Ela Voltou - O Passado Está De Volta escrita por Juliana Black Malfoy Riddle


Capítulo 29
Capítulo 29 - Acerto de Contas


Notas iniciais do capítulo

Welcome again, people! (kk')
Como estão passando? Tudo na booa?
Nossa, eu estou tão feliz! *-*
Tipo... FUI NA HORA DO HORROR 2012, GENTE!!! Fui na Montezum, fui no Evolution, fui na Vurang, no Rio Bravo eee na Mansão Malkav que teve lá! Nossa... Demais.
Enfim... Deixa eu parar de encher o saco, né?
Leiam as notas finais!
Boa Leitura!



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  POV. Observador(Continuação)


  - AHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!! - o grito de Isobel ecoava naquelas paredes descascadas, criando um eco nada agradável no ambiente.


  Por quê?


  Bem, digamos que ela foi, literalmente, afogada em verbena pela mulher que estava ali com ela. Motivo? Vários.


  Porém, tudo ia acabar ali, e os jogos já estavam cansando - a.


  - Eu já disse que não sei!!! Depois que entreguei Katherine para Klaus eu NUNCA MAIS tive contato com ele!!!


  Flapt! - o estralo de um tapa podia ser ouvido num raio de um quilômetro perto dali.


  - Mentirosa - a mulher cuspiu na cara de Isobel. - Eu vejo a mentira nas suas palavras, na sua mente, no seu respirar... Quem diria! Uma vida cheia de mentiras, não é mesmo, Isobel?


  - Eu não estou mentindo - Isobel disse, cuspindo sangue no chão.  - E não tenho uma vida de mentiras.


  - Ahhh! É mesmo? - a voz soava irônica. - Vejamos... Se me lembro bem, você usou Alaric Saltzman, não é mesmo? - o olhar de falsa mágoa trespassou os olhos de Isobel. - Sejamos sensatas, cara Isobel: você se casou com um mero mortal, no intuito de usá - lo como peão. Você sempre foi o-b-e-c-e-c-a-d-a por vampiros. Você sempre estudou, investigou com todas as suas forças a existência deles. Mas, você não podia dar corda. Você sabe o que acontece com humanos que sabem da existência de vampiros, e se você não tem nada a oferecer, é descartada. Se eu me lembro bem... - a mulher parou, "pensando". - Você estava sendo caçada pelos Volturis, não era mesmo?


  - Não fui eu que...


  - Ahh, por favor, Isobel! Você se lembra muito bem porque estava sendo caçada pelos vampiros na época em que ainda era humana, não é mesmo? - as sombrancelhas dela estavam arqueadas em desdém. - Você estava tentando transformar sua pequenina filha em uma criança imortal.


  - Não ouse falar de Bianca, sua... - Isobel tentou, mas antes que pudesse perceber, foi afogada no tanque de verbena, deixando muitas quiemaduras em si.


  - EU FALO DO JEITO QUE EU QUISER!!! Você não tem moral nem caráter para dizer qualquer coisa de mim - a mulher cuspia em sua cara. - Não fui eu que tentou pedir á Bruxa Original que transformasse sua filha em imortal por um motivo tão egoísta. Não fui eu que usou Jhon Gilbert para ser posta no caminho de Damon Salvatore para se tornar vampira. E PRINCIPALMENTE!!! Não fui eu que matou a própria filha por uma criança ser tão fraca a ponto de não aguentar o veneno de um vampiro no organismo -  soltou Isobel na cadeira, deixando uma verdadeira poça de sangue se acumular em baixo de si.


  Um completo silêncio se instalou, antes de Isobel tentar falar, entre ofegos:


  - Eu... Eu só estava tentando salvar minha filha. Você sabe disso melhor do que ninguém. Eu...


  - Eu nada, Isobel. A partir do dia que você foi fazer um trato com a Bruxa Original você deixou de fazer parte da Luz. Você é pura Escuridão em pessoa! Como pode ser tão... Insensível de matar a própria filha? Você sabia que nenhuma criança imortal era aceita no mundo dos humanos! - a mulher exaltava.


  - Do que você está falando? VOCÊ abandonou todas as suas filhas e filhos por aí, espalhados pelo mundo! O que acha que eles vão pensar de você, quando tentar retornar para eles? Hã? Você acha que te perdoarão só por ser quem você é? - Isobel estava com muito medo, mas se fosse para morrer, que morresse dizendo a verdade.


  A mulher fitou friamente por longos minutos Isobel, antes de responder, em voz baixa:


  - Eu. Não. Sou. Igual. Á. Você. Eu nunca abandonei as minhas filhas, e você sabe disso. Cada familiar meu neste mundo é vigiado constantemente. Eu nunca deixei filho nenhum meu desprotegido, e você sabe disso tão bem quanto eu, já que usou o escudo de minhas filhas em benefício próprio - a mulher rosnou, com raiva.


  - É nisso que pensa todas as noites antes de dormir? Nem em meus melhores e piores planos diria uma coisa dessas! Você pode ser quem é, mas mesmo assim ABANDONOU suas filhas! E sabe o melhor? Com uma completa estranha ambiciosa, não é mesmo? Não é assim que me descreve? - Isobel escarneava.


  - Você é muito pior do que eu imaginava, Isobel. Você é uma víbora. Não é a toa que a sua vida é envolta por sombras.


  - Eu sou a víbora, ahã, ta... Mas e você? O que você é? Mãe não pode ser, porque Mãe é quem cuida, cria, dá amor e proteção, e nós duas sabemos que Miranda fez a maior parte de SEU trabalho, não? - Isobel continuava sarcástica.


  - Miranda e Grayson teêm minha gratidão eterna por terem cuidado de minhas filhas tão bem, diferente de você, que na primeira oportunidade, os hipnotizou, os fazendo pensar que as duas meninas eram suas filhas - a mulher dizia, com nojo. - Eu não sei como fui tão burra aponto de escondê - las com você, Isobel. Acho que os acontecimentos passados abalaram tanto comigo que não estava pensando direito naquela época.


  - Como a morte de seu marido, não é mesmo? Um pobre e fraco Imortal pelo qual você se apaixonou. Tão patético, não é mesmo? Você pensava o quê quando pensou que poderia ter uma vida normal ao lado dele, sendo quem é? Acho que nessas horas ele deve estar dando graças á Deus de onde está por não estar com você nessas horas. Você é tão patética quanto aquele Imortal idio...


  As palavras sumiram da boca de Isobel quando a mulher a preensou na parede, segurando seu pescoço com muita firmeza, que há uma virada, a deixava inconsciente novamente.


  - Você, como todos que conhecem minha história, sabe que ele foi assassinado. Assassinado por aquele desgraçado que carrega o título de Vampiro Original por aí. Eu, mais que você, temos o mesmo objetivo: matar aquele desgraçado custe o que custar, mas você sabe que se matar ele, estará matando toda uma linha de vampiros, inclusive você. Porém você teve um objetivo para vir até Mystic Falls me procurar, mas, quando ultrapassou os meus limites, mudou seus planos, novamente. E não vou deixar que você tente de novo.


  - Tentar? - Isobel arfava. - Eu teria matado aquelazinha se não fosse por você, que salvou ela de dentro do avião que ia para Roma - um soco foi desferido na cara de Isobel, a deixando marcada.


  - Se você tentar de novo, Isobel...


  - Vai o quê? Me matar? Você sabe que carrego muitas informações, de praticamente toda raça vampírica, e quais são os planos dos Originais em relação á sua família. Ou já se esqueceu disso? - Isobel perguntava com desdém, sorrindo maleficamente.


  - Não, não me esqueci. E sim, você irá morrer. Logo depois de eu invadir sua mente, Isobel. E caso não se lembre: isso a machucará, e muito - a mulher dessa vez não resistiu e sorriu, dessa vez muito pior.


  - Você não se atreveria... Da outra vez você não me ma-machucou - seu gaguejo denunciou seu nervosismo, divertindo a mulher.


  - Deve ser porque eu não tomei o seu sangue, não é mesmo? Essa coisa podre que há dentro de você. Mas pode deixar: não drenarei tudo, até porque não quero sangue de escória dentro de mim - e antes que desse algum aviso, a face da mulher se transformou em algo muito pior do que um simples vampiro "Demônio da Noite" ou um "Escravo do Sol". Era muito pior.


  Sua face foi transformada em algo terrivelmente tenebroso, algo nunca visto antes por qualquer um, antes somente vista pelos Antigos. Era algo que assustaria qualquer um, até um vampiro dos mais antigos.


  Aquela face era do Demônio em pessoa.


  A mulher - agora já não podia mais ser vista assim - mordeu com toda a sua força, raiva e ódio naquele momento, contudo, até arrancando a carne do pescoço da vampira. Os gritos de pura agonia ecoavam, e chegava a ser ouvido á quilômetros de distância mesmo, se não fosse por uma coisa:


  Os planos de Isobel.


  Tudo consistia no ato de vingança, matança e revolta por todos os vampiros. Ela queria aniquilar os Volturis por tê - la feito quase-transformar sua filha, o que acabou resultando em sua morte, queria ver todos os vampiros mortos, todos os sobrenaturais em sua soberania. Mas o pior de todos:


  Ela queria matar aquela que há transformou um dia, que realizou seu maior e animalesco desejo de ser vampira:


  Damon Salvatore.


  Queria matá - lo por tê - la transformada, pois se não fosse vampira, não seria usada pelo Vampiro Original. Que se não fosse transformada, não teria de cuidar de duas crianças que a lembravam de sua filha, e que, um dia, as tentou matar igualmente.


  Porém...


  Sua morte só seria feita depois de muitos dias de torturamento, como se isso fosse preciso quando a mulher viu seus outros planos:


  A Bruxa Original.


  Ela sabia da existência daquela mulher, e ansiava pelo poder que a própria carregava. Ela era pior que o próprio filho! E mais...


  Elas, as duas, se aliando com outras bruxas e seres, e transformaria uma das Petrova em humana novamente, para usá - la e sacrificá - la, no ato de trazer todos os seres mortos, até as próprias bruxas, que declarariam guerra contra o mundo.


  Usando Isabella Swan para isso.


  A mulher se afastou do pescoço ensanguentado e todo despedaçado da vampira para olhar em seus olhos, que transmitia dor, mas ainda carregava a ironia.


  - E... Então? Meus planos são ótimos, não é mesmo?


  A mulher aos poucos foi se transformando de volta, toda suja de sangue. Pegou Isobel do chão pelo pescoço e a deixou no ar, dizendo as palavras finais:


  - Você vai queimar no Inferno, Isobel. Você e todas aquelas bruxas mortas por tentarem algo tão egoísta contra o mundo. E pode deixar: as Petrovas nunca, jamais retornarão a sua humanidade completa. As bruxas não assumirão tudo.


  - É mesmo? - Isobel já tossia sangue demais. - Então por que Elena continua humana? Stefan ainda não a transfomou? Prepare - se: a última Petrova é que trará o caos completo ao mundo, e você, dessa vez, não poderá fazer nada para impedir.


  - E você não estará mais aqui para ver que o plano de vocês foi á merda - a mulher rosnou.


  - É o que você diz. Ahh, antes que eu me esqueça... Klaus não está nada satisfeito por ter sido "influênciado" a não chegar mais perto do castelo Volturi, e antes que você me mate, você tem mais um problema: ele pegou Demetri, e o hipnotizou a dizer onde Isabella estava. E se eu fosse você, bem... - Isobel sacaneava, tentando ver um relógio invisível em seu pulso. - Protegeria á todos dentro de 48 horas: Klaus e o que restou de seu híbridos estão vindo para conquistar.


  A mulher pegou a cabeça de Isobel firme e fez força, já deixando algumas veias saltarem, e disse:


  - Queime no inferno, vadia.


  E a cabeça de Isobel já não fazia mais parte do mesmo corpo.


-


  POV. Isabelly


  Já havia se passado duas horas, e eu ainda não tinha notícias de ninguém.


  Eu sabia exatamente o que estava acontecendo, e sabia o que já poderia ter acontecido, mas... Sendo o que sou, não mudava que eu ainda tinha muito medo.


  Eu mesma não sabia de onde vinha tanto medo. Eu só... Queria poder proteger todos que eu amo e que nada mais nos afetasse.


  Mas isso não era possível, lógico. Porém... Minha esperança não diminuía.


  Fechei os olhos e tentei me concentrar...


  Nada. Nadica de nada.


  Tentei com eles e... Bem, portas de aço, praticamente, me pararam.


  Eu sabia que era obra dela, era bem típico dela tentar me proteger das situações, por mais ruins que fossem.


  Suspirei. Não podia fazer no momento.


  Subi ás escadas de minha "casa" até o meu quarto, e fui até o fundo do meu closet.


  Tirei uma pequena e empoeirada caixa lá do fundo, e assoprei, vendo várias partículas de pó se misturarem com o ar.


  Me sentei por lá mesmo e abri a caixa, vendo vários recortes de jornais por lá. Peguei o primeiro que vi.


  A manchete dizia:


  "Avião com destino Roma sofre problemas técnicos em sua viagem, fazendo então, avião cair no Oceano"


  É... Eu poderia ter sido um deles, mas sabia que alguma coisa estava errada assim que acordei num hospital, sozinha.


  Lágrimas queriam cair, mas as segurei.


  Sabia que tudo o que estava acontecendo naquele momento era por culpa dela e por culpa desse acidente que ela causou, o que poderia ter resultado na minha morte.


  O seguinte recorte dizia:


  "Avião que cai em Oceano mata 60 pessoas que embarcavam no próprio. Até agora, nenhum registro, aparentemente, de sobreviventes"


  Nada era o que parecia:


  "Avião com destino Roma afunda com seus respectivos passageiros"


  E muito menos foi o que pareceu:


  "Descoberta! Avião que cai em Oceano é achado destroçado no fundo do mesmo, mas, é identificado á falta de um passageiro. Será um sobrevivente?"


  - Idiota - murmurei, jogando todos os papéis no chão com raiva e os fitando.


  Nunca pensei que podia senti tanta raiva de alguém como senti dela. Aquela... Vaca, aquela em que minha mãe confiou tentou me matar!


  - Espero que você esteje queimando no Inferno agora, Isobel - rosnei.


  Sei o que deve estar pensando... Isobel? Mãe de Elena?


  Ha... Só um tolo acreditaria em tal farsa.


  Eu odeio essa mulher mais do que tudo! Depois que soube o que ela tentou fazer comigo e com minhas irmãs...


  O acidente ainda era fresco em minhas lembranças...


  *Flashback ON*


  Eu era muito pequena para entender o que estava acontecendo, mas madura o suficiente para saber que iríamos morrer.


  As aeromoças andavam de um lado para o outro, tentando não deixar transparecer seu medo, mas era em vão. Todos os passageiros, principalmente as mulheres e as crianças, choravam histericamente, outros, simplesmentes gritavam, outros, oravam, se abraçavam e passavam seus últimos momentos juntos.


  Eu comecei a chorar silenciosamente, encolhida no meu banco. Eu queria poder ter me despedido de mamãe e papai, de minha irmã e de meu irmãozinho, mas nem isso pude.


  "Deus... Eu sei que não fui um exemplo de menina comportada em meus doze anos de vida, mas quero que saiba que sou eternamente grata por ter me dado a chance de viver neste mundo, nem que seja uma vezinha. Obrigada por tudo. Cuide de meus amigos, da minha família, de Elena, Jeremy, mamãe e papai... Eu os amo muito, e peço que os proteja..."


  Nunca fui muito de ir na Igreja, mas sempre orei, rezei para Deus. Eu acreditava no Sobrenatural, sabia que acontecia coisas no mundo que a Ciência não podia explicar.


  Mas... Bem, não era o caso agora.


  Logo um aviso foi dado no avião;


  "Senhores Passageiros, lamentamos informar mas o avião está tendo problemas técnicos, e seremos forçados a fazer uma pousagem de emergência. Por favor, coloquem os cintos e as máscaras de oxigênio. Lamentamos muito pela aversão."


  Eu já fungava alto, com muito medo do impacto.


  Mas não durou muito, já que, logo depois que colocamos as máscaras, sentimos o avião caindo, e logo depois, eu era engolfada por uma grande quantidade de água.


  Tentei soltar o cinto, mas ele havia emperrado. Eu não conseguia me soltar, e acabei me rendendo, esperando a escuridão me tomar por completo.


  Mas não foi isso o que aconteceu.


  Uma luz, um feixe de algo brilhante, aliás, quebrou parte do avião, fazendo como se uma "porta" se abrisse. E logo depois, uma pessoa nadava em minha direção.


  Eu fiquei com muito medo. Não sabia quem era aquela pessoa, e minha visão era turva e embaçada. Sabia que tinha longos cabelos, e olhos incrivelmente violetas.


  Antes mesmo de eu poder chegar a superfície, meu estoque de ar havia se esgotado, me fazendo render a escuridão que me tomou por completo.


  *Flashback OFF*


  Depois de toda essa bagunça, eu acordei num hospital de Portugal. Sim, Portugal.


  Não me pergunte como fui parar lá, só sei que poucos minutos antes de eu apagar, jurava que estava no Oceano.


  O médico me fazia perguntas de se eu estava bem, se sentia dores e tals, mas não perguntou meu nome, como havia parado ali, e nem onde estavam meus pais.


  As reações de todos pareciam... Mecânicas.


  Lembro - me de ter perguntado se ele sabia meu nome, e ele me respondeu dizendo o meu nome mesmo. Perguntei também como havia ido parar ali, e ele respondeu que uma mulher havia me deixado lá, e dado ordens específicas de que tratassem de mim antes de prosseguir com a minha viagem.


  Eu estava confusa, pois só minha família sabia que eu estava vindo para Roma. E como alguém poderia ter me trazido do Oceano para Portugal?


  E depois que estava recuperada, o médico me deu uma injeção, dizendo que assim eu conseguiria dormir durante o resto da viagem.


  Mas eu não queria dormir, e antes que protestasse, eu fui engolfada novamente pela escuridão.


  Acordei novamente, dessa vez, num quarto escuro. Não sabia onde estava e nem como havia parado ali, quando uma moça entra no quarto onde eu estava e me entrega uma folha e sai.


  Era meus horários do Curso de Roma. Eu estava em Roma.


  Minha cabeça girava, totalmente confusa. Liguei para os meus pais aqui em Mystic Falls e eles se alegraram por saber que eu havia chegado bem e que tinha ido dormir.


  Eu tentei ignorar, deixei passar, mais... Não dava.


  Foi quando tudo começou a fazer sentido.


  Quando eu comecei a realmente saber da minha história.


  Comecei a soluçar e a chorar com todas essas lembranças... Eu não queria me lembrar de nada, eu só queria que todo esse pesadelo acabasse.


  Juntei todos os recortes e fui guardá - los, quando uma foto caiu do meio dos papéis, me fazendo admirá - la com lágrimas no olhos.


  Era mamãe e papai.


  Sim, eu sabia que Miranda e Graysson haviam morrido na Ponte Wickery, enquanto iam buscar Elena na festa da fogueira depois de uma briga com Matt. Há essa altura eu já sabia de tudo.


  Mas... Eles cuidaram de mim quando meus pais de verdade não puderam, e sou eternamente grata por isso. Eu os amei como se fossem meus pais mesmo.


  O que nos leva sim ao ponto: eu, nem Elena somos filhas dos Gilberts.


  Sei que ela, e todos os Gilberts acreditam na história que Isobel inventou, que implantou na cabeça deles, de que nós erámos suas filhas.


  Mas não. Na verdade... Isobel teve um voto de confiança de minha mãe, pediu para que cuidasse de nós enquanto desviava de seus inimigos.


  Porém... Aquela vaca nos deixou, e pior... ELA TENTOU MATAR EU E MINHA IRMÃ!!!


  Eu com o acidente, com minha irmã, armando uma emboscada, a entregando para o Vampiro Original.


  É... Eu tinha um grande ódio por essa mulher.


  Fui guardando os restos quando outra foto caiu, dessa vez, me fazendo chorar de verdade.


  Eram Mamãe e Papai, os biológicos.


  Era uma foto desgastada, de época também, mas nunca esquecerei deles. Ainda mais de minha mãe, que tirou uma foto com um barrigão, mostrando estar grávida de nós, sorrindo amorosamente.


  E ao seu lado estava papai. Não dava para ver o seu rosto, mas ele tinha as mãos envolta de mamãe, e a abraçava ternamente.


  A essa altura as lágrimas caíam livremente pelo meu rosto, me fazendo molhar a foto.


  - Você vai ver, Papai... Vingaremos á sua morte. Você poderá descansar em paz - jurei, beijando a foto e a guardando.


  Guardei a caixa e desci as escadas correndo, indo pegar meu telefone. Disquei, e ele atendeu na primeira chamada:


  - Oi meu amor. Tud...


  - Jake... - choraminguei.


  - O que foi, Isabelly? O que aconteceu? - Jacob soava alerta.


  - Eu estou bem, Jake, sem nenhum perigo. Só... Estou sozinha. E-eu estava vendo umas fo-fotos de meu pa-pai... - eu não conseguia falar, só chorava.


  - Isy... Eu não gosto de te ouvir desse jeito. Me entristece. Queria tanto poder estar aí... Mas você sabe que eu não posso. Prometemos, lembra? As fronteiras de Mystic Falls só serão abaixadas se ela liberar.


  - Eu sei, Jake. Mas queria que você estivesse aqui... - sussurrei, triste.


  - Argh, Isy... Crie um portal.


  - O quê? Você quer...


  - Vamos para lá. Eu sei que você fica melhor quando vai para lá.


  - Tudo bem. Prepare - se.


  Visualizei um véu dourado da onde estava, e logo disse, com a voz mais calma.


  - Passe por ele, Jake.


  Logo a ligação caiu, e eu sabia que ele já tinha atravessado. Escrevi um rápido bilhete para Julie:


  "Saí para 'espairecer' um pouco. Volto logo, não se preocupe.


  Beijos, Isy."


  Visualizei novamente o véu, e olhei para trás...


  Tudo parecia normalmente calmo. Suspirei: nada parecia o que era de verdade.


  Atravessei o véu e logo cai nos braços de meu amado, ao qual senti todos os meus medos e receios irem para bem longe de mim.


  Longe de onde eu estava.


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Notas finais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeeeeey povão! E ai? Gostarão?
Eu sei, eu reli ele, e tipo... Tá muito confuso, né? É Isobel fazendo coisas, e mulher misteriosa, Isy revelando coisas e projetando algo...
Mas logo vocês entenderão essa bagaça certinha. Prometo! *-*
Deixem suas opiniões! Quero saber o que vocês acharam desse cap!
Comentem e recomendem! Faz tanto tempo que não ganho uma rec... (fica a dica. kkkk')
Um beijão a todos, e tenham uma ótima noite! :D