POV JACOB
Eu corri até a América latina, eu corri até o Brasil. Eu estava em forma de lobo e os meus pensamentos estavam distantes dos da matilha.
Eu me transformei em humano e fui até uma pousada que aprecia estar caindo aos pedaços, eu não me hospedei lá, é que tinha uma floresta então eu entrei e fui até a floresta voltando a me transformar em lobo. Eu me deitei embaixo de uma árvore.
Será que eu exagerei? Vir até o Brasil, por ter levado um não? O não mais doloroso de toda minha vida. Será que Nessie está errada? Eu mal sei sobre mim mesmo, vou saber sobre a Nessie? Eu não tenho previsão para voltar, eu vou ficar aqui até me acalmar até ter certeza de que não vou estraçalhar Nahuel. Eu não poderia magoar minha Nessie assim, apesar de ela ter me magoado, sei que ela não tinha a intenção.
Acordei com o sol nascendo no outro dia eu me transformei em humano e antes que qualquer um acordasse eu mergulhei na piscina eu precisava de uma água gelada. Eu sai da pousada e segui em direção a praia eu caminhei por duas horas até a praia começar a encher, crianças, adultos, garotas, garotas da idade de Nessie, mas nenhuma igual a Nessie.
Uma garota deixou a bola cair perto de mim, eu a juntei.
-Oi. – A garota de cabelos castanhos falou sorrindo. –Creio ser minha bola. – Ela falou em português, mas eu entendi alguma coisa e passei a bola para ela.
- Meu nome é Vanessa, mas pode me chamar de Nessa. – Nessa? É o nome dela. Ela estendeu a mão e eu a apertei.
-Jacob.
-Você é americano! – Ela começou a falar em inglês ao ver meu sotaque.
-Sou.
-De onde você vem?
-Washington, Forks.
-Eu sou daqui mesmo, do Rio de Janeiro. Está em passeio? Posso ser sua guia.
-Eu estou aqui para esquecer alguém.
-Ah! Eu posso ajudar, posso te divertir.
-Que tipo de diversão você está insinuando?
-Cinema, sorvete, nada de mais.
-A tá.
-Aqui no Brasil nem todas são prostitutas, para seu governo.
-Me desculpa, não quis ser grosso, nem ofender.
-Tudo bem. Você joga? – Ela apontou para a bola.
-Vôlei? Não. Jogo futebol, às vezes. Mas prefiro mergulhos.
-Mergulhos?
-É. Pular do penhasco.
-Meu deus!
-Tudo bem eu falando parece estranho, mas onde eu moro é comum.
-Vocês são loucos?
Eu ri com uma risada rouca.
-Não, nó apenas gostamos de adrenalina.
-Estou vendo. Onde está hospedado?
-Em lugar nenhum.
-Vai ficar só hoje?
-Não sei.
-Então porque você não se hospeda?
-Eu prefiro viver na noite e se for para dormir eu acampo.
-Nossa você parece ser bem divertido.
-Nem tanto.
-Quem é a garota?
-O nome dela é Nessie, não quero falar nisso se não se importa.
-Tudo bem, mas ela não deve ser muito esperta por deixar você assim.
-Não, ela é muito inteligente, é avançada. Tem quinze anos e está no ultimo ano de colégio.
-Então o que foi?
-Outro garoto, mas como eu disse não quero falar nisso.
-Tudo bem, desculpa.
-Ok.
-Quer tomar alguma coisa?
-Pode ser.
Ela pegou duas águas de coco e me passou uma.
-Isso é uma bebida típica daqui. –Ela disse. – O que vocês tomam lá?
Dei de ombros.
-Cerveja.
Ela riu.
-Aqui também tem isso.
-Isso me parece bom.
-Quer sair hoje? Tem uma boate bem boa aqui perto.
Dei de ombros.
-Pode ser.
Ela sorriu
-Ótimo!
-Como amigos? – Perguntei antes de iludi-la.
-é claro bobo! Ta pensando o que? Eu tenho namorado tá.
-Foi mal. Como ele é?
-Alto, magro, cabelos loiros, olhos verdes.
-Digo no jeito de ser.
-Possessivo, divertido, mandão, meigo... Pontos altos e baixos.
-Você gosta dele?
-Não acabei de falar que ele é lindo?
-Beleza não é caráter.
-Bem, para mim é. Sua garota não é bonita?
-Infelizmente ela não é minha garota, ma ela é a garota mais lindas que eu já conheci, tem cabelos ruivos e cumpridos que caem em cachos, ela tem profundos olhos cor de chocolate ao leite e seu sorriso, é simplesmente o sorriso mais meigo e perfeito de todo o mundo.
-Você parece gostar muito dela.
-Pena ela não gostar de mim.
-Sinto muito.
-Não é culpa sua.
O celular dela tocou ela olhou e se virou para mim.
-Eu sinto muito tenho que ir. Encontre-me hoje a noite na frente do bar. Beijos.
-Tchau. – Eu disse.