Uma Semana Com Natsu Dragneel escrita por Wenky


Capítulo 4
Capítulo 3: Quarta-feira


Notas iniciais do capítulo

Yo!! Desculpem-me a demora, aqui vamos. Apreciem!!



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:: Capítulo 3: Quarta-feira ::

Escrito por: Wenky (Andréia)

 

Quarta-feira – 5:30 da manhã – Sala da Lucy

A garota de cabelos loiros se encontrava sentada no parapeito de sua janela. O dia não tinha amanhecido, e pelo estado em que o tempo se encontrava o sol não apareceria.

Mas ela gostava da ideia de um tempo daquela maneira. E por um momento, ficou perdida observando os pingos de chuva preencherem os vidros de sua janela, se perdeu no tom do céu, meio claro e meio escuro e depois, a sua parte inquieta, começou a se perguntar o motivo de ter acordado tão cedo.

Na verdade, ela sequer havia dormido muito bem. Apenas alguns cochilos e às exatas cinco e meia da manhã ela já estava ali, parada em sua janela, observando o tempo, a chuva e pensando no quanto algumas coisas se tornaram desconcertantes. Não num sentido ruim, mas num sentido diferente. Curioso. Era engraçado pensar nisso, que o desconhecido sempre costuma nos assustar.

De fato, o desconhecido pode ser intrigante, mas a dúvida às vezes é extremamente corrosiva. E uma parte dela sentiu medo, sentiu medo do que poderia ser a partir de então, a outra dizia que ela era uma boba, que não havia nada... Mas se realmente não havia, qual era o motivo de estar tão pensativa?

E por que tivera uma terrível noite de sono?

Mais um suspiro e uma última olhada para a janela a sua frente, o dia quase clareando e as nuvens tonalizadas de cinza preenchendo o céu. Cobrindo o sol.

Lucy se manteve ali, e novamente se voltou aos seus pensamentos. Ao seu “medo” atual. Alguma parte dela queria fugir, uma parte dela queria fugir de Natsu e de qualquer contato que fosse sugestivo.

Decidiu se levantar do parapeito da janela, indo bem devagar até o quarto em busca de um casaco, seus olhos correram até Natsu adormecido e fazendo seu barulho habitual. E pararam na cena por alguns minutos, que pareceram bem longos. Happy estava logo ao lado dele, e um pequeno sorriso se formou involuntariamente em seu rosto. E uma pequena interrogação se formou em sua mente: Que tipo de pensamentos ele poderia ter enquanto a assistia dormir também? Será que parecia tão admirável?

De repente sua mente traidora, envolta de tantos vai e vens, voltou ao seu foco principal: de pegar o casaco. Pegou o maior que tinha e o qual havia uma boa toca também e o vestiu, a peça cobriu boa parte de seu corpo e ela julgou que seria perfeito para sair naquela chuva.

Não estava uma tempestade, e nem era de fato uma chuva muito forte, mas por conta do que o tempo mostrava, juntamente do horário que o relógio marcava provavelmente seria melhor se ela se protegesse para não pegar um resfriado.

Logo saiu do quarto cautelosamente, seus amigos estavam num sono tão profundo que provavelmente sequer haviam percebido sua presença. Seus pés também foram cautelosos ao andar pelos cômodos do apartamento e então, colocou o rosto para o lado de fora, um vento frio lhe gelou e alguns respingos de chuva vieram juntos com ele. Suspirou se perguntando o que estava fazendo. Mas ainda assim, continuou.

Sua mente por um breve momento a perguntou que diabos ela estava pensando fugindo de Natsu, mas ela logo balançou a cabeça tirando esses pensamentos e abrindo o guarda-chuva. Afinal de contas, não estava fugindo.

De jeito nenhum.

Era só... privacidade. Isso mesmo! Ela só queria um pouco de privacidade que sabia que não iria encontrar em seu apartamento enquanto ele estivesse sendo dividido.

Assim que conseguiu se ajustar na chuva a loira começou a caminhar, as ruas de Fiore se encontravam praticamente vazias, sequer alguns comerciantes haviam aparecido ainda. O rio juntamente de uma ponte que o cruzava ao olhar de longe dava uma boa sensação, o dia ainda clareando e a chuva que caía ritmada sobre os dois eram agradáveis de se olhar. E então, decidiu por ir até lá, se colocou sentada na ponte tendo os pés pendurados e os olhos fixos no rio.

E aquele tempo que ela ficou ali pareceu curto. Seus olhos estavam tão concentrados, e seus pensamentos tão fixos que nem pôde perceber que o tempo passava e sequer que por conta de seu relaxamento seu guarda chuva estava de lado, e recebia toda a chuva.

— Lucy? – uma voz conhecida a chamou. Os olhos da loira correram para o local de onde vinha o som.

— Ahh... Erza. – deu um sorrisinho.

A mulher de cabelos vermelhos a encarou por um tempo, o tempo suficiente para que a loira percebesse que ela queria perguntar o que estava fazendo ali. E então, antes que o fizesse decidiu ir logo respondendo:

— Eu... Decidi pensar um pouco. – sorriu.

Erza a considerou, se aproximou mais e lhe perguntou seriamente.

Uma pergunta incômoda.

Quase irritante.

Irritantemente incômoda.

— Como está sendo a convivência com Natsu?

Uma sobrancelha de Lucy se levantou, e algum tipo de filme passou rapidamente em sua mente. Todas as vezes que Natsu fez algo errado, todas as vezes que a presença dele foi irritante, e depois, o quão foi constrangedor quando ele parecia fazer algo certo. Algo não barulhento, algo mais cauteloso. Como observar enquanto ela dormia em seu colo.

Algo não Natsu.

Mas ainda assim... Ah...

E seu descuido também fora tão grande, por que ela havia adormecido logo no colo dele e...

— E então?

— Ahnn. – enrolou um pouco antes de dizer e depois completou com uma resposta metade mentirosa: - Meio estressante.

— Imagino que sim. – Erza assentiu. – Mas estar aqui esse horário... É tudo estresse?

Lucy virou o rosto rapidamente. E novamente a tal “memória intrusa” se instalou em seus pensamentos e a fez corar, os olhos de Erza acompanharam a tudo atenciosos e quase que divertidos.

Ela o olhava com uma certeza, uma certeza que incomodava a loira. E as perguntas dela eram ainda mais incômodas.

— Então? É tão difícil assim conviver com Natsu?

— Érrrr, sabe como é. – Lucy deu uma risada, seu estômago revirou levemente. – Me falta privacidade além de tudo.

Erza assentiu.

— Eu deveria lhe desejar boa sorte?

— Já é Quarta feira. – Lucy respondeu.

“Quarta feira”, e estremeceu.

Havia se passado apenas dois dias e parecia que ela estava carregando um turbilhão de confusões. Com apenas dois dias.

Erza deu uma risada e acenou, até que Lucy se manifestou novamente:

— E você, por que estar por aqui tão cedo?

— Gosto de pensar também. – respondeu com um sorriso divertido acenando por fim e se afastou.

Lucy se remexeu naquele pequeno espaço da ponte onde estava sentada. Estava tão incomodada que qualquer posição que se colocasse parecia terrivelmente ruim.

E depois começou a sentir a chuva.

Ela estava encharcada e aquilo que não fazia diferença antes começou a incomodar.

E as palavras de Erza se repetindo.

“Como está sendo a convivência com Natsu?”

Será que não dava para as coisas serem menos incômodas? A loira fez um movimento rápido, quase que um giro para pegar seu guarda chuva e quando pôde perceber ela não estava mais sentada.

Ela estava caindo.

Um grito involuntário saiu da sua boca.

Não poderia ser verdade.

Kami diga que isso não está acontecendo!

Mas de fato estava, e quando deu por si um forte barulho de algo caindo na água, mais especificamente ela caindo na água, se fez.

Definitivamente, ela não poderia ter um começo de dia mais difícil, na verdade, poderia... Mas... Kuso!

A loira praguejou mil vezes mentalmente.

Bufou enquanto se mantinha na superfície do rio e começou a nadar para a borda, teve que fazer um pequeno esforço para se livrar da correnteza e chegar até a borda, na qual chegou levemente ofegante e fez um esforço para se retirar da água. Um vento frio lhe bateu no rosto, seus lábios começaram a tremer fortemente e assumir uma coloração arroxeada. Seus cabelos encharcados, suas roupas no mesmo estado crítico e o frio cada vez maior.

A menina que se encontrava sentada na borda do rio atraiu alguns olhares dos moradores que começavam a sair de suas casas agasalhados e com seus guarda-chuvas.

Lucy se pôs de pé e começou a andar de volta a seu apartamento, e mesmo que atraísse alguns olhares, o frio estivesse lhe matando e seus lábios não pudessem estar mais arroxeados e trêmulos do que estava ela só poderia considerar o fato de que sua fuga havia ido por água a baixo.

Mas... Não havia sido uma fuga...

Tentou convencer a si mesma por breves momentos, logo deixando a tentativa de lado. Havia sido uma fuga. Mas, agora ela já não fazia mais tanta diferença, não era mesmo? Já que ela estava de volta a seu apartamento e ainda numa situação deplorável.

E quase abriu um sorriso por pensar que talvez seu apartamento estivesse ainda mais deplorável do que sua situação. Ao mesmo tempo que essa situação lhe assustou, lhe concedeu um certo conforto. Parecia mais certo, mais fácil de se lidar e compreender, afinal de contas, era a maneira de seus amigos e parte dela preferia assim.

Com passos largos conseguiu chegar rapidamente, seus ouvidos se encheram das vozes de Natsu e Happy assim que ficou perto da porta de entrada.

— O que será que aconteceu com a Lucy? – Happy disse num tom quase beirando preocupação.

— Hm. – Natsu considerou. – Acho que devíamos ir procura-la! Ela está demorando... Será que foi sequestrada de novo? – sua voz soou aflita.

— Não! Então acho melhor deixarmos quieto... – Happy considerou por um tempo.

Os olhos de Natsu se voltaram curiosos para ele.

— É melhor deixarmos ela para lá. – o gato respondeu prontamente. – Você sabe o estrago que o último sequestro dela causou na guilda...

“Gato maldito!”

Lucy pensou logo que ouviu o comentário e logo colocou a mão da maçaneta, seus dedos arroxeados e trêmulos fizeram um pequeno esforço para poder girá-la.

— Natsuuu!!! Será o sequestrador? – o gato correu para atrás do mesmo. – Eu não quero que eles matem a gente... – a voz estava chorosa. – Eles podem ficar só com a Lucy e depois, eu gosto do apartamento dela, pode ficar conosco e...

— Sou eu. – a loira apareceu.

Os olhos de Happy e Natsu ficaram por um bom tempo parados a observando. Seus cabelos grudados no rosto, os lábios arroxeados, as roupas pingando e os olhos cansados.

— Lu-Lucy? – Happy indagou.

— O que aconteceu? – Natsu depois de um tempo que foi pronunciar algo, os olhos ainda perplexos, preocupados.

“Por que ele não simplesmente ri de mim?”

Lucy bufou e demorou um tempo para responder algo por conta de um forte espirro.

— Eu... Caí no rio. – respondeu frustrada.

Happy começou a dar uma pequena risada, que logo se transformaram em gargalhadas e Natsu se juntou ao mesmo. A loira agradeceu mentalmente por isso, ao menos eles pareciam irritantes e ela poderia tomar um banho e tirar as roupas molhadas.

Depois de algum tempo, que se resumiu em um bom banho e uma checada no estado do apartamento, Lucy decidiu se deitar um pouco, seu corpo se encontrava de fato cansado, sua mente agora mais normalizada, porém, a sensação era que algo estava a levando. Até que seus olhos se fecharam lentamente e foi tomada por um sono pesado e quando acordou tinha perdido a noção de dia e de hora, apenas sentia alguns calafrios.

O que será que havia acontecido com o tempo?

Parecia tudo tão...

Talvez fosse um sonho, só que...

— Lucy?

Uma voz masculina a chamou.

Seus olhos fixaram na figura de cabelos rosados, a que tinha uma mão sobre sua testa.

— Você está queimando em febre! – o garoto exclamou, parecia em parte preocupado, mas ainda tinha a constante mania de falar alto e a loira sentiu sua cabeça dolorida.

— O que vamos fazer Natsu?

Ele parecia aflito, e uma parte de si pareceu culpado. Afinal de contas, ele havia rido da situação, mas não havia pensado nos danos que poderiam ser causados por ela.

Talvez se ele não tivesse sido tão idiota... Aquele sentimento estranho de ter feito algo errado. De ser um desastre! Um completo desastre.

— Eu não sei. – murmurou.

Lucy estava queimando em febre, ele precisava fazer algo. Algo útil, nada desastroso. Afinal de contas, ele não poderia deixar sua amiga dessa maneira. Mas o que? E como?

Deu um pequeno suspiro.

— Mas vamos fazer algo. – declarou, a determinação específica do Dragneel brilhando em seus olhos. – Lucy... – murmurou pensativo, com uma das mãos ainda na testa da garota que lhe devolveu um olhar distante, olhos quase se fechando, a pele fervendo em febre e a cabeça latejante possuía uma voz que lhe praguejava mentalmente da besteira que havia feito.

:: Continua ::


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Notas finais do capítulo

Ei vcs!! Bem, aqui está o capítulo, e em menção aos últimos capítulos de FT, quis mostrar uma Erza quase que aprovando o ship NaLu na fanfic UAHAUAAHAU Quero dizer, ela realmente conseguiu incomodar a Lucy com sua maneira de falar, só não deu um conselho, mas já tá entendendo a situação. Hmmm. ahahahah
Gente, qualquer sugestão eu estou aceitando. Devo a vcs desculpas pela demora, mas aqui está e claro, devo desculpas pelo capítulo, juro que to insegura e não tô achando realmente bom. Enfim rss
Preciso de reviews, perceberam meu drama? -q UAHAUAHAAU
Beijinhosss!! Até a próxima :D"
PS: EU POSTANDO FANFIC PRÉ SEMANA DE PROVAS LOL -q