As Aventuras De Adria escrita por Yume no hantaa


Capítulo 11
Durante e após o primeiro treino


Notas iniciais do capítulo

Bom... Só de compensação, dessa vez escrevi um montão *-*
~Le nota importante no fim da história~



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Adria encontrou Damow no lugar combinado, ele estava sem camisa, era magro, mas tinha os músculos definidos, em seu peito não havia um único pelo se quer, olhando para ela, Damow comandou.

– Me siga.

Fazendo isso ele a levou ao lado de fora, contornando a casa onde como Adria reparou havia um riacho, e um espaço relativamente grande entre ele a casa, no chão demarcado com pedras, havia um grande retângulo, onde ao que parecia, seria o lugar dos treinos.

– Vamos para o centro do local marcado. Isso, agora se sente a minha frente, com as pernas cruzadas e o bastão no colo. Bom, agora quero que você feche os olhos e me responda exatamente o que eu perguntar, certo?

–Sim.

– O que você esta vendo?

– Estou de olhos fechados, o que você espera que eu veja?

– Não sou seu amigo, então me chame de senhor e tenha respeito criança humana. Agora me responda com educação. O que você esta vendo?

– Vejo tudo em vermelho, acho que por causa do sol, mas não vejo nada, só a cor vermelha.

– Ótimo. Onde eu estou?

– Na minha frente senhor.

– E como você sabe disso?

– Porque eu te vi na minha frente antes de sentar.

– Você esta equivocada, não estou na sua frente. Preste atenção em mim, na minha voz. Onde eu estou Adria?

– Acho que do meu lado direito.

– E como você chegou a essa conclusão?

– Sua voz esta mais clara do meu lado direito.

– Muito bem Adria, pode abrir os olhos e se levantar. Você precisa aguçar sua percepção, mas tem potencial e precisa melhorar seus modos, irei informar a Sany para lhe dar algumas aulas de etiqueta, mas por hora, vamos a nossa primeira lição. Concentração.

– O que você... Quero dizer, o que o senhor quer dizer com isso?

– Sua primeira aula será a de concentração, sem ela você não poderá lutar luta alguma, nem mesmo atirar uma simples flecha numa pedra gigantesca.

– Porque eu iria querer lutar alguma luta mestre?

– Às vezes, acontecem algumas coisas que não queremos e precisamos estar preparados para lidar com a situação. Estar lhe ensinando a arte da luta, não é de forma alguma para que você use-a em alguma briga, mas para se defender se necessário, aprendendo-a, você estará aprendendo mais sobre o seu próprio corpo, criando resistência, percepção, concentração, postura, paciência, ajudara no seu comportamento e mudara o jeito que você vê o mundo, pois ira aprender a senti-lo, mais ainda do que podes sentir.

– Quanta coisa... Mas acho que não tenho muita escolha se não aprender... Eu nem sei o que os elfos querem comigo, o que eu estou fazendo aqui, onde esta Sparkle, e o como esta a Lilah, são tantas perguntas e vocês não me respondem nenhuma, estou tão confusa, a 1 mês atraz eu era apenas a filha de camponeses prometida a um velho nojento, e agora estou conversando com um elfo!!

– Bom, acredito que precisas aprender a ter paciência, mas eu posso lhe ajudar com sua amiga Lilah, irei mandar alguns elfos irem buscá-la e traze-la a Meldes, pelo que fui informado, ela esta dormindo, não será difícil, porem não poderemos acordá-la ou isso acarretara em sua morte, quando você estiver pronta pode iniciar uma jornada em busca da cura para ela, a respeito de o que os elfos querem contigo, somente Pawynyn poderá informá-la e acredito que isso levara algum tempo. Agora, chega de devaneios e concentre-se! Quero que você coloque o bastão na sua frente. Segure com as duas mãos. Separe um pouco as pernas. Muito bem, endireite a coluna. Feche os olhos.

...

– O que eu faço agora?

– Fique parada, relaxe os músculos e não se mecha, não fale, concentre-se em ficar imóvel, aprenda a ter domínio sobre seu próprio corpo. Só saia quando eu falar, eu estarei lhe observando. Cada vez que você se mexer o tempo que ficara assim será maior.

Adria tentou ficar imóvel por uns 5min, mas a tarefa dada era mais difícil do que o esperado, ela não ouvia nada, somente as arvores, seu corpo doía, suas pernas queriam dobrar seus olhos piscar, seu rosto coçava, tudo a incomodava. Ela não aguentava mais, quando abriu os olhos se mexeu toda e olhou para Damow que estava parado olhando com severidade.

– Isso é ridículo! Não vou conseguir fazer isso!

– Não mandei você se mexer. Concentre-se! Vamos, mesma posição, pode começar.

– Mestre... Eu fiquei uma meia hora assim, não agüento mais!

– Sua percepção de tempo esta deturpada, você ficou apenas 5min. Ande, pare de reclamações Adria, ou terá uma punição!

Adria fechou os olhos e não se atreveu a abri-los sem a permissão de seu mestre novamente, mas não pode ficar imóvel todo o tempo, algumas vezes  se mexia, ao coçava o nariz ou coisa do tipo, mas voltava e ficava na mesma posição. Ela ficou 30min e se mexeu varias vezes, após 1h mexeu-se menos, e assim sucessivamente, ela ficou em pé por volta de 6hs, até que seu corpo com o extremo cansaço não aguentou e acabou desmaiando, Damow pegou a garota antes que caísse e se machuca-se e a levou para o quarto dela, onde dormiu por umas 8hs seguidas, quando acordou, já era noite, estava sozinha, foi tomar banho, ao terminar,  examinou seu quartinho de roupas, havia muitas e não tinha certeza qual escolher para sair, pegou então um vestido, absolutamente ousado, mas que no momento parecia normal, era marrom, decotado quase até o umbigo, tinha as costas abertas, comprido, porem tinha duas aberturas nas pernas, uma na frente de cada coxa. Assim, saiu do quarto e foi à procura de Damow, olhou o corredor e era absolutamente comprido, com muitas portas e a maioria delas estava aberta, talvez encontra-se o em alguma delas. A porta ao lado da do seu quarto, parecia uma espécie de ateliê para madeira, tinha alguns desenhos e instrumentos estranhos para eles, a próxima estava fechada, Adria chamou Damow, mas não obteve sucesso, em seguida havia uma sala que parecia para pintura, havia varias telas com imagens perfeitas e também tinha alguns cavaletes, tintas, carvões variados, e varias outras coisas, a próxima sala estava vazia, e mais 2 portas fechadas, mais uma vez o chamou e não obteve resposta, então passou por um quarto, talvez o de Damow, muito bem arrumado e bastante diferente do dela, ela não ficou observando-o por muito tempo, imaginou que seria falta de respeito, no próximo quarto, a ultima porta desse lado das escadas, era uma espécie de biblioteca, uma sala enorme, cheia de livros, papiros, tabuas de pedra, todo o tipo de livro de todas as épocas da história humana e élfica, havia livros sem fim, ela reparou que havia alguém sentada em uma poltrona vendo o crepitar do fogo, estava distante e de costas para ela, pode perceber somente a mão do elfo, segurando uma bebida verde, que estava em cima de uma mesinha. Adria logo se alegrou por ter encontrado Damow, entrou na sala e enquanto se aproximava o chamou.

– Mestre Damow, desculpa interromper, é que... Bom... É... Acho meio falta de educação perguntar, mas não queria interromper... Mas acredito que não há mais ninguém para me falar, é que estou com fome e não sei onde posso arrumar comida...

O elfo não o respondeu, deixou o copo em cima da mesa e levantou, olhando confuso para Adria, não era Damow, era um certo elfo loiro que a deixava sem ar no outro dia.

– Ewav, me desculpa, eu não sabia que o senhor também morava aqui, estou à procura do mestre Damow, por favor, não queria lhe incomodar.

Adria estava vermelha novamente, ela sempre ficava vermelha quando o via.

–Acredito que não lhe informaram que eu vivia aqui. Vejo que esta a procura de meu pai, não ira encontrá-lo, ele saiu e não sei quando volta, mas se a senhorita desejar, podemos preparar algo na cozinha, e assim você já fica sabendo onde pode arrumar o que comer.

Adria assentiu com a cabeça, Ewav a guiou pelas escadas abaixo, onde embaixo delas, abriu uma porta e entrou em uma grande cozinha, como o previsto ela era muito diferente das humanas, mas a garota não reparou nisso, ela estava curiosa a respeito de Ewav, ele se movia de um lado para outro pegando ingredientes e fazendo as coisas, sem dar a minima atenção a Adria.

– Quer ajuda?

Sem olhar para ela, Ewav respondeu.

–Não, sente-se, logo terminarei.

Ewav não parecia o príncipe encantado que ela havia imaginado, ele era o oposto, parecia ser arrogante, e suspeitava que fosse um cara que poderia ser mal, talvez até perigoso, mas algo nele a intrigava, seu olhar, seu sorriso malicioso, talvez o que lhe chamasse atenção, fosse o fato de estar gostando do perigo, mas agora, ela estava sozinha com um misterioso elfo, onde seu mestre havia saído e se algo acontecesse, não poderia pedir socorro, mas o que poderia acontecer?



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Notas finais do capítulo

~~Le nota~
Bom... como bônus, vou contar um segredo...
Than than than than than
* (8) musica de suspense*
Quando escrevi o Ewav, tive um muso inspirador, Eric Northman (Alexander Skarsgård) da serie True Blood. A personagem Sookie Stackhouse descreve Eric Northman como um "pedaço de mau caminho", "bonito, radiante, loiro de olhos azuis, alto e de ombros largos, parecendo um galã de capa de livros de romance".
Bom, meu elfo não é um vampiro, mas certamente é muito semelhante em vários aspectos com o Eric.
Acredito que a primeira vista alguns de vocês tenham o imaginado como sendo o arqueiro favorito da saga Senhor dos Anéis, o elfo Lelogas (Orlando Bloom), mas na verdade... O moçinho loiro de olhos azuis, não seja tão bonzinho quanto o imaginado. ;)
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Reviws please.