Love In Sickness And Health escrita por Daniela


Capítulo 12
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá gente linda! Boa Leitura! :D



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Passaram três semanas exactas desde que fora inserida no hospital. Estranhamente, já estava ficando habituada à rotina. Edward, apesar de ser o meu médico, só aparecia no meu quarto de hospital quando os meus pais estavam presentes, e para falar do tratamento, mas quem realmente me dava os medicamentos, e tudo mais, eram os enfermeiros, em especial a enfermeira Courtney. Ela é realmente simpática. Um pouco aluada, mas simpática. Quase que uma versão mais velha de Alice. Se calhar é por isso que gosto tanto dela.

O tratamento não é nada de muito exigente, sem ser a parte de me deixar fraca, e não poder comer as refeições como uma pessoa normal (consequentemente, emagreci uns três quilos, já sendo anteriormente bastante magra). O apoio incondicional de Alice e dos meus pais, e da pequena Mel, que me apoia mesmo que inconscientemente, tem sido tudo para mim. Penso muitas vezes naquelas pessoas, às vezes crianças mais novas do que eu, que não têm ninguém a apoia-las, neste tipo de doenças, sem ser o pessoal do hospital, e sinto-me eternamente agradecida por ter quem tenho na minha vida.

Posso soar nostálgica ou melodramática, mas são nestas alturas que vemos quem nos interessa realmente, e, mais importante, quem nos ama de verdade. Por exemplo, Alice, eu sempre soube que ela era a melhor amiga de sempre. Agora, tenho a certeza disso. O seu apoio é incondicional, intemporal, e esforça-se a dobrar na Faculdade, por mim. Estou a par da matéria de todas as cadeiras, graças a ela.

E os meus pais, nem vale a pena dizer. São os melhores do Mundo. Andrew, o meu ex, ligou-me aflito, num destes dias, desejando-me as melhores e prometendo-me uma visita, dele e dos seus pais. Até os ‘’namorados’’ eu escolho bem. Ele continua meu amigo, mesmo agora, e até já está namorando de novo, com uma garota da sua faculdade. Fico mesmo feliz por ele. Mike, Angela e Jéssica também têm sido visitas frequentes aqui, me alegrando muito. Claro que não passam nem metade das horas que Alice passa aqui comigo, mas isso compreendo facilmente.

- Bom dia, Bella.

Acordei dos meus pensamentos, vendo Edward entrar no meu quarto. Eram nove horas da manhã, (os meus pais e Alice) ainda não tinham chegado, e era a primeira vez desde há semanas que ele entrava no meu quarto sozinho. Ergui a sobrancelha, olhando aborrecida na sua direcção.

- Doutor. – Cumprimentei.
- Vim dar-te boas notícias.

Sentei-me melhor, endireitando as costas contra a almofada dura, olhando-o ansiosa.

- Diga.
- Reagiste muito bem à primeira fase do tratamento. Apesar do emagrecimento evidente, os medicamentos foram bem aceites pelo teu organismo. – Enquanto falava, não tirava os olhos dos papéis. Isso irritou-me um pouco, mas estava demasiado aliviada para me pronunciar.
- E agora?
- Começaremos a quimioterapia, em si. – Ele olhou-me, sabendo que eu ia ficar receosa. E fiquei. Mordi o lábio, sustentando o seu olhar.
- Vai doer, não vai?
- Não vai ser uma quimioterapia como as que são expostas pessoas cujo cancro está mais avançado. Estás no estado inicial, vai ser bem mais leve. – Ele sorriu-me, meio triste. – Mas os efeitos secundários podem existir.
- Tipo…?
- Queda do cabelo, sobrancelhas. As dores estarão lá, decerto.

Senti o coração muito apertado, receoso. Ele percebeu a minha mudança de espirito. E, menos de um segundo depois, ele estava inclinado sobre mim, beijando a minha testa. Fiquei quieta que nem uma estátua.

- Não te preocupes, estou aqui, e vai correr tudo bem.

Apertei muito os olhos, deixando-me ir abaixo só por aquele momento. Sempre que cá estavam os meus pais, Alice e Mel eu tentava mostrar-me contente, confiante, e pronta para começar e acabar isto como se nada fosse. Mas era tudo uma fachada. Caramba, tenho 19 anos. Tenho um medo de morte de agulhas, quanto mais de um tratamento inteiro, de uma quimioterapia. Funguei baixinho, tapando os olhos agora aguados com ambas as mãos.

- Bella… Não fiques assim, eu prometo que vou fazer tudo para que fiques bem. – Edward envolveu-me com os braços, beijando o meu rosto.
- Quero que isto acabe depressa… E ainda nem começou. – Sussurrei, apoiando o queixo no seu ombro. Fechei os olhos, sentindo-me de certa forma mais tranquila. – Mas já suporto melhor o facto de estar em hospitais, agora.

Edward soltou um pequeno riso, roçando o seu nariz no meu pescoço. Um pequeno sorriso brotou nos meus lábios. Afundei o rosto no seu ombro, deixando que a minha cabeça pesasse, com todos os problemas que a minha vida tinha, neste momento. E, ainda assim, senti-me mais leve do que alguma vez me senti.

- Desculpa-me, não te ter dito quem era. – Edward afastou-se ligeiramente, sentando-se perto de mim. Senti a imediata falta dele. – Portei-me como um adolescente de 15 anos, eu sei.
- Tudo bem. – Sorri o melhor que pude. – Podes continuar a portar-te como um, faz-me sentir mais adulta.

O meu médico soltou uma leve gargalhada. Nada forçada, apenas espontânea. O meu sorriso abriu-se genuinamente. Até doer.

- Continua assim. – Edward tocou-me na bochecha com a ponta dos dedos, ao de leve. – A sorrir.
- Se der para continuar…

Ficámos presos no olhar um do outro, não sei durante quanto tempo. Apenas ficámos, assim. A sua mão não saiu do meu rosto, só se afincou mais a ele. O seu polegar acariciou carinhosamente o canto da minha boca. O meu estomago revirou-se, arrepios percorreram-me a espinha acima. Os meus olhos fecharam-se, para que o sentido do toque dele se intensificasse.

- Também não me esqueci de nada do que conversámos, no dia do meu aniversário. – Confessei, ainda de olhos fechados. O seu carinho não parou.
- Obrigado por me dizeres isso, tira-me muitas ideias contraditórias da cabeça.

Esbocei um sorriso, sem abrir os olhos.

- Que ideias?

Não consegui sequer formular outro pensamento na minha cabeça, antes de os lábios de Edward estarem nos meus. Os meus olhos abriram-se, a minha respiração falhou, o meu coração parou por um milésimo de segundo, com a surpresa. E foi exactamente um milésimo de segundo que foi preciso para que os meus olhos voltassem a fechar-se.

Afastei os lençois que me prendiam a cintura com as pernas, agarrando os seus ombros com os braços. Beijei os seus lábios de volta, mas logo ele impôs os seus contra a minha boca, ordenando-me que o deixasse beijar-me em condições. Eu deixei. As suas mãos subiram lentamente pelos meus braços, enquanto a sua língua invadia a minha boca. Quente, calma, a querer conhecer cada canto.

Prendi as mãos na sua nuca, sentindo algo no meu âmago agitar-se impaciente, insatisfeito. Suspirei pesadamente, contra a sua boca, quando as suas mãos se prenderam nos meus cabelos, acarinhando-me a nuca. A sua boca movia-se calma mas ansiosamente contra a minha, e eu nunca tinha sido beijada desta forma.

Talvez fosse da idade e consequente experiência, talvez fosse porque os homens estupidamente atraentes como ele são obrigados a beijar bem. Não faço ideia, mas estava a ficar incendiada, no ponto mais fundo do meu corpo. Uma das mãos abandonou o meu cabelo, dirigindo-se à minha perna. Puxou-a para si, até que percebi a sua intenção e me movi para o seu colo, uma perna de cada lado.

As minhas mãos pousaram nas suas bochechas quentes, e, desta vez, fui eu a beija-lo com vontade. Não sabia bem o que estava a fazer, já que Andrew e eu trocamos apenas uns quantos beijos inocentes, mas estava a fazer o que tinha vontade. Tinha vontade de o apertar contra o meu peito e nunca o deixar ir. Tinha vontade de o beijar até não haver amanha. Tinha vontade de fugir daqueles braços quentes e acolhedores, por despertarem tamanhos sentimentos em mim, quando o conheço há tao pouco tempo.

Edward deixou-me respirar, afastando os nossos lábios. Deixei o ar sair, audivelmente. Desceu os lábios pela minha garganta, prendendo-os em cada centímetro da minha pele. Apertei-me contra ele, os braços a sofuca-lo pelo pescoço, e fechei os olhos, deixando-o continuar.

- Oh my God!

Soltei um gritinho, saltando do colo de Edward sentando-me rapidamente ao seu lado, ainda na cama. Alice olhava de boca aberta para nós, os olhos esbugalhados.

- Bom dia, Alice. – Edward levantou-se, tossindo levemente para clarear a voz. – Que bom ver-te.

Olhou rapidamente para mim, para os papéis que estavam sempre na mesinha de cabeceira. Depois, olhou para Alice, encarou o chão, e voltou a encarar-me, até que caminhou a passos largos para a porta, saindo. Tudo isto num espaço de três segundos. Alice recuou uns passos, para fechar a porta que Edward  deixara aberta, não tirando os olhos de mim.

- Ok, Alice, fala logo! – Exclamei exasperada, despenteando o meu cabelo, movendo-o para o lado oposto do que o que estava.
- Eu sabiiiia! – Ela saltitou até à cadeira encostada à minha cama. Suspirei, voltando a deitar-me sob os cobertores. – Eu sabia, sabia, sabia! Sua vadia, nem és capaz de confessar à tua MELHOR AMIGA que querias pegar de jeito o médico tesão!
- Alice, menos. – Suspirei, fechando os olhos. Estava feita.
- TUA MELHOR A-M-I-G-A!!! – Alice saltitava sentada na cadeira, gesticulando bastante, a sua expressão entre o indignado e o satisfeito. – Voltas a ocultar-me um amasso vosso e eu nem sei o que te faço!
- Ocultar um ama… O quê?! – Endireitei as costas, olhando-a incrédula. – Alice, isto acabou de acontecer. Pela primeira vez.
- Ohhh! – Os seus olhos abriram-se, em compreensão. Mas logo isso deu lugar a um sorriso safado. – E então, Belinha, o médico tesão dá bons amassos?
- Aliceeeee!

Soltei um grunhido, baixando a cabeça até às pernas. Senti o meu rosto ficar extremamente quente, sob a protecção do meu cabelo. Estava a corar, sabia.
As mãos de Alice abanaram-me.
- Conta, conta, conta! – Alice estava frenética.
- Contar o quê?

Ambas olhamos para cima, vendo a minha mãe, o meu pai e Mel sorrindo para mim. Suspirei pesadamente, voltando a esconder a cabeça.

- É que nem te atrevas a dizer uma palavra, Alice. – Falei, mesmo com o rosto o mais escondido possível.

Isto estava a tornar-se bastante embaraçoso.


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Notas finais do capítulo

Oláá gente!
Desculpem a demora, mesmo :x
Fiquei contente por saber que algumas pessoas realmente nao me vao abandonar na minha terceira fic, nem em nenhuma das que possa fazer futuramente. E para quem estiver, alem dessas mesmas, interessada em conhecer a minha nova fic estejam atentas às notas finais dos ultimos capitulos da minha outra fic 'Nem contigo...Nem contra ti', onde colocarei o link da fic.
E entao, gostaram do capitulo? Comentem, para eu saber tudo o que pensam, so assim fico inspirada a continuar escrevendo para voces, se me derem a vossa opiniao. Vá gente, nao custa nada ♥
Até ao proximo!
Daniela



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