Uma Semana Com Natsu Dragneel escrita por Wenky


Capítulo 6
Capítulo 5: Sexta-feira


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura :D"



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:: Capítulo 5: Sexta-feira ::

Escrito por: Wenky (Andréia)

 

Sexta-feira - 10:00 da manhã – Fairy Tail

Tudo começou com um Natsu frustrado chegando à guilda, seus olhos vasculhavam o local a procura de um certo garoto de cabelos escuros que vivia sem camisa.

— Erza? – se aproximou da mulher de cabelos vermelhos que estava próxima a Mirajane.

— Natsu? Cadê a Lucy?

O garoto de cabelos róseos apenas ignorou a segunda pergunta e foi direto a sua própria pergunta.

— Onde está o desgraçado do Gray?

Erza levantou uma das sobrancelhas.

— O que é isso Natsu?

— Onde ele está? – o mesmo insistiu.

— Eu o vi por aí mais cedo, sente-se e espere. – disse já com algo pulsando em sua testa. Aquela maneira que Natsu estava falando...

— Eu tenho que acertar as contas com ele AGORA! – insistiu, seu tom de voz só ia aumentando.

— EU DISSE ESPERA! – e um forte soco foi direto em sua face. E Erza saiu bufando enquanto Natsu foi parar a alguns metros dela desacordado.

— Natsuuuu. – Happy lamuriou olhando para o amigo.

Não demorou muito tempo para que Gray chegasse a guilda, com sua mania constante de nudez e seu andar despojado. Natsu rapidamente se levantou de sua situação deplorável no chão e pulou em seu pescoço.

— GRAY TEME!

Gray rapidamente lhe empurrou.

— NATSU! – e grunhiu de volta.

Logo os dois estavam numa troca de xingamentos que não parecia que ia acabar tão cedo, até que Erza se intrometeu dando uma bofetada em cada um deixando um grande galo na cabeça de ambos que logo pararam com a briga e a olharam chorosos enquanto caíam no chão.

— Vocês sabem, sem essa coisa idiota na minha frente. – disse. – E você Natsu, o que quer com o Gray?

— É tudo culpa dele! – Natsu apontou um dedo para Gray que ainda rosnava para ele. – Aquela aposta idiota! – o mesmo exclamou.

Erza logo cerrou as sobrancelhas em confusão. Do que Natsu estava falando? Por que ele estava tão transtornado e culpando Gray daquela maneira? E Lucy? Onde estava ela?

— Nada disso teria acontecido se não fosse aquela aposta! – disse choramingando.

— Natsu... O que aconteceu? E fala direito, sem ofender o Gray! – Erza declarou.

— A Lucy despejou a gente. – Happy choramingou.

— Lucy? Por que ela fez isso? – Erza indagou confusa.

— Por culpa do Natsu! – Happy apontou para o garoto. – Ele colocou fogo na cozinha toda e quando ela acordou tomou um susto tão grande que saiu pegando água e jogando em tudo e depois quando finalmente conseguiu apagar ela estava com uma cara horrível... EU FIQUEI COM MEDO ERZA! – O gato estava choramingando ao se relembrar do ocorrido, fora que falava todas as palavras se embolando. – E depois... E depois, ela nos expulsou! – agora ele estava chorando de verdade.

— Hah! Então não tem nada ver com a aposta ser idiota, você que é um idiota, Natsu! – Gray zombou dando risada. – Tsc, nem uma aposta você consegue pagar direito. Não durou nem uma semana no apartamento da Lucy!

Natsu já ia se levantar para lhe dar um soco em Gray quando Erza lhe segurou.

— Como você conseguiu fazer isso Natsu?

— Não vê? Ele é um desastrado...

— Cala a boca, Gray! – Erza já poderia sentir uma irritação crescendo dentro de si, a qual foi muito bem explicitada em seu tom, e Gray sem pensar duas vezes lhe obedeceu.

— Eu estava preparando um café da manhã para ela... Você sabe... Ela está doente... – ele disse coçando a cabeça. – Mas parece que desde então, eu só consegui fazer desastres. A Lucy está realmente chateada comigo. – completou cabisbaixo.

— Gray! – Erza começou com um tom imponente. – Creio que é a sua vez nessa história toda, eu fiz a minha parte. – declarou saindo. – Dê ao Natsu bons conselhos. – deu uma piscadela e voltou para perto de Mirajane continuar com sua conversa.

Gray olhou para o amigo de lado, sua expressão cabisbaixa tinha tomado um tom desconfiado.

— Ei! Erza! Eu não confio no Gray, ele que me colocou nessa aposta... – bufou derrotado, Erza não estava mais o ouvindo.

Ambos se colocaram de pé e Gray colocou um dos braços no pescoço de Natsu e sentou-se numa mesa, o mesmo seguiu seu movimento com uma carranca, enquanto sentava-se do seu lado e prestava atenção no que ele iria falar, de maneira desconfiada.

Aquele Gray...

— Primeiramente, Natsu, você tem que aprender algumas coisas. Por exemplo, não ser desastrado e tão irritante, e também a não sair colocando fogo em tudo como um idiota! – disse com um sorriso.

Natsu já ia levantar um punho quando percebeu que Erza os observava de longe e então ele bufou abaixando o punho e fazendo uma carranca ainda maior.

Aquele Gray desgraçado estava se aproveitando daquilo, sua cara não negava. E sua risada por estar falando tais coisas também, ele estava se divertindo muito as suas custas.

— E o que eu tenho que fazer? – disse com desdém. – Você não é um bom conselheiro Gray. – declarou revirando os olhos.

— Você deve consertar todo esse desastre. E só tem um jeito. – disse com um sorriso divertido no rosto, um brilho nos olhos ainda mais divertido.

Natsu levantou uma sobrancelha.

— Qual jeito?

— Quando ela estiver irritada com você. E você tentar falar com ela e ela não ouvir... Beije-a!

O quê?

Algo dentro de Natsu o fez dar um pulo do banco. Seus olhos se arregalaram com aquilo.

“Beijar... Beijar...”

Suas bochechas ficaram coradas automaticamente.

Beijar?

E beijar Lucy!

Ele... Ele não sabia beijar. Ele não sabia como fazer aquilo. E em que merda aquilo iria ajudar? Provavelmente iria piorar tudo. Lucy ainda iria levar aquilo como um assédio e... Mas que merda Gray tinha na cabeça? Que ideia era aquela?

— Você ficou doido?

— Não. – ele disse com um sorriso convencido. – Ou será que... Você não sabe como fazer isso? – agora ele tinha dado uma risada convencida.

Natsu corou mais ainda.

Ele realmente não sabia... Ele nunca tinha feito aquilo, era de se esperar. E por que beijar Lucy daria em alguma coisa?

Bah!

Gray era um retardado.

— Eu não vou fazer isso. – se levantou.

— Então, ela nunca mais vai falar com você.

A voz dele começou a se repetir.

“Nunca mais vai falar com você.”

“Nunca mais... Vai... Falar com... VOCÊ.”

Agora a voz parecia estar lhe assombrando.

Nunca.

Nunca mais.

— Eu vou dar um jeito nisso.

— Eu já dei um ótimo conselho. – Gray disse. – Mas acho que você está com medo, Natsu.

— Medo de quê? Eu não tenho medo de nada. – disse confiante. Ele havia enfrentado tantas coisas, tantas lutas. Aquele Gray! Tudo era uma provocação idiota e se não fosse Erza ele já teria lhe socado e dito todos os palavrões possíveis, principalmente por lhe constranger numa situação como aquela ao invés de lhe ajudar.

— Ah claro... Só de um beijo... Mas deve ser porque, você sequer sabe como faz...

Natsu corou mais ainda, e dessa vez, evitou olhar para o amigo.

— Não tem problema Natsu. – disse. – Você pode muito bem fazer isso. É tudo uma questão de prática. – declarou com uma piscadela.

— Eu não vou beijar a Lucy! – declarou.

— Bem, você que sabe. Espero que esteja acostumado com a ideia dela nunca mais olhar na sua cara. – e se levantou.

“Nunca mais... Olhar na... MINHA CARA?”

Seus olhos se arregalaram e seu coração acelerou como nunca tinha feito antes. Algo dentro de si se apertou. A ideia de Lucy lhe ignorando para sempre pareceu desesperadora. Ele tinha que fazer algo, qualquer coisa.

E então, logo segurou o braço de Gray se dando por vencido.

— Como eu faço isso? – indagou evitando mostrar seu rosto corado.

— Hoje à noite eu a chamo aqui. – declarou.

O coração de Natsu acelerou.

Seria naquela noite.

— Ela provavelmente vai estar irritada com você. Afinal você é um desastrado irritante e idiota.

— Eu sei. – disse com uma expressão entediada e irritada o mesmo tempo.

Maldito, Gray!

— E então, quando ela estiver assim, beije-a. – disse então, se afastando. – É apenas isso.

E havia uma sentença naquilo.

Ele beijaria Lucy naquela noite. Mas, como ele a beijaria? Como?

Suas mãos começaram a suar, e seu coração já começava a ficar acelerado. Nunca havia tido aquelas sensações, aquelas coisas estranhas, principalmente, aquele formigamento constante no estômago. Ele decidiu denominar que aquele sentimento estranho era um medo forte dentro de si, um medo de que se ele não fizesse nada, Lucy iria o ignorar para sempre. De que iria a perder para sempre.

21:00 horas – Fairy Tail

Lucy literalmente estava quebrada, e com o apartamento em um grande prejuízo, o qual ela ainda não sabia como iria dar conta de pagar, considerando que morava num apartamento alugado e que a destruição na cozinha estava tão grande, que logo que a dona do local visse lhe mataria ou lhe despejaria na melhor das hipóteses.

Mais cedo ela havia ficado com tanta raiva depois do ocorrido que não se dera conta de que suas palavras haviam sido bem cruéis com Natsu. Mas ele havia lhe irritado. Ele sempre lhe irritava... E a pensar que ontem mesmo ela estava pensando que gostava mais quando ele lhe irritava.

Naquele momento, sentia-se como se não houvesse muito que pensar. Uma vez ela sentia algo se apertar dentro de si, bem no peito, uma ideia de que havia deixado Natsu realmente chateado e que desde aquele horário, ela não o tinha o visto. Começou a considerar que talvez ele estivesse tão chateado com ela que sequer desejasse lhe ver de novo, e isso soou desesperador. E aquela coisa que se apertava dentro de si, começou a se apertar mais ainda.

Sua atenção foi tomada pela voz de Gray que lhe chamava enquanto batia na porta. E a mesma logo foi atender, sua aparência deveria estar horrível de cansada e também de abatida.

— Lucy! Você tem que ir à Fairy Tail. – o mesmo declarou.

— O que tem lá? Eu sei que tem um tempo que eu não apareço...

— Por isso mesmo! A Erza quer conversar sobre algo e... Cadê o Natsu? – indagou dando uma de desentendido com os olhos varrendo o apartamento.

— Ele... Ele... – Lucy começou, mas parou. – Não sei. – mentiu.

— Bem, vista algo e venha.

— Eu não estou muito afim de sair de casa... – Lucy lamuriou, realmente, não estava.

Sentia-se triste de alguma maneira, nada que lhe motivasse a sair de casa. Fora que, assim como tinha medo de que Natsu não lhe olhasse mais, ela também não se sentia preparada para vê-lo.

— Você tem que vir. – Gray disse com os olhos sérios. – É muito importante. Erza me disse que você necessariamente tem que ir.

Aquela foi uma jogada de mestre, ele sabia que mencionando Erza Lucy iria sem dúvidas.

— Ok. – a loira concordou adentrando o apartamento e colocando algo para poder sair de casa.

Natsu se encontrava sentado em um dos bancos com Happy do lado, estranhamente, Happy se encontrava em silêncio. Ele pensou que o mesmo diria algo como “Você gosssssssta dela.” Como é de seu costume, mas ele não o fez. Talvez estivesse esperando mesmo o momento apropriado.

Ele bufou.

Suas mãos estavam suando e ele nunca havia ficado tão quieto em sua vida, sentado em seu canto, estático olhando para a porta de entrada. Esperando a chegada de Lucy.

Os outros membros certamente deviam ter percebido, mas não falaram nada. E quando Lucy finalmente chegou, uma corrente elétrica correu por todo seu corpo.

Afirmações de que ela nunca mais iria falar com ele se repetiram em sua mente. As palavras dela de manhã lhe mandando sair do apartamento mais ainda. E as palavras de Gray quase martelavam. E a imagem dela.

Da Lucy.

Da sua amiga Lucy. Da sua amiga que agora sentia raiva dele.

E que ele pretendia beijar. Como ele iria beijar Lucy?

Olhou-a rapidamente e logo abaixou o olhar, já corado. Ele sentiu que nem iria conseguir falar com ela.

— Natsu? – uma voz feminina apareceu, uma mão em seu ombro. Ele gelou. – Tem alguma coisa acontecendo? – a voz indagou.

Ele logo se virou para olhar para a dona dela.

— Érrr... Cana. – sorriu quase aliviado.

A mulher lhe olhou pelo canto dos olhos, desconfiada.

— Você parece nervoso com algo. – ela disse notando a diferença do amigo.

Nervoso.

Ele estava de fato nervoso.

— O que eu poderia fazer em relação a isso? – ele indagou. As mãos ainda suando.

Ela deu um sorriso.

— Eu não sei por que você está assim, mas, para qualquer caso... Beba! – disse pegando seu barril de bebida que sempre carregava e dando um sorriso.

Natsu lhe olhou confuso. Ouvira dizer que aquilo deixava as pessoas mais relaxadas. Em momento nenhum da sua vida ele chegou a pensar que se sentiria assim, mas naquele momento, ele precisava ficar mais relaxado. Então, talvez, fosse isso mesmo que deveria fazer.

Ele iria... Beber!

:: Continua ::

 

 


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Notas finais do capítulo

Olá vcss :D'
Bem, aqui está mais um capítulo. E esse é o que eu mais estou confusa, porque finalmente farei algo em relação ao Natsu, as atitudes dele ó.o'
Bem, agradecendo a todo mundo que veio comentando e peço mais uma vez a opinião de vcs nos reviews :D"
Bjsss e até o próximo :3