, lançando um olhar em seguida ao homem, que agora se dirigia a um dos homens que se encontrava na noite anterior no jantar.
–Não se assuste e não ache estranho com as coisas que acontecessem aqui dentro, aqui as coisas funcionam dessa forma mesmo, tudo completamente diferente ao que é acostumado. Entretanto, posso lhe garantir, aqui tudo é bem mais agradável e seguro.
Lucy que voltara sua atenção á garota, a viu dar um sorriso sonhador, certamente sentindo a doce sensação de cada palavra que pronunciara.
–Entendo.
–Ah! Sim. Sou Levy McGarden.
–Prazer McGarden, sou Lucy Heartfilia.
–Não precisa me chamar pelo sobrenome, pode me chamar somente de Levy. – corrigiu a loira sorrindo.
–Ok, Le-Vy. – aquilo lhe era estranho demais.
–Bom dia loirinha.
Lucy olhou para o ser grande e de estranho habito estético, o que fez surgir a pergunta ‘Isso não dói?’, enquanto o via se sentar diante de si.
–Não é loirinha, Gajeel, é Lucy! – corrigiu Levy energicamente ao moreno.
–Tsc, que seja. – resmungou ele, sem dar grande atenção para quilo. – Não vai me responder?
Aquilo tudo era tudo muito novo para ela, muito novo. Entretanto ela teria que se acostumar com aquilo tudo.
–Bo...Bom dia. – gaguejou nervosa diante ao ser.
–Ótimo, ela é gaga. – desdenhou o moreno.
–Quem é gaga? – indagou alguém que acabara de se sentar ao lado de Gajeel.
Lucy olhou o recém chegado, este lhe sorriu a fazendo sentir seu rosto pegar fogo e a forçando desviar o olhar.
–Que novidade é essa rosinha? Desde quando você se senta conosco?
–Quem lhe deu a permissão de me chamar assim?!
Lucy levantou o olhar ao ouvir um barulho, a bandeja que outrora Natsu segurava, estava agora sobre a mesa, mas pela forma que a comida dentro dessa se encontrava denunciava que ela não foi colocada ali como deveria e sim jogada sobre a mesa. E o dono dessa encontrava-se novamente em pé, encarando o moreno de forma bruta.
–Natsu nem comece! – a voz de Erza, que vinha do outro lado do refeitório, quebrou a tensão.
–Aye! - O rosado imediatamente sentou-se em seu lugar.
E lá estava mais uma demonstração da força que Erza Scarlet tinha naquele lugar. Lucy lançou um rápido olhar para ela, a ruiva voltara a comer despreocupada, como se segundos antes não tivesse ferido violentamente os ouvidos dos demais com seu grito. Uma garota realmente peculiar.
–Deixando de lado o apelido não autorizado. – começou Natsu. – Eu vim até aqui por causa dela. – apontou para Lucy.
Vermelho escarlate era a cor de seu rosto. Lucy sentia isso.
–Por... Por causa de mim?
Natsu sorriu, Lucy sorriu.
–Então você é gaga!
Um tom acima de vermelho escarlate.
–Não sou. – disse ela firme. – Apenas... Bem, não sou.
Natsu voltou a sorrir.
–Tudo bem, não é necessário explicação. Toma. – o rosado tirou de dentro do bolso do colete que usava uma maçã. – Você esqueceu ontem.
Lucy ainda mais envergonhada reaceitou o presente.
–Obrigada.
–Não foi nada, depois precisamos conversa sobre sua ocupação de domingo. Voce ainda não tem uma, não é?
–Ocupação de domingo? – indagou confusa. – O que é isso?
–Pelo que vejo ainda não tem. Então a gente conversa sobre isso mais tarde.
E sem maiores explicações ele se retirou. E novamente deixou na mente dela uma questão inquietante. Afinal de contas o que seria uma ocupação de domingo? Algo como cuidar da cozinha, como fizera no dia anterior? Ou... Lucy não conseguia imaginar outra alternativa, o que lhe restava era esperar e descobrir...
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