As Aventuras De Adria escrita por Yume no hantaa


Capítulo 5
A anfitriã


Notas iniciais do capítulo

Gente, passando rapinho para me desculpar pela demora...
Essas semanas estão meio corridas, estou cheia de trabalho da faculdade, prova, etc...
Mas em fim... Demorei, mas cheguei xD



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Já havia se passado muitos dias desde o ultimo ocorrido, e hoje, nascia mais um sonolento e calmo amanhecer na floresta, as meninas nunca tiveram tão felizes, olhavam o verde resplandecente e a úmida brisa da manha, nem se lembravam de seus velhos temores sobre demônios e bruxas, a única história que poderiam se recordar era de terem visto um pequeno e maravilhoso anjo.

A vida nunca pareceu tão bela, porém, não só de beleza o ser humano sobrevive, elas estavam famintas, a comida havia acabado, não sabiam pescar ou caçar e não haviam encontrado nenhum legume ou fruta, afinal... Não é todo dia que se encontra uma plantação de batata no meio de uma floresta velha esquecida pelos deuses. Talvez pelos deuses sim, mas em momento algum aquelas duas estiveram sós, simplesmente não sabiam disso.

- Dri, é impressão ou isso é cheiro de torradas com manteiga derretida?

- Isso chama fome = delírio!

- Não, é serio, repara...

Por alguns minutos elas permaneceram paradas sentindo os odores da floresta.

- Lih, isso tem cheiro doce... Como o da parreira de minha casa... Posso até sentir o sabor do vinho gelado descendo em minha garganta.

- E as uvas fresquinhas, colhidas na hora... hummm....

- Também tem cheiro de bolo de laranja, quentinho, saído do forno...

- Aiai... Que fome Adria....

- Alguém deve morar por aqui!!

- Serio gênio? Descobriu sozinha ou precisou de ajuda?

- Vamos procurar de onde vem o cheiro, ele esta me matando e minha barriga já esta roncando de fome!

As meninas seguiram para oeste, onde a as arvores eram mais fechadas, porém o cheiro era deliciosamente mais forte, seguiram em frente por alguns minutos, sempre conversando sobre os novos cheiros que elas conseguiam sentir, quanto mais forte o cheiro ficava, mais a fome apertava.

- Lilah... Olha isso!!!

Estagnadas por alguns segundos, ambas viram uma clareira a poucos metros de distancia, iluminada pelo sol, e no centro, havia uma mesa majestosa de carvalho que seguia por quilômetros a frente, tantos que não podiam enxergar o fim, ela era cercada por inúmeras cadeiras, com uma toalha tão branca quanto as nuvens do céu e em cima dela, organizado como se fosse para uma rainha, estava um banquete. Sorrindo, correram em direção a grande mesa, lá podiam ver bolos de todos os tipos e cores, doces coloridos e cheios de enfeites, cup cakes, quindins, chocolate, musses, pavês, vinhos espalhados por toda a mesa, licores, jarras de sucos de todas as cores, água gelada, também tinha ovos, bacon, torradas amanteigadas, frios, tantas frutas diferentes que metade delas, nunca haviam visto na vida, tinha maças, uvas, peras e quanto mais olhavam mais a gula aumentava e a barriga reclamava, a mesa estava cheia de candelabros, porcelana fina, talheres de prata e taças de cristal, e em cima de um prato, o primeiro prato do começo da mesa, estava um bilhete, escrito a mão em dourado, as seguintes palavras:

“Para as eternas almas perdidas.

                     De sua gentil anfitriã.”

-Lilah, melhor agente dar o fora daqui... Isso me parece meio suspeito.

-Larga de ser boba, não tem ninguém aqui!

-Exato! Não tem ninguém aqui... E a comida? Da onde apareceu? E porque esse negócio esta falando de “eternas almas perdidas”? Melhor sairmos daqui bem rápido!

- Deve ter sido seu anjo que nos mandou, porque sabia que estávamos famintas! Para de ser paranóica, vamos comer e ir embora...

-Lembra de uma história que diz que na terra das fadas não devemos aceitar alimento algum ou seremos sujeitos a viver eternamente la?

- Só tem um erro na sua teoria Adria... Não tem nenhuma fada aqui tem?

- Eu não sei... Só sei que não vou comer nada e você também não devia! Por favor, vamos embora.

-Não posso, estou com tanta fome...

E sem pensar por mais nenhum segundo, Lilah atacou as torradas e começou a comer compulsivamente, uma atraz da outra, seguindo para os bolos, sentou-se à mesa e encheu sua taça do vinho mais próximo e encheu o prato de doces, frutas, pães, ela comia sem parar, comia mais do que já havia comido em toda sua vida e quanto mais ela comia, mais comida pegava para comer. Sem ao menos olhar para Adria, Lilah comia e comia e comia, Adria estava apavorada, nunca havia visto ninguém comer assim, tentando tirar a amiga do transe, a chacoalhou e chamou pelo seu nome.

- LILAH DUMPTYN! PARE COM ISSO AGORA!

Como num estalo, Lilah olhou para Adria, seus olhos estavam vermelhos como sangue, seu rosto estava inchado e lagrimas escorriam pelos seus olhos sem parar, ela rosnou para Adria como um animal e com um voz estranha e a boca cheia de comida disse como um rosnado.

- Fuja!

E voltou a sua atenção a comida, seu corpo estava entrando em colapso, não agüentava tanta comida assim, Adria com lagrimas nos olhos, abraçou a amiga e beijou seu pescoço, sussurrando em seu ouvido.

- Meu amor, eu prometo que voltarei por ti, vou te salvar, ouviu?

Como um animal raivoso, Lilah empurrou Adria e mais uma vez tentou proferir as palavras

- FUUuuuu....Haa... Ajaa... cof cof

Cochichando mais uma vez em seu ouvido Adria disse

- Eu te amo Lilah.

E assim correu, correu muito rápido, correu com toda força que ainda restava, correu até estar de volta em seu caminho. Adria chorava como nunca, seu coração doía e podia sentir um nó em sua garganta, duvidas surgiam em sua mente “Como irei seguir sem ela? O que será de Lilah? O que eu faço agora? Como vou salva-la? Quem ira acreditar em mim se eu contar? E agora, o que eu faço?”.


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