My Paradise escrita por Gisele, Gabi Calin


Capítulo 13
Experiências


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora, não quis incomodar minha beta, então não foi revisado direito!!



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No capítulo anterior...

"_ Por que Edward não a ajudou?_ perguntei deixando a calada._ Não precisa responder. Sei que ele está disposto a matar todo mundo que eu amo!"

***

Suzannah me levou para o quarto metálico, tudo naquela casa demonstrava frieza, cores escuras e móveis metalizados.

Os olhos dela, como eu reparara, eram lindos, a parte que me deixou mais chocada sobre Suzannah foi sua alimentação antiga, eu não gostava de matar nem animais, quanto mais pessoas! Não conhecia muito sobre o vasto mundo dos humanos além do que sabia dos meus pais, mas se todos fossem como eles, não mereciam morrer. Mas uma pergunta martelou em minha cabeça, sem resposta.

_ A cor dos olhos dele também é clara, por quê?_ ela sabia muito bem que estava falando de Edward, sabendo o que eu sei, imaginei que ele fosse um sedento sem alma.

_ Sabia que esse assunto ia lhe impressionar. Depois explico melhor, tente dormir._ falou ela, provavelmente tentando me poupar de mais um desgosto.

Definitivamente não ia conseguir dormir, esperei ela dar boa noite e se afastar o bastante para poder me levantar. Sem correr, parecia que eu tinha que andar dois quilômetros para chegar a sala de Edward, avaliei bem para ter certeza que ele não estava lá, provavelmente estava brigando com Suzannah por me contar seus segredos sórdidos, encontrei facilmente a sala onde havia acontecido a confraternização, tinham três portas naquele corredor, uma devia ser a do quarto dele, que ele devia ter, mesmo sem precisar dormir, segundo Suzannah. Outra devia ser a sala de confraternização.

Optei pela última porta, era de mogno preto, mas ela dava num corredor muito escuro, segui por ele até encontrar outra porta de mesma cor.

Era como a sala de confraternização, mas tinha um computador, usei o corpo para abafar o som quando liguei, ao lado também tinha um caderninho com capa de couro enrolado por uma fita do mesmo material.

Não podia demorar muito não sabia quanto tempo Edward se afastaria de sua sala secreta, havia deixado o vestido na praia o que foi melhor, escondi o caderninho debaixo da blusa larga, talvez fosse util, não estava mais ligando para a invasão de privacidade ou ser mal educada, achei facilmente o local, não tinha muita coisa no computador, apenas umas pesquisas sobre genética e outras coisas que não sabia o que significava. A pasta se chamava Experiência um, tinha uma tabela, com vários dias, meses e anos, várias alturas e pesos. Abaixo tinha várias anotações sobre crescimento e desenvolvimento rápido.

Havia mais duas pastas chamadas Experiência dois que não havia nada de muito diferente da primeira, e uma chamada Experiência três, a qual não consegui parar de ler, sabia a quem ele se referia. Vários trechos comprovavam.

Ela cresce como as outras, ela vive afastada e com humanos, provavelmente não terá problemas com sangue, ainda não tenho certeza sobre seu psíquico, não posso fazer muitas especulações, talvez não seja possível um bebê do sexo masculino híbrido, é a terceira tentativa que confirma isso, de todo modo não acredito que a diferença de sexo possa trazer muitas diferenças mentais, talvez físicas, mas mínimas, em todo caso.”

Ele falava de mim como uma esperiência. Por um segundo fiquei feliz, por não corresponder suas espectativas e nascer menina.

“Em sete anos ela estará como as outras, o fato de ter vivido com humanos, talvez tenha aumentado seu autocontrole. A progenitora morreu logo em seguida ao nascimento.”

_ De fato, computadores não são seguros.

_ Devia ter colocado uma senha._ respondi secamente, havia percebido a entrada dele na sala, mas resolvi que um ataque direto seria melhor.

_ Você teria descoberto.

_ Sim, eu tentaria algo como: eusouoreidomundo, com certeza.

_ Eu nunca colocaria uma senha dessas.

_ Você sabe que eu já li tudo, não é? Quem são as outras?_ perguntei direta._ Eu saberei se mentir!_ falei categórica me levantando do acento e cruzando os braços autoritariamente, fazendo, minha ilusão, Fast aparecer do meu lado, na mesma posição.

_ Suzannah me contou sobre suas ilusões poderosas, confesso que achei surpreendente demais. Ler mentes é algo muito interessante.

_ Quem são elas?_ perguntei novamente, séria.

_ Andréia e Ângela._ disse sem hesitar. Observei pela minha visão periférica Fast, confirmando.

_ Elas sabem que você as chama de Experiência um e dois?_ falei friamente, mas ele não respondeu, continuamos a nos encarar, mortalmente.

_ Por que você não a salvou?_ disse me referindo a minha mãe, ou como ele prefere: progenitora.

_ Ela já havia me dado o que eu queria.

_ Um bebê para fazer experiências?

_ Exatamente._ ele veio na direção de sua cadeira e por reflexo me afastei.

_ Por que se alimenta de animais? Se sente culpado por ter tirado tantas vidas?

_ Não, mas se eu teria que me aproximar e conviver com humanas não poderia perder o controle, não acha?

_ Cretino!_ gritei exasperada. Ele não podia fazer tantas maldades e sair impune, como ainda tinha coragem de ser tão hipócrita?

_ Ora, é a verdade, pergunte a sua ilusão.

Não me dei ao trabalho de olhar para Fast, sabia que era a mais pura verdade.

Saí revoltada da sala, fiz o caminho automaticamente para meu quarto, vindo em minha direção veio Suzannah com feições perturbadas.

_ Andréia previu você entrando na sala de Edward, ela fez de tudo para segurá-lo, percebo que ele suspeitou, achei estranho quando ela me disse e fiquei preocupada com o que ele faria.

_ Por que não me disse que elas eram minhas meias-irmãs e que ele seduziu minha mãe só para ter um bebê do sexo masculino?

_ Eu achei que seria duro demais para você? Entende?

É claro que eu entendia, nem sei por que cobrava a ela explicações, uma parte bem pequena de mim queria saber de toda história, cada detalhe escondido, essa parte ficava gritando comigo, querendo vencer, mas outra parte muito maior e mais forte queria gritar e apagar tudo o que eu havia vivido nesse meio tempo...

Apagar... Era isso! Como não pensei antes? Talvez tivesse abalada demais ou não tivesse coragem mesmo. Puxei Suzannah para dentro do quarto, me sentei e apontei o colchão ao meu lado para ela se sentar também, era o único jeito.

_ Escute, você pode usar seu poder de mediadora para voltar no passado e concertar minha vida?_ perguntei ofensivamente.


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Notas finais do capítulo

A Suzannah é Anna Popplewell, a que fez o papel de Suzana em As Crônicas de Nárnia!!
Já deu pra notar que amo esse nome, né?!
bjss
até!!