We Must Reinvent Ryden escrita por RyRo


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Ficou pequeno mas é o segundo que eu posto hoje hihi
Amanhã eu acho que posto o próximo o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/201567/chapter/11

Nos encaramos por aproximadamente cinco minutos. O sorriso que ele mantinha no rosto quando eu abri a porta foi desaparecendo aos poucos, trazendo um pouco de vergonha no lugar. Provavelmente porque eu não parava e olhar pra ele sem nenhuma reação. Eu não sabia o porquê dele estar ali, eu só o olhava.

- Ry? - Ele voltou a sorrir. 

- O-oi. - Sorri sem graça. - Entre. - Dei espaço pra ele entrar e fechei a porta em seguida. 

- Você tá bem? - Ele perguntou, se dirigindo pra sala e eu ia atrás dele.

- Sim. E você? - Ele sentou-se no sofá, sentei-me no puf na frente.

- Tô bem. - Ele sempre colocava um sorriso no rosto tão facilmente, aquilo era uma das coisas que mais me encantava nele.

- O que te trás aqui? - Perguntei.

- Sei lá. Vim ver se você tá desocupado, não tenho nada pra fazer.

- Ah... estou sim.

Ele parecia sem saber o que fazer, sem saber o que falar, parecia que nem ele sabia o porquê dele estar ali. Ficamos em silêncio. Eu o analisei. Como estava seu cabelo, como ele se vestia, tudo sobre ele me agradava. Eu não conseguia olhar pra ele e encontrar algo que eu não gostasse. Ele percebeu que eu o olhava então nossos olhares se encontraram assim que parei de encarar seus lábios. Ele sorriu e olhou pra baixo. Lembrei de Spencer, lembrei de tudo que ele me disse. Respirei fundo e não pensei. 

- Cara... eu... gosto muito de você. - Me impressionei comigo mesmo e na mesma hora senti minhas bochechas queimarem e meu coração disparou. Ele me olhou, estranhando.

- Eu... eu também, Ry. - Ele riu, sem graça. Ele não tinha sacado. Ok, eu ia fazer ele sacar.

- Não, você não entende. Eu amo você. Eu amo tudo o que você faz, tudo o que você diz, cada parte de você, cada sorriso, cada expressão. Eu não aguento mais guardar isso pra mim, você não tem ideia do quanto dói, do quanto tem doído saber que você não sente o mesmo que eu sinto. Você não sabe o que é acordar e ir dormir pensando na mesma pessoa todos os dias, e ter que te olhar, e ter que estar com você sem poder fazer o que eu sempre quis. O que eu sempre quis fazer? Eu sempre quis poder te abraçar, te beijar, rir com você, brincar e até brigar com você, que atualmente tá meio difícil, eu poderia suportar qualquer coisa se eu soubesse que no fim eu poderia te ter. Isso não é de ontem, não é da semana passada, não é do mês passado, faz tempo, faz muito tempo que eu não consigo encontrar uma maneira de te falar todas as asneiras que eu estou te falando agora. - Respirei fundo, ele me olhava sem reação. Continuei mais calmo. - Olha, eu sei que não importa o que eu diga, nada vá mudar o que você pensa, então tanto faz, eu só precisava tirar isso de cima de mim, eu precisava que você soubesse que esse tempo todo a pessoa que eu gosto sempre foi você. - Olhei pra baixo. - Sempre vai ser. - Ele pareceu confuso. Levantou-se e andou de um lado pro outro.

- É... eu... tenho que ir. - Disse correndo até a porta, e se foi.

Levantei, gritei, soquei a parede, fiz tudo que eu tinha direito. Eu era muito idiota, era óbvio que ele nunca gostaria de mim do jeito que eu gosto dele e agora eu tinha estragado todas as esperanças que restavam de nós ainda sermos pelo menos amigos. Eu não sabia que eu podia me odiar do jeito que eu estava me odiando naquele momento.

Fiquei o resto do dia no quarto, não comi, não fiz nada além de me odiar mais e mais. Eu sei lá, queria trocar de vida com alguém, queria ser outra pessoa além de mim. Parece egoísmo da minha parte querer fugir das coisas que me doíam tanto. Que seja egoísmo então. Eu só queria que aquilo passasse.

Fiquei andando de um lado de pro outro de madrugada parecendo um zumbi. Deitava na minha cama, deitava no sofá, ligava a tv, desligava, e assim fiquei a noite toda. Checava meu celular de vez em quando na esperança de ver uma nova mensagem, uma chamada perdida, sei lá. Eu sabia que eu estava me iludindo.

Quando consegui dormir já tinha amanhecido. Pra completar minha situação, era domingo. Eu odeio domingos. Dormi das sete horas até meio dia. Levantei com fome, cansado e querendo espancar a mim mesmo. Comi só uma maçã e sentei no sofá. Já vi que aquele dia seria longo e torturante.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pobre Ryan



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "We Must Reinvent Ryden" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.