"- Mas papai...!!! - Eu insistia para que deixassem a ruivinha se hospedar por um tempo em nossa casa, totalmente desesperado.

– Filho... Não podemos... - Meu pai falou enquanto bagunçava meus cabelos levemente.

– E porque!?

– Ela matou... Os pais dela... - Minha mãe disse receosa.

– Ela não os matou! É difícil acreditar nisso!?

Não quis mais ficar alí, encarando meus pais. Corri para bem longe... Uma ponte. Encarei o riacho durante um bom tempo. Minha mente estava a mil... Eu não queria ser separado da ruivinha... Queria ficar com ela...

Então decidi correr atrás de um plano de emergência... E também o último. Disparei em direção à casa da ruiva. Quando vi pelas janelas da frente da casa dela, estava cheia de pessoas reunidas, possívelmente seus parentes. Dei a volta, seguindo até a sacada do quarto dela, escalando uma árvore que era bem próxima, e fui engatinhando num galho grosso até alcançar meu objetivo. A sacada.

Assim que olhei para o interior do quarto, estava escuro, mas logo vi a ruivinha debaixo dos cobertores.

Bati algumas vezes no vidro da porta que separava o lado exterior do interior, o que fez ela olhar em minha direção surpresa, e rapidamente vir abrir a porta.

– O q-que faz aqui...? - Sua voz saiu fraca. Seu rosto estava úmido e seus olhos um pouco inchados... Visto que andava chorando...

– Elesis... Vamos fugir daqui... - Peguei em sua mão, puxando-a levemente para fora... Mas ela não se mexeu.

– Queria muito ficar com você... Mas... O que duas crianças fariam sozinhas no mundo, Siegh...? - Ela esforçou a dar um sorriso, enquanto algumas lágrimas rolavam por seu rosto.

– M-Mas...Ruivinha...

– Siegh... Perdôe-me... Mas... Não posso..."