Love In Sickness And Health escrita por Daniela


Capítulo 16
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, estou de volta!! Espero que não me odeiem pela demora! :(
Aqui está mais um capítulo, espero reviews, já sinto saudades de saber o que acham!
Beijinhooos, boa leitura



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– E então!? – Mal o meu pai se ausentou da sala, agarrei na mão da minha mãe, sorrindo animada. Renné suspirou, olhando-me em desagrado.

– Bella, tens de parar com isso. Aquele beijo que tive com o teu pai foi um… um sobressalto.

Revirei os olhos.

– Oh por favor, mãe! Ambas sabemos que não foi sobressalto nenhum! Sabes se as coisas entre o papai e a Tatiana estão na mesma?

A minha mãe remexeu-se ligeiramente desconfortável na cama, aproximando-se de mim de modo a poder falar mais baixo.

– Pelo que ouvi do telefonema entre eles, vai de mal a pior.

Guinchei, extasiada. Céus, pareço mesmo uma segunda Alice. A minha mãe não conseguiu evitar sorrir também. Via-se a milhas como aquilo a deixava feliz. Eu sabia que ela ainda sentia algo pelo meu pai, foram inúmeras as vezes que ouvi a história dos dois quando era pequena, e foi um amor que não se encontra duas vezes numa vida. Sempre achei ridículo desistirem disso – e agora, com isto acontecendo, parecia que finalmente me davam razão. Eu sabia que a existência da Mel ia fazer com que o meu pai tentasse resolver as coisas com a Tatiana, obviamente. No entanto, eu sabia também que a Mel ia ficar bem, tal como eu fiquei, e nunca iria sentir a falta do pai, porque eu conheço o Charlie. Ele nunca seria um pai ausente, tanto que nunca o foi comigo, nestes 3 anos fora de casa.

Ok, posso estar a ser egoísta em relação à minha irmã, mas não consigo evitar. Amo os meus pais, e sei que eles se amam, sei que a Tatiana foi um escape que o meu pai arranjou para os problemas com a minha mãe, que pareciam não ter solução. E sei que a Mel vai ter sempre o pai. E vai ter-me sempre a mim. Isso é que importa, não vale de nada ter os pais juntos se já não gostam um do outro.

– Estás a ver, mãe?! Aposto que vocês vão fazer as pazes!

– Bella, por favor… não fiques esperançosa. Deixa que as coisas corram como tiverem de correr, está bem? Não quero que tenhas de lidar com desilusões, ainda por cima agora…

Suspirei, vendo o semblante preocupado da minha mãe.

– Ouve uma coisa, senhora Renné: eu posso estar a meio de uma quimioterapia, posso estar presa num hospital há semanas e semanas, mas ainda sou a tua filha. Se for preciso, aguento mais situações dramáticas do que tu!

A minha mãe riu levemente, sorrindo.

– Nisso tens razão, sim senhora. – Acariciou o meu rosto, beijando depois a minha testa. – És o orgulho de qualquer mãe.

– Sim, sim, chega de lamechices. – Resmunguei, afastando-me na brincadeira dela.

– Bem... vou ver dos outros. – Renné levantou-se, já mais animada. – Volto já.

Sorri na sua direcção, vendo-a sair do quarto, dando de encontro com o meu médico. Edward sorriu de relance para a minha mãe, fechando depois a porta atrás de si, ao entrar no quarto.

– O teu pai ficou contente com os resultados dos meus exames. – Comentei, sorrindo feliz.

Edward sorriu também, mas contido. Sentou-se ao meu lado, apertando a minha mão na sua.

– Não gosto muito do teu amigo.

Rolei os olhos.

– Nem comeces, Edward! O Andrew já faz parte da mobília. – Exclamei, olhando para ele meio divertida, reparando no seu ar descontente. Era tão amoroso vê-lo ciumento. – É um amigo de infância.

– E um ex-namorado também. – Comentou, revirando os olhos.

– Ainda melhor, já sabe que eu beijo pessimamente e já não tem nenhum interesse por mim nesse aspeto! – Brinquei.

Edward riu-se por segundos, pousando a mão aberta de lado na minha cintura. Apertou levemente, olhando para mim.

– Duvido que ele pense isso. Para além de beijares bem, deixas quem te beija com vontade de te fazer muitas outras coisas.

Senti o sangue todo do meu corpo concentrar-se no meu rosto.

– Pára com isso. – Resmunguei baixinho, sentindo-me um tomate. Edward riu alto.

– Há uns dias atrás pediste-me que fosse sempre sincero. – Sorriu matreiro na minha direcção. – Só o estava a ser.

Com isso, lembrei-me de algo que me andava a afligir ligeiramente este tempo todo: o que é que nós tínhamos – ou não – um com o outro.

– Por falar em sinceridade… – murmurei, sentando-me melhor. Pousei a mão no seu antebraço, acarinhando essa zona. – Ando meio confusa acerca de uma coisa…

– Diz-me. – Edward também se sentou de frente para mim, olhando-me interessado.

– Eu estou a fazer o meu tratamento, não é… E depois da operação, se tudo correr bem… acaba, certo?

– Claro que sim, Bella. – Edward rodeou o meu rosto com as mãos, beijando-me os lábios por segundos. – Vai correr tudo bem, não te preocupes com isso.

– Não, não, eu estou tranquila nesse aspeto. Tu e o teu pai tratam bem de mim, eu sei disso. – Sorri-lhe, recebendo um grande sorriso de volta. Suspirei. – O problema é que estou confusa acerca do que acontece entre nós… quando eu sair do hospital. Percebes? Não entendo o que… temos ou não.

Edward suspirou, olhando fundo nos meus olhos, como se estivesse a pensar bem em como responder. Ouvimos uma pequena batida na porta, interrompendo aquele momento. Alice abriu a porta, sorrindo.

– Eles pediram para eu vir ver se podíamos interromper a vossa conversa. Esperamos um pouquinho?

Eu estava prestes a dizer que podiam entrar, mas Edward antecipou-se.

– Podes só dizer para esperarem mais um pouco, Alice? – Perguntou, sorrindo para a minha amiga. Ela assentiu. – Obrigado. Eu já vos chamo.

Com isto, Alice piscou-me o olho e fechou a porta.

Edward voltou a encarar-me, um sorriso a ameaçar aparecer no seu rosto. No entanto, não chegou a aparecer.

– Estás com medo que te deixe quando saíres do hospital, é isso?

– Não… não é isso. – Mordi o lábio. – Só não tenho certeza do que somos… é isso.

Desta vez, o sorriso apareceu no seu rosto bonito.

– Achas mesmo que ia terminar este… namoro quando ficasses bem? Que sentido teria isso? – Apertou as mãos nas minhas coxas, olhando-me de sobrancelha erguida. – Só me vou poder aproveitar de ti depois da operação, achas que ia perder essa oportunidade?

Abri a boca, procurando uma boa resposta. Não me ocorreu nada, sem ser olhar para ele feita parva, vermelha como um tomate.

Rindo, aproximou-se de mim, agarrando-me pelo pescoço e puxando-me para ele. Beijou-me com alguma brutalidade, no entanto, não me queixei por nada deste mundo. Beijei-o de volta, sentindo dentro de mim um rasgo de posse sobre ele. Ele era meu. Namorado ou não, era meu. E não deixaria de ser depois desta terrível etapa da minha vida. Como ele disse, o melhor entre nós ainda estava para acontecer. E eu não ia deixar ninguém impedir isso. Nem mesmo o meu próprio corpo. Coração, por favor, porta-te bem!


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