1 mês depois.

Havia se passado um mês.  Justin havia saído do hospital a duas semanas e foi recebido em casa com uma festa de boas vindas preparada por mim. Eu e Justin estávamos junto, mas ninguém sabia disso. Preferimos manter isso que estávamos tendo em segredo.

Minha hora de voltar para o Brasil estava chegando, ou melhor, já tinha chegado e já tinha passado. Convenci minha mãe a me deixar ficar mais um tempo por aqui e ela me deu mais um mês que era o tempo ate começarem as provas para as faculdades. É... Faculdade, essa palavra me assustava pois isso significava que eu estava crescendo, ou pior, eu já havia crescido.

            Todos na casa haviam saído, e mais uma vez eu estava sozinha com Sunny e Snow (n/a: lembram-se deles? Os rusckys que ela ganhou de aniversario?!), que já estavam crescidinhos. Estava no sofá com eles no meu colo. Eles brincavam entre si enquanto eu mexia no Twitter.

@AliceFlores diz: Hi everyone =) Como vocês estão?

Dei RT em alguns tweets, respondi algumas Beliebers e Jalicers, ria com o que as Beliebers diziam, era cada coisa, algumas já tinham a previsão da data do meu casamento com o do Justin, e outras já haviam colocado nomes nos nossos supostos filhos.

@AliceFlores diz: Férias acabando... #Back2reality L

Assim que eu terminei de twittar isso, ouço a porta se abrindo e por ela Justin entrando. Sorrir era algo incontrolável quando ele estava por perto. Era algo automático. Ele encarava a tela do celular e ainda não havia percebido a minha presença ali. Sunny deu um latido o assustando e assim ele nos notou ali. Sorrindo ele guardou o celular no bolso e pulou no sofá.

- Oi. – disse sem graça. Essa era mais uma das coisas que aconteciam quando Justin estava perto demais de mim e quando ele me olhava intensamente, eu ficava envergonhada.

            Ele respondeu-me com um selinho demorado enquanto me aconchegava em seus braços. Sorri enquanto descolávamos  nossos lábios um do outro. Sunny e Snow se agitaram com nosso beijo e começaram a latir para Justin.

- Ei ei galera, eu sou do bem. Não vou machucar a dona de vocês. – disse Justin para eles e eu tive que rir daquela cena, Sunny e Snow se calaram e meio que se entreolharam parecendo pensar no que Justin havia dito, mas logo começaram a latir para ele de novo, mas dessa vez avançaram em cima de Justin. Rapidamente tirei eles de cima dele e os coloquei no chão. No mesmo instante eles saíram correndo ate a cozinha.

Voltei e me sentei mais uma vez no sofá, só que dessa vez mais perto de Justin.

- Eles são ciumentos. – comentou Justin.

- É. E ai, como foi no estúdio? – perguntei.

- Legal, o álbum já esta quase pronto e esta muito bom. – disse ele orgulhoso.

- Claro né, foi feito por você. – disse sorrindo envergonhada por ter dito tal coisa em voz alta. Ele sorriu mais ainda e ficamos alguns minutos ou segundos em silêncio, somente olhando um ao outro.

- Você é perfeita sabia? – Justin disse quebrando o silencio. Vermelha? Acho que o meu rosto estava mais para um vermelho inferno. Meu rosto fervia de vergonha, e abaixei meu rosto levemente para disfarçar.

-Não sou perfeita. Ninguém é. – disse.

- Pra mim você é. – disse levantando o meu rosto levemente com os dedos. – A garota mais perfeita do mundo. – completou com aquela voz rouca que me deixava totalmente desnorteada. Nossos lábios estavam perto um do outro, nossas respirações já se encontravam, nossos olhares já estavam presos um no outro, presos no transe que só havia entre mim e ele. Finalmente ele colou nossos lábios e invadiu minha boca com sua língua quente e aveludada. Esse beijo era diferente, era cheio de luxuria e controle de poder. Brigávamos um com o outro pelo controle da situação. Justin levou suas mãos ate a minha cintura e me puxou para seu colo, levei minhas mãos para sua nuca e puxei alguns de seus fios finos e macios. Sua mão sorrateiramente ia subindo pela minha cintura ate chegar aos meus ombros onde ele puxou meu cardigan para que eu me libertasse dele e assim o fiz, partimos o beijo por breves segundos parar recuperamos o ar enquanto ele puxava meu casaco pelos meus braços. O frio congelante que ocupava aquela sala deu lugar a um calor ardente. Assim que Justin jogou meu casaco por algum lugar da sala, ele voltou com suas mãos ágeis para a minha cintura, virando-me e me deitando no sofá. Ele controlava seu peso sob mim, mas senti-lo ali, tão perto, tão quente, tão meu. Era algo absurdamente bom.

Os beijos dele passaram para o meu pescoço enquanto ambos respiravam ofegantes. Sentir seus beijo naquela região causavam-me arrepios e uma sensação inexplicável. Eu me sentia mais viva do que nunca. Era algo quente, devasso, algo sexy. Puxei seus cabelos conduzindo seu rosto ate o meu e o beijando novamente. Ele passou suas mãos por baixo da minha blusa enquanto fazia desenhos e linhas imaginarias naquele local. Sem meu consentimento um som rouco e abafado saiu da minha boca, Justin me encarou na mesma hora com um sorriso safado nos lábios. E eu corei mais ainda. Antes que eu pudesse pensar em alguma reação, ele havia colado nossos lábios novamente. Seu beijo, nunca me cansaria de tal sabor.

Um barulho de carro ecoou pela sala que só obtinha o barulho de nossas respirações, sendo seguido por vozes, ou melhor uma voz, a de Pattie. No mesmo instante empurrei Justin de cima de mim, ele acabou caindo no chão com uma cara confusa. Me sentei no sofá e ajeitei minha roupa e meu cabelo que provavelmente estariam desgrenhados. A porta foi aberta e por ela Tia Pattie passou com varias sacolas e falando ao celular. Ela nos viu ali, Justin no chão todo amassado e eu totalmente envergonhada.

O que eu estava fazendo? Meu deus, eu estava totalmente fora de mim. Como pude deixar as coisas chegarem aquele ponto. Pattie saiu subindo as escadas nos deixando a sós novamente. Olhei para Justin e vi que havia um volume debaixo de suas calças ele acompanhou o meu olhar e abaixou a cabeça e viu a sua excitação. Oi, alguém me dá um buraco para eu entrar?

            Pulei do sofá e subi as escadas correndo. Meu rosto poderia explodir a qualquer momento de tão quente que estava. Me tranquei no quarto pensando no que eu havia acabado de “quase” fazer.