Uma Semana Com Natsu Dragneel escrita por Wenky


Capítulo 5
Capítulo 4: Quinta-feira


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :D"



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:: Capítulo 4: Quinta-feira ::

Escrito por: Wenky (Andréia)

 

Tudo começou de fato na quarta-feira a noite quando Lucy ainda estava queimando de febre e Natsu havia decidido finalmente o que iria fazer. Ele havia tentado se lembrar de quais tipos de cuidados ele recebia quando pegava uma febre e então, se lembrou de que era aconselhável colocar um pano molhado na testa para abaixar a temperatura e assim o fez, mas isso não era o suficiente, ele precisava de algo, de um remédio que abaixasse a febre.

Ele não podia usar magia, podia?

Ah droga! Ele não sabia nada de acordo com a magia que pudesse de fato ajudar. Ele era um Dragon Slayer do fogo! No que isso poderia ajudar? Bufou. Ele queria realmente saber algum tipo de magia que desse um jeito nisso, talvez magia medicinal... Se ele nesse momento pudesse ser como a Wendy. Isso! Wendy! Ele poderia a chamar, mas logo se lembrou que ela havia saído numa pequena missão. Droga! Ele teria que fazer isso por si mesmo.

— Natsuuuuuu. A temperatura da Lucy não abaixa! – Happy exclamou, o gato parecia de fato preocupado. – E ela está reclamando ainda de dor de garganta. – completou.

Natsu arregalou levemente os olhos.

“Já sei!”

Ele sabia um remédio infalível para isso! Na verdade era um chá, e fazia de fato bem para a garganta. Apesar de não ser muito agradável... Mas Lucy estava doente e situações desesperadoras necessitavam de medidas desesperadas.

Ele faria o chá.

— Você teve alguma ideia, Natsu?

Ele assentiu com um enorme sorriso e logo correu para cozinha. Pegou alguns dentes de alho e os socou, logo os misturando com água.

— Natsu? – Happy levantou uma sobrancelha, confuso. – Tem certeza que você vai dar isso para a Lucy?

— Claro! – o rosado assentiu.

Happy fez um careta.

“Mas que merda Natsu pensava?”

— Vamos! Ela vai ficar melhor com isso!

Os dois foram em direção quarto da loira, entraram cuidadosos, ela poderia estar dormindo afinal. Mas ela estava acordada, tinha um rosto cansado, e parecia realmente abatida com a febre.

Natsu deu alguns passos em direção à cama, tinha um sorriso maroto no rosto e suas bochechas estavam levemente coradas. E logo se pôs de joelho para falar com ela.

— N-Natsu?! – ele tinha uma expressão tão diferente.

Era estranho um Natsu assim.

E ele logo disse algo:

— Eu tenho algo que vai fazer você melhorar.

O rosto de Lucy demonstrou uma expressão confusa. Deu graças a Deus que estava já vermelha por conta da alta temperatura de seu corpo e então o rubor sairia despercebido.

Mas, por que isso agora?

Por que desde um tempo para cá ela sempre ficava desse jeito quando Natsu chegava perto?

Ele era para ser irritante e não, e não... apaixonante!

Ahh, droga!

— O-o que é? – ela sentiu sua voz falha, sua garganta estava seca. E ela engoliu algo na tentativa frustrada de fazer com que sua voz melhorasse.

— Isso! – o garoto respondeu com um enorme sorriso levantando o copo.

— O que seria isso? – sua voz saiu mais clara.

— Beba! – ele disse logo levantando o copo para a boca de Lucy.

— Natsu...?

— Isso vai fazer você ficar melhor, eu garanto. – ele sorriu. E Lucy observou o sorriso dele, ele tinha um sorriso bonito, ele sorria de verdade. E ela começou a pensar em como foi se familiarizar com ele, em grande parte por causa de seu sorriso.

— Beba! – foi retirada rapidamente de seus pensamentos com a voz do mesmo.

A loira pegou o copo, desconfiada.

Mas ela sabia que o amigo estava fazendo o que podia, e então, talvez fosse melhor ela beber. Assim que chegou perto, seu nariz que estava entupido não lhe permitiu sentir o cheiro, mas logo que colocou um gole na boca, foi o suficiente para cuspi-lo fora na mesma hora.

Era alho!

Mas por que diabos Natsu estava lhe dando alho?

Como aquilo iria ajudar em alguma coisa?

Os olhos dele pareciam confusos.

— Por que você está me dando alho? – ela parecia levemente irritada. – Isso não é horrível, Natsu! – exclamou bufando. Mas Natsu a olhou de um jeito que nunca havia olhado antes. Ele parecia decepcionado

— Acho que não vai ajudar mesmo, não é? – disse cabisbaixo.

Algo dentro dela se apertou ao perceber o que havia dito. Ela estava sendo de fato cruel. Ele estava tentando ajudar, mesmo que seja com aquela coisa horrível.

Lentamente ele se retirou da posição que estava, em joelhos, e começou a se levantar. Estava cabisbaixo. Ele queria mesmo fazer algo que ajudasse, e aquilo parecia ser algo, mas acabou que não era.

Ah... Droga!

Por que será que ele não podia ajudar uma amiga numa situação dessas? E parece que a mistura estava realmente insuportável, pela expressão de Lucy e pela sua reação.

Ah, mas que droga! Agora Natsu estava adquirindo esse poder de deixá-la sempre se sentindo culpada?

Bufou se deitando na cama, resistiu ao seu impulso de fazê-lo voltar assim que ele já estava saindo cabisbaixo. Ela sabia que ficaria se sentindo mal por isso um longo tempo.

Ah... Droga, Natsu.

Suspirou se virando de lado, em meio a seus pensamentos de agora, e aos seus pensamentos anteriores ela se pegou numa conclusão assustadora: Natsu estava sempre de alguma maneira em seus pensamentos quando ela se virava para dormir. Ele estava lá, lhe atormentando. E ela não poderia o tirar de lá, e agora, ela não poderia retirar o sentimento de consciência pesada.

Ahhh, ela só desejava dormir livremente depois disso. Mas parecia que essa convivência constante havia mudado muita coisa.

“Droga.”

—//-//-//-

— Ohayou, Lucy!

Uma voz conhecida.

— Lucy?

— Ahn... – seus olhos abriram levemente, ela os coçou se sentindo incomodada pela claridade e para poder identificar a figura parada na sua frente lhe chamando. – Erza... – murmurou. Sua voz estava mais rouca e mais baixa que o normal.

— Natsu me falou que você estava mal. Ele pareceu relutante em me contar a início quando perguntei por onde você tinha andado, mas depois me falou. – lhe explicou, Lucy assentiu brevemente se sentando. – Ele parecia realmente preocupado. Me disse que não sabia o que fazer com você.

Algo dentro de Lucy se encolheu. E ela se lembrou com uma compreensão arrasadora de sua crueldade na noite passada.

Deu um suspiro.

— Eu trouxe uns remédios Lucy. Um analgésico para melhorar as dores no corpo que a febre trás e também um catafran para sua garganta. Tome os dois de oito em oito horas. – disse deixando os remédios na cabeceira próxima a ela. – Qualquer coisa eu pedi Natsu para lembrar, ele me prometeu que faria isso, até porque, depois de um tempo ele se demonstrou totalmente desesperado pela minha ajuda.

Lucy assentiu, estava cabisbaixa.

— Aliás, eu nunca vi o Natsu tão dedicado. – Erza completou.

E parecia que algo havia a atingido fortemente, as palavras de Erza contribuíram ainda mais para ela sentir sua consciência pesada.

— Ahhh, e lembre-se de antes de tomar o remédio ir comer algo. Você precisa levantar da cama. – decretou. – Eu vou indo para a Fairy Tail, estamos todos esperando sua melhora. – deu uma piscadela e saiu do quarto de Lucy.

E a loira começou a analisar a visita de Erza e seus comentários, todos eles pareciam alguma indireta em relação à Natsu. Era claro que ela pretendia ajudar, afinal, lhe deixou os remédios necessários. Mas ao mesmo tempo, ela insistia em falar de Natsu indiretamente, como se soubesse de algo que Lucy devesse concertar. Ou talvez nem fosse isso, apenas fosse sua mente lhe culpando mil vezes.

Ah, ótimo! Parecia que Lucy Heartfilia estava cada dia em mais confusão. Suspirou com essa conclusão e logo levantou-se da cama lentamente indo em direção a cozinha, seus instintos ao mesmo tempo que lhe indicavam que deveria comer algo, pois fato estava faminta, lhe indicavam também que deveria vasculhar a casa em busca de Natsu e Happy, pelo menos enquanto se dirigia até a cozinha. E como não encontrou nada, seu coração começou a bater numa velocidade incrível, desesperado, ansioso.

Ele não foi embora, foi?

Ela havia odiado tanto a ideia de ter de dividir o apartamento com o amigo durante uma semana e agora a ideia dele ter ido embora parecia desesperadora.

Ela gostava da companhia dele. Mesmo que se demonstrasse irritada, ela só estava perturbada. Eram aquelas coisas estranhas que estava sentindo, se repetindo em sua mente milhões de vezes. Aquela sensação de estar dormente quando ele chegava perto, ela só sabia lidar com isso se mostrando altamente histérica, com seu jeito de sempre. Ela só queria parecer natural perto dele.

Ah, mas isso agora não tinha importância nenhuma. Depois do que ela fez, ele provavelmente deve ter ido embora, já que do jeito que ela falou, deu a entender que ele de fato não estava ajudando em nada. Deu um suspiro se sentando na mesa da cozinha, até que ouve um barulho na porta.

— Luuucy?

Era a voz do Natsu!

Rapidamente ela se levantou, um sorriso se formou em seu rosto o iluminando. Afinal, ele estava ali.

— Happy, carrega algumas sacolas! Me ajuda! – resmungava enquanto abria a porta.

— Estou carregando, Natsu! – o gato resmungava também.

— Natsu! – a voz da loira surgiu assim que a figura de cabelos róseos apareceu na porta, era uma voz feliz, ainda que meio rouca.

— Trouxemos coisas para você comer e melhorar logo. – ele disse com um sorriso enquanto deixava uma sacola de pães e outra de queijo em cima da mesa, assim com uma sacola com leite e manteiga.

Lucy deu um sorriso.

Assim que ele colocou a sacola em cima da mesa, ficando com as mãos livres ela se aproximou dele. Levemente, pegou em suas mãos. O garoto de cabelos róseos não pôde evitar o rubor que lhe invadia.

— Natsu... – ela começou, o rosto virado para o lado. – Me desculpe por ontem, eu... Eu não quis passar essa ideia de que você não estava ajudando em nada.

Natsu a olhou por um tempo, se fez um silêncio entre eles. Aquela droga de silêncio que ela odiava.

— Você está me ajudando muito. – ela começou de novo, precisava quebrar o silêncio. – Obrigada. – completou. Deu um sorriso e ela finalmente se permitiu olhar para ele.

Happy parecia observar a cena atentamente Natsu corado, Lucy mais corada que o normal, hora eles se encaravam, hora eles se evitavam. Mas dessa vez ele não fez comentário algum. Apenas ficou observando com um sorriso divertido no rosto.

Natsu libertou uma das mãos e a colocou na cabeça de Lucy levemente.

— Melhore logo. – sorriu, aquele sorriso dele que ela tanto gostava. O sorriso bonito do Natsu, ela não pôde desviar o olhar dessa vez, ela teve que o observar, o admirar, até que ele falou novamente: - Sua voz está muito feia. – completou com uma risada.

“O quê???”

Algo subiu na testa de Lucy demonstrando pura irritação. E se ela não estivesse doente ela iria o esbofetear naquele exato momento.

Natsu idiota! Idiota! IDIOTA!

Logo soltou suas mãos da dele indo em direção à mesa e pegando os pães para comer, bufando e comendo rapidamente.

E logo ela estava se achando tão idiota, cruel, sem coração. Ele vai e fala isso. Imperdoável!

Droga de Natsu, estragando todo o momento romântico e... Espera! Ela pensou romântico?

Oh! Oh meu Deus! Ela iria enlouquecer, de fato, ela iria enlouquecer.

:: Continua ::

 


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Notas finais do capítulo

Oi vcss :D"
Bem, mais um capítulo ^^"
Quero agradecer ao carinho que eu tenho recebido e a recomendação que a Kahhh deixou para mim ♥ muito obrigada, de verdade ♥
Ah e sim, a minha ideia de chá de alho é realmente um trauma, minha mãe fazia isso comigo ~chora~ UAHAUAHAUAHAU Deve ser por isso que eu odeio tanto, ok, me ignorem >.