Caleidoscópio escrita por lljj


Capítulo 20
Vida nova...


Notas iniciais do capítulo

Oioi
Alguém por acaso tá zangado por eu estar postando só agora de noitão??
Bem,bem gente eu tive varios imprevistos mas está aqui e eu tenho que dizer que A-M-E-I fazer esse capitulo...
Não quero me gabar (mas já me gabando) eu queria não ser a autora da fic só para ter o prazer de me surpreender com cada coisa que aparece...
Dizer que tem emoção nesse capitulo é pouco por que eu mesma me senti estranha ao escreve-lo..
Sim gente eu mudei ele todo em cima da hora... Acho que estou andando muito sensível ultimamente e expresei isso nesse capitulo e tentei faze-lo o mais doce que eu consegui..
Claro que alguns vão achar...
"Por que vc fez isso LL?" Mas mesmo assim eu gostei...
Bem, bem já falei de mais...
Boa Leitura.



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As luzes brilhavam no bar...

Já fazia um tempo que não parava para olhar aquilo e agora não conseguia tirar os olhos das cores que giravam.

— Sentindo falta do bar? — Kyoraku disse enchendo dois copos.

— Talvez... — Rangiku falou pegando um.

— Você anda passando mais tempo no trabalho do que aqui... Não está te cansando?

— Não. — Ela falou se ajeitando na cadeira. — Sabe me sinto muito bem lá. É como quando comecei a trabalhar com Toshirou.

— Sim... Eu me lembro, mas... Nem na época dos Hitsugaya você tinha uma expressão tão contente. — Ele falou rindo.

— Você também acha?

— Por quê? Não sou o primeiro a falar?

— Não... — Ela disse pensativa.

— Talvez esse novo emprego tenha trago mais do que dinheiro. — Ele disse enchendo novamente seu copo.

— Com certeza!! — Ela falou dando um pulo do banco. — Acabei de me lembrar que tinha uma noticia para dar. — Ela falou animada.

— Que noticia? — Nanao falou saindo de trás de Kyoraku.

— Ora, ora Nanao-chan. É feio ouvir a conversa dos outros. — Kyoraku disse dando um sorriso safado.

Nanao apenas revirou os olhos.

— O que aconteceu Rangiku?

— Eu tomei uma grande decisão...

— Diga logo qual é. — Nanao falou apreensiva.

Rangiku não era uma pessoa boba, mas também não era muito atenta ao que fazia. Não seria errado se preocupar com suas decisões.

— Bem... Eu e Keith conversamos muito durante essa semana que passou e ele me convenceu a voltar a estudar...

— Mas que maravilha Ran-chan!! — Kyoraku falou.

— Mas espera. Como você vai fazer isso? — Nanao disse meio desconfiada. — Ele não está te dando falsas esperanças não é?

— Claro que não! Keith ira me ajudar, anteontem ele ligou para uma escola que faz esse tipo de aceleração e agendou as provas que eu devo fazer para concluir o ensino médio.

— E por que você não disse isso antes? — Nanao falou surpresa.

— Ah! Nanao... Eu queria ter certeza que iria dar certo para poder pedir a sua ajuda... Bem, eu já estou há muito tempo fora da escola e acho que ninguém pode ser melhor que você para estudar comigo.

Nanao deu um belo sorriso.

— É claro que eu te ajudo. Tenho uns livros antigos que vão servir, mas que dias serão as provas?

— Ele marcou daqui a dois meses. Queria dar bastante tempo para eu me preparar.

— Ótimo! Começamos amanhã quando você chegar do trabalho. Vou procurar os livros de matemática, física, língua estrangeira, biologia e...

Nanao continuou falando enquanto Kyoraku e Rangiku a observavam.

— Eu não imaginei que ela iria se empolgar tanto. — Rangiku sussurrou para o amigo.

— Você está ferrada! Ela vai fazer seus olhos sangrarem de tanto estudar... — Kyoraku riu baixinho.

— Um pouco de filosofia e... Ei! O que estão cochichando ai? — Nanao falou apontando o dedo para eles.

— Nada, nada Nanao-chan apenas falei para Ran que seria bom comemorarmos essa ótima noticia. — Ele disfarçou.

— Sim, sim!! Três rodada grátis de saque. — Rangiku falou levantando as mãos.

— Tudo bem, mas não exagere teremos um grande dia amanhã. — Nanao falou como uma verdadeira general.

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Já era quase meia-noite quando ela subiu para a sua casa.

Ao entrar olhou para sua bagunça diária. Nada havia mudado muito a não ser a televisão nova que tinha comprado semana passada.

Já tinha quase se tornado um habito entrar e ligar a televisão. E foi isso que ela fez.

Sempre deixava em um canal onde passava um programa musical com clipes e traduções de músicas, dessa forma o silêncio entediante do quarto era dissipado enquanto ela fazia suas tarefas.

Vou tomar um banho.

Ela se levantou e ouviu o apresentador falar:


“— Bem pessoal já está na hora de me despedir. Quero lembrar a todos que nosso próximo encontro é amanhã às 11 da noite. E para encerrar com chave de ouro Jack Johnson cantando Sitting, Waiting, Wishing.

— Que pena eu perdi o programa... — Ela disse se virando e indo em direção ao seu armário para pegar sue pijama.

Então a música começou a tocar...


Well, I was sittin', waitin', wishin'

(Eu estava sentado, esperando, desejando)

You believed in superstitions

(Que você acreditasse em superstições)

Then maybe you'd see the signs

(Então, talvez você veria os sinais)

Ela parou por um momento. Conhecia essa musica, já havia tocado algumas outras vezes na radio e ela já havia gravado a letra na cabeça só não sabia a tradução.

Do armário ela olhou para a televisão onde o clipe seguia.


But Lord knows that this world is cruel

(Mas O Senhor sabe que este mundo é cruel)

and I ain't the Lord, no I'm just a fool

(E eu não sou o Senhor, não, sou apenas um tolo)

learning loving somebody don't make them love you

(Aprendendo que amar alguém não o faz amar você)

Ela olhou para a gaveta onde estavam as cartas e as joias que Gin havia dado para ela. Por um momento ela teve um déjà-vu de todos esses anos... Pra que eles serviram?

Ela olhou novamente para a televisão onde o cantor começou a cantar o coro.

Must I always be waitin', waitin' on you

(Será que preciso sempre esperar, esperar por você?)

Must I always be playin', playin' your fool

(Será que preciso sempre bancar, bancar o bobo por você)

Ela caiu para trás sentada no chão e continuou vendo a tradução que se seguia da musica.


I sang your songs, I danced your dance

(Cantei suas músicas, dancei sua dança)

I gave your friends all a chance

(Dei uma chance a todos os seus amigos)

But putting up with them

(Mas suportá-los)

Wasn't worth ever having you

(Não valia nunca ter você)

//\\

Oh, Maybe you've been through this befor

(Talvez você já tenha passado por isso)

But it's my first time so please ignore

(Mas é minha primeira vez, então, por favor ignore)

The next few lines cause they're directed at you

(Os próximos versos, porque são direcionados para você)

Ela então abriu a gaveta e pegou o bolo de cartas no meio do mar de ouro e cristal. E uma única lagrima caiu dos seus olhos.


I can't always be waitin', waitin' on you

(Não posso ficar sempre esperando, esperando por você)

I can't always be playin', playin' your fool

(Não posso ficar sempre bancando, bancando o bobo por você)

Olhando para as cartas em suas mãos ela viu parte de sua vida sendo dada para simples rabiscos de um bandido sem destino.


I keep playing your part

(Continuo representando o seu papel)

But it's not my scene

(Mas não é a minha cena)

Want this plot to twist

(Quero uma virada no enredo)

(I've had enough mystery)

(Já tive mistério o suficiente)

you keep building it up

(Você continua fortalecendo isso)

but then you are shooting me down

(E aí você me põe para baixo)

But I'm already down

(Mas já estou lá em baixo)

Ela então pegou uma mochila velha que estava caindo do armário e começou a por tudo da gaveta dentro dela. As cartas, as pulseiras, os colares, os brincos, as pedras valiosas. Tudo.


Just wait a minute

(Apenas espere um minuto)

Just sittin', waitin

(Apenas sentado, esperando)

Just wait a minute

(Apenas espere um minuto)

Just sittin', waitin'

(Apenas sentado, esperando)

Lagrimas começaram a descer de seus olhos com mais fluidez.

Não se sentia triste, muito menos feliz, mas havia prometido para Keith que teria uma vida diferente, uma vida nova... E assim que essa vida iria se iniciar... Deixando para trás todo o velho...


Well, if I was in your position

(Se eu estivesse no seu lugar)

I'd put down all my ammunition

(Largaria toda a minha munição)

I'd wonder why it had taken me so long

(E me perguntaria por que tinha levado tanto tempo)

Aos poucos a mochila começou a se encher. Correntes de ouro começavam a transbordar e ela teve que empurrar tudo com mais força... Novamente olhou para a tela onde o clipe entrava na reta final.


But Lord knows that I'm not you

(O Senhor sabe que não sou você)

And if I was, I wouldn't be so cruel

(E, se eu fosse, não seria tão cruel)

Cause waitin' on love ain't so easy to do

(Porque esperar pelo amor não é tão fácil)

— Ah! Eu que o diga... — Ela falou para a televisão juntando novamente as cartas na mão.


Must I always be waitin', waitin' on you

(Será que preciso sempre esperar por você?)

Must I always be playin', playin' your fool

(Será que preciso sempre bancar o bobo por você?)

No I can't always be waitin', waitin' on you

(Não posso ficar sempre esperando por você)

I can't always be playin', playin' your fool

(Não posso ficar sempre bancando o bobo por você)

Fool, huhumm...

(Bobo, huhumm...)

O clipe acabou. E ela deu uma leve balançada nas cartas na mão.

Realmente é isso que você quer?

Sua mente gritou.

Depois de um momento pensando...

— Sim... É! — Ela falou mexendo a cabeça e fazendo mais lagrimas caírem.

Pôs todas as cartas dentro da mochila e com certa dificuldade fechou a.

Olhou novamente para a televisão e viu as notas finais do programa passando com um fundo musical no piano.

Pegou a bolsa de trabalho e pegou seu celular. Discou o numero com rapidez e esperou.

— Alô! Keith? — Ela enxugou o rosto ao ouvir a voz dele. — Eu quero falar uma coisa para você...

Dito isso ela foi para a janela que ficava no outro cômodo onde o sinal pegava melhor, deixando a televisão ligada na sala...


“Boa noite. Eu sou Kioto Honda e começa agora o jornal da madrugada com as principais noticias do dia.”

A apresentadora falou sentada em seu palanque.


“ No programa de hoje você verá as transformações que o excesso de sol pode trazer para seu rosto, a perseguição ao maior líder de grupos contra a TvTokio do Japão, o incêndio que aconteceu em uma loja de cosplays e a maior descoberta de todos os tempos, um gel de cabelo que te faz virar o Goku.

Ainda hoje, isso e várias outras noticias.

Mas agora vamos começar com a investigação que está ocorrendo em uma das grandes mansões localizadas na zona nobre de Miyagi.

As ultimas informações são que a invasão foi causada por uma gangue rival a do mafioso Aizen Sousuke que morava no lugar, Aizen vivia com praticamente um exercito de homens e mulheres bandidos como ele.

O tiroteio que se iniciou na sexta feira da semana passada já deixou mais de 15 mortos, mas policias ainda esperam encontrar mais nós arredores da mansão.

Não se sabe se alguém foi preso já que buscas só começaram a ser feitas 24 horas depois do incidente, com certeza isso será a chave para pegar ainda mais bandidos...”

Rangiku entrou na sala com o celular na mão e o rosto um pouco vermelho.

Ao olhar a televisão pegou o controle e desligou.

— Eu já tenho minhas próprias desgraças para me preocupar... Para que vou querer saber das dos outros? — Dizendo isso pegou seu pijama e foi para o banheiro.

O lugar agora ficou em completo silêncio sendo cortado minutos depois pelo barulho da agua caindo nós azulejos.

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O lugar era pequeno, bem diferente de sua quase casa que tinha na mansão. Ouvia passos passar para lá e para cá do lado de fora de sua porta. Outra coisa que estranhava.

A pequena janela ao lado da cama dava vista para o quintal da pequena casa, que agora estava lotado de ambulâncias... As quais foram sequestradas e levadas para cuidar dos feridos.

Estavam levando um corpo para dentro de uma delas, com toda certeza, mais um não resistiu aos ferimentos...

Seus pensamentos foram interrompidos por um forte barulho na porta.

— Entra. — Ele disse sem mudar de posição.

A mulher de cabelos longos entrou no quarto. Deu uma leve olhada ao redor até focar todas as suas atenções no homem sentado de pernas cruzadas na cama.

— Tenho certeza que você devia estar deitado. — Ela disse se aproximando. — Se não ficar de repouso os pontos irão se abrir.

Ela pôs uma das mãos na cabeça prateada.

Gin apenas olhou para ela e sua mão voltou para os lábios.

— Aizen quer falar com você depois... — Ela se sentou do outro lado da cama.

— O que ele quer? — Ele disse se deitando.

Deixando a mostra o peito todo enfaixado. Dois tiros pegaram de raspão no braço direito e um entrou no ombro esquerdo... Dor não era o que lhe preocupava agora, mas sim o que essa “derrota” iria trazer.

— Eu não sei... Ele não fala essas coisas para pessoas como eu... — Ela falou passando a mão na franja que caiu um pouco sobre os olhos.

— Já tem o numero de mortos? — Ele perguntou sem a olhar.

— Não... Parte do pessoal estava fora no dia e outra parte estava dormindo na hora.

Gin deu uma gargalhada.

— Mas uma bronca que irei levar... — Gin disse pondo um braço no rosto, mas logo se arrependendo do movimento e gemendo de dor.

— Não faça isso Ichimaru-sama. — Ela se aproximou segurando seu braço.

Alguns fios de cabelo preto e liso caíram no peito de Gin.

— Se afaste Sun-sun... —Ele bateu nela com o outro braço.

Ela voltou a ficar sentada, mas agora segurando o ombro que Gin acertou. Mesmo machucado ele conseguia ser forte.

— Eu só queria te ajudar... — Ela falou pondo as mãos na boca.

— Não quero sua ajuda. Apenas saia daqui e fale para aquele medico imbecil trazer mais anestésicos. — Ele disse sem sorrir. — Essa merda não para de doer. — Ele disse irritado.

Ela se levantou e se curvou do lado dele.

— Espere. — Ele disse antes de sair. — Fale para Aizen que vou encontra-lo em 15 minutos.

— Sim Ichimaru-sama. — Ela disse tristonha.

Gin voltou a olhar pela janela, mas agora mirando o céu azul.

Tudo fugiu do seu controle durante o ataque, só conseguiu escapar com vida por que Aizen chegou com reforços. Os tiros que o acertaram furam erros de calculo, erros que custariam sua vida...

Apertou inconscientemente a barra do lençol.

Sua mente estava em outro lugar. Era a única explicação.

— Com licença. — O homem de branco entrou no quarto.

— Toda. — Gin falou sorrindo.

— Uma menina pediu para aumentar a dose de anestésico... Bem as dores iram continuar durante mais alguns dias, a cirurgia ainda é muito recente e...

— Você pode apenas me dar essa porcaria? — Gin disse sombriamente. — Estou com pressa.

— S-sim. — O homem encheu seringa e aplicou o liquido transparente.

— Quanto tempo para fazer efeito? — Ele disse se sentando e pegando uma blusa.

— Dez minutos no máximo. — O medico disse observando Gin se levantar. — Mas será mais rápido se o senhor ficar em repouso.

Gin não deu à mínima e saiu do quarto.

Ele passou por outros quartos que ficavam ao lado do dele. Alguns estavam com a porta aberta e ele podia ver uma pequena equipe dentro deles.

Enfermeiros e maqueiros andando de um lado para o outro dos corredores, alguns gritos também eram ouvidos, como todos tinham a ficha suja, ninguém podia ir para o hospital. Cirurgias foram e estavam sendo feitas ali mesmo algumas até sem anestesia por falta de remédios.

Andando com certa dificuldade desceu um lance de escadas de madeiras e lá em baixo viu um pequeno grupo de pessoas em volta de alguém.

— Então enfim você desceu. — Aizen falou se levantando de sua cadeira.

O grupo que estavam em volta do homem moreno abriu espaço para Gin passar. Ele apenas sorriu para eles, sabia que o pior só viria quando estivesse sozinho com Aizen.

— Bem Gin como eu dizia para os outros, meu nome está sendo falado por quase todas as emissoras de televisão do Japão, policias estão completamente entranhados na minha mansão e alguns dos meus melhores homens morreram. — Aizen disse andando em volta da cadeira e parando de costas para o grupo que o observava em silêncio. — E se vocês ainda não perceberam vários objetos nossos ainda estão na mansão e com certeza irão ser identificados para dar inicio a nossa perseguição. — Ele falou ainda sem olhar para o grupo.

— Traduzindo... Nós fudemos. — Gin disse sorrindo.

Aizen virou e olhou para ele.

— Sim. Completamente. — Aizen voltou a dar as costas para eles.

— O que você acha que devemos fazer Aizen-sama. — Tousen falou virando o rosto para ele.

— Tempos desesperados pedem medidas desesperadas. — Gin falou. — Não é Aizen-taichou?

— Sim Gin. — Aizen sorriu para ele. — Preparei dois aviões que levaram nossos principais soldados conosco para o exterior pela manhã.

— Mas Aizen-sama alguns dos homens não suportaram uma viagem dessas. — Uma enfermeira falou descendo as escadas.

Aizen apenas a olhou e ela desviou o olhar.

— Você não imagina como eu estou triste por isso. — Ele disse sorrindo. — Agora vão e se aprontem.

— Sim senhor. — Todos disseram e saíram.

Alguns mancando e outros apoiados em maqueiras (principalmente Nnoitra).

Gin se virou para subir quando ouviu a voz de Aizen falar.

— Você não Gin. Acho que temos assuntos para discutir. — Ele disse em um tom tão assustador quanto ao que Gin usava.

— Sim Aizen-taichou. — Gin disse apenas sorrindo.

É agora!

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Uma hora da tarde de quarta feira, dia 16 de março.

Estava sentada de frente para o principal rio de Karakura, em suas mãos a sua velha mochila vermelha.

Enquanto andava na rua com ela não deixou de achar graça como as pessoas que olhavam apenas viam os farrapos da mochila sem imaginar o tesouro dentro dela. Tanto em questão de dinheiro como emocional.

Não, não é hora pra isso...

Ela falou para si mesma. Olhou para os lados e continuou esperando.

Ele está atrasado.

Ela pensou olhando seu relógio.

— Pensando em mim? — Keith falou pondo uma mão em seu ombro.

Ela deu uma olhada para ele e viu que em suas mãos tinha uma bolsa esverdeada, com certeza dentro estavam o que ela pediu para ele levar.

— Trouxe tudo? — Ela perguntou se levantando.

— Bem... Eu deixei apenas uma... Mas e você pôs tudo ai? — Ele perguntou curioso.

— Sim, só vou ficar com esse. — Ela disse levando a mão para o colar que estava no pescoço. — Espera e a Kisa? — Ela disse intrigada.

— Acho que ela gostou da escola... Só foi por ela não chão que ela saiu andando com outra menina.

— Espero que ela goste mesmo... — Ela disse começando a andar com Keith do seu lado.

— Onde nós vamos fazer? — Ele perguntou olhando para os lados.

— Ali. — Ela apontou para uma ponte ali perto.

O lugar estava deserto, ninguém iria ver o que estavam indo fazer.

Subiram na ponte em silêncio e se posicionaram no meio dela. Os dois ficaram um tempo lado a lado apenas olhando para a água correndo abaixo deles.

— O rio tem saída para o mar... E é muito fundo, com certeza tudo será levado em menos de uma hora. — Keith falou olhando para água.

— Eu sei... Por isso achei que era o melhor lugar... Vai carregar tudo isso para longe de nós. — Ela falou pondo a mochila na sua frente e a olhando.

— É o que queremos, não é? — Keith falou olhando para a sua bolsa.

— Sim. — Rangiku falou firme.

— Tem certeza? — Pela primeira vez ele olhou para ela.

— Tenho. — Ela também o olhou. — E você?

— Também. — Ele disse firme.

Os dois deram as mãos.

— No três. — Rangiku falou.

— 1. — Keith disse.

— 2. — Rangiku disse.

— 3. — Os dois em uníssono.

Nesse momento os dois soltaram suas respectivas bolsas na água.

Ainda de mãos dadas observaram elas boiarem por um tempo até afundarem.

Keith agora se despedia por completo (ou quase) das lembranças de Kiara. Todas as fotos que guardava dela agora estavam indo para desaparecer junto à água.

Rangiku olhava todas as memorias cultivadas por anos de Gin afundarem e irem para um lugar aonde ela não iria mais se alto machucar olhando.

— Então... — Keith falou olhando a água. — Vida nova não é?

— Sim... — Ela respondeu também olhando a água. — Vida nova.



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Notas finais do capítulo

Pois é...
Ta ai...
Espero que não estejam muito zangados pelo que eu fiz com o Gin, mas vai? Bem que ele mereceu por ser burro >-
Podia ter ficado com ela quando teve a chance...
Bem, bem até a próxima quarta gente!!
Tchau,tchau e muito, muito obrigada pelos comentários e eu realmente não ligaria se mandassem outros *-*
Até...