Eu Matei Sirius Black escrita por Bela


Capítulo 4
Capítulo 4 - O Ressentimento


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas... mais uma vez, cumprindo minha promessa... 10 Reviews, capítulo novo... Obrigada por lerem e pelos Reviews!



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Capítulo 4 - O Ressentimento

P.O.V. Bella

Quando consegui me levantar, as lágrimas voltaram a invadir meus olhos negros. Não sei se eu imaginara aquilo, mas aquele cachorro se parecia muito com Padfoot. Sim, eu sabia do segredo de Sirius. Ele era um animago. Me lembro da vez que o vira se transformar pela primeira vez... Ainda éramos crianças, no auge de nossos 16 anos... Eu era linda, mas ele era quase um deus... superava de longe a beleza de Cissa...

Flashback on:

Era um domingo antes do Natal. Sirius e eu éramos mais do que primos... Éramos melhores amigos. Um dia, eu estava em meu quarto quando chegou aquele garoto lindo, com aqueles cachinhos que pendiam suavemente ao lado do rosto de anjo, as feições divertidas, os olhos azuis-acinzentados fitavam-me com uma expressão de felicidade. Sirius olhou-me e disse:

–Vem Bellinha... eu vou te mostrar uma coisa. - E eu o segui. Fomos parar em uma pequena floresta de frente ao Largo Grimmauld. Ele então, olhou pra mim, segurou meus ombros e disse:

–Bella, você não pode dizer isso pra ninguém, certo? - Balancei afirmativamente a cabeça e ele começou a tirar a jaqueta de couro, revelando uma blusa preta das Esquisitonas. Sirius seria sempre Sirius... quando de repente, eu ouvi um CREC e onde antes eu via Sirius, agora encontrava-se um cachorro babão, porém com olhos inteligentes. Ao ver minha cara assustada, ele deu uma risada rouca canina, mas eu podia distinguir alguns traços de Sirius naquele cachorro. Os olhos eram brilhantes e alegres como sempre. O pêlo estava bonito e vistoso como seus lindos cabelos. E então, aquele enorme cão pulou em cima de mim, me fazendo cair no chão. Rimos inocentes e fiz carinho em seu corpo canino. Mais um CREC e ele voltou a ser aquele garoto lindo. Eu ri de novo. Ele continuava deitado em meu colo, e eu fazendo-lhe carinho. A risada rouca idêntica a de antes ecoou novamente. E passamos à tarde assim, rindo, brincando, como nunca mais faríamos. A partir daquele dia, as coisas começaram a ficar complicadas. Ele se rebelou contra a família, fugiu de casa e foi morar com os Potter. Eu tentei impedi-lo, mas ele já havia tomado sua decisão. E depois disso, eu nunca mais o vira.

Flashback off

Agora, aquele cachorro me olhava. E eu repetia o gesto dele. De repente, me lembrei o motivo de estar ali. Se aquele fosse realmente Sirius, ele merecia me ouvir. E então, eu comecei a gritar:

– Seu pulguento inútil. O que você foi fazer lá? Por que você não pode seguir regras Sirius? Uma vez na vida? Por quê? Você tem ideia do que me fez passar seu infeliz? Eu quase me matei. - E continuei berrando. Então, o cão cansou-se de me ouvir gritar. Virou-se e foi embora vagarosamente. Aquele não era Sirius. Ele sabia do meu gênio forte, e ele não viraria as costas pra mim, estando eu naquele estado. O pêlo também não era igual. Nem os olhos. Os olhos do cachorro eram débeis e animais. Comuns. Não tinham o mesmo brilho humano. Afinal, eu gritei á toa. E eu não gostava de me esforçar por nada. O cão também havia me virado as costas. Ele merecia morrer.

Regra número 10: Uma Black não deve ser ignorada. Caso isso ocorra, o infrator deverá ser seriamente punido.

Não sabia se aquela regra se aplicava a cães, mas eu precisava descontar minha raiva. E o pobre cão era o único alvo vivo por perto.

– Avada Kedrava - Gritei para o cão, que continuava por ali. Ele caiu no chão com um último ganido. Aquilo não me deixou com pena. Estava acostumada a ser fria. Estava no caminho para casa, Rodolphus deve estar preocupado. Eu já havia me esquecido do meu assassinato acidental. Agora, já estava quase amanhecendo. Eu deveria voltar para o meu marido. Mas uma forte dor me atingiu. Pior do que Cruciatus. Mais dolorosa do que ser esmagada. Eu me lembrei de Sirius. Junte isso ao cansaço, ao sono, ao fato de eu não dormir á quase 24 horas, á culpa, á raiva e principalmente o fato de eu ter tropeçado e caído de cabeça no chão. Mais uma vez, eu fraquejei como uma Black não deveria fazer. Não tenho certeza se desmaiei, ou se simplesmente dormi; o que eu sei é que quando eu acordei, estava nos braços fortes de um Rodolphus de olhos vermelhos, provavelmente por ter chorado muito, preocupada comigo. Ele me carregava para casa. Me deitou em nossa cama. Argumentei que estava suja e precisava de um banho. Ele me ignorou. Só me abraçou cada vez mais forte, como se nunca mais fosse me soltar. Ele não se importou em perguntar por que eu estava lá, naquelas condições. Ele só estava feliz em me ver viva. Rodolphus era realmente o marido perfeito. Toda mulher gostaria de tê-lo. Aquele sim era um marido adequado para Cissa. Mas ele me pertencia. Já meu pobre coração não pertencia a ele. Meu coração pertencia ao bastardo que eu matara à noite.

Tive um sonho muito ruim quando eu adormeci no conforto da minha casa: eu estava andando sozinha por uma rua deserta, quando Cissa apareceu e gritou:

– Você queria me ver sofrer! Você fingia que queria acabar com Lucius para eu ficar livre! Em vez de liquidá-lo, você matou o nosso primo! Você nunca me amou de verdade! E eu acreditei em você! VOCÊ QUER QUE EU SOFRA! VOCÊ ME QUER MORTA! ADEUS!

Ela explodiu, me deixando com mais um peso na consciência de ter matado-a também. Em seu lugar, Rodolphus apareceu.

– Eu sei que você o amava! Eu sei que você não quer que eu seja feliz ao seu lado! Você nunca quis! E agora, você não tem mais o seu querido primo!! Agora vai ter que ficar comigo de qualquer jeito! Mas está tudo ACABADO! ADEUS!

Ele também explodiu. Mais um peso na consciência. Quantos mais eu teria que aguentar? De repente, uma voz soou em meus ouvidos:

– Você me matou! Você matou sua irmã Cissa! E ainda matou seu marido Rodolphus! Agora, eu estou aqui para te avisar que você nunca vai esquecer do maior peso da sua consciência, por isso, vai lembrar sempre do que você cantou para Harry: EU MATEI SIRIUS BLAK! EU MATEI SIRIUS BLACK! EU MATEI SIRIUS BLACK!...


P.O.V. Rodolphus

Acordei com Bella gritando em meus ouvidos. Tentei acordá-la, mas ela resistia. Pelo visto, estava tendo um pesadelo. Devia ser por causa daquele infeliz Lorde da Trevas ou pelo acontecimento de ontem à noite. Não queria que ela tivesse ido, mas infelizmente, nem eu nem ela tivemos escolha. Agora ela estava aqui, ao meu lado, sofrendo sem eu poder ajudar. Calma aí. Eu podia ajudar sim. Dei um beijo nela e Bella despertou. Quando me viu, me abraçou e me deu mais um beijo, dessa vez, mais longo e mais doce. Tentei acalmá-la, mas ela começou a chorar. Também não estava dizendo coisa com coisa. Ora dizia “por que, seu inútil?”, ora dizia “mas eu não devia...”. não estava entendendo.

– Bella? Você está bem? – perguntei, mas não obtive resposta nenhuma. Depois de um longo tempo, ela me olhou e disse:

– Me desculpe Rodlphus, me desculpe... Eu não queria te assustar... perdoe-me, por favor... - E ela recomeçou a chorar, e eu apenas a reconfortava, dizendo... "Vai ficar tudo bem", "Não se preocupe" e ela se cansou de chorar. Levantou-se, me pediu descupas novamente e foi para o banheiro. Eu sabia que ela choraria mais lá, porém, as vezes, as lágrimas são boas. Às vezes, elas aliviam nossos sentimentos mais profundos. E eu torcia para que isso acontecesse com Bella.


P.O.V. Bella

Agora, aqui estava eu, no banheiro, em prantos novamente, com a cabeça cheia de pensamentos. Eu realmente não queria tê-lo deixado preocupado. Afinal, ele ainda era o meu marido. Eu ainda o amava, mas... não tanto quanto Sirius. Mesmo assim, odiava vê-lo sofrer, como eu sabia que ele estava sofrendo agora. Agora, eu estou fazendo um juramento. Um juramento que eu sabia que seria quebrado. Eu jurei que nunca mais vou pensar em Sirius Orion Black. Eu jurei que nunca mais iria pensar naquele bastardo idiota que tanto me fez sofrer. Mas naquele mesmo momento, aquele juramento foi quebrado, como eu previra. Eu nunca seria capaz de me perdoar. NUNCA. Preferia morrer a ter que admitir, mas EU O MATEI. Não. NÃO. NÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO. Por quê? Por que ele teve que ir? Por que logo eu, Bellatrix Black Lestrange tinha que matá-lo? E isso me perseguiria até a minha morte. Eu sabia. Eu tinha certeza. Por que eu o amava.


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Notas finais do capítulo

Atenção: o último capítulo só sai se eu ganhar 20 Reviwes. Espero que vcs me entendam, pois, como eu disse, às vezes temos que ser malvados.



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