Rápidamente chegamos na festa, era em uma boate não muito conhecida. Justin desceu do carro e abriu a porta para mim. Entramos no lugar, que estava lotado, ou melhor super lotado, as pessoas estavam aglomeradas, e o lugar estava um calor insuportável, fomos passando entre as pessoas recebendo empurrões, e esbarrando em muitas delas. Chegamos ao bar, onde estavam Asheley e Ryan que parecia estar meio alto.

– Fala JB – disse Ry todo embolado puxando o Jay pelo braço e lhe dando um abraço de lado. – Fala dude, já ta bêbado cara?! Que isso! - rimos.

– Eu não to bêbado, só to curtindo a nigh – o bartender colocou um copo com gelo e com uma bebida desconhecida por mim, no balcão e Ryan logo virou tudo de uma vez só.

– Ta servido ?- disse pro Jay – Não, não, ainda ta cedo, vou beber só mais tarde. – Respondeu, bom eu sabia que Justin já bebia bebidas alcoólicas, mas ele sempre conseguia se controlar, nunca chegou a ficar bêbado, então eu não contava pra Tia P. eu não bebia, Justin sempre me enchia o saco pra beber, ficava naquele papo de ‘só uma vez’ e ‘você vai gostar’ mas eu me mantia firme e não bebia nada.

– Mais uma por favor – disse Ryan colocando o copo no balcão com uma certa força. – Ry, dexa o copo ai e vamos dançar depois você bebe mais. – disse Asheley puxando ele pelo braço e sumindo na multidão sem ao menos comprimentar eu e Justin, acho que ela não gosta de mim, toda vez que ela me vê age como se eu não existisse ou fica me encarando. Estranho...

– Eai, vamos dançaar? – perguntou – Não sei se eu deveria ter vindo, acho que a Ash não gosta de mim :/... – Deixa de bestera, e vamos dançar – disse já me puxando para a pista de dança. Começou a tocar Dancing In The Dark da Dev, eu adoro essa musica! Comecei a dançar, mexendo bem os quadris e passando as minhas mãos pelo corpo. Justin começou a me olhar de um jeito estranho.

– Hey, vamos dançar, não é só pra ficar olhando não! – gritei devido ao volume da musica. Logo ele começou a dançar comigo, eu que estava de frente pra ele logo me virei e fiquei podemos dizer... que ... o seduzindo dançando sensualmente. Um cara passou com uma bandeja com algumas taças e eu logo tratei de pegar a minha, estava a fim de extravasar, percebi que tinha pegado uma taça de champanhe e Justin juntou-se a mim também pegando uma.

– À você – disse ele erguendo a taça. – À nós! – completei. Sorrimos e bebemos a champanhe, nunca pensei que fosse alguma coisa tão boa. Bebi tudo de uma vez só.

– Ei, vai com calma ai – ele me alertou, coloquei a taça na bandeja de um garçom que passava por ali e voltei a dançar, agora estava de frente pra ele, e dançava sensualmente encarando aquelas orbes caramelas, não desviamos o olhar em nenhum segundo ate a musica acabar. Fui tomando varias e varias taças de champanhe, já tinha perdido as contas de quantas, e a cada taça eu queria mais, tudo começou a ficar mais colorido, a minha animação estava em um nível extremo, eu queria extravasar, pular, gritar !

POV JUSTIN

Alice estava bêbada, completamente bêbada! Como eu fui deixar isso acontecer? Não sei. Ela dançava totalmente sensual, e podia ate dizer que estava gostando daquilo se ela não tivesse fora de controle. Vi que ela ia pegar mais uma taça, e a impedi, puxando ela pra mim.

– Não, já chega, vamos embora, já está tarde, e você já bebeu demais. – disse.

– Ah não Jus, não quero ir agora, ta cedo, temos a noite toda pela frente! – disse ela se soltando de mim e pegando uma bebida da mão de uma garota.

– Lice, vamos embora AGORA, entendeu?! – disse sendo um pouco rude.

– Se você quiser ir, pode ir, mas eu não v... – nem conseguiu terminar a frase e desmaiou, consegui pega-la antes dela cair no chão.

– LICE, PELO AMOR DE DEUS ACORDA! ALICE! – eu estava desesperado, ela estava caída em meus braços toda mole, estava pálida e com os lábios ressecados. Peguei ela no colo, fui pro estacionamento, coloquei ela no banco de traz do meu carro. Não sabia o que fazer, estava desesperado, dava leves tapinhas no rosto dela, pra ver se ela acordava mas ela estava imóvel. Resolvi ligar pra minha mãe. Chamou uma cinco vezes e ela atendeu com uma voz sonolenta.

– Alô? Quem é? – disse ela, provavelmente não tinha visto no visor que era eu.

– Mãe, sou eu o Justin, mãe, a Lice desmaio, ela ta pálida, o que que eu faço? Me ajuda! – disse rápido demais. – O quê? Onde você está? São 4h30 da manhã, Justin o que aconteceu com a Lice? – disse já desesperada.

– A gente tava na festa da Ash e ela bebeu demais, desmaiou do nada! Mãe o que eu faço? Eu levo ela pro hospital? Não sei o que fazer! A gente ta no estacionamento da Mint– o meu desespero só aumentava a cada segundo em vê-la desacordada e sem nenhuma reação.

– Ai meu deus, vocês enlouqueceram! Como assim ela bebeu?! Onde você está, to indo pra ai, fica calmo e tenta acordar ela, que eu já to chegando. – disse ela e finalizei a ligação.

Entrei no carro, e me sentei no banco de traz com Alice, coloquei ela em meu colo. – Lice por favor acorda, por favor, abre os olhos. Por favor! – falei esperando que ela abrisse os olhos, mas nada. Ela estava cada vez mais pálida, e sua respiração cada vez mais fraca. Lagrimas já escorriam pelo meu rosto, o meu desespero chegou ao limite, não conseguia mais raciocinar direito. Em um movimento rápido, pulei para o banco da frente, liguei o carro e corri ate o hospital mais próximo, lagrimas e mais lagrimas, olhei pra ela pelo retrovisor e só o que via era seu corpo pálido no banco de traz.

– Calma pequena você vai ficar bem. Eu prometo. – disse mais para mim mesmo do que pra ela.

Rapidamente cheguei no hospital, estacionei em qualquer lugar, e desci com ela do carro, entrei desesperado.

– Por favor, alguém me ajuda, ela precisa de um medico. – gritei, e logo apareceu uma maca com duas enfermeiras, acho que a rapidez foi devido a eu ser quem eu sou, Justin Bieber.

Meu celular começou a tocar eu estava muito atordoado, não sabia o que fazer, atendi sem ver quem era.

– JUSTIN CADE VOCÊ? EU ESTOU AQUI NO ESTACIONAMENTO E VOCÊ NÃO TA! – gritou, tinha ate me esquecido na hora do desespero não consegui pensar em nada só agi.

– Mãe, eu trouxe ela pro hospital, eu trouxe ela pra cá porque ela tava estava com a respiração muito fraca e eu fiquei desesperado e trouxe ela pra cá. – respondi andando de um lado para o outro.

– Meu deus Justin, tem algum paparazzo ai? Ai meu deus! Em que hospital vocês estão? – perguntou. – Estamos no NYC Hospital, não tem nenhum paparazzo não, porque são 5h00 da manhã, vem logo mãe, eu preciso de você! – disse ela acentiu e desligou. As lagrimas que já tinham se secado, voltaram a encher os meus olhos. Só de pensar no que poderia acontecer com ela, eu me desesperava, a culpa dela estar assim é minha, eu que deixei ela beber, por minha causa ela ta assim. A culpa me consumia e eu me sentia cada vez pior, preenchi os dados dela, com os documentos que estavam na pequena bolsa dela. Me sentei em uma daquelas cadeiras que tinham naquele corredor, vi minha mãe aparecer na recepção e logo corri ate ela para abraça-la era isso que eu precisava: um abraço.

– Filho, como ela está?- perguntou ainda abraçando ela. – Eu não sei, ninguém me diz nada, só levaram ela e... só. – disse, partindo o abraço. – O que deu na cabeça de vocês de beberem? Quem permitiu isso? Eu vou matar o Ryan, aquele irresponsável! – disse ela andando de um lado pro outro com a mão na testa, sinalizando preocupação. Quando eu ia responder.

– Acompanhantes da senhorita Alice Monteiro? – disse uma mulher usando óculos e um jaleco branco, deveria ser a medica.

– Aqui! - respondi de imediato. – Me acompanhem, por favor. – disse ela e eu e minha mãe concordamos, fomos ate uma sala no final do cobertor. Nos sentamos nas cadeiras de frente à ela.

– Bom, a paciente já está bem, ela quase entrou em coma alcoólico... – O QUÊ? Coma alcoólico? – disse – Por favor, não se exalte senhor Bieber. Sim, coma alcoólico, a situação dela nos preocupa muito, pois pelos exames, ela não se alimenta à dias, e ingeriu pílulas de um remédio para evitar enjôos. Pelo que parece ela é bulimica. – Bu-bulimica ? V-você ta dizendo que ela come e vomita depois?! – não não e não, a minha pequena nunca faria isso. Só pode ser um engano. – Ela almoçou comigo hoje, eu vi ela comendo. – Sim, ela pode ter comido, mas quem garante que ela não vomitou depois? - EU! Eu garanto que ela não fez isso! Alice nunca faria uma coisa dessas! – disse já me irritando com aquela medica, me coloquei de pé e comecei a andar de um lado para o outro, agora tudo fazia sentido, aquela tontura de hoje cedo, TUDO. O que eu vou fazer?!