Ela Voltou - O Passado Está De Volta escrita por Juliana Black Malfoy Riddle


Capítulo 28
Capítulo 28 - "Italiana?"


Notas iniciais do capítulo

Buenas Noches, pessoal! (kk')
E aí? Como estão? Ahhh! Estou tão feliz!
Por que? É porque vai ter passeio para o HORA DO HORROR no Hopi Hari, velho! E eu vou! (kk')
É motivo para ficar feliz, não é?
Ahhh! Deixa eu calar a boca. Leiam as notas finais!
Boa Leitura!



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  POV. Bella


  - Eu ainda não acredito que minha irmã está aqui! - já era a trigésima, quadragésima primeira vez que Lena repetia a mesma coisa!


  - Argh, Elena! Já entendemos! - bufou Carol, batendo com a porta de seu armário do vestuário com força, já trocada para a Educação Física.


  - Eu sei, mas... Eu ainda não acredito! Isy está aqui! - ela batia palminhas que acabou nos fazendo rir.


  - E falando nisso, cadê su... - mas parei quando vi Isy entrando correndo no vestuário, ofegante.


  - Ahh! Desculpe, gente. Me perdi - ela tossiu.


  - Ta. Vai se trocar! Toma, acho que serve em você, é um dos meus - Lena lhe deu um short preto e uma camiseta vermelha.


  - Tô indo, Elena - reclamou Isy, já se trocando. Rimos.


  - Mal se viram e já estão brigando... Que feio, Elena - brinquei.


  - Credo, Bells... Está parecendo o Damon desse jeito! - tossi descontrolada.


  - Ta me chingando, é? - berrei, mas caí na gargalhada, assim como todas.


  - Deixa ele saber que você o está chingando... - Carol falou, com um sorriso perverso.


  - Você é do mal, Caroline - falou Bonnie, recuperando o fôlego.


  - Obrigada! - ela disse. - Au! Sua vaca, por que me bateu?


  - Porque deu vontade! - respondi, batendo pé para fora do vestuário. Por que Carol tinha que complicar as coisas?


  - MENINAS! É PARA HOJE, OU AINDA ESTÃO SE ARRUMANDO?! - dou um doce para quem disse Tyler.


  - Vai tomar no seu... - mas minhas palavras foram cortadas pelo treinador, que entrava sorridente na quadra.


  - Pessoal! Hoje está um lindo dia, e por isso, vocês vão jogar vôlei! - todos começaram a gritar, animados, mas ficaram muados com as seguintes palavras. - Em dupla.


  - Eu faço com Stefan! - falou Lena, arrancando risos.


  - Não não, senhorita Gilbert. Eu já escalei as duplas. Você irá fazer com... Isabelly Gilbert? - ele teve a mesma reação que o professor de Biologia, olhando da folha para Isy, que estava ao lado de Lena. - Sua irmã gêmea, Elena?


  - Não, professor... Meu clone. Claro né! - Lena falou, revirando os olhos.


  - Só porque estou de bom humor não vou lhe dar uma advertência, senhorita Gilbert. Faça par com sua irmã - ele ia continuar, mas Isy interveio, com a voz hesitante.


  - Treinador... Pensei que poderia fazer com minha amiga que chegou hoje também. Sabe, ela é nova e...


  - Ela fará com senhorita Swan - o Treinador a cortou. Depois olhou em volta, e disse, com o cenho franzido. - Onde está a senhorita D'...


  - Estou aqui, Treinador - uma voz falou atrás de nós, fazendo - nos pular, inclusive Stef, Carol e Ty(já que não sentiram a presença dela).


  - Senhorita D'Ângelo! Está atras... - mas o Treinador perdeu a fala quando a olhou pela primeira vez, e ficou hipnotizado.


  Olhei, pela primeira vez, atentamente a garota atrás de mim.


  Não nego, ela é bonita.


  Estava usando o mesmo uniforme que nós, só que esse parecia... mais marcado nela, o que realçava suas curvas. Seus cabelos estavam presos num rabo de cavalo frouxo, com alguns fios no rosto. Mantinha a mesma maquiagem de quando chegou, e não usava mais suas botas de cano longo, mas sim tênis brancos.


  Era impressão minha, mas... Com todos paralisados, ela tinha um brilho de... Divertimento nos olhos?


  - Sinto pelo atraso, Treinador. É o meu primeiro dia aqui, e eu acabei me enrolando na Secretária para pegar meu uniforme e os tênis. Prometo que não irá se repetir - ela disse, quebrando o silêncio constrangedor.


  - Ahh... - o professor parecia perdido. - Tudo bem, mas da próxima vez não quero atrasos, fui claro? - ele tentou, mas ainda parecia perdido, ainda mais secando a garota daquele jeito.


  - É claro - ela sorriu, e, de novo, aquele sorriso me fez me lembrar de minhas mães.


  - Se apresente, enquanto pego as bolas de vôlei - ele disse e saiu, deixando todos nós fitando a garota nova, que continuava sorrindo.


  - Gente, essa aqui é minha amiga do curso de Roma: Julie D'Ângelo. Alguns já viram ela hoje, agora o resto... - Isy falou, indo para ao lado da garota.


  - D'Ângelo? Italiana? - Stef falou, se aproximando.


  A garota olhou para Stefan por meros segundos, mas eu juro que vi um brilho estranho passar pelos seus olhos, antes de ela responder, com a voz suave.


  - Sim. E você deve ser Stefan Salvatore... Seu nome o precede - ela disse.


  - Como sabe? - perguntou, curioso.


  - Eu contei para ela, Stefan! Tinha que deixar a par do namorado da minha irmã, não? - rimos do surto de Isy. - Bem, deixa eu apresentar para você, Julie:


  "Esta é a Bella, que namora com o irmão do Stefan, Damon. Esta é Bonnie, que namora com o pequeno Jeremy; este é Tyler, namora com Caroline, prima de Bella e esta é Elena, minha irmã do meio" - Isy finalizou, sorrindo.


  - É um prazer conhecer todos. Principalmente você, Elena. Isy falou tanto de você - e antes que vissemos, Julie estava abraçando Lena, que era um pouquinho mais baixa que ela.


  - Err... Obrigada, eu acho - ela disse, quando Julie a soltou.


  Ta, estava muito estranho. Julie já chegou dando abraços em todos, conquistando todo mundo logo de cara...


  Não, eu não estou com inveja nem nada. Mas... Ela é diferente, de alguma forma. Eu sinto isso.


  E como se lesse meus pensamentos, ela me olha de forma diferente, como se estivesse pensando em dizer algo ou não.


  Quando ia dizer algo, eis que surge o Treinador empurrando o carrinho de bolas para o meio da quadra. Seu apito ecoou longe.


  - Todos pro centro. Agora! - gritou, quando não respondemos.


  - Bem, como estava separando antes da senhorita D'Ângelo chegar... Elena com Isabelly, Isabella com Julie, Stefan com Caroline, Jeremy com Matt, e Tyler com... - olhou da pasta para nós, procurando. - Onde está a senhorita Denali?


  - AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH NÃO!!! ISSO É TORTURA!!! É MENTIRA, NÃO É??? ELA NÃO ESTÁ NA NOSSA AULA, ESTÁ??? - gritei, arrancando risos dos outros alunos, menos de meus amigos e até de Julie, que não tinha uma cara nada boa.


  - Sim, senhorita Swan. Agora pare de gritar. Alguém pode me informar onde... - mas o Treinador mal terminou, e foi interrompido de novo.


  Dessa vez, eu senti o cheiro de vadia no ar.


  - Desculpa Treinador... Eu estava ocupada e acabei me atrasando -  a voz nasalada enjoativa de PuTânia ecoava em nosso meio.


  - É claro que ela estava ocupada. Estava fazendo atividades extra-curriculares para o professor - disse, com a minha melhor voz inocente, com a minha melhor cara de nojo. Denali me encarou com raiva.


  - Ora sua...


  - Então ta! - O Treinador interrompeu antes que algo acontecesse. - Senhorita Denali, dessa vez passa. Você fará par com... O senhor Lockwood.


  - QUÊ??? - doce para quem disse Carol. - ESSA VACA VAI FAZER PAR COM O MEU NAMORADO??? MAS NEM FUDEN...


   - MENOS, SENHORITA FORBES!!! Já escolhi os pares, serão estes! Os que não se formaram ainda olhem no papel aqui. Os outros, batendo bola já! - Treinador gritou, soando o apito.


  Estava pegando a bola quando escutei o murmúrio daquela vaca...


  - Hum... Um lobão interessante... Será que é bom do mesmo jeito que aparenta?


  Vi que Carol ia avançar nela, mas a impedi, usando o poder de Alec para imobilizá - la. Falei em sua mente:


  "Não vale a pena... É isso o que ela quer. Não dê esse gostinho."


  Caroline assentiu, mais calma. Soltei - a, e ela foi para o lado do Stef, que já batia bola.


  Suspirei e fui para o lado de Julie, vendo ela observar tudo com muita inteligência.


  - Bem... Toque? - meio afirmei, meio perguntei.


  - Ta - respondeu. Comecei lançando com ela devolvendo. Foi assim até eu sentir algo diferente. Quase como... Conforto.


  - Então... Como está sendo seu primeiro dia? - perguntei, para descontrair.


  - Legal. As pessoas até que são... Receptivas - disse, sorrindo de canto.


  - O que a trouxe a Mystic Falls? - dessa vez ela deixou a bola desviar, mas acabou salvando com a manchete.


  - Depois que finalizei meu curso em Roma, pensei muito em mudar de lugar, sabe? Isy falava tanto sobre Mystic Falls que acabei falando com meus... Pais para que eu pudesse vir para cá. No fim, acabaram comprando uma casa para mim e para Isy aqui, para que pudessemos morar juntas - explicou.


  Mas por que isso parecia pra mim tão... Ensaiado?


  - Entendo. Como conheceu Isy? - perguntei. Eu sei, sou curiosa, mas... Estava muito propícia a perguntas agora.


  - Estávamos na mesma aula de Cultura Romana Local. Logo de cara o professor colocou a gente de par, então viramos grandes amigas.


  - Hum... - respondi, logo o apito do Treinador ressoou no lugar.


  - VOCÊS ESTÃO FAZENDO MUITO TOQUE. PASSEM PARA OS CORTES E MANCHETES! - gritou do fundão da quadra.


  - Ele costuma a gritar sempre assim? - Julie perguntou, fazendo careta.


  - Acho que sim, é a minha primeira aula com ele.


  - Como assim? - cortei com a bola e ela defendeu. - Você estuda aqui há mais tempo, não é?


  - Éérr... Digamos que... Semana passada houve uma invasão aqui na escola. Vândalos, sabe? - eu realmente não sabia mentir, mas com o tempo eu aperfeiçoei esse meu dom.


  Mas por que com ela não funcionava?


  - Hã... Entendo - e cortou, e eu defendi.


  Continuamos assim, cada uma perdida em pensamentos quando o Treinador apitou de novo, nos fazendo parar.


  - Já que vocês estão sendo uns "anjinhos"... - ele zombou. - Vocês podem jogar volêi. MAS, teram que tirar os times - olhou na prancheta e sorriu. - Senhorita Denali e Senhorita Swan. Podem começar.


  - Ty - chamei rápido, sorrindo para a cara de desgosto de PuTânia.


  Oh-ou.


  - Stefan - e sorriu cinicamente.


  - Elena - chamei, vendo ela fuzilar a loira.


  - Você, loirinho - chamou Charles. Bicha burra, não sabe o nome de ninguém!


  - Caroline.


  - Você - apontou para Bonnie. Ela foi de cabeça baixa, com certeza com muita raiva.


  - Jeremy.


  - Você. Eliane?


  - Eliza - corrigiu a menina. Viu? Bicha burra!


  - Matt - chamei. Ele não veio, ficou olhando para o nada... - MATT!!! - chamei mas alto.


  - Ahh! Ah, a ta - disse, vindo para o nosso lado. Ele estava estranho...


  - Coitado. Não queria ser forçado a ficar no time de perdedores... - sussurrou.


  - Falta mais um -  Stef disse. Meu Deus! Essa mulher é muito burra!


  - Ahh, obrigada... - ela disse, mordendo os lábios para Stef, que fez careta. Ri. - Eerrr... Você - ela apontou para Julie, que não moveu um músculo para sair do lugar.


  - Tenho nome - disse, simplesmente.


  - Ta, tabom. Venha logo - a loira burra falou, se virando de costas.


  (n/a: Nada contra as louras, gente. Nem eu nem a Bells, é que com Tânia na parada é... Foda.)


  - Não vou - Julie disse, se sentando na arquibancada, olhando com desdém para Tânia.


  - Olha, escuta aqui ô...


  - Escuta você, querida. Se sua mãe não lhe deu educação - Julie falou, com um sorriso estranho no rosto. Tipo... Maléfico. Vi que Tânia estremeceu. - A minha me deu. E ela me ensinou a tratar as pessoas com respeito... - parou, olhando Tânia de cima abaixo. - Mesmo que certas pessoas não mereçam.


  O silêncio caiu enquanto fitávamos as duas, até que por fim, PuTânia saiu do estado de paralização e disse, com a voz nasalante de sempre:


  - Você poderia vir pro meu time, por favor?


  - Agora sim - Julie parabenizou, passando por ela com um sorriso vitorioso, parando ao lado de Stef. A loira cerrou os lábios.


  - Bem, vamos jogar! - disse, quebrando o gelo.


  Nos posicionamos e esperamos Matt pegar a bola, que começava sacando.


  "Pronta para perder, Swan?" - Tânia lançou seu pensamento á mim, cheio de veneno.


  "Cuidado... Quem mexe com fogo acaba se queimando. E comigo, de preferência de terceiro grau." - lancei com a minha melhor voz maléfica, vendo ela recuar, um pouquinho.


  E que comece o jogo.


-


  POV. Stefan


  Tabom, admito, estava estranho.


  Aquela garota, a Julie, simplesmente... Se recusa a jogar no time de Tânia por causa da falta de educação da própria? Estranho...


  Sem contar o confronto delas... É como se Julie já a odiasse. Também, com quem anda...


  Eu realmente não tenho nada contra Rosalie e Emmett, são pessoas que se mostraram dignas de perdão e mostraram que foram forçados a partirem e deixarem Bella para trás. Mas os outros... Principalmente aquele.


  Edward Cullen.


  A conversa que tive com ele hoje, depois da aula de Biologia ainda estava fresca na minha mente, e uma coisa ainda martelava a minha mente...


  *Flashback ON*


  Eu simplesmente fiquei furioso!


  Aquele Cullen chega na Bella e ainda quer "reviver" o passado? Fazer com que Bella sofra de novo? Ahh... Nem por cima do meu cadáver!


  Bella já é cosiderada parte da minha família. Ela conseguiu trazer o meu antigo irmão a tona de volta, aquele que não era feliz há muito tempo, e agradeço muito por isso. Sem contar que é uma pessoa extramamente boa, e não vou deixar Cullen nenhum estragar sua recuperação.


  Quando Bella saiu, falei para Caroline ir com ela. De início não entendeu, mas apontei pro Cullen que já recolhia suas coisas, e logo saiu da sala, assim como todos, ficando só eu e ele.


  Cheguei perto dele, mas antes que eu dissesse, soltou:


  - Sei o que dirá para mim, Salvatore, e espero não lhe desapontar, mas não estou de conversar no momento.


  Tentou passar por mim, mas eu segurei seu braço, fazendo ele ficar com minha força.


  - Não, você não sabe o que direi. E por mais que soubesse, quero reforçar: fique longe de Bella. Não só porque agora ela tem um namorado que a ama VERDADEIRAMENTE, - vi ele se encolher com a palavra - mas porque agora ela está bem. Sabe? Você e toda sua família a deixaram sozinha e abandonada naquela cidade, sem nem mais nem menos. Deixe. Bella. Você já causou estragos demais - disse, soltando seu braço com raiva.


  - Eu não a abandonei. Só lhe dei uma chance de ter uma vida feliz e humanamente normal longe de tudo o que eu e minha família somos. James, Victória, Laurent... Bella te contou sobre tudo isso? Como arriscamos a vida dela esxpondo - a desse jeito? - disse, com a voz armagurada.


  - Você quer dizer que a culpa agora é dela por não conseguir se defender por que era humanamente impossível? - agora sim fiquei zangado.


  - Não! Eu perguntei se você sabe os riscos que infligimos á ela, fazendo ela ficar comigo e com minha família. Sei que você sabe o que houve no ano passado, em seu aniversário, com o incidente do Jasper. Eu só queria que ela fosse feliz! Eu a amo acima de tudo, Salvatore. Fiz tudo aquilo para protegê - la! - exclamou, com os olhos brilhando, como se quisesse chorar.


  Engoli em seco.


  - Isso não muda os fatos que você a abandonou machucada. Eu só quero que saiba que agora ela está feliz. Ela tem alguém que a ama de verdade aponto de não abandoná - la - falei, firme.


  - Damon Salvatore? - o nome do meu irmão foi dito com desprezo. - Qual é, Stefan! Você sabe como o seu irmão é: não é homem de uma mulher só. Quanto tempo você acha que ele levará até partir o coração de Bella? Que perceber que ela não passa de diversão para ele?


  Vi tudo vermelho. A raiva subiu tão rápido que nem pensei! Só joguei ele longe, fazendo ele quase rachar a parede da sala. O preensei na parede pela garganta, dizendo, entredentes:


  - Meu. Irmão. Não. É. Igual. A. Você. Ele realmente ama a Bella, e se mataria antes de fazer qualquer mal á ela -  disse, com uma absoluta certeza.


  "Você tem toda certeza, Stefan, meu filho..."


  A voz dela me fez soltar Edward com tudo no chão, me deixando atordoado. Desde o baile dos Fundadores eu não a escutava.


  Mas... Ela estava morta. Ela era humana. Não podia estar viva.


  Me distraí quando Edward levantou, colocando a mochila no ombro e me olhando, firme dessa vez:


  - Eu amo, e sempre amarei a Bella. Fiz de tudo para protegê - la, e pode apostar que eu a conquistarei de novo. Nada vai me impedir.


  - Mesmo ela estando apaixonada por outro? - escarneei, vendo ele recuar.


  Ficamos um bom tempo assim antes de ele ir para a porta, saindo. Mas parou e virou - se, olhando diretamente para os meus olhos, e disse, com a voz baixa:


  - Não fui eu que fiz aquilo, Stefan.


  - Aquilo o quê? - perguntei, confuso pela mudança de conversa.


  - O ataque na sua casa. Não fui eu. Foi outra pessoa.


  - A, por favor, Cullen! Você estava lá, nós vi...


  - Me usaram - disse, simplesmente, antes de me dar as costas e sair.


  *Flashback OFF*


  Desde então, não paro de pensar no ataque que teve em casa.


  Como assim me usaram? Todos nós vimos as estacas, a verbena nelas... Ele beijando a Bella a força, depois Bonnie o levando para a Floresta.


  Como assim não era ele?!


  Meus pensamentos foram desviados para a garota que se colocava ao meu lado, que sorria cinicamente para Tânia.


  - Você não gosta nem um pouco dela, né - saiu como uma pergunta.


  - Nem um pouco - devolveu, dessa vez me olhando diferente. - Stefan Salvatore... Descendente da Família Salvatore de 1864, na Guerra de Willow Creek? - perguntou, me olhando de sombrancelhas arqueadas.


  É impressão minha, ou ela me olhava zombeteiramente.


  Engoli em seco.


  - Hãã... Digamos que sim. Descendentes dos Salvatores da Guerra de Willow Creek - afirmei, desviando o olhar.


  Ela permaneceu quieta durante o primeiro saque, que foi feito por Matt. Marcamos um ponto. Eu fiquei na rede da ponta esquerda, e ela logo atrás. Charles foi sacar.


  - Estranho... - ela disse, arrancando minha atenção para trás.


  - O quê? - perguntei, vendo a bola atravessar a rede por cima.


  - Se você é descendente dos Salvatores da Guerra de Willow Creek... Vocês deveriam ser descendentes dos últimos Salvatores, certo?


  - Sim - disse, vendo Bella lançar a bola num corte perfeito nos braços de Tãnia, que quase deixou cair.


  - Então... Como você é descendente deles, se os últimos Salvatores, Stefan e Damon Salvatore, morreram na Guerra?


  Essa pergunta me pegou desprevinido. Tanto, que o corte de Elena foi parar no chão, sem defesa minha. Ela comemorou.


  - Me deixou ganhar, é? - ela cruzou os braços, ficando estressada.


  - Não, amor. Eu só... Não prestei atenção. Juro - reforcei, vendo ela assentir sorrindo.


  - Então tá - me lançou um beijo, rodando com a equipe.


  - E então? - Julie perguntou de novo atrás de mim. Dessa vez não me virei, com medo da minha expressão.


  - Eerrr... Vai ver os primeiros Stefan e Damon tiveram casos com... Algumas mulheres, que reconheceram os filhos como filhos deles, e até hoje continua a linhagem - disse, meio que me perguntando.


  - Estranho... Minhas pesquisas diziam que Stefan era um homem tão dedicado as coisas certas, que seguiria os passos do pai, sem deixar de andar na linha... Você acha que seu antepassado seria capaz disso? -  perguntou, e quase me virei para olhá - la, já que carregava um tom de zombaria na voz.


  Eu ia responder quando 1864 inteira passou aos meus olhos. Katherine Pierce chegando á minha casa... Meu encantamente por ela... Damon, eu e ela... A nossa primeira vez... A queimada na Igreja...


  Se eu fui capaz de trair a confiança do meu pai, do meu irmão, brigando com ele por causa de uma moça desconhecida, e fazendo ela ser "queimada" na Igreja por uma emboscada na qual eu fui usado como peão...


  Sim, eu, naquela época, teria sido capaz de tal atrocidade.


  - Sim - respondi sem hesitar, seco, me virando e vendo seu olhar de pura descrença, surpresa, e se estiver correto, com um olhar de... Tristeza? - Acho que ele teria sido capaz disso sim.


  Lancei a bola num corte certeiro até o canto, marcando ponto. Giramos, e eu fiquei no meio, e ela, no antigo lugar.


  - Disse algo que o aborreceu? - ela perguntou depois de um tempo, cortando a bola para o outro lado. Ponto.


  Olhei para ela por míseros segundos, mas foi como se estivesse dormindo: me senti leve de repente, e sem... Mágoas.


  - Não... - respondi, meio zonzo. - Sou só eu mesmo.


  Ela sorriu e assentiu, voltando ao jogo. Charles (que havia saído e eu nem vi), fora substituído por Isy, estava ao meu lado, cortando para lá. Perfeito! O corte passou pelo braço de Tyler mas foi como se estivesse desviado de uma hora para outra.


  Parecia... Bruxaria?


  Não, Bonnie estava amarrando os cardaços, não foi ela.


  Vai ver Tyler deixou mesmo passar.


  Mas eu só acho.


-


  POV. Bella


  Ta, o jogo até que rendeu.


  Jogamos muito! Achamos que íamos ganhar de lavada... Mas quem disse que foi fácil? Admito... O outro time jogou bem, mas éramos melhores!


  Stefan... Bem, esse eu sabia que jogava bem. Fazendo parceria com Julie... Ficava incrível! Jogaram em dupla muito bem.


  Os cortes de Isy eram pavorosos! Acho que só eu conseguia pegar, já que nenhum dos meninos conseguia, até Caroline!


  No fim, o jogo acabou com um ponto de sorte de Jeremy, que lançou lá no fundo e Eliza não conseguiu pegar. 39 para nós, e 38 para eles. É, estávamos no empate antes.


  Todos jogaram, até a PuTânia eu achava que mais ia fugir do que jogar! No fim todos jogaram muito bem.


  No vestiário foi até que normal, todas se trocaram, e logo estávamos indo em direção a nossa próxima aula, a última do dia: Física Quântica.


  Por incrível que pareça, todos estavam naquela aula. Quando digo todos, eram todos MESMO!!!


  Tipo: eu, Matt, Stefan e Elena, Caroline e Tyler, Jeremy e Bonnie, Isy e Julie.


  Logo depois vieram os outros: os Cullens.


  Emm e Rose sentaram - se perto da gente. Alice e Jasper se sentaram no meio, Edward e PuTânia logo atrás, perto de nós. A loira mais agarrava no braço do Cullen do que sentava. Credo!


  O resto, bem... O resto era bem pouco. A maioria estava cansada por causa do jogo, e admito: também estava. Só os "sobrenaturalmente" inteiros estavam fingindo cansaço. Eu estava pingando de sono.


  Tanto que acabei cochilando na aula da Professora, e nem vi o tempo passar.


  {...}


  - Bella. Bella. Bells, anda, acorda! - alguém me chaqualhava.


  - Pera aí - opa, conhecia essa voz de algum lugar...


  Fui jogada para cima e fui girada, e girada, e girada...


  - PARA, EMMETT!!! EU VOU PASSAR MAL, SEU ARMÁRIO AMBULANTE!!! - ele parou e me colocou no chão, me olhando triste. - Nunca mais faça isso, entendeu?


  - Ta - ele respondeu, de bico ainda. Fui e o abracei, vendo ele ficar felizd e novo.


  - Você dorme feito uma rocha, Bella. Estamos te chamando já faz uns cinco minutos! - Lena dramatizou, fazendo - nos rir.


  - Não é para tanto - respondi.


  - Ahã - fizeram, todos juntos. Caímos na risada.


  Quando estávamos saindo, eis que me surge alguém tapando minha visão. Já disse que isso me incomoda? Não? É porque não incomoda mesmo, só me assusta.


  - Adivinha quem é? - a voz rouca e sexy sussurrou no meu ouvido, em fazendo arrepiar a morder os lábios.


  - Hum... O Lobo Mau? - sei, exagerei, mas se era para brincar...


  - Hum... Se eu sou o Lobo Mau, você é a Chapeuzinho Vermelho indefesa, certo? - balancei a cabeça, confirmando. - Então eu vou poder te devorar, não é mesmo? - fui virada para frente, encontrando dois lindos olhos azuis profundos, que queimavam de desejo.


  - Hum... Vai depender muito. Será prazeroso? - mordi seu pescoço, fazendo ele gemer baixo.


  - Não devia provocar o Lobo Mau, Chapeuzinho... - ronrronou Damon no meu pescoço, me arrepiando. - Mas respondendo sua pergunta... Sim, será tão prazeroso que você não esquecerá nunca, jamais...


  - Hum... Idéia tentadora - disse, selando nossos lábios num beijo quente.


  - Urgh! Vão arrumar um quarto, vão! - Ty falou, entrando no carro com Carol, e já saindo. Bufamos.


  - Pra casa? - Damon perguntou, entrelaçando nossos dedos.


  - Pra sua ou pra minha?


  - Pra minha. Barbie COM CERTEZA vai para a dela com o Lobo dela, meu querido irmão vai para a de Elena, o pirralho vai para a casa das bruxas com a Bruxinha, e o Matt... Sei lá para onde vai.


  - A ta - concordei, lhe dando um selinho.


  - Tchau, Bells. Nos vemos amanhã! - Rose falou, acenando perto do seu carro com Emm, onde todos os Cullens nos encarava, principalmente Edward, que não parava de olhar para a mão de Damon na minha cintura, possessiva.


  Acenei de volta e entrei no meu carro, seguida por Damon.


  - Veio correndo? - perguntei. Ele assentiu, já mexendo no rádio. - Caçou?


  - Ca... cei - falou, em dando um sorriso misterioso. Bati em seu braço. - Au! Não fiz nada demais, sério. Tomei bolsa de sangue. Feliz?


  - Muito - disse, dando partida no carro.


  Ele colocou The Reason, Hoosbastank. Ficou tocando até eu parar no semáforo, quando ele perguntou:


  - E Isabelly? Vai para a casa de Elena?


  - Não - respondi. - Ela disse que vai morar com a amiga dela aqui em Mystic Falls, num lugar onde os pais da garota compraram.


  - Hum... Qual o nome dela? - perguntou, ainda fuçando no radio.


  - Julie. O nome dela é Julie D'Ângelo -  o sinal ficou verde e eu sai, deslizando pelo asfalto com o meu bebê.


  - Eu ainda acho que a conheço - falou Damon, me encarando. - Sei lá... Ela me parece muito familiar. Sem contar que ela me lembra á alguém, então...


  - Quem ela te lembra? - perguntei, já estacionando na frente da Pensão.


  - Não sei. Só sei que me lembra alguém de quem eu não esqueceria tão fácil - falou, saindo do carro, e logo já abrindo a porta para mim.


  - Cavalheiro - disse. Ele sorriu: seu sorriso exibido.


  - Eu sei.


  Rimos e entramos na Pensão, que estava em completo silêncio.


  Estava, pois meu estômago roncou tão alto que eu não pude deixar de rir. Damon praticamente gargalhou.


  - Coitado do bicho, Bella. Ela não te alimenta não, Estômago? - colocou a mão por cima da barriga. E como se fosse para afirmar, ele roncou, mais alto.


  - A culpa não é minha. Ele que tem fome toda hora! - disse, tentando em defender.


  - Bem, já que é assim... Vou fazer minha deliciosa macarronada, com molho á bolonhesa, com uma pitada de um ingrediente secreto meu - ele disse, piscando um olho para mim.


  - Ó meu Deus... Vou ser intoxicada! - ele fez cara feia.


  - Você não vai falar isso depois de experimentá - la. Vai até pedir Bis! - ri.


  - Então tabom, Chefe Damon. O que eu devo fazer? - perguntei, largando minha mochila no canto da cozinha e me sentando na banqueta.


  - Nada. Só veja e aprenda o mestre cozinhar - disse, se gabando.


  - Exibido - disse, o puxando pela jaqueta e o beijando.


  - Que te ama muito - ele sussurrou quando respiramos.


  - Eu te amo muito mais.


  E assim passamos o almoço, brincando, nso beijando, cozinhando...


  Poderia parecer algo muito clichê, se referindo á nós.


  Mas era assim que a gente se amava: sem escrúpulos.


-


  POV. Observador


  O Sol estava á pino ao meio dia, as crianças resolveram sair para brincar, tomar sorvete...


  Os adolescentes, os casais, brincavam e se amavam embaixo das sombras das árvores, só aproveitando a tarde.


  Tudo estava perfeito.


  Para eles.


  O caos havia se diminuído ao canto beeeem mais ao norte de Mystic Falls, em meio ás florestas. Um casarão, bem antigo, estava lá. Diziam que era assombrado, e até hoje não se sabe.


  Mas hoje, era usado como um lugar especial...


  {...}


  A porta do casarão foi aberta com um rangido insurdecedor, e todo o cheiro de mofo foi jogado porta afora, engolindo a pessoa que havia entrado ali. Seus passos ecoavam no chão roído pelos cupins, mas isso não intimidava aquela garota.


  Garota? Bem... Ela não poderia ser chamada assim, apesar de sua aparência inocente. Ela exalava sensualidade, poder, e muita, muita autoridade.


  E tinha um propósito para aquele lugar. E todas as contas seriam acertadas naquele dia. Vinte anos de traição e problemas seriam vingados e revogados.


  Outra porta foi aberta, dessa vez, com um estrondo. Uma unica luz de uma lâmpada saía por cima da mesa, mas era bem fraca, dando ao ambiente um lugar ainda mais terrível, mas isso não a abalava.


  O que a interessava estava ali, amarrada á cadeira de ferro batido no chão, com cordas encharcadas de verbena. Sua cabeça pendia na frente do peito.


  A visão era deprimente e aterrorizante, mas isso não devia ser pendido na balança, já que suas atitudes justificavam os atos de agora.


  - Tire aquilo da boca dela - mandou a mulher, apontando para o corpo jogado na cadeira. Um vampiro se aproximou e retirou cuidadosamente o trapo com verbena do rosto da vampira, e saiu, deixando - as sozinha por completo.


  A mulher deu a volta na mesa e parou na frente da vampira amarrada.


  "Tã fraca... Ridícula. Como pude confiar numa coisa dessas?" - esses eram os pensamentos dentro da mente dela, que balançava a cabeça, inconformada.


  Aos poucos, a vampira foi redobrando a consciência, mas isso não a impediu de gritar de dor com a verbena machucando todo seu corpo. A mulher sorriu, se deleitando com a dor da vampira.


  Pegou em seu queixo com a ponta dos dedos e ergueu a cabeça, fitando aqueles olhos em que, um dia, passaram uma confiança falsa.


  - Pensei... Que só me mataria - a voz da vampira era fraca, mas ainda continha traços de divertimento. A mulher apertou o aperto em seu queixo.


  - Temos contas a acertar... E você me dirá tudo, Isobel. Tudo o que sabe.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram do cap?
Olha, gente... Perdão pelo atraso. Nem atraso foi, foi uma tremenda mancada. Eu terminei o cap agorinha pouco, e espero que vocês comentem e recomendem, porque...
Bem, sei lá! Minha criatividade mandou eu me fud*r e me virar sozinha, razão pela qual eu demorei a postar. Mas também porque eu fiquei muito desanimada, já que quase ninguém comentou e recomendou nos últimos caps.
Qual é, gente! Sabe, via de mão dupla? Então... Se quiserem caps novinhos em folhas, e saber TUDO o que está vindo por aí, tem que, no mínimo, comentar, né?
Não vou deixar de postar, nunca, jamais por causa disso, gente. Eu amo escrever e ler, só que as vezes... Bate desanimo, sabe? Enfim...
Obrigada á todos que comentam, amei todos os reviews do último cap. Obrigada também as recomendações, amei de montão todas elas!
E gente... Não percam o próximo cap. Vai falar sobre essa "mulher" misteriosa e Isobel.
Eu tô muito ansiosa para escrever... Vai ter tanta coisa!
Não percam, sério. Umas já acertaram na lata um dos mistérios da Fic. Outras... Bem, outras precisam ler para crer! *-*
Beijão á todos, e tenham uma ótima noite! :D