Eu encarava a casa e ela me encarava de volta. Ela é branca e não parece a casa onde um homem como Trevor moraria. Mesmo assim, suspirei e então desci o carro. Fui até a porta e pude ouvir muito barulho.

Uma criança pequena chorava, outra cantava, e um barulho de corrida podia ser identificado. Toquei a campainha e dei um passo pra trás, cruzando os braços sobre o peito. Demorou um pouco, mas Trevor finalmente abriu a porta, segurando uma menininha no colo e com a camiseta suja do que parecia ser papinha.

- Liv? - ele perguntou ao me ver.

- Foi você, não foi? - falei, avançando contra ele - Idiota!

Ele deu um passo para trás e então se virou de lado, para proteger a garotinha dos meus tapas nervosos.

- Wow, calma aê. - ele disse, segurando minhas duas mãos com uma só - Eu estou meio ocupado agora. Podemos falar disso depois?

Olhei em volta, já que ele tinha me puxando para dentro de sua casa. Várias criançinhas estavam correndo no que parecia ser um jogo. Os baixinhos não deviam ter mais de cinco anos e estavam fazendo uma bagunça tremenda. O tapete estava enrolado num canto, sujo de algo que não pude destinguir, vários sapatos estavam nos cantos e no centro da sala e os baixinhos sujaram o chão com salgadinhos, para pisarem e espalharem caos por todo lugar da casa.

- O que está acontecendo aqui? - perguntei, agora mais calma e inofensiva.

Trevor suspirou e então olhou para pequena em seu colo, acariciando seu queixo e sorrindo para ela.

- Minha irmãzinha está fazendo seis aninhos hoje. Isso é uma festa. - ele disse.

- E seus pais, aonde estão? Isso aqui está uma bagunça!

- Bem, eu estou sozinho. - ele disse.

Então ele inclinou sua cabeça para o lado e sorriu malicioso.

- Quer me ajudar?

Antes que eu pudesse responder, um baixinho veio até nós e se agarrou as pernas de Trevor.

- Eu tenho escolha? - perguntei sorrindo para Trevor.

- Não mesmo. - ele disse antes de se virar para o baixinho.