Edward voltou de mais um compromisso e passou direto de sua cama para o banheiro, mas voltou abruptamente quando viu a caixa de veluda e um papel em sua cama.

“Seth afirmou que foi o senhor quem mandou, agradeço que tenha tido a gentileza de me mandar um presente, mas sinto muito não posso aceitar.

Atenciosamente Isabella.”

– Veja isso Alice. – Edward ralhou. – ela rejeitou um presente. – ele disse indignado.

– O que você queria? Que ela viesse e lhe desse um beijo? – Alice já tinha percebido que Isabella não era como todas as outras.

– Dispenso a sua ironia, ela está se fazendo de difícil, conheço bem esse tipo. – Edward disse Alice deu de ombros. Mas ele estava tão irritado que não se conteve e desceu para procurar a menina. Ele assustou todas ao aparecer na cozinha. – presente não se rejeita Isabella. – ele rosnou. Ela o olhou. – se eu lhe dei tem que aceitar. – ele estava alterado.

– Não falarei com o senhor enquanto o senhor estiver alterado, quando o senhor se acalmar e parar de exigir as coisas de mim, nós falaremos. – Isabella disse firme. Edward saiu do local pasmo com a petulância da menina.

– Ela me desafiou! – Edward gritou.

– Tome um banho e se acalme. – Alice sugeriu.

Todas olhavam pasmas para Isabella pela sua petulância e por ela ter rejeitado algo do rei. Ninguém falou nada, pois Sue não permitiu. Quando elas pensaram poder falar algo Alice chegou à cozinha.

– Isabella o rei lhe espera em seus aposentos. – Isabella suspirou e subiu as escadas. Alice ficou embaixo para dar privacidade a eles, Isabella bateu na porta e entrou.

– Não gosto de teatros Isabella. – ouvir o seu nome na voz grave dele a deixou arrepiada.

– Teatros? – Isabella perguntou confusa.

– Acha que não conheço o seu tipo? Sei bem como é, se faz de pura e inocente, sabe que me desafiando eu ficarei mais sedento para ter você. – ele falou. Isabella o encarava com raiva.

– Então se me conhece tão bem deve saber que nesse exato momento está perdendo toda a admiração que um dia eu tive por você. – a expressão de Edward não mudou. - perdoe-me se lhe ofendi sendo eu mesma, mas não fiquei com seu presente primeiro porque não lhe pedi nada, segundo porque não tenho uma vida compatível com o presente que me deu, se tivesse me dado uma rosa, não um buquê, apenas uma rosa eu teria aceitado e teria lhe agradecido. – ela fungou. – posso ir embora? – ela pediu.

– Sim. – ele sussurrou. Isabella quase correu para fora do cômodo. Edward se sentia um monstro completo, ele tinha errado ao julgar a menina.

– Edward eu sei que você é grosso, mas fazer a menina chorar? – Alice perguntou indignada.

– Eu errei.

– Eu percebi isso. – ela falou ironicamente.

Isabella chorou e foi consolada por Seth, o menino sentia raiva do rei, tinha achado ele um cara legal, mas agora o xingava mentalmente.

Os dias se passaram e Isabella fazia de tudo para não se encontrar com o rei e se o via nem o olhava. Era uma sexta feira, e só estavam o rei, Isabella e Seth no castelo, o rei sentiu um cheiro bom e desceu para ver o que era, chegou lá estava Seth no balcão e devorava o resto da massa do coockie que Isabella preparava, ele balançava as pequenas pernas e sorria.

– Sabe Bells seus filhos vão ser muito sortudos. – Seth comentou.

– É claro que vão. – Isabella se gabou.

– A menos que o pai seja o Jacob. – Edward franziu o cenho.

– Por quê? – Isabella sorriu.

– Não gosto dele. – o menino declarou, Isabella sorriu e tirou a primeira formada de biscoitos. Isabella percebeu a presença de Edward.

– Quer biscoitos? – ela perguntou docemente.

– Se não for incômodo. – Isabella sorriu.

– Desça dai Seth e lave as mãos. – ela disse e o menino assentiu.

– Mandona. – o menino bufou. Isabella sorriu. Edward ficou apenas observando, o menino fazendo o que ela havia mandado. – pronto Bells. – o menino lhe mostrou as mãos. – Isabella assentiu. Ela pegou três copos e pôs leite neles.

– O senhor se sente bem de comer entre nós? – Seth perguntou a Edward. O rei lhe olhou, e nos olhos infantis viu raiva e magoa.

– Sim. – Edward respondeu brevemente.

– Seth... – Isabella o repreendeu.

– Porque tens raiva de mim pequeno? – Edward perguntou e o menino o olhou.

– O senhor não foi cavalheiro como tem que ser. – o menino respondeu. Edward sorriu.

– Como assim? – Edward franziu o cenho.

– A tratou como o Jacob. – Seth disse.

– Quem é Jacob? – Edward perguntou.

– É um homem que quis beijar Bella a força, e se você acha que eu não vi as manchas no seu braço...

– Isso não é assuntou seu...

– Você não vai brigar comigo por causa dele, vai? – Seth perguntou quase chorando.

– Isso não é assunto seu Seth, minha situação com o senhor Black, é coisa passada. – Bella falou.

– Você tem muito sangue frio isso sim, deixe eu me tornar um homem mais alto que ele que eu vou bater nele e mostrar a ele o que é ser homem de verdade. – Isabella gargalhou.

– Concordo com o menino. – Edward disse.

– Se concordasse comigo não teria agido como agiu. – Seth falou.

– Errei em agir daquela forma. Desculpe-me Isabella. – Edward olhou para Isabella, ela corou e baixou a cabeça.

– Não tem problema. – Isabella olhou para um pequeno relógio em seu pulso. – o senhor tem escola para ir. – Isabella falou para Seth.

– É mesmo. – Seth se levantou e pegou sua mochila no canto do cômodo. – tchau Bells. – o menino ficou na ponta dos pés para lhe beijar a face. Ela segurou no rosto do menino e o beijou a face.

– Tome cuidado. – ela pediu.

– Pode deixar. – ele disse e se virou para Edward. – tchau majestade. – o menino disse, Edward assentiu e ele saiu.

– Você é irmã mais velha? – Edward perguntou.

– Não, eu sou uma menina órfã que a mãe dele acolheu em casa e chamou de sobrinha. – Isabella sorriu.

– Não sabe de seus pais? – Edward perguntou.

– Minha mãe morreu no parto e meu pai morreu alguns anos depois. – Isabella explicou, Edward pediu desculpas pelo olhar. – sem problemas. – Isabella disse. – Já terminou? – ela perguntou, ele assentiu e ela tirou os copo e o prato.

– Faça mais desses biscoitos. – Edward disse e recebeu um olhar reprovador.

– Não vou fazer só porque você está me mandando fazer. – Isabella retrucou.

– Você é difícil, pequena. – ele disse e Bella sorriu com o apelido.

– Só não gosto que mande em mim como se eu fosse sua propriedade, trabalho para você apenas isso. – Isabella continuou lavando a louça.

– Eu reformulo então, faria os biscoitos novamente? – ele perguntou.

– Sim senhor. – Isabella falou. Edward sorriu, e foi para os seus aposentos.

Edward foi pensando em Isabella, só então se deu conta que a chamou de “pequena” realmente ela era pequena em sua estatura, era pequena e delicada, e diferente de todas as mulheres que ele conhecia, não era fútil e não lhe cobrava nada por ter sido legal com ele.