Love In Sickness And Health escrita por Daniela


Capítulo 15
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Bem, pessoas, tinha este capítulo a ganhar pó e decidi postá-lo, boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/201783/chapter/15

Isabella’s POV.

2 Semanas depois.

O tratamento continuava, Edward sempre me acompanhando. De certa forma já me estava a habituar à quimioterapia, conseguindo restabelecer o meu peso, ou quase, o que me animou. Estava pronta para lutar contra o meu próprio corpo. Nunca me sentira tão determinada, desde a minha entrada naquela clinica.

Edward, como prometido, adicionou diversos medicamentos aos que eu já tomava desde o meu surto por estar perdendo cabelo. Funcionaram, prevenindo uma queda muito crítica do meu cabelo. Óbvio que ele estava sensível e menos forte que o costume, mas apenas tinha algumas falhas. Falhas essas que se resolveriam quando o tratamento terminasse.

O Doutor Carlisle estava de regresso previsto para esta semana, Edward estava ansioso pelo regresso do pai, para que este tomasse conta dos seus pacientes. Assim, Edward teria o seu tempo para mim.

– Assim fazes-me sentir culpada, Edward. – Resmunguei, enquanto ele me ligava a diversos tubos na minha cama de hospital.

Edward esboçou um pequeno sorriso de lado, sem mostrar os dentes. O seu sorriso de marca, que eu adorava.

– É assim tão mau querer ter tempo para te apoiar plenamente? – Perguntou, olhando fundo nos meus olhos.

Suspirei, sustendo o seu olhar. Ele era tão perfeito. Neste tempo que passou ainda não tínhamos falado decentemente disto, do que tínhamos (ou não tínhamos). Por isso, apesar de alguns beijos (muito bons, por sinal) trocados, não tinha certeza do que poderia esperar de nós, especialmente quando eu saísse dali. Se saísse…

– Edward… – Suspirei lentamente, fechando os olhos. Abri-os poucos segundos depois, olhando o meu médico preferido. – É o teu trabalho, não me vais ter só a mim como paciente, isso é ridículo!

– És tão teimosa. – Resmungou baixinho, ajeitando o meu cabelo para um dos lados do meu pescoço, facilitando a aplicação de um tubo que tinha de passar por aí para chegar ao meu pulso.

Quando terminou de ligar tudo ao meu corpo, Edward sentou-se perto de mim, entrelaçando os seus dedos nos meus.

– Não é ser teimosa. Não vais parar de exercer a tua profissão como sempre o fizeste só porque me tens como paciente. – Falei, apertando os seus dedos nos meus. Um sorriso triste formou-se no meu rosto, apesar de eu tentar por tudo esconde-lo. – Eu sou só mais uma paciente, das muitas que tu tens. Não mereço nenhum tratamento especial.

Edward fitou-me, calado, durante segundos seguidos. Depois, expirou audivelmente, fechando os olhos.

– Isabella… – Murmurou, e o seu tom de voz acusava um toque de advertência, como se eu tivesse dito algo ridículo

Impedindo-o de continuar, Alice e Jasper entraram no quarto, sorridentes.

– Bom dia, minha linda! – Alice aproximou-se da minha cama aos saltinhos, beijando o meu rosto e apertando ao de leve o ombro de Edward como cumprimento.

Alice e Edward aproximaram-se bastante, nestes últimos dias. Em parte por causa da ligação da família de Jasper à de Edward, mas também por conta do tempo que ambos passavam aqui comigo, matando horas de espera dos tratamentos.

Jasper, contido como sempre, apenas me cumprimentou com um sorriso caloroso. A Edward ofereceu a sua mão, trocando assim um aperto de meros segundos.

– Tens uma visita especial lá fora! – Anunciou Alice, com um grande sorriso.

Olhei para ela e para Jasper, que também sorria levemente entusiasmado. Senti uma certa ansiedade tomar conta de mim, dado que não fazia ideia de quem pudesse ser. Olhei para Edward, tentando descobrir se ele sabia de quem se tratava.

Com um pequeno sorriso, Edward fez mostrar que também não fazia ideia do que eles estavam falando.

Um pequeno toque na porta encheu o quarto, e eu olhei nessa direcção, vendo um garoto não muito musculoso, de cabelos negros e olhos azuis me sorrindo amigavelmente.

– Oh meu Deus, Andrew! – Exclamei, sorrindo abertamente.

A ânsia de o abraçar foi repreendida pelos tubos que me ligavam às máquinas. Andrew, o meu namorado de criança, percebeu tal facto e foi ele quem se aproximou, envolvendo o meu corpo nos seus braços.

– Fiquei tão preocupado quando recebi a notícia, Bella! – Falou, plantando um beijo na minha bochecha.

Apertei os seus ombros com o braço que tinha livre dos tubos, beijando também a sua bochecha.

– Descansa, isto daqui a nada passa. – Respondi, o sorriso na minha cara, sem sinais de desaparecer.

Quem não sorria era Edward, que entretanto se levantara da cama e se encostara à janela perto da minha cama. Com os braços cruzados, olhava de trombas para mim e para Andrew, que ainda me abraçava.

Afastei-me ligeiramente de Andrew, que se sentou no local onde estava anteriormente Edward, perto das minhas pernas. Sorriu-me, apertando por segundos as minhas pernas por cima do cobertor que as cobria.

– Eu sei que és demasiado durona para te deixares afectar por isto, pá.

Ri com vontade, dando um safanão nas suas mãos. A relação que tinha estabelecido com Andrew melhorou exponencialmente desde que tínhamos acabado e ele se moveu para a Califórnia. Sem darmos por isso, com todas as conversas online, e todas as visitas que fazíamos um ao outro, tornamo-nos melhores amigos.

A cara de Edward piorou ainda mais, e Alice sorria abertamente, agora com as duas mãos a envolver um dos braços de Edward. Percebi que o estava a confortar, e de certo modo, a impedi-lo de se lançar para cima do meu amigo Andrew, que não fazia ideia do que estava acontecendo mesmo ao seu lado.

– Andrew, este é o Edward. – Decidi falar, estendendo a mão na direcção de Edward.

Ele ergueu a sobrancelha na minha direcção, não se mexendo nem um centímetro. Rolei os olhos, voltando a por a minha mão no meu colo. Eu até o ia apresentar de forma mais intima, mas se é assim que ele quer…

– Desculpa, é o Doutor Cullen. – Corrigi, olhando emburrada para Edward. Alice soltou um pequeno riso, apertando ainda mais o braço de Edward. – É o meu médico.

Tive de acrescentar esse pequeno detalhe, o que fez com que Edward não amuasse tanto. Andrew estendeu a mão para Edward, que a aceitou durante um milésimo de segundo.

– Como é que ela está? – Andrew perguntou, aparentemente sem reparar na hostilidade que Edward lhe transmitia com o olhar.

– Está a portar-se bem. – Edward pronunciou-se pela primeira vez desde que Andrew entrou naquele quarto, e a sua voz não soava nada simpática. Com o rosto fechado, pegou na pequena pasta que estava na mesa-de-cabeceira junto a mim, correndo os olhos por diferentes papéis dentro desta. – E daqui a pouco temos tratamentos a fazer, por isso que se despachem com a visita.

E, com isso, dirigiu-se até à porta fechando-a de forma tensa, atrás de si. Fiquei quieta a olhar para a porta fechada, onde Edward estava há segundos atrás. Mas o que lhe deu?

– Bem… que simpatia. – Comentou Andrew, com um meio sorriso.

Jasper abanou a cabeça, tocando levemente no ombro de Andrew.

– Não devemos irritar um homem ciumento. – Sorriu levemente, passando a mão pelos finos cabelos loiros. – Ele é bom rapaz, isto passa-lhe.

– Ciúmes? De ti, Bella? – Andrew olhou-me, com um semblante divertido e incrédulo.

Indignada, dei-lhe uma patada leve no braço, soltando um riso da sua parte.

– Não entendi esse comentário! – Exclamei, olhando-o mortalmente.

O seu sorriso só se abriu mais.

– Olha, Andrew – pronunciou-se Alice, ainda sorridente – ,ainda bem que te lembraste de vir ver a Bella. Ela está a portar-se lindamente, mas é sempre bom mais apoio.

– Claro que sim. – Respondeu Andrew, sorrindo para Alice. Depois, olhou-me entusiasmado. – Os meus pais deixaram-me aqui e foram ao centro comercial comprar-te alguma lembrança, mas eles também querem vir aqui ver-te.

– Oh seu idiota! Devias ter-lhes dito que não! – Guinchei. Adorava os pais de Andrew, mas esta mania que eles tinham de me oferecer sempre alguma coisa quando me viam era algo que eu dispensava.

– Mas achas mesmo que eu ainda consigo demove-los de te oferecer presentes? – Respondeu, rolando os olhos. – Às vezes parece que gostam mais de ti do que de mim, o próprio filho.

Ri divertida, junto com Alice e Jasper. A visita de Andrew realmente tinha melhorado o meu dia. Com isto, vi os meus pais entrarem no quarto junto com Mel.

– Bem, que isto está a ficar bem populoso! – Comentou Jasper, com um pequeno sorriso. Cumprimentou os meus pais rapidamente, fazendo um pequeno carinho no rosto de Melanie. – Môr, vou comprar uma comidinha, volto já.

Olhou para Alice, que assentiu com um sorriso. Adorava ver como eles ficavam mais e mais íntimos, a cada dia que passava. E, sejamos sinceras, que garota não gosta de ver a sua melhor amiga a ser chamada de ‘’môr’’ pelo garoto mais querido que parece existir na face da terra?

– Olha quem é ele! – Charlie foi o primeiro a notar a presença de Andrew. Dirigiu-se até ele, abraçando-o com um grande sorriso.

Nunca iria perceber o porquê de Charlie gostar tanto de Andrew. Talvez por ser o meu ex, e não haver nem a remota possibilidade de voltarmos a namorar.

– Então, Senhor Charlie, como vai? – Andrew retribui rapidamente.

– Vou bem. E tu, rapaz? Muito estudo?

– Ah, tem de ser. – Com um sorriso educado, Andrew aproximou-se da minha mãe que tinha Mel no seu colo.

Olhei curiosa para ela, notando apenas naquele momento esse pormenor. A minha mãe apenas revirou os olhos na minha direcção. Sorri abertamente, sempre fomos demasiado parecidas.

Andrew beijou as duas faces da minha mãe, dando depois um pequeno aperto de mão à minha irmã, que ria divertida com a cena.

– E esta menina bonita, quem é?

– Sou mana da Bell! – A minha irmãzinha gritou, contente.

Sorri babada para ela, que se esticou na minha direcção. Tirei-a dos braços da minha mãe e envolvi-a nos meus braços.

O ambiente estava leve e bastante familiar, afinal tanto Alice como Andrew eram como família para mim. Segundos depois, vi o pai de Edward entrar no meu quarto.

– Bem, temos aqui alguma festa? – Comentou, sorrindo para todos.

– Doutor Carlisle! Já chegou! – Exclamei, quicando na minha cama.

Deus, eu sou tão criança.

– Desculpa ter-me atrasado tanto, Bella, fui um médico indecente. – Sorriu para mim, beijando meigamente a minha testa. Olhou para Mel com um sorriso aberto. – É so meninas bonitas nesta família, han, Senhor Charlie?

Olhou para o meu pai, que assentiu orgulhoso, e corado. Ri da sua figura triste.

– Edward disse-me que estás já avançada na quimio, e a reagir bem. – O Doutor Carlisle sorriu-me, visivelmente satisfeito. – Fiquei muito contente por chegar e receber tais notícias. Parece que o meu filho fez o meu trabalho por mim, e bem.

Alice riu-se de modo audível, disfarçando com uma tosse claramente provocada. Nem me dei ao trabalho de dirigir o olhar a essa infeliz. Ela e Jasper eram os únicos que sabiam de mim e de Edward, e o loirinho não fazia nem metade das insinuações que ela fazia. Isto porque não é um insuportável como a namorada.

– Sim, Doutor, Edward disse que não deve demorar muito para a operação final, para extrair o cancro de vez. – Falei, com um sorriso animado.

– Bem, eu vou ter com o meu Jazz. – Anunciou Alice, puxando Andrew pelo braço. – Vem, vamos deixar a Bella com os papás.

– Até já, Bells. – Andrew acenou sorridente para mim, sendo arrastado para fora do quarto por Alice.

Carlisle trocou pequenas informações comigo, perguntando-me também coisas rápidas, de modo a se familiarizar com o meu estado actual, para conseguir acompanhar melhor o meu tratamento, como estava quando partiu.

Depois disso, ausentou-se do meu quarto, dando-me algum tempo de qualidade com os meus pais e Melanie. Notava de longe a diferença da dinâmica entre os três, desde a primeira visita até esta. Melanie parecia já reconhecer a ‘’madrasta’’, sentindo-se à vontade perto da minha mãe, sem a considerar uma desconhecida. Algo que ficou nítido ao entrar no colo de Renné. Charlie tocava despreocupadamente no braço e cintura de Renné enquanto conversávamos. Pensa ele que não reparo, mas estava mais atenta aos seus gestos com a minha mãe do que com que dizia. E dado que no primeiro dia que vieram juntos mal a conseguia tocar sem se sentir quase obrigado a pedir desculpa por isso, eu diria que algo tinha mudado bastante. E para melhor.

– Papai, podias ir buscar-me um copo com água? – Perguntei, sorrindo. – Tenho sede.

– Eu vou, querida, deixa-te estar Charlie. – Disse a minha mãe, levantando-se desajeitada da cadeira.

– Não, não. – Neguei, agarrando na mão da minha mãe. – O pai vai lá. – Olhei directamente para ela.

Renné olhou-me aborrecida, percebendo a minha vontade. Queria falar com ela a sós.

– Pronto, pronto. – Resmungou Charlie, levantando-se do canto da minha cama.

– Pai! – Exclamei, antes que se afastasse para a porta. – Leva a Mel, ela precisa de se mexer um bocadinho, está aqui há horas.

Charlie veio até mim, pegando na pequenina.

– Bah, quem é que há-de perceber-vos, mulheres malucas. – Resmungou, caminhando com Melanie para fora do quarto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E que tal? :b
Desculpem a demora a atualizar a fic, prometo tentar mudar isso nos próximos tempos.
Beijinhos, e espero reviews



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love In Sickness And Health" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.