O Renascer De Uma Rivalidade escrita por Laryh


Capítulo 49
O Renascer de uma História.


Notas iniciais do capítulo

Ohayo Minna
Demorei, mas cheguei e hoje trago a vocês o último capitulo - TODOS CHORAM- é gente, é o fim. Mas deixemos os rodeios de lado e vamos a história.
Boa Leitura!
P.S: LEIAM AS NOTAS FINAIS.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/201540/chapter/49

No Capitulo Anterior

Os soluços se intensificaram e o silencio pesava sobre todos os shinobis feridos.

Porque ela havia se sacrificado por pessoas que a repudiavam, havia dado a vida também por aqueles que amava. Ela era uma verdadeira herdeira Haruno, ela era verdadeiramente uma reencarnação poderosa de Kaori, a herdeira prometida.

oOo

-- Saiam da frente – A voz de Hachiko foi ouvida enquanto todos os outros kitsunes corriam as presas para reunir-se ao lado do corpo da menina – Sasuke, largue Sakura – Pronunciou-se o raposo quando parou ao lado do moreno.

-- Lie – Disse de forma emocionada com os olhos marejados vendo a cada minuto a cor da pele antes tão rosada transformar-se em pálida – Onegai, lie.

-- Sasuke, podemos salva-la – Tora disse visivelmente emocionada – Onegai, afaste-se.

Hikaru agarrou o moreno pelos ombros o afastando do corpo sem vida da filha, o sangue dela ficará ali, marcado nas vestes brancas do shinobi que chorava compulsivamente a cada passo dado para longe da mulher amada.

Todos os shinobis da vila da folha e do clã Haruno possuíam os olhos marejados e encaravam fixamente os poderosos e graciosos animais deslizando até formarem grandes círculos ao redor da pequena de cabelos rosados.

Seis círculos foram formados um dentro do outro para que as mais de 100 raposas presentes pudessem fazer parte do que estava por vir. O primeiro circulo que rodeava o corpo era composto por Tora, Ryo, Akita, Fuji e Hachiko que assim como os demais já haviam sentado e juntado as patas da frente.

O silencio sepulcral caiu quando em uma leve melodia algo parecido com um ronronar começou a soar das gargantas das raposas, os olhos foram fechados e uma quantidade incontáveis de selo foram feitas de modo veloz e preciso até que o impossível aconteceu.

Sob o corpo inerte da menina uma figura imensa, conhecida e temida apareceu refletida, sentada e com as nove caudas ao redor do focinho que mantinha-se escondido. Kyuubi levantou os olhos vermelhos encarando Hachiko que levantou-se e rapidamente tomou sua forma natural. Era maior que a raposa de nove caudas e a pelagem magnificamente alaranjada brilhava e esvoaçava com a brisa suave que batia, os olhos incrivelmente verdes refletiam toda a responsabilidade e as emoções do momento.

-- Kyuubi – Hachiko cumprimentou o animal que contrariando o habitual curvou-se diante do líder.

-- Hachiko sama!

-- Entende o motivo da convocação? – Perguntou

-- A menina está perdendo a vida – Os olhos vermelhos deslizaram para a figura abaixo de si – Ela lutou bravamente, é uma verdadeira guerreira!

-- Todos sabemos disso – Hachiko sorriu observando a pequena flor – E por isso pedimos sua ajuda.

-- Ajudarei! – Kyuubi levantou-se agitando o corpo inteiro e mostrando seu porte imponente – Sakura ajudou-me a ver o mundo e ver Madara morto, por esse motivo farei o que me pede.

-- Então, você sabe o que precisa fazer – Hachiko completou voltando ao tamanho anterior e sentando-se na mesma posição com as patas juntas.

-- Claro – Kyuubi sibilou e acalmou as caudas que batiam-se, sua imagem ajeitou-se sentando no ar e juntando as patas como os demais, os olhos vermelhos fecharam-se e um ronronar que emergia da garganta de todos surgiu enchendo o ar com uma energia não identificada.

Hikaru e Sayuri choravam abraçados ao longe, enquanto Sasuke era amparado pelo irmão. O silencio não quebrava-se e o ritmo do som das raposas aumentava e diminuía de forma singela e até mesmo doce.

Quando os olhos vermelhos de Kyuubi abriram-se bruscamente e o som aumentou, o chakra azul de cada raposa começou a sair de seu corpo e dançar ao redor de acordo com a melodia, de modo lento e belo seguiam até onde o demônio de nove caudas mantinha-se parado e sua coloração safira transformava-se em rubi.

Quando Kyuubi mantinha ao redor de si uma imensa quantidade de chakra vermelho rodando e lhe circundando o enorme corpo executou diversos selos e com agilidade repousou as patas sobre o coração do corpo de Sakura. Todos tentavam ver o que de fato acontecia, porém uma imensa explosão cobriu a visão de todos e a única coisa que pode ser ouvida diante da cortina que não dissipava-se era o entoar das vozes das kitsunes e em seguida a voz aguda e melodiosa do próprio demônio.

-- Haruno Sakura, você sacrificou-se pelo seu povo, pelas pessoas que amava. Você aniquilou o mau pela  raça shinobi e pela raça kitsune sem pedir nada em troca, você é a única que tem a honra de possuir um contrato e claro, poder me controlar. Uma kunoichi que vivenciou a quase morte e agora retorna ao mundo que lhe pertence.

Sakura, nós kitsunes te presenteamos com uma segunda vida vinda de nossas energias, esperamos que aproveite dessa dadiva, pois ela será concedida apenas uma vez. Retorne ao mundo dos humanos como uma pertencente do Clã Kitsune, pois agora nossos laços são bem mais profundos do que antes.

As palavras saiam de forma lenta e respeitosa espantando a todos que esforçavam-se para ver além da vermelhidão do local. Quando finalmente a imagem das raposas começou a ser vislumbrada Sasuke encaminhou os olhos diretamente ao local onde o corpo inerte de Sakura repousava antes e assim como Hikaru e Sayuri e os demais amigos perdeu a fala ao ver a respiração da menina retornar e seus olhos abrirem delicadamente.

Tentou correr a seu encontro, porém foi detido por Itachi que apontou Hachiko que aproximava-se da menina.

-- Sakura – O kitsune a encarou satisfeito – Não nos assuste assim novamente.

-- Lie – A menina respondeu com a voz cansada enquanto lentamente e com ajuda das kitsunes se colocava sentada.

-- Mostre-me o pulso pequena – Hachiko murmurou e a movimentos lentos Sakura retirou as faixas negras em frangalhos do pulso que agora não apresentava nenhuma cicatriz, os olhos verdes arregalaram-se, pois aquilo significava apenas uma única coisa – Hai, o contrato foi findado graças a sua morte, entretanto com sua volta a vida devemos refaze-lo, correto?

-- Me presenteara com um novo contrato Hachiko sama? – Perguntou com dificuldades.

-- Hai – Hachiko sorriu – Sakura, agora mais do que antes você é uma de nós, sob suas veias corre chakra kitsune e mudanças aconteceram, mas isso com o tempo você perceberá, agora... – Hachiko aproximou-se – Apenas me dê seu pulso.

Sem delongas Sakura estendeu o pulso ao raposo, os shinobis de Konoha e os próprios Haruno encaravam encantados as cenas que se seguiam, afinal não eram todos os dias que podiam presenciar uma coisa tão linda quanto à atitude de uma raposa ao devolver a vida a um mero mortal. Kakashi observou atentamente assim como todos quando Hachiko rosnou e cravou violentamente os dentes sob o pulso frágil da menina.

O grito ficou preso na garganta e quando os dentes desafundaram da carne macia o sangue jorrou pelas artérias do pulso, Hachiko lambeu os lábios apreciando o sabor e fazendo um conjunto de selos invocou um enorme pergaminho. O abriu e todos puderam ver as lacunas sem qualquer marcação, a não ser por uma que antes brilhava em letras vermelhas e agora apenas reluzia o negro do luto.

-- Assine aqui com seu sangue – Hachiko apontou a lacuna ao lado – Aqui está sua antiga assinatura, mas agora pequena, você é o renascimento de seu antigo eu. – Apontou as letras negras ao lado e observou atentamente a menina que desenhava cada letra de seu nome com calma.

Quando o trabalho finalmente foi terminado Hachiko lhe lançou um leve sorriso e com carinho passou a língua por seu pulso, fechando instantaneamente o ferimento que deixou uma cicatriz como a anterior. Sorrindo encarou as kitsunes e em alto e bom som falou

-- Novamente o Clã Kitsune abre suas portas a alguém merecedor de nossa confiança, Haruno Sakura – Voltou-se a menina -- Uma vez lhe devi a vida e jamais me esquecerei de sua teimosia em me curar. Hoje, finalmente pude retribuir o favor, e posso dizer que é uma honra ter um contrato com você, pois nenhuma kitsune presente aqui, conseguiria viver sem a alegria de uma única kunoichi dentro do Clã. Seja bem vinda de volta, ao lugar que você jamais deveria ter saído.

Com o contrato, as energias da menina haviam se fortalecido e conseguindo levantar-se pode finalmente encarar Kyuubi, encarou também as outras kitsunes que mantinham-se alegres e com semblantes cansados devido o esforço e como forma de gratidão curvou-se pela primeira vez a alguém. A imagem emocionou Sayuri que soluçou nos braços do marido que mantinha a esposa presa entre o peito reconfortando-a. Os próprios olhos de Hikaru mantinham-se marejados e emocionados, pois via a filha ali, inteira e viva, talvez mais viva do que nunca, pois seu chakra era intenso e invadia os sentidos de todos os shinobis ali presentes.

-- Arigato – Sakura curvou-se diante da imagem de Kyuubi que ainda mantinha-se ali parada.

-- Hm – O demônio fez uma breve reverencia e com um singelo sorriso desapareceu sob o selo que mantinha-se sobre o estomago da kunoichi, agora cada uma estava enlaçada a outra como um só.

-- Querida – Tora chamou-a – Acho que alguém quer te ver – A kitsune sorriu abrindo caminho entre Sasuke e Sakura, os olhos verdes deslizaram prendendo-se nos negros e um sorriso discreto, porém animado surgiu nos lábios de ambos. Sasuke soltou-se de Itachi e caminhou até Sakura que manteve-se no lugar o encarando, quando estava a poucos passos o moreno analisou minuciosamente a menina.

O corpo frágil estava ferido pelas marcas de batalha, era visível o esgotamento em seu semblante e em todo e qualquer lugar que os olhos negros percorressem podia ser visto o sangue antes quente e agora seco que pregava-se a pele alva a as roupas rasgadas. Naquele momento Sakura estava longe de ser a kunoichi linda que era, mas para Sasuke ela era tudo o que ele queria e precisava, e vê-la ali, de pé, sorrindo e respirando fora a coisa mais linda que vira na vida.

Sem importar-se com os demais que assistiam a cena emocionados, deu dois passos a frente, enlaçou a fina cintura da menina e a puxou para um beijo, talvez o melhor de todos que já haviam trocado, e em meio a palmas e urros de felicidade contatou-se “Haruno Sakura havia voltado a vida”

oOo

-- Juro que estou bem okaasan – Sakura sorria levemente para a mãe que a apertava nos braços.

-- Musume – Novamente os soluços irrompiam do peito aflito da mãe – Musume, você me deu um susto tão grande.

-- Mas já passou – Sakura sorriu deixando-se ser abraçada cada vez mais forte – Agora eu estou bem okaasan.

-- Jamais volte a fazer isso – Sayuri separou-se da filha acariciando o rosto sujo de sangue – Não suportaria vê-la partir querida, não suportaria.

-- Sakura é mais forte do que imaginamos – Hikaru aproximou-se junto com Hachiko que caminhava elegantemente, mesmo estando cansado e ferido – E conta com uma ajuda importantíssima – O líder enlaçou a filha pelos ombros a trazendo para um abraço, a menina apoiou a cabeça no peito largo de seu pai e ali, encontrou descanso e consolo para as aflições que havia passado.

-- Arigato otousan – Sakura sorriu

-- Um dia disse a seu ojiisan que faria de tudo para proteger o Clã – Alisou o cabelo da pequena – E meu coração quebrou-se quando eu vi que o meu sacrifício seria entregar minha musume, como há anos atrás aconteceu com Kaori – Todos silenciaram quando ouviram o nome da herdeira prometida. – Você minha pequena hana, é sem duvidas, a encarnação daquela que há gerações tem o respeito de nosso Clã, e você acabou de provar o porquê deve liderar os Haruno quando chegar sua hora – Hikaru colocou a mão nos bolsos da calça e de dentro dele retirou uma flor de cerejeira manchada de sangue, porém inteira – Algo dentro de mim morreu quando o cristal se rompeu – Estendeu à flor a menina e completou – Faça com que essa parte reviva, onegai.

Sakura ainda hesitante pegou a flor em mãos a encarando em silencio por segundos, lentamente liberou o chakra e sorriu quando viu uma nova forma de cristal forma-se envolvendo a flor que cristalizou-se instantaneamente. Estendeu a flor ao pai e curvou-se diante do líder Haruno.

E ali, em meio a um campo de batalha todos os Harunos curvaram-se diante de um único líder, a cena vista pelos shinobis de Konoha e pela própria Godaime mostrou-se emocionante e com um único movimento de autorização Tsunade curvou-se também.

-- Sem seus shinobis, sem as kitsunes e principalmente sem Sakura – Tsunade iniciou um breve discurso – Não haveríamos vencido essa batalha, mais do que a arte da luta Hikaru, você me mostrou o modo certo de liderar e hoje, tanto meus shinobis, quando eu tenho apenas agradecimentos sinceros a lhe dar, por isso aceite meu pedido de desculpas por tudo que fiz e disse e principalmente, aceite isso – Tsunade estendeu a mão a Shizune que lhe depositou uma caixa de madeira um tanto quanto suja, caminhou lentamente até Sakura e colocou em suas mãos o objeto – É o mínimo que podemos fazer a vocês.

A menina encarou a madeira por breves instantes, quando finalmente abriu encontrou um haiate com o símbolo da folha, o objeto repousava em um veludo vermelho que mantinha-se intacto.

-- Você conquistou o que veio buscar – Tsunade sorriu e elevando a voz disse em alto e bom som para que todos ouvissem – Haruno Sakura, hoje conquistou muito mais que um haiate, hoje você conquistou nossa confiança, hoje você conquistou seu posto entre nós, hoje... você tornou-se uma Jounnin da Vila da Folha.

Sorrisos preencheram o campo enlameado e ensanguentado, finalmente a guerra havia acabado, finalmente todos poderiam viver em paz e o Clã Haruno poderia voltar a respirar aliviado, pois no fim das contas em meio a todas as batalhas Sakura havia conseguido o que almejava, a liberdade para seu povo.

oOo

DOIS MESES DEPOIS

-- Não acredito que os conselheiros continuam com isso – Sayuri bateu o braço na cadeira que apoiava-se – Hikaru, faça algo!

-- Quer que eu faça o que? – O líder pronunciou-se – Eles exigem e Sakura já concordou – Suspirou sentando-se ao lado da esposa – Quem diria que eu teria que tratar da virgindade de minha musume com conselheiros velhos e decrépitos, isso é bem incomodo.

-- Então deixe que eu resolva – Sayuri levantou-se sorridente

-- Yare – Hikaru saltou da cadeira – Porque está sorrindo desse jeito e como assim eu resolvo?

-- Deixe comigo querido – Sayuri sorriu de canto apoiando a mão no peito forte do homem – Sua tsuma resolve! – Concluindo saiu do quarto a passos largos seguindo até os jardins, onde de longe avistou Sasuke e Sakura conversando sentados em balanços.

Tinham voltado ao Clã Haruno e Sasuke havia ido junto para passar mais tempo com Sakura e garantir sua recuperação completa. A matriarca caminhou elegantemente como sempre fazia e parou ao lado do casal.

-- Musume – Chamou calmamente atraindo a atenção dos grandes e atentos olhos verdes – Como está?

-- Estou bem okaasan – Respondeu sorrindo

-- Sasuke – Sayuri sorriu e recebeu um leve sorriso e um acenar de cabeça de volta – Deixe-me perguntar, vocês andam dormindo no mesmo quarto e...

-- OKAASAN – Sakura levantou-se bruscamente já imaginando o assunto – Como está o otousan?

-- Ótimo – Sayuri respondeu divertida pelo modo encabulado da filha – Como eu dizia...

-- Dizia, você não dizia nada – As bochechas de Sakura ganharam um tom avermelhado e Sasuke sorriu já imaginando o assunto – Mas você está pensando em falar sobre os conselheiros? – Perguntou encarando a mãe.

-- Exatamente – Sayuri suspirou – Hoje eles vieram novamente até nós, dizendo que já toleraram demais um Uchiha dentro do Clã. Lamento querida, mas preciso saber se vocês consumaram o ato – Sasuke engasgou com a própria saliva e Sakura foi acudir o namorado.

-- Okaasan – Sakura repreendeu-a enquanto Sasuke levantava-se e se posicionava ao lado da namorada.

-- Bom, se isso é um não tenho uma ótima noticia para vocês – Sayuri sorriu contente, tinha certeza que o plano daria certo.

...

-- CASAMENTO? – Hikaru, Sasuke e Sakura perguntaram em uníssono, enquanto Sayuri mantinha-se animada e calma sentada saboreando o jantar.

-- Isso mesmo! – Sayuri sorriu – É uma ideia genial, eu sei.

-- Mas eles são jovens – Hikaru disse encarando a esposa – Muito jovens.

-- Oras, vocês querem ficar juntos não é mesmo? – Sayuri disse seriamente vendo ambos assentirem – Então pronto!

-- Mas ele nem a pediu em casamento Sayuri – Hikaru balbuciou entre dentes.

-- Não seja por isso – A matriarca sorriu e encarou Sasuke – Vamos logo querido, peça logo para que eu possa começar a dar as primeiras ordens.

-- Okaasan – Sakura murmurou pela talvez milésima vez, o que diabos sua mãe havia comido no café da manha para ter tantas ideias geniais ao longo do dia? – Não podemos obrigar Sasuke a me pedir em casamento e...

-- E quem disse que eu faria isso obrigado? – Pela primeira vez Sasuke manifestou-se e encarou os olhos verdes arregalados em sua direção.

-- Nani? – Sakura o encarava

-- Pretendi-a pedi-la em casamento cedo ou tarde – Disse o moreno com a voz tranquila – Então, se a situação insiste para que seja cedo, ficaria feliz de toma-la como minha esposa Sakura, porque não poderia ficar longe de você – Completou sorrindo de canto – Aceita se casar comigo?

-- E-Eu acho que sim – Sakura sorriu encarando a mãe que sorria maravilhada e o pai que deixou a cabeça cair sobre a mesa – Hai, aceito Sasuke!

-- ÓTIMO! – Sayuri levantou-se bruscamente fazendo Hikaru pular de sua própria cadeira e sem esperar qualquer outra reação gritou – PREPAREM O CLÃ, TEREMOS UM CASAMENTO DE LÍDERES.

oOo

-- Casamento? – Saya perguntou encarando Sakura – Você casando?

-- Hai – Sakura respondeu sentando-se na cama.

-- Isso é hilário – Saya caiu a seu lado gargalhando – Você casando, seria mais engraçado apenas se...se...sei lá, você casando já é muito engraçado.

-- Guarde suas risadas histéricas para você, onegai – Sakura levantou-se dando uma almofadada na amiga – Me caso em uma semana Saya, preciso de sua ajuda.

-- Ajudarei, mas primeiro me responda – A amiga suspirou sentando-se corretamente sobre a cama – Porque está se casando tão depressa?

-- Os conselheiros – Sakura sentou-se no beiral da janela, onde tinha uma visão privilegiada do Clã – Não aceitam Sasuke porque ele é um Uchiha.

-- Nani? – Saya levantou-se para poder sentar ao lado da amiga – O que eles te falaram?

-- Que Sasuke e eu ainda não somos um, e que assim que chegar o solstício de inverno eles pediram minha expulsão do Clã.

-- NANI? – Saya levantou-se – Eles não podem fazer isso Sakura, você é nossa futura líder, a herdeira que se sacrificou por um bem maior e...

-- E eles são anciões e conselheiros do Clã – Sakura suspirou cansada – Meu outosan já conversou, minha okaasan já esperneou e eles se mantem irredutíveis quanto a isso.

-- Eu ainda acho que... – Saya deteve-se levando o dedo indicador ao lábio e refletindo sobre algo – Espera ai – Encarou Sakura com os olhos arregalados – Ser um quer dizer que...vocês – Saya espantou-se – Por Kami, como eles podem exigir algo tão depravado assim.

-- São regras do Clã Saya – Sakura levantou-se – Regras idiotas, mas são regras que devem ser seguidas principalmente por mim, que devo dar o exemplo aos demais.

-- Hai – Saya suspirou – No fim das contas, não será um sacrifício tão grande não é? Vocês dois se amam – A amiga sorriu abertamente e puxando Sakura pelo braço completou -- Mas chega de conversa, porque temos um casamento para organizar, certo?

-- Certo!

oOo

-- Hey TEME – Naruto gritou segurando o ombro do amigo – Fique calmo!

-- Quem disse que estou nervoso dobe? – Perguntou o moreno empurrando Naruto e voltando a andar descontroladamente, temia pela reação dos anciões.

-- Imagina se estivesse – Resmungou e sentou-se encarando o amigo moreno.

Todos usavam roupas simples, kimonos característicos para as festividades e Sasuke levava no seu azul marinho o símbolo Uchiha que reluzia imponente como sempre. Respirou profundamente quando viu o casal Haruno adentrando a pequena capela na colina e fez uma breve reverencia a Hikaru quando o viu parando a sua frente.

-- Hikaru sama – Disse formalmente

-- Uchiha Sasuke – Hikaru acenou brevemente – Conto com você para fazer minha museme feliz. Caso contrário...

-- Farei o meu melhor – Respondeu rapidamente para em seguida ser guiado até o pequeno altar onde aconteceria a cerimônia.

Não demorou para que Sakura entrasse de forma deslumbrante com o pai e ficasse ao lado de Sasuke, o kimono branco com pequenos detalhes de flores de cerejeira, o símbolo do Clã e as madeixas rosadas adornadas com flores de cristal a deixaram magnifica. A cerimônia foi realizada de modo formal e encantador, mostrando a todos que ali havia se formado o verdadeiro enlace de almas antes inimigas. Assim que o mestre de cerimonias finalizou dando sua benção Sasuke encostou levemente os lábios sob os de Sakura para em seguida virar-se a multidão que ali assistia.

Harunos misturavam-se aos shinobis e kunoichis de Konoha, kitsunes e até mesmo Akatsukis assistiam a cerimônia e sorriam para os noivos que desciam lentamente o altar. Todos se cumprimentavam animadamente e quando os conselheiros pararam a frente de Sakura, todos no pequeno salão se calaram.

-- Vejo que vocês não desistiram da ideia!

-- Lie – Sasuke segurou firmemente a mão de Sakura encarando Haku

-- Nos causa grande incomodo ter um Uchiha dentro de nosso Clã, e torna-se maior sabendo que esse mesmo Uchiha uniu-se a nossa futura líder, entretanto vocês fizeram a escolha de vocês. – Completou – Os inimigos se casaram e agora, terão que arcar com toda e qualquer consequências, de acordo?

-- De acordo! – Sakura respondeu firmemente – Sabemos dos efeitos de nossa escolha e estamos certos da decisão.

-- Então a única coisa que podemos desejar – Suspirou profundamente curvando-se lentamente – É que sejam felizes.

-- Arigato – Sakura curvou-se em respeito e todos os demais Harunos curvaram-se junto a ela.

-- Eu disse que daria certo Hikaru – Sayuri cutucou o marido e sorriu para a filha que voltava a segurar a mão do marido.

-- Você está sempre certa hana – Hikaru beijou a testa da esposa docemente – Sempre certa!

E vendo todas aquelas pessoas ali reunidas, Sakura sorriu tendo a certeza que a paz e a harmonia poderiam reinar tranquilamente, pois além de acabar com seus maiores inimigos, havia também derrubado as barreiras de algo que jamais renasceria entre Harunos e Uchihas:

A Rivalidade


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acabooooou e eu quero saber, digno de reviews?
Gente, eu fiquei quatro dias escrevendo esse capitulo e acreditem, eu sofri a cada linha escrita, pois sabia que seria o fim. Esse foi o ultimo capitulo dessa looonga história -Mas farei epilogo com ecchi RÁ- e é aqui que me despeço.
O Renascer de uma Rivalidade foi a minha primeira fic postada aqui no Nyah! e eu tenho um amor & carinho ABSURDO por ela, sentirei tanta falta desse romance e desse universo Naruto que vocês não tem ideia.
Antes do dia 04 de Fevereiro, postarei o epilogo, então, fiquem sossegados.
Quero agradecer a todos que acompanharam até aqui e a todos que deixaram reviews em TODOS os capítulos, saibam que sempre me animaram muito e gente, amo vocês tá certo?
Um pedaço de mim fica nessa fic e me doí o coração dizer Adeus, mas um dia isso tinha que acontecer né, o fim chega pra tudo e pra todos, a unica coisa que espero é realmente ter agradado com esse final. Esse projeto foi muito mais longe do que eu imaginei que iria, era pra ser uma mini fic, ai transformou-se em um fic, e quando dei por mim já era um big fic e eu estava amando HAHA' Não tenho projetos para esse semestre, pois a faculdade retirara todo o meu tempo livre, mas JURO que farei Ones para que vocês não se esqueçam de mim tão rápido.
Enfim, sem mais delongas, obrigada por tudo mesmo e espero comentários nesse ultimo capitulo. Sentirei saudades ♥
Beeijos, fiquem com Deus e nos vemos por ai.