A adrenalina correu solta por meu corpo, e fiquei totalmente paralizada, encarando a secretária com a arma apontada para minha cabeça.

– E então? Onde está toda a sua coragem? - Falou Naoki, sarcasticamente.

– Quer mesmo que eu acredite que a arma está carregada?

A mocinha ergueu a arma para o alto, e em seguida um som cortante e alto ecoou na sala, e logo o som agudo do refil da bala cair ao chão.

– Quer mais provas? Hahaha! - Uma risada estridente e irritante ecoou.
Com tanto barulho, certamente Lothos acordaria, e eu estaria frita. Dito e feito. Droga!

– Quem está ai?! - Nossos olhares dirigiram-se à porta.
Se não bastasse o meu desespero por ter uma arma apontada para minha cabeça, isso duplicou quando ouvi a voz da diretora, do lado de fora. Se bem que prefiro morrer do que receber uma punição de Lothos.

– Heh, boa sorte, Sherlock Holmes. - Disse a mocinha, desaparecendo na escuridão da sala.

Olhei para todos os cantos da sala meia iluminada pela luz da lua por uma fresta, encontrando uma portinha no teto, em cima de uma prateleira vazia. Ouvia os passos se aproximar cada vez mais. Num movimento rápido, subi na prateleira, empurrando aquela portinha e adentrei ali.

Me encolhi num canto qualquer ali no sotão, acho, procurando não ficar olhando ao redor... Aquelas teias de aranhas me davam calafrios...

Após alguns minutos, tudo se silênciou lá embaixo... Ufa.

Mas esse sotão... É suspeito pra mim. Mas... Vou precisar de ajuda nessa "exploração".