Caleidoscópio escrita por lljj


Capítulo 21
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente...
Muito tarde não??
Deixarei um leve suspense sobre esse capitulo e encontro vocês quando acabarem de ler...
Então:
Boa Leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/201459/chapter/21

  — Fique quieta para que eu possa amarrar seu cabelo! — Rangiku falou para a menina inquieta sentada no sofá. — Já estamos atrasadas Kisa...

  — Quero i pa escola. — A menina falou coçando a orelha.

  — Nós já vamos, mas primeiro eu tenho que arrumar seu cabelo. — Ela disse fazendo um coque nos cabelos loiros.

Assim que terminou pegou a mochila rosa em cima da mesa de centro e a grande bolsa que guardava seus livros.

  — Hora de irmos... — Ela disse pegando a menina no colo.

Com as chaves da casa na mão saiu com Kisa.

Trancou a porta e foi para o ponto de ônibus.

  — Se você tivesse ficado quieta eu poderia deixar você ir andando, mas como estamos atrasadas vou ter que carregar tudo nos braços... — Ela disse meio zangada.

  — Maz eu no to goda. — A menina disse balançando a cabeça.

Rangiku riu.

  — Aiai você me mata princesa.

  — Eu no to goda. — Ela falou pegando o rosto de Rangiku.

  — Não é por isso Kisa... — Ela falou rindo. — É só que... Ah!

Ela olhou paras as chaves que caíram no chão.

  — Mas que droga. — Ela ia por Kisa no chão quando ouviu uma buzina tocar.

  — Hã? — Ela olhou para trás e viu o Uno se aproximar. — Keith.

  — Está atrasada. — Ele falou de dentro do carro.

  — Culpa da sua filha. — Rangiku disse quando ele saiu.

  — Minha não! — A menina falou balançando um dedinho.

  — Eu sei filha, a Ran só anda atrasada. — Ele pegou a chave que ainda estava no chão e abriu uma das portas traseiras do carro.

  — Que horas por acaso você saiu de casa para o trabalho hoje senhor pontual. — Rangiku deu a menina para ele por na cadeirinha dentro do carro.

Keith apenas sorriu para ela.

Como sempre tinha saído atrasado de casa pela manhã.

Os dois entraram e continuaram a conversar.

  — Kisa canta de novo aquela musica que a Ran adora. — Keith falou dirigindo.

Antes de a menina começar Rangiku se manifestou.

  — Não, não Kisa! Olha fica olhando a rua olha, olha ela tá correndo da gente veja... — Rangiku apontou.

  — Não filha canta a musiquinha de novo, papai quer te ouvir cantar. — Keith disse sorrindo. — Mariana conta 1. Mariana conta 1 é 1 é 1. Ana viva mariana viva mariana!! — Ele cantou.

  — Maliana cota 2. Maliana cota 2 é 1 é 2!! — A menina começou a cantar também.

  — Para com isso... Eu já passei a manhã inteira ouvindo essa...

  — Olha!! Tem criança no carro. — Keith falou levantando uma sobrancelha.

  — Foi a tia q ensino. — A Kisa disse.

  — Sim meu amor, então canta pra ela quando chegar na escola esta bom? — Rangiku falou olhando para a menina.

Os três ficaram mais um tempo em silêncio até que chegaram na creche de Kisa.

  — Eu levo ela. — Keith disse saindo do carro.

  — Tá bem. — Rangiku disse arrumando os cabelos no espelho.

Keith pegou a menina e entrou na escola junto com outros pais. Demorou menos de cinco minutos para ele sair e voltar para o carro.

  — Vai ter uma reunião de responsáveis na terça-feira que vem... — Ele disse dando partida.

  — Que dia é terça? — Ela perguntou.

  — Acho que é dia 18.

  — Quer que eu vá?

  — E a aula?

  — Não vai ter... Acho que é ponto facultativo. — Ela procurou a caderneta dentro da bolsa para poder ver.

  — Hun... — Keith fez balançando a cabeça e com um olhar distante.

  — Que foi? — Ela falou olhando para ele.

  — Nada. — Ele disse parando no sinal vermelho.

  — Você tá estranho...

  — Eu? — Ele disse sem a olhar.

Ela ficou um tempo o encarando até o responder.

  — Sim, você.

  — Eu o que?

  — Tá estranho! — Ela disse se irritando.

  — Não é nada. — Ele voltou a andar.

Ela ficou um tempo esperando, mas depois teve certeza que ele não iria falar nada.

  — Por que você não avisou que ia nós pegar. — Ela disse se ajeitando no banco.

  — Queria fazer surpresa. — Ele sorriu.

Ela olhou para ele por um minuto.

  — Que foi. — Ele disse rindo.

  — Tck. — Ela apenas balançou a cabeça e virou o rosto.

Mesmo tentando esconder Keith viu o sorriso no rosto dela.

  — E então como estão as coisas lá. — Ele disse virando mais uma esquina.

  — Estão bem... Até que está sendo mais fácil que eu pensei.

  — Já fez muitos amigos?

  — Mas é claro! — Ela disse virando os olhos. — O pessoal lá me ama.

  — Hun... — Ele falou pondo uma mão no queixo e olhando para fora do carro.

  — Keith!! — Ela gritou.

  — Que foi? — Ele disse assustado.

  — Eu que pergunto. Qual é o seu problema?

  — Nenhum... — Ele falou olhando pros lados.

  — Então por que você tá assim?

  — Assim como?

  — Estranho!

  — Vai voltar com isso? — Ele perguntou olhando para o vidro de fora para poder estacionar.

  — Claro! Você está esquisito comigo. — Ela disse o olhando suplicante.

Sabia que algo havia conhecido, mas não entedia por que ele não a contava.

  — Está tudo bem comigo Ran... Agora vai se não ira se atrasar... — Ele disse sorrindo suavemente para ela.

  — Tem certeza que está tudo bem? — Ela falou pegando a sua grande bolça.

  — Sim. Pode ir...

Ela ficou mais um tempo no carro até que saiu.

Com a bolsa no ombro ela se misturou com os outros alunos da faculdade.

Keith a observou até que um carro buzinou na parte de trás.

  — Já vou! Já vou! Que pressa, até parece que vocês estão mesmo com tanta vontade de estudar... — Ele disse saindo da frente do portão da faculdade.

________________________________________________________________________

Sempre que tinha tempo antes do almoço passava em casa para levar Rangiku e Kisa para a escola, hoje não seria diferente se ele fosse voltar para o trabalho...

Estacionou o carro e entrou no prédio reformado. Os tons cinza deram lugar para um verde claro e as janelas enferrujadas por novas todas brancas. Subiu devagar os lances de escada e bateu na nova porta marrom escuro e esperou.

Ouviu alguns passos dentro do apartamento até que a porta se abriu.

   — Mas olha... Achei que você tinha esquecido meu endereço. — A senhora falou dando passagem para Keith.

  — Fiquei muito ocupado essa semana. — Ele disse se sentando no sofá.

  — Imaginei. Mas foi bom você não ter vindo aqui estava uma poeira terrível por causa das reformas. — Ela falou passando um pano na cadeira antes de se sentar na frente de Keith. — Diga como vão as meninas?

  — Estão bem Mila. Onde está Ilda? — Ele perguntou olhando pros lados.

  — Você bem o conhece... Depois de ajudar a reformar o prédio resolveu também trabalhar na reforma do prédio da rua de cima. Parece que ele está... — Mila parou e olhou para Keith. — O que houve filho? — Ela disse pondo a mão na perna dele.

  — Nada Mila... Esse velho realmente não cansa né? — Ele disse disfarçando.

  — Eu cuido de você desde que tinha a idade da Kisa. Realmente acha que pode esconder algo de mim? — Ela disse levantando uma sobrancelha. — Conte logo o que passa na sua cabeça.

  — Eu imaginei que não ia conseguir esconder de você. — Ele falou se ajeitando no lugar. — Lembra do dia que eu deixei a Kisa dormir aqui na semana passada?

  — Sim. Me lembro.

  — Eu fui com Rangiku para o bar onde ela trabalhava e passamos parte da noite com os amigos dela...

  — Aconteceu algo que você não gostou lá?

  — Não, não é só que... Quando eu fui pedir mais uma rodada de saquê o dono do lugar, o Kyoraku me contou que Rangiku estava triste esse mês. — Ele disse mexendo com os dedos.

  — Por quê? Aconteceu algo na faculdade?

  — Não. É que esse mês ela vai fazer aniversário e falou para todos no bar que não queria nenhum tipo de comemoração... A não ser bebida grátis. — Ele falou dando um meio sorriso.

  — Nossa! Por que a menina não nós contou? — Mila falou surpresa.

  — Acho que deve ser algo triste... — Keith pensou na história de vida de Rangiku por um momento. — Seu aniversário deve trazer más lembranças.

  — Não, não Keith... — Mila falou se levantando da cadeira. — Aniversário é mais do que um dia. É uma renovação da sua vida e que não deve ser deixado passar em branco...

  — Eu sei, mas não sei o que fazer... Sabe como Ran é, sempre fica zangada quando fazem algo que ela não quer.

  — Sim, sim... Ela tem uma personalidade muito forte. — Mila sorriu.

  — Se tem! — Keith falou sorrindo também.

  — Por que você não faz algo diferente?

  — Como?

  — Faça algo que não envolva uma festa, por exemplo... Leve ela para algum lugar, um jantar ou piquenique.

  — Jantar... — Ele disse pensando. — Até que não seria mal. Eu posso chamar os amigos dela e nós encontrarmos em um restaurante para fazer uma surpresa.

  — Bem... Eu não estava pensando nisso. — Mila falou pondo o pano em sua mão na mesa.

  — Não? — Ele disse meio surpreso. — Então o que seria?

  — Por que VOCÊ não leva a Rangiku para sair? — Ela disse enfatizando a palavra.

  — O que? Está dizendo sem os amigos dela? — Ele disse ainda mais surpreso.

  — Que mal teria? — Ela falou como se não fosse nada.

Ele não respondeu apenas a olhou em silêncio.

Mila então pegou a cadeira onde estava sentada e aproximou ainda mais dele.

  — Keith já faz um tempo que eu venho notando que você e Rangiku andam. Como eu posso dizer... Muito próximos.

  — Sim. Nesses últimos meses Rangiku e eu nós tornamos grandes amigos. — Ele falou pondo uma das pernas em cima do sofá.

  — Sim eu notei... Mas eu acho que a relação de vocês vai bem além da amizade. — Mila sorriu.

  — Além da amizade?

  — Sim. Sempre que fala dela seus olhos brilham... E já percebi que com ela é o mesmo.

  — Serio? — Ele perguntou encredulo.

Mila apenas balançou a cabeça em sinal de sim.

  — Acho que você está vendo de mais Mila! — Ele começou a rir.

  — São seus olhos que estão vendo de menos filho. — Ela se levantou novamente. — Não enxerga a nova oportunidade que a vida está te dando? Rangiku é uma boa garota, está se esforçando para conseguir uma boa carreira e ama sua filha... E é correspondida por ela. — Mila falou andando pela sala.

  — Mila... — Keith começou a falar, mas suas palavras desapareceram com todos os pensamentos que inundaram sua cabeça naquele momento.

Desde que conheceu Rangiku sua vida se encheu de um brilho que havia se apagado ha muito tempo... Apareceu em um momento difícil e não saiu mais de seu lado, para todos os problemas que tinha só conseguia realmente resolve-los se ela estivesse do seu lado.

Todos os momentos bons e felizes que tiveram juntos fizeram dela um porto seguro que ele sempre poderia contar... Esse sempre foi um bom motivo para chamá-la de melhor amiga, mas será que em algum ponto essa amizade mudou para amor?

Keith deixou seu devaneio ao notar Mila o encarando com um sorriso.

  — O que foi?

  — Está pensando nela não é?

  — Me poupe Mila. — Ele disse cruzando os braços. — Eu e Rangiku somos ótimos amigos, coisas desse tipo só irão estragar nossa amizade.

Mila deu uma risada.

  — Não foi ela própria que falou que vocês estavam namorando? — Mila disse pondo a cadeira no lugar.

  — Sim. Mas... Isso só foi... Bem... Só foi uma mentira que ela disse para me ajudar com a assistente social. — Ele falou coçando a cabeça.

  — Esse é o ponto Keith. Talvez a mentira esteja se tornando realidade... — Ela falou o encarando.

Vendo que não sairia nenhuma resposta ela falou:

  — Pense bem no que eu falei... Talvez um jantar a faça mudar de ideia sobre a festa. — Ela pegou novamente o pano. — Eu irei fazer um chá para nós dois. Vai querer o de sempre. — Ela perguntou indo em direção ha cozinha, mas ao olhar para Keith viu que ele realmente não estava naquele lugar. — É... Acho melhor fazer uma camomila mesmo.

Sorrindo ela continuou seu caminho deixando um Keith desnorteado na sala.

_______________________________________________________________________

Como sempre já estava escuro quando saiu da faculdade.

  — Então Matsumoto vai ir para a festa nesse sábado? — A pequena menina ao lado de Rangiku perguntou amarrando o cabelo em um rabo.

  — Não sei... Que horas vai começar? — Rangiku perguntou pondo um dedo na boca.

  — Acho que as 10. — A menina disse descendo as escadas rumo ao portão.

  — Eu acho que sim. Mas primeiro tenho que saber quem vai. Você sabe que aquelas meninas que estudam de manhã são um verdadeiro nojo... — Ela disse revirando os olhos.

  — Acho que elas pensam o mesmo de você Rangiku. — A menina disse sorrindo.

  — Isso tudo é inveja da minha beleza incomparável e carisma irresistível. — Ela falou piscando um dos olhos.

  — Ou talvez pelo fato de você ter xingado a mãe de uma delas no primeiro dia de aula. — Uma voz veio de trás das duas.

Elas olharam para trás e viram o pequeno menino se aproximar com uma mochila nas costas.

  — Toshirou, achei que sua turma não tivesse tido aula hoje. — Rangiku falou se animando.

  — E não teve. — Ele passou direto entre as duas não dando muita atenção para a animação de Rangiku.

  — Então por que você está aqui agora. — Ela disse o seguindo.

  — Esqueceu que eu sou o chefe do jornalismo? Estava fazendo umas edições. — Ele disse parando.

  — Own! Então é você que escreve os artigos? — A amiga de Rangiku falou se aproximando dos dois.

  — Sim. — Ele disse sem muitas mudanças na feição entediada.

  — Legal, mas... Eu achei que você fosse mais alto! — A menina falou meio sem quere, mas Rangiku sabia muito bem o que iria acontecer.

Toshirou apenas a encarou com um olhar de morte que fez Rangiku gargalhar.

  — Não se preocupe Shiro-san daqui a pouco você cresce. — Rangiku disse rindo e acabou fazendo a menina rir também.

  — MATSUMOTO!! — Toshirou gritou no meio da rua atraindo a atenção de todos.

O que fez as duas rirem mais ainda.

  — Não grite está nós fazendo passar vergonha. — Rangiku falou entre uma risada e outra.

  — O que dá vergonha é vocês duas rindo como retardadas. — Ele disse ainda bravo.

De repente uma moto azul parou perto dos três e um homem com aparência de uns trinta anos buzinou.

  — Opa é meu namorado. — A menina disse passando a mão na roupa. — Até amanhã Matsumoto.

  — Até!! — Rangiku disse dando um tchau exagerado.

  — Até Shiro-chan. — A menina falou dando alguns passos e dando língua para Toshirou que apenas virou o rosto.

Ainda pondo o capecete da moto a menina falou:

  — Ah Matsumoto não esqueça que a festa de aniversário da minha filha é semana que vem... Leve seu marido e sua filha também... Vai ser divertido! — Depois disso ela subiu na moto e foi embora deixando Toshirou um tanto surpreso.

  — Vamos Toshirou sei que sua mãe não gosta que você chegue muito tarde. — Ela disse andando em direção ao ponto de ônibus.

No momento não houve nenhum tipo de pergunta ou comentário sobre isso, mas Rangiku sabia que a língua de Toshirou coçava para pedir mais informações.

  — Como vai no trabalho? — Toshirou falou meio inseguro.

  — Bem, bem... — Ela disse pegando uns fios de cabelo que balançaram ao vento.

  — Hun... — Ele falou olhando para um lado.

Rangiku o olhou por um momento e depois olhou para frente com um leve sorriso.

  — O que ela disse foi um simples equivoco... Eu e Keith somos tão bons amigos que os outros pensam besteiras. — Ela disse cruzando os braços.

  — Tck. Você não precisa dizer isso para mim. — Ele falou também cruzando os braços.

  — Mas você queria ouvir não é? — Ela falou sorrindo.

Toshirou apenas resmungou algo inaudível e continuou andando.

Mesmo tendo esse gênio forte Rangiku sabia que ele se preocupava com ela. Ele foi um dos primeiros a apoia-la quando decidiu voltar para a escola e a ajuda-la a estudar. Apenas conseguiu fazer as provas adiantadas pelos esforços dele e Nanao para a ensinarem a matéria.

  — Então... — Ele falou meio sem jeito. — O vai fazer no seu aniversário?

Ela não respondeu no primeiro momento.

  — Não sei... — Ela olhou seria para frente. — Talvez só uma rodada de saque no bar com os amigos mais chegados já seja o suficiente. — Ela disse sorrindo.

  — Tem certeza? — Ele a olhou penetrante.

  — Sim, mas não se preocupe se quiser ir eu ligo para sua mãe me responsabilizando. — Ela disse pondo a mão direita no peito.

  — Hupf! Se responsabilizando. Aposto que depois das onze não vai mais nem saber onde está. — Ele disse cruzando os braços e dando um leve, bem leve sorriso de canto.

Rangiku sorriu mais ainda.

Ela iria fazer um comentário sobre isso, mas foi interrompida por um buzino alto.

Olhando para trás viu o carro de Keith descendo uma rua.

  — Keith? — Rangiku disse surpresa.

O carro parou perto deles.

  — Querem carona? — Keith disse sorrindo de dentro do carro.

Os dois apenas o olharam por um momento até que Toshirou disse:

  — Eu vou ir de ônibus... — Ele falou se afastando.

  — Mas eu posso te deixar na sua casa. — Keith falou.

  — Não precisa. Eu vou sozinho. — Ele sacudiu a mão sem ao menos olhar para Keith.

  — Então tudo bem... — Keith disse meio sem graça. — E você também quer ir sozinha?

Rangiku apenas o olhou e sorriu.

  — Por que não me ligou? — Ela falou se sentando ao lado dele.

  — Esqueci o celular em casa. — Ele falou começando a dirigir.

  — E a Kisa?

  — Está com a Mila matando a saudade. — Ele sorriu.

Os dois ficaram por longos minutos em um silêncio confortável até que Keith falou:

  — Então... — Ele começou inserto. — Rangiku você conhece o restaurante francês que tem na zona sul? — Ele a olhou rapidamente até continuar guiando.

  — Qual? Aquele chique onde até os guardanapos são de ouro? — Ela falou sarcástica.

  — Pois é, esse mesmo. — Ele sorriu.

Ela o encarou por uns instantes.

  — Então?

  — Então o que?

  — O que tem o restaurante? — Ela falou revirando os olhos.

  — Ah sim! Bem é que... Estava pensando em levar você lá para comemorar seu aniversário. — Ele falou a encarando e esperando uma resposta dela, mas ela apenas o encarou com uma feição inexpressível. — E então?

  — Keith eu... SINAL VERMELHO!! — Ela gritou apontando as duas senhoras que já estavam no meio da pista.

Ele deu uma freada brusca que fez os dois irem para frente.

  — Me desculpe. — Keith disse pondo a cabeça para fora da janela.

As duas senhoras saíram reclamando da juventude de hoje enquanto Rangiku começou a rir dentro do carro.

  — Não tem graça Ran. — Ele falou pondo a mão no peito. — Quase morri agora.

  — Haha... Keith. — Ela o olhou parando de rir. — Eu... Acho que adoraria ir nesse restaurante com você. — Ela falou suavemente.

  — Serio? — Ele sussurrou.

  — Sim! Vai ser divertido... — Ela falou animada. — Sempre quis comer comida francesa!

Ele sorriu.

  — Então você vai adorar... Lá é um restaurante temático que imita como seria estar na própria França. — Keith falou voltando a dirigir.

  — Deve ser incrível! — Ela falou fascinada.

  — E é.

Os dois passaram o resto do caminho falando sobre comida, França e gordura. Mas eles podiam sentir nitidamente algo acontecendo além da conversa...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Surpresos com alguma coisa? Se a resposta foi sim saibam que estarei muito feliz, mas para quem não entendeu eu explico...
Já se passaram seis meses que Rangiku e Keith resolveram encarar uma vida nova. Ela já está na faculdade e Kisa está na escola... E se sentem curiosidade de saber o que Toshirou fazia na faculdade eu explico:
Ele é um gênio!!
Pronto já expliquei... Não esqueci de nada não é? ;) rsrs
até a próxima povão, curiosidades curiosas só iram acabar semana que vem...
Tchau, tchau