My Paradise escrita por Gisele, Gabi Calin


Capítulo 7
Adeus ilha querida!


Notas iniciais do capítulo

Está aí a sequência, gente!!! Espero que gostem!! Qualquer dúvida é só perguntar!!



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"_ Tudo bem! Eu te levo, não vai voltar nadando!

Voltamos em sua lancha particular, a viagem foi muito mais rápida e em nenhum segundo dela trocamos um olhar ou uma palavra."

***

Corri para casa assim que chegamos a minha tão conhecida praia. Minha mãe estava desesperada e meu pai tentava falar com alguém num dispositivo que eu conhecia por fotos como telefone celular, aparentemente novo.

Pareceu que eles tiraram uma tonelada das costas quando viram que eu estava de volta. Minha mãe me deu um longo abraço, mas meu pai ficou em pé esperando por explicações.

_ Me desculpem! Fiquei com muita raiva e simplesmente fui.

_ Simplesmente foi? Você quase nos matou de preocupação!_ disse meu pai, ele estava sem seu chapéu de cowboy que eu tanto amava e passava a mão nervosamente pelo cabelo.

_ Desculpem-me.

_ Claro minha querida! Mas o que aconteceu? Você está tão cabisbaixa._ disse minha mãe sempre muito delicada.

_ É que ..._ eu já ia delatar o criminoso, quando ele mesmo confessou, adentrando a sala.

_ Eu matei um mendigo!

_ Você matou um homem?_ perguntou meu pai se endireitando de repente.

_ Não, eu matei um mendigo!

_ Mas o que ele te fez? Podem me contar o que diabos aconteceu?

_ Ele estava com Renesmee e não queria deixar que a levasse!

_ Eu fiquei por que quis! Ele não tinha feito nada para receber a morte! Ele era muito legal, tinha me levado para conhecer o Rio! Ele só tentou me defender por que ele apareceu falando que ia me levar por que era meu pai!_ reparei meus pais abaixando o rosto a palavra pai, eles não eram pais chatos, mas pensei que ao dizer isso pelo menos fariam alguma coisa, sei lá, expulsá-lo da ilha ou chamá-lo para uma conversa particular como sempre faziam, mas não, continuaram com a cabeça abaixada.

_ Acho que já chegou a hora!_ Edward tomou a palavra_ Vocês não conseguem segurá-la mais, tive que procurá-la por toda cidade! Ela consegue muito bem viver entre humanos, o trabalho de vocês já chegou ao fim.

_ Você não vai levá-la!_ disse minha mãe que finalmente pareceu indignada com a situação.

_ Podem me explicar o que está acontecendo?_ praticamente gritei.

_Esse homem e essa mulher não são seus pais, você é minha filha! E vou levá-la comigo!_ Edward despejou tudo de uma vez sobre mim, sem me dar tempo de refletir direito. _ A trouxe aqui pegar suas coisas e se despedir! Ande logo!

_ Mas...

_ Vem minha filha vamos conversar!_ disse minha mãe, me arrastando para cima após acenar para meu pai.

_ Eu não quero mais sair daqui! Quero ficar com vocês, me desculpe por ter fugido, mãe!_ disse já dentro do meu quarto. Derramando as lágrimas de uma vida inteira.

_ Calma minha querida, seu pai vai tentar convencê-lo a te deixar ficar aqui!

Ela estava enganada, eu podia ouvir a discussão que estavam travando e meu pai estava perdendo a discussão que travavam.

_ Ele é mesmo meu pai?

_ Sim... infelizmente. Ele nos deu você quando era um bebê para que a criássemos longe do mundo, ele nos disse que você era diferente das outras crianças, mas não deu muitos detalhes. Notamos isso na primeira semana, você crescia tão rápido, e não se alimentava como nós.

_ Por que sou assim?

_ Você é de uma espécie diferente, Nessie!_ eu já tinha percebido que era diferente de meus pais, eu gostava do sangue e eles da carne, era uma diferença mínima, nunca imaginei que significava uma divergência de espécies. Pensei que brilho na pele fosse algo restrito das crianças que eu perderia quando fosse como minha mãe, não era uma boa teoria, mas isso nunca teve muita importância, quatro anos de não é tempo suficiente para fazer tantas perguntas, eu ainda estava na fase de brincar e me divertir.

_ Vocês tem certeza? Só por que eu me alimento de sangue? Eu vi no Rio uma menina ela tinha o meu tamanho, mas tinha onze anos, é por que eu cresço mais rápido, não é? Ou por que eu brilho um pouco ao sol?

_ Sim, seu crescimento é incrível, Edward sabe mais sobre isso, ele é como você, e pode dar mais respostas.

_ Você quer que eu vá?

_ Não, minha querida, mas ele é o seu pai e tem direito sobre você!_ disse entre lágrimas._ Não poderíamos ficar com você nem que quiséssemos.

_ Eu..._ não sabia o que dizer, a culpa era minha, se não tivesse saído daquele jeito da ilha agora poderia estar vivendo feliz com os pais que me amavam, não ligaria de viver na ignorância sobre o resto do mundo, pois estaria com as melhores pessoas do mundo, as únicas que realmente importavam. Meu rosto estava encharcado pelas lágrimas de ter cometido um erro, era muito injusto!

Eu não tinha muitas roupas, na maioria shorts e blusas largas, enfiei algumas dentro da minha mochila de crochê com alguns livros, minha luneta e minha câmera com as fotos da ilha e do Rio.

_ Estou pronta!_ disse descendo as escadas de bambu do meu quarto.

_ Vá para a lancha._ disse Edward categórico.

Abracei meus pais bem forte, senti um aperto no peito ao me despedir, era como se fosse a última vez que nos veríamos! Saí de casa, queria ir até a floresta me despedir dos meus bichinhos de estimação, nem mesmo Leoni eu tinha visto, mas, no entanto não queria desobedecer a Edward, ele tinha um autoritarismo oculto na voz, que me dava medo.

Adeus pai e mãe! Adeus ilha querida!

Novamente viajamos, mas não tínhamos assunto, fizemos toda viagem evitando olhar um para o outro. Já no Rio fez um sinal estranho e imediatamente um dos carros que andavam parou ao nosso lado. Chegamos a um lugar amplo, ao longe no céu pude observar pequenos objetos voando, sua descrição batia com a dos famosos aviões, sabia que eram grandes máquinas pesadas que voavam muito rápido, que tinham turbinas como os barcos e usavam grande quantidade de combustível.

_ Chegamos!_ disse Edward pela primeira vez.

_ À sua casa?

_ Não, não! Aqui é um aeroporto!_ disse friamente. Não fazia ideia do que era um aeroporto, mas aero lembra ar, então podia se referir aos aviões, aeroporto só podia ser lugar de pouso de aviões.

_ Você não mora no Rio?

_ Não!_ eu não gostava de fazer perguntas a ele, e ele não gostava de responder, resolvi voltar a ignorar completamente a sua preseça e a vontade de perguntar aone ele morava. No nosso avião só tinha eu e ele como passageiros e quase cedi à vontade de lhe perguntar a razão, mas fui fria o suficiente para aguentar. Durante algum tempo fiquei observando as pequenas luzes, mas o tédio me lembrou de que eu não dormia direito há muito tempo o que fez o cansaço se impor me empurrando para a inconsciência.



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Notas finais do capítulo

Vou começar a postar com mais regularidade, todo fim de semana!!!
Bjsss