Olá Gente linda! :D
Queria que lessem as notas finais, é importante! 
Boa leitura ♥

- Ah, contar o que ela… o que ela acha da nossa nova matéria! – Alice abriu muito os olhos na direcção dos meus pais. Acto-chave para sabermos se ela está a mentir. E, obviamente, ela estava. Apertei muito os olhos, desejando que os meus pais a conhecessem suficientemente mal para acreditar naquilo.
- Oh, meu amor. – A minha mãe beijou-me a testa, sorrindo levemente. – Escola é tudo menos o que devias pensar por agora.
- A tua mãe tem toda a razão! – Charlie disse, rudemente. Do jeito dele. Sorriu para mim, de seguida.

   Sorri para ambos, aliviada por terem acreditado em Alice. Eu nunca acreditaria.

- O Doutor Edward disse que já estou pronta para começar a quimioterapia. – Declarei, sorridente. Alice tossiu, de forma exageradamente falsa. Olhei-a, completamente pronta para a matar.
- Mas antes do Doutor Carlisle chegar? Não te incomodas com isso, meu amor? – A minha mãe apertou-me ambas as mãos, olhando-me preocupada.

   Se me importava em ser tratada pelo homem que me tem deixado louca nestas ultimas semanas? Que me tira o ar com um beijo de nada? Que não me sai da cabeça?

- Não mãe, não me incomoda nada. – Sorri o mais inocentemente que consegui. – O Doutor Edward cuidará de mim.
- Claro, então não! – Alice soltou, com um grande sorriso amarelo.

   Olhei-a com ódio. Às vezes, as nossas melhores amigas conseguem ser mesmo inconvenientes. Piscou-me o olho como resposta, completamente extasiada. Rolei os olhos, sentindo a minha irmãzinha subir a minha cama. Sorri na sua direcção, animando-me instantaneamente. Ela sempre teve este estranho poder sobre mim.

- Oi, Mel! Dormiste bem?
- Dormiu na cama da irmã. – A minha mãe sorriu.
- Ah, foi? – Falei, fingindo-me chateada durante segundos. Apertei a pequena barriga dela, fazendo-a rir. – Andaste a dormir na minha cama, sua abusadinha?!
- É muito fofa, Bell! – Ela falou com dificuldade, a meio dos risos. Ri com ela, apertando-a depois num abraço.
- Podes usa-la sempre que quiseres, minha linda. – Beijei a sua bochecha, esganando-a nos meus braços.
- Bell, preciso de ar!!
- Pronto, pronto, deixemos a mana descansar, não é, Melanie? – Charlie sorriu, tirando Mel do meu colo, e deixando-a no dele. Ela sorriu para ele, acenando. Charlie plantou um beijo na testa da pequenina. Sorri.
- Desculpem incomodar.

   Todos os presentes na sala olharam para a porta, vendo Edward entrar com um sorriso educado no rosto. Olhei para ele, sentindo o meu coração acelerar uma batida. Felizmente, não tinha de estar ligada a nenhum monitor cardíaco, se não seria ainda mais embaraçoso. Alice soltou risinhos contentes, deixando-me vermelha de irritação. Eu ia matar aquela metrinho quando tivesse a chance.

- Olá, Doutor. Como está a nossa filha? – A minha mãe sorriu, apertando a mão de Edward como cumprimento. Charlie fez o mesmo, logo a seguir. – Ela disse-nos que já pode começar a quimioterapia.
- E disse bem. – Edward sorriu na minha direcção, talvez de uma forma demasiado calorosa para um médico normal. Mas apenas eu reparei. Eu, e, claro, Alice. Esta soltou mais uns quantos risinhos irritantes. Olhei para ela, batendo-lhe com toda a força que tinha na perna. Lançou-me um olhar aborrecido, cruzando os braços sobre o peito. Pelo menos, ficou calada.
- Mas não seria o Doutor Carlisle a tratar dela? – Charlie decidiu interferir.
- O meu pai não voltará na data prevista. Ocorreram uns acontecimentos que o impossibilitaram de tal. Mas, se não tiverem nada contra, eu poderei acompanha-la durante todo o processo.
- Eles não se importam. – Respondi, prontamente. Revirei os olhos, segundos depois. – E mesmo que se importem, já sou maior de idade, por isso eu é que decido.

Edward riu-se levemente, enquanto que a minha mãe e o meu pai me olhavam: meio surpresos, meio divertidos. Pela cara que estava a fazer, Alice rir-se-ia até ficar sem ar, se pudesse.

- Aliiice, é este o médico lindo? – Mel sorriu extasiada na direcção de Alice. Eu olhei para a minha irmã de boca aberta, seguindo o meu olhar para a minha melhor amiga. Para esta, olhei com fúria. Mas que raio ela andava a dizer à minha irmã?!
- É, sim, Mel. – Alice sorriu abertamente, enquanto que a minha mãe se ria. O meu pai não poderia estar mais vermelho. – Desculpem lá. É que ela perguntou-me porque estavas no hospital, no primeiro dia, e eu disse que não podia ser por nada de mal, porque estavas a ser tratada por um médico lindo.

Senti o meu rosto ficar a ferver na zona das minhas bochechas. Baixei a cabeça, agarrando com força o pulso de Alice. Provavelmente enfiando as minhas unhas na pele dela. Esta queixou-se ligeiramente mas não me tentou afastar.

- Alice… Eu vou matar-te.
- Oh, querida, deixa lá a menina. – A minha mãe ainda se ria, separando a minha mão raivosa do braço de Alice, que estava com um beicinho enorme. – Pelo menos animou a tua irmã.
- Sim, desculpa, Belinha. – Alice olhou-me com olhos de cachorrinho abandonado.

Rolei os olhos, a minha cara na mesma tonalidade que a do meu pai Charlie. Ele nunca soube a melhor maneira de reagir a situações destas. E com a idade só ficava pior. Tenho pena dos rapazes que ficarem interessados na Melanie, quando ela for crescida. O meu pai é capaz de os comer vivos.

Dei um breve olhar a Alice, deixando-a saber que estava tudo bem. O sorriso tonto dela voltou ao seu rosto, e a minha mãe voltou-se para Edward.

- Então, e quando é que ela começa?
- Hoje mesmo, se ela concordar. – Edward olhou-me. – Isabella?
- Bella. – Corrigi, sorrindo feita uma idiota. Ele retribuiu, subtilmente. – Concordo, sim, pode ser.
- Bem, então ela irá começar depois do almoço. Não queremos que esteja fraca enquanto estiver neste processo. – Edward pegou nas fichas que estavam na mesa e escreveu pequenas coisas neles, em diferentes locais. Olhou-me, com um sorriso encorajador. – Vai correr tudo bem, ela reagiu bem aos medicamentos, e será uma questão de meses até a Bella se encontrar tão saudável como antes.
- Graças a Deus. – A minha mãe expirou audivelmente, a mão no peito. Sorriu abertamente para mim, agarrando-me na mão. Charlie abraçou a minha mãe pela cintura, tendo o outro braço ocupado por Melanie, e sorriu abertamente para mim.

Senti o meu coraçao aquecer de felicidade. Há tanto tempo que Charlie não mostrava tal afecto pela minha mãe, e ve-la a aceitar tal acto com tamanha facilidade alegrava-me numa escala ilimitável. E o facto de ter Edward a cuidar de mim daqui para a frente so me alegrava também.

- Querida… Eu e o teu pai vamos a casa, dar almoço à Melanie, e voltamos mal pudermos, tudo bem? – A minha mãe olhou-me  com um pequeno sorriso, beijando todo o meu rosto. – Temos muito orgulho em ti, meu amor.
- Eu sei, mãe. Mas não tenham pressa em voltar, Alice estará comigo, e vocês precisam de tratar das vossas coisas. Eu fico bem.
- Até logo, Bells. – Charlie acarinhou o meu cabelo, dando-me um beijo rápido na testa. – Voltamos rápido.
- Até logo, pai. – Sorri-lhe, dando um beijo na pequenina mão de Mel, que se agitava na minha direcção. – Vejo-te mais tarde, pequenina.
- Tchau Bell. – Ela falou, abanando a mao para mim.

Pouco tempo depois, estava apenas Alice e Edward naquele pequeno quarto, comigo. Estranho seria dizer pouco. Alice sorriu abertamente, levantando-se da cadeira.

- Eu volto daqui a nada. Vou ver se está a chover. – E assim saiu do quarto, fechando a porta atrás de si.
- Desculpa o histerismo da Alice. – Rolei os olhos, enquanto Edward se sentava no canto da cama estreita. A sua cintura tocava levemente a minha coxa coberta pelo lençol. Só esse pequeno toque me deixou incendiada. Eu precisava mesmo de tratamento, mas era para a maluqueira.
- Ela é simpática. – Ele sorriu, acarinhando o meu pulso. – Como estás?
- Bem, acho eu. Nervosa. – Olhei para ele, mordendo o lábio. O seu sorriso diminuiu um pouco, o seu olhar centrado nos meus lábios.

O nosso primeiro beijo tinha acontecido há relativamente pouco tempo, mas parecia que já tinham passado séculos. Precisava de sentir tudo aquilo de novo, e os meus lábios formigavam como um pedido mudo direccionado a ele.

- Edward… – Murmurei, a minha voz estranhamente rouca. Ele fez um pequeno aceno com a cabeça, mandando-me calar. Calei-me logo.

Edward inclinou-se lentamente na minha direcção, os olhos fixados nos meus. Não tenho experiência nenhuma nisto, tendo apenas beijado Andrew, que não era remotamente parecido com nada do que tenho com Edward. Mas é mesmo suposto eu ter quase um ataque cardíaco sempre que ele se aproxima de mim? É que a minha saúde não está no seu melhor, isto pode ser prejudicial.

- Tu fazes mal ao meu coração… – Sussurrei, quando os seus lábios se encontram tão perto que podia sentir o calor destes.
- Faço? – Ele roçou os lábios nos meus. O meu coração ficou louco.
- Hum… sim. Olha como estou.

Agarrei na sua mão, pousando-a no meu peito, na zona do coração. Ele manteve-a aí durante meros segundos, movendo-a lentamente em direcção ao meu seio direito. Eu já não sabia como respirar. O seu nariz desenhou linhas imaginárias na minha bochecha, enquanto a mão grande e quente me envolvia o seio. Eu estava em chamas, a esta altura.

- Edward…
- És tão linda.

E então, os seus lábios chocaram nos meus. Desta vez, já estava preparada. Subi as minhas mãos pelos seus braços, parando-as só quando chegaram aos cabelos revoltos que sempre quis agarrar. Prendi-as aí, correspondendo ao beijo. O aperto no meu seio intensificou-se, enquanto Edward se virava mais na cama, deitando metade do seu corpo sobre o meu.

Eu também queria sentir a sua pele. Precisava. Desci uma das mãos do cabelo dele, até aos botões da camisa azul clara que ele tinha vestido. Abri um botão, e outro, e outro, o mais rápido que consegui fazer com apenas cinco dedos. Depois de ter aberto esses três, deslizei a mão pelo seu peito, sentindo-o deliciosamente quente. Um som gutural e rouco saiu da minha garganta, enquanto ele deslizava os lábios pela pele do meu pescoço.

- Vocês têm mesmo de me avisar quando querem se amassar por favor!

Edward saltou de cima de mim, até que consegui olhar para uma Alice virada de costas, perto da porta. Tinha as mãos sobre os olhos, tapando-os. Desta vez, não me senti tao embaraçada. Só divertida.
Edward é que não parecia assim tao à-vontade. Apertou a camisa rapidamente, tocando ao de leve no ombro da baixinha, que se virou de olhos abertos.

- Desculpem, mas a minha mala ficou aqui. Não tinha muito mais que fazer depois de beber água, e comer chocolates, e olhar para a janela.
- Não faz mal, Alice. – Falei, sorrindo-lhe. Estava muito bem-disposta.
- Eu… volto já. – Edward sorriu-nos o máximo que pode, correndo para fora do quarto.

Alice fechou a porta, vindo até mim. O meu sorriso era do tamanho do mundo, tão grande que até tinha vergonha de o mostrar à minha melhor amiga. Virei-me de barriga para baixo, tapando o rosto na almofada. Não me importava se ia começar a quimioterapia dentro de poucas horas. Tinha Edward comigo. Para me beijar sempre que eu precisasse.
Adoro médicos, já falei?